sexta-feira, 4 de novembro de 2022

Dois anos e meio depois

Relendo meu último post, respondi a mim mesma: o mundo não aprendeu muita coisa, não. Aliás, a coisa vem só degringolando... Em pleno 2022 temos que defender o óbvio. Tentamos abrir os olhos mas alguns preferem permanecer cegos porque a ficção lhes convém. Vestem a carapuça após despirem suas máscaras, sem o menor pudor. O chorume sobe pelo esgoto. E nestas voltas que o mundo dá, me lembrei de escrever. De colocar em caracteres tudo que pipoca nesta mente ora sã ora ensandecida. Agora estão me dando o nome de influencer e eu me pergunto: influencio quem? a quê? Eu espero contribuir com algo de positivo neste planeta tão... tão... louco. Não consegui achar adjetivo melhor. Estão todos loucos, nos deixando loucos sem saber onde é que isso vai dar. Tento me apegar ao que é bom. Ao que é justo. Ao que é humano. O lixo a gente tira da frente, joga fora, recicla o que pode e transforma a nossa volta. O vírus agora é o menor dos problemas. A infecção é coletiva. E não mais silenciosa. Os vermes estão estribuchando. 

quinta-feira, 19 de março de 2020

The Best Is Yet To Come

O dia em que a Terra parou até então era apenas nome de filme e música. Mas quanto mais os dias passam, mais temos a certeza de que o caos não pertence apenas à ficção. E todos nós nos recolhemos às nossas casas e nunca estivemos tão perto de nossas dúvidas, nossos medos, nossa ansiedade. E podem falar o que for, mas nem nossos pais, nem os grandes CEOs, nem os cientistas, nem os estudantes, nem nosso presidente - bom, muito menos ele... -, nem chefes de igrejas, nem eu, nem você sabemos o porquê disso tudo. Nos encontramos perdidos em meio a tantas informações e recomendações, mas no fundo, no fundo, por quê? Qual o aprendizado disso tudo? Alguma lógica deve existir, não é possível... É uma obra de Deus? Ou uma falha de Deus e uma vitória do Diabo? Aliás... existe mesmo Deus? E quem é o Diabo? Seria obra do homem? Porque sabemos que o homem é o lobo do homem. E me recolho na minha ignorância e na minha insignificância tentando achar algum sentido para uma coisa que talvez não tenha que fazer sentido. Mas mesmo assim, eu gosto de procurá-lo. Porque não gosto de pensar que tudo seja em vão. E nesse meu ainda segundo dia de quarentena, nunca senti tanta saudade das pessoas que amo. Nunca estivemos tão sozinhos fisicamente, mas também, nunca estivemos tão unidos mentalmente. Talvez esteja aí o sentido de tudo isso: o amor. O amor aos nossos, o amor ao próximo. Amor este que esquecemos de demonstrar e às vezes, nos esquivamos até de sentir em meio a nossa agenda tão atarefada, nossos compromissos inadiáveis, nossos patamares inatingíveis... Amor este que deveria nos fazer repensar políticas, a economia, o sistema do mundo. Nunca soubemos quão interligados estávamos e o quanto precisamos um do outro. A engrenagem está parando. E caberá apenas a nós reiniciá-la. E como vamos fazer isso? A frase mais certa agora é "Só sei que nada sei.". Eu já disse aqui: não sabemos de nada, nem eu, nem você, nem Sócrates sabia. Nos resta apenas vencer mais essa batalha e procurarmos o melhor em nós e desejar o melhor para o mundo. Será que estávamos fazendo o nosso melhor? Será?

terça-feira, 20 de agosto de 2019

Feliz Dia Do Ator

O nosso verbo é esperar
Esperar o chamado
Esperar a resposta
Esperar o ação
Esperar.
Mas a emoção não espera
E somos um poço de ansiedade
De medo
De angústia
De vontade
Estamos munidos do que precisam
Mas esperamos que precisem
Precisem de um exato perfil
De uma inexata data
Do nosso talento e munição
Essa carreira não é brincadeira, não
Parabéns a quem aguenta
Palmas para quem não sucumbiu
O mercado é maligno
Mas nossas verdades, o público já viu.
Com nossas piadas, muita gente riu.
E nossas lágrimas escorrem
Querendo desnudar o coração 
De quem nunca se permitiu.
Feliz Dia Do Ator!

terça-feira, 16 de abril de 2019

Todos Os Meus Homens Que Não São Meus

A todos os meus homens que não são meus. Aqueles que nunca foram, e a maioria que jamais será. As vidas tão conectadas hoje nos desconectam do que realmente importa. Temos nossos contatinhos. Temos nossos passatempos. Nossos desejos. Nossas paixões veladas. Mas não temos a coragem de olhar no olho e dizer o que realmente pensamos, sentimos, do que temos medo. Uma curtida hoje pode dizer muita coisa... Mas diz? Diz apenas que perdemos nosso precioso tempo com virtualidade enquanto a vida acontece agora. É essa a modernidade líquida já tão falada. São os toques não concretizados, os amores não vividos, as trocas não realizadas. Dos meus homens que não são meus, nunca tive posse da abertura que me permitisse realmente conhecê-los. Foram meus apenas por alguns dias, ou uma noite, nas expectativas e na esperança que uma hora morre. A reciprocidade é tão rara... E a fuga tão rápida... João amava Teresa que amava Raimundo que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili que não amava ninguém. Quem é você nessa quadrilha?

quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

Superlativo


Eu posso colocar a culpa no signo, no ascendente, na lua retrógada em mercúrio ou na minha gestação... Mas a verdade é que sou movida a paixão. E agora, meu irmão? Não me vem com mais ou menos, não me vem com chateação. Se for pra ser, que seja inteiro. Se for pra ser, pelo menos que seja maneiro. Aceitação comigo não! Você tem aquela retórica de melhor isso do que nada? Se vier com essa pra cima de moi, rá, será em vão! E isso vale pra trabalho, pra amizade, pra rotina e pro coração. A vida já é chata por si só, por que vou eu apressar a bodeação? E nessa busca constante pelo frio na barriga, a gente bate cabeça e pede perdão. Mas se é esse o combustível que nos move, a gente engole e contempla a solidão. Pra quem desfruta do superlativo, tudo que é inho está fora de questão.

domingo, 8 de abril de 2018

Depressão pós salto


Eu preciso superar. Preciso aceitar que adrenalina não rima com dia-a-dia, especialmente nas enfadonhas noites de domingo... Saltar de paraquedas é como paixão correspondida. Só que melhor. É como droga. Vicia. É melhor que pizza, que hamburger, que comida japonesa. Até melhor que NY, ouso dizer... Você tem um pico de euforia e gratidão e muitas tantas outras coisas que nem consigo expressar... mas e depois? É tipo fim da sessão de massagem. É como fim de festa, quando você volta para casa e se dá conta de que simplesmente, acabou. E agora? O que eu faço com essa energia? O que eu faço com essa saudade que quando nem havia tocado o chão eu já sentia? Eu quero de novo. E querer de novo é um perigo, me disseram. Talvez isso seja típico dos arianos. E talvez por isso sejamos eternos insatisfeitos... Eu quis gritar para o mundo o meu feito mas nem sempre estão interessados e nem todo mundo vai ouvir... O céu estava lindo! E foi um daqueles sábados inesquecíveis, de doer os músculos da face de tanto rir e sorrir. Experiências assim é que fazem a vida valer a pena. Ai, maldito frio na barriga...! Aquele 1min de queda livre abate dias e mais dias de tédio e solidão. Aquele 1min te faz rever toda sua existência, a grandiosidade do mundo e os perigos tão deliciosos da vida quando de repente, retorno aos meus 35 metros quadrados na capital e a ficha cai. A ficha cai de que a vida não é adrenalina. A vida é aceitação. E o prazer só é prazer porque é momentâneo. Voltemos então a nossa rotina normal, com as mais radicais lembranças e aquele gostinho de quero mais. Eu quero sempre muito mais.

sexta-feira, 6 de outubro de 2017

Teoria da Relatividade


O tempo é relativo, certo? Mas a sua velocidade é fato. O que está acontecendo com as 24 horas do dia que voam, com os 7 dias da semana que passam e nem vemos, com os 30 dias do mês que simplesmente desaparecem? Veja só, já se foi a primeira semana de outubro! E o que estamos fazendo com o nosso tempo? Isso é que dá medo. Ainda não coloquei em prática aquele amor próprio que prometi na legenda do último Reveillon. Não viajei para fora do país. Não fui para a Chapada Diamantina, como desejava. Não ganhei na Mega Sena, mas também não joguei. A calcinha rosa da virada do ano não teve resultado. Mas deixemos de lado o pessimismo. Fizemos muito nesses últimos dez meses... Não há o que duvidar! Mas que dá medo, dá. Quanto tempo o seu tempo tem?

quinta-feira, 11 de maio de 2017

terça-feira, 11 de abril de 2017

quinta-feira, 30 de março de 2017

Se não fosse você

Talvez se não fosse o vento
Nem o tempo
Ou as rugas que chamamos experiência
Você estaria aqui
Talvez...
Não fossem as brigas
O ego
A disritmia
Você continuaria aqui
Talvez...
Se não houvesse maré
As luas
Profundidade
Tudo estaria dando pé
Mas afundamos
Batemos braço
Nadamos, nadamos
Você não me soltaria
Mas o relógio vem e vai
Ah, se não fosse a geografia
A história
A química
A matemática
Eu + você seria
Mas não somos
Se não fosse a vida
Certamente
Seríamos.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

terça-feira, 18 de outubro de 2016

Uma carta para você

Oi! Como você está? Sei lá... Queria saber como estão sendo seus dias. Como estão as suas noites de sono? Ontem demorei horas para dormir. Aquele turbilhão de pensamentos ainda continua. Estava difícil desligar... E falando em desligar... Onde é que desliga a saudade? (...) E ah! Assistiu aquele filme que te falei? Eu sabia que ia gostar! É um dos meus preferidos... Tenho escutado aquela música, lembra? Over and over again... Passaram-se poucas semanas, eu sei, que mais parecem meses. Eu não entendi no começo e continuo sem entender. E você, chegou a alguma conclusão? Tem alguma palavra amiga pra me dar? Alguma palavra bem macia que me sirva de conforto para essa total inadequação? Eu parei de ver as nossas fotos. Eu até tinha parado com nossa playlist porque ela me deixava triste. Mas resolvi voltar a escutar. E agora ela me deixa distante. Aliás... é assim que estaremos a cada dia que passa: mais distantes. As lembranças são ainda palpáveis mas o perfume está indo embora... Não bastasse a geografia, o tempo é implacável, não é mesmo? Um santo remédio, alguns diriam. Mas eu queria que ele tivesse parado naquela manhã que acordamos com o sol invadindo o quarto, enquanto escutávamos o vai-e-vem das ondas. Eu te disse em tom de brincadeira mas era verdade: eu queria morar ali. Pra sempre. Ter aquilo tudo pra sempre. Ou só você mesmo. Dispensaria a cama fofa. Os travesseiros. A televisão. O azul do céu. O azul do mar. O frigobar. Queria ter apenas minha cabeça apoiada no seu peito e sentir aquela paz quase surreal. Eu ainda não entendi pra que essas peças da vida, não. Mas tô firme e forte, acredite. Morta de saudade e cheia de dúvidas, mas continuo caminhando. Caminhando e lembrando de você a cada carro, a cada esquina, a cada gole, a cada flor. Vou repetir a pergunta: onde é que desliga a saudade? Hein? O tempo vai nos matar, não vai? Não a mim. Nem a ti. Pelo menos não tão cedo... Vai matar o "nós dois". Aliás, já estamos morrendo... Bom, então é isso. Um beijo. Enorme. Verdadeiro. Infinito. Virtual. Irreal, como todos foram: irreais.

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Na malinha de mão do nosso coração

Cada um fez sua mala. Cada um pegou seu carro ou avião. Cada um voltou pra sua casa. Cada um tenta voltar a sua rotina. Cada um sente uma saudade diferente. Mas todos compartilhamos do mesmo vazio... Nosso mundo paralelo chegou ao fim. Foi uma vida em 55 dias. Uma vida louca, uma vida breve. Formamos uma família, formamos casais apaixonados, formamos uma equipe FODA com vitória garantida. Formamos uma onda de alegria que não quer chegar na praia e morrer. Mas a maré vem e vai. E a isso teremos que nos acostumar. Agradeço cada segundo vivido, cada abraço apertado, cada beijo dado, cada gargalhada solta, cada música cantada, cada carinho recebido. Desejo lembrar de cada rosto, de cada palavra e de cada gesto até os meus últimos dias mas tenho medo dos efeitos do tempo. Não sabemos para onde cada um vai, mas sabemos onde estão guardados. Estão todos aqui, na malinha de mão do nosso coração.

quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Setembro

Ah, a vida e suas surpresas! Para quem não me acompanha nas redes sociais, vivo há 20 dias numa cidade distante, a exatos 1.866km de casa. Se não fosse o trabalho, provavelmente jamais pisaria aqui. Aliás, quando me falaram Feira de Santana eu me animei ao achar que fosse uma cidade praiana. Mas não. Estamos a 100km de Salvador, envoltos numa atmosfera de carinho e estranhamento. A rotina é outra. O sotaque é outro. Os compromissos outros. Até o organismo estranhou e pediu 1L de soro e alguns medicamentos. Mas estar longe está sendo interessantíssimo. É como tirar férias da própria vida e experimentar o inusitado. Campanha política é um universo paralelo. Só quem já fez sabe. Trouxe meu livro para forjar um pedacinho de casa mas ele está exatamente como deixei. Não abri. É como negar por 50 dias a minha realidade e me dar ao deleite de experimentar uma nova. Está tudo tranquilo, divertido e diferente. A passagem de volta está marcada para 30 de setembro, mas o desejo já é prolongar um pouquinho mais para desbravar as terras baianas. Quanta coisa linda e quanta gente querida... Às vezes a saudade bate mas sabemos que tem data de validade. São as loucuras e os prazeres que minha profissão me proporciona. Bahia, eu sempre te amei!

sexta-feira, 8 de julho de 2016

A única certeza da vida

Falar sobre a morte é quase um tabu. Mas não deveria, afinal, eis a única certeza da vida. Cresci sendo obrigada a encará-la. Tentando entendê-la. Tentando dali tirar alguma lição, alguma noção, alguma inspiração para viver. Algumas vidas acabam naturalmente, outras são assassinadas, algumas amputadas, outras tantas desperdiçadas... Costumam dizer que a vida é uma dádiva mas nem todos tem o prazer neste presente. Por motivos que não sabe a nossa vã filosofia... O mundo é - ou está? - asfixiante e nos exige uma força descomunal para suportá-lo. Os fortes tentam transformá-lo. Os mais sábios, aceitá-lo. Almas lindas, leves e soltas se vêm enjauladas num dia-a-dia bruto. Buscamos o colorido, o sonoro, o pacífico, o justo, mas o mundo responde de volta com palavrões e chibatadas. E essa violência nem todos aguentam, por motivos internos, externos, transcendentes. Almas apaixonadas se machucam frente tamanha superficialidade e quando os versos não são mais suficientes, a poesia é deixada para trás e marcada de sangue. Não cabe a nós julgar. Mas cabe a nós viver. E tentar. E tentar novamente. Ninguém disse que seria fácil. Mas temos esta etapa a cumprir. Sabe-se lá o que nos espera no fim e se o fim é realmente um recomeço. Mas desejo aos que continuam força. Sobriedade. E um pouco de magia, pois almas amolecidas tendem a endurecer com o tempo mas não podem deixar jamais de sonhar. Vida louca, vida breve.

quarta-feira, 8 de junho de 2016

Uma snapper

Eu tentei. Ai, juro, como eu tentei! Eu sabia que seria algo danoso. Viciante. Eu perderia horas do meu dia e dizem que o que temos de mais precioso é o tempo... Tentei não saber, criei uma barreira, achava besteira, apenas "mais uma". Mas fracassei. Fui vencida. Forçada! Praticamente colocaram uma arma na minha cabeça e eu fiz. Sou agora uma snapchatter - ou para os íntimos, uma snapper. O vício foi quase instantâneo. No primeiro dia, seguindo poucos e sendo seguida por ainda menos, não vi graça naquela rede social. No segundo, comecei a entender. No terceiro, eu já estava dentro daquilo e o pior: gostando de tudo aquilo. O meu medo maior era virar uma autista que falava sozinha pelas ruas com o celular na cara. E eu venci esse medo! Hoje sou, sem problema algum, uma autista que anda com o celular na cara. É demasiado divertido. Especialmente quando recebemos um feedback positivo dos já alguns seguidores. E também quando brotam desconhecidos nas minhas views. É um prazer idiota, sim, eu sei. Mas estrelas nasceram com esse tal aplicativo e estão ganhando o mundo. Eu ainda não ganhei nada, aliás, só perco, especialmente (SPOILER) bateria. Sim, o SnapChat bebe a nossa bateria, fique ciente disso, você, que mantém sua integridade e ainda não fez nem assistiu as pessoas com caras de cachorro. Já você, que foi fraco como eu, me segue lá, follow me! A tia garante conteúdo e entretenimento para os seguidores! (stellamenegucci)

quinta-feira, 7 de abril de 2016

Propaganda contra o quê?

Não, eu não sou "atletas profissionais de alta performance". Não, não sou "mãe de 25 a 35 anos que adotou bebê de 2 a 3". Também não sou "mulher linda fora da mídia, que nunca tenha feito publicidade." Nem "bailarina clássica até 30 anos". Muito menos "pessoas empreendedoras com história de sucesso para contar - não vale atores!". E por este caminho segue o ramo da publicidade. Querem pessoas reais. Não atores. E lhes oferecem "cachezão", que para nós, profissionais, está mais raro que arara-azul em habitat natural. Assim como testes. Ah que saudade da correria de 1, 2, 3 testes por dia... O cenário político-econômico já está caótico. Para piorar, nosso trabalho começa, de repente, a não ser mais necessário, ou quando necessário, mal remunerado. O meu aluguel subiu. Assim como meu condomínio. Duas pêras no hortifruti custam 6 reais. Minha academia faliu. Pedágio nas alturas. Combustível então... Dilma saindo ou ficando, preveem um futuro incerto para os próximos anos. Eu confesso: estou com medo. E os 30 estão chegando... Quem dera se fosse apenas o famoso inferno astral... Meu horóscopo disse que eu teria de fazer manobras nunca antes pensadas para conquistar meu objetivo. Continuo em busca da luz. E vou te dizer, esse túnel é longo, muito longo...

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Uma faca de 2 (le)gumes

Deus (seja lá o que Ele for, universo, Matrix, evolução, coincidência ou nada) nos deu um presente e uma arma, ao mesmo tempo: nosso senso de julgamento. Julgamos o que é certo, o que é errado, o que nos agrada, desagrada, o que nos nos preenche, nos fascina. Julgamos para o nosso bem-estar. Para fazermos nossas escolhas. Para nosso próprio umbigo. Mas também julgamos o outro. Apontamos o dedo. Criticamos. O banimos de nossos territórios. Fechamos nosso portão. Nosso vidro do carro. Nossas fronteiras. Fingimos não ver. Ou às vezes fazemos questão de ver e falar e registrar nas mídias sociais. Fofocar para um amigo. Escrever num blog... Fazemos isso, constantemente. Gostamos de criticar o casamento alheio. A profissão do parente. O modo de vestir do amigo. A maconha do vizinho. O post do coleguinha virtual. Entramos em discussões surdas que raramente terminam bem, simplesmente porque ninguém é igual a ninguém. E aí me pergunto: Deus, isso é um jogo? Por que não julgamos apenas o que nos diz respeito? É preciso enfatizar que a vida do outro é do outro, não é sua, contanto que não te prejudique ou não prejudique os demais, obviamente. Felicidade para mim é uma coisa e quem é você para julgar o que me faria mais feliz? Aliás... você é feliz? Você pode até dizer que é mas eu acredito saber que não é, porque na vida, a gente acha muita coisa e certeza, só da morte. Devíamos guardar nossos dedinhos e palpitar menos. Devíamos, inclusive, nos olhar mais no espelho antes de julgar a grama da casa ao lado. Devíamos aceitar as diferenças. Devíamos ser menos egoístas e parar de achar que somos modelo para alguma coisa. Devíamos ter essa faca de dois (le)gumes para cortar as tantas abobrinhas que vemos, lemos e escutamos por aí... Mas continuamos a fazer uma bagunçada sopa. Eu julgo, tu julgas, nós julgamos. Que pena...

domingo, 21 de fevereiro de 2016

domingo, 17 de janeiro de 2016

Que não morra o entretenimento!

Começo de ano sempre traz a maratona de awards do cinema e da tv. E como uma boa atleta, eu tento acompanhar os passos dos indicados. Já risquei da lista Joy, O Quarto De Jack, Perdido em Marte, Mad Max e Creed. E que alegria saber que tenho tantos outros ainda para me deliciar! Mas confesso, assisto a maioria no conforto do meu lar. O motivo? Os dolorosos 30 reais do ingresso do cinema e mais os 12 da pipoca. O refrigerante eu dispenso. E coincidentemente, após assistir mais um premiado trabalho de J.Law, li um artigo sobre o fechamento da última loja da 2001 em São Paulo neste domingo. A locadora mais completa, a única que me oferecia os filmes peculiares indicados pelo meu querido professor e diretor Fernando Leal em meados de 2009... O que me fez lembrar também da querida Genius, de Ribeirão Preto. O programa mais badalado dos finais de semana era escolher dentre as tantas fitas, o espetáculo da noite. Ou os três espetáculos às quartas-feiras de promoção. Sempre encontrávamos conhecidos, colegas de escola, paqueras, havia sempre fila para o aluguel! E os sorvetes. E os lançamentos. E os funcionários que manjavam muito e nos indicavam - quase - sempre, o melhor filme. Mas aí chegaram ao fim as fitas VHS. Chegaram ao fim os dvd's. Blue Ray nem fez parte da minha vida. Chegaram ao fim as locadoras. Mas que jamais morra o entretenimento! Eis o que nós atores e nós amantes da magia desejamos, do fundo de nossos corações. RIP, 2001.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Startando!

A um 2016 SENSACIONAL

Feliz Ano Novo, gente! Sei que alguns dirão que estou um pouco atrasada, mas só agora é que 2016 realmente começou pra mim: voltando à minha rotina na capital, à academia e aos testes. Sabemos que existe toda uma especulação sobre os próximos meses, sobre a crise, sobre o Brasil, mas desta vez, tentarei me proteger das influências negativas e trazer apenas good vibes. Afinal, o mundo continua o mesmo, a política a mesma, nossa conta bancária idem... Mas nossas esperanças e confiança podem ser diferentes. Maiores. Melhores! Desejo um ano cheio de hashtags felizes a todos nós! O hoje, é a gente que faz. O amanhã, vem do que a gente planta. Que nossos dias sejam mais doces e nossos olhares menos críticos. Chegue chegando, 2016. 2015 foi bom. Mas você será ainda melhor!

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

A ou B? Mas e o C? E o W?

Gente, já repararam como está ficando chato viver? Porque hoje em dia, se você não se encaixa, vão te encaixar em A ou B. Ou você é PT ou PSDB. E se não for nada é um alienado político. Ou você é alternativo que gosta de LOS (Hermanos, para os menos íntimos) ou você é coxinha. Ou você lê Carta Capital ou lê a Veja. E se não lê nenhum, novamente, é um alienado político. Mas na visão da Carta Capital, o leitor da Veja é um alienado e vice-versa. Outro dia fiz a besteira de comentar num post alheio que dizia sobre a hipocrisia da Globo de reportar a triste morte do Leão Cecil seguida de uma propaganda da Friboi. Mas gente, calma, uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. Ninguém comeu o leão! Aí fui chamada de Hitler. Sim, aquele do bigodinho. Hoje temos que ter cuidado com tudo que é dito, postado, pensado, porque um processo pode estar às nossas costas. Mas que chatice, não? Cadê a liberdade de expressão? Posso ser o alfabeto inteiro, ao invés de escolher apenas uma letra? Posso assistir Roda Vida e as Kardashians na mesma noite? Por que uma coisa tem que excluir a outra? Nem sempre temos que escolher a direita ou a esquerda. O caminho é cheio de voltas, retas, atalhos e zig-zagues. E ali, ora a gente se perde, ora a gente se acha. Tem momentos que o silêncio é mais sábio. Shhhh!

terça-feira, 22 de setembro de 2015

(N) A crise

É muito fácil aplaudir quem está no palco. Mas a crise nos faz ver o quão difícil é receber apoio quando se desce. Afinal, trata-se de uma profissão de glamour e muito dinheiro, coisa fácil... 15, 30 segundos de fama, isso é baba! É o que os leigos pensam... Para a gente conseguir o nosso lugar ao sol - lugar este passageiro, especialmente para os freelancers -, tem que se aguentar os trancos da montanha russa. E o problema, neste momento, não sou eu nem o meu acting. O problema é o Brasil. Estagnado. Com números alarmantes. Dizem até que num retrocesso. Eu parei de assistir aos jornais televisivos. Disso eu desisti. Mas da minha paixão, não. Outro dia acordei com uma mensagem da minha mãe praticamente me mandando procurar emprego fixo. "Você não está feliz agora, está?", ela perguntou. Eu tenho estado todos esses anos orgulhosa do pouco e do muito que conquistei. Mas são dias de crise, quem não os tem? Aliás, muitos vivem eternamente nesses dias. Mas eu optei por viver da alegria - ou pelo menos, tentando buscá-la. Muitos me cobram uma grande emissora - não valem as médias, tá, muito menos as pequenas... -, uma bancada de jornal, um cachê que compre minha casa própria e um belo carro, um outdoor que seja visto lá da Lua...! Aí sim, quem sabe, voltarão a me aplaudir. O que vale ter gravado com Cauã Reymond semana passada e gravar com Celso Portioli nesta e além disso ter um currículo repleto de vídeos e fotos e afins? Nada se você não estiver rica. E se não está rica, melhor procurar um concurso público, afinal, ali é o sonho mais comum: a estabilidade. O problema é que quase ninguém tem a coragem de seguir um caminho alternativo: o coração. A highway é sempre mais simples. No entanto, em algum momento, eu fiz a curva. Apenas aceitem, por favor, que escolhemos caminhos muito diferentes... e que a estrada é longa. Paciência! A mim, a nós, a vocês!

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

terça-feira, 4 de agosto de 2015

O que te move?

O que te move? É dinheiro? É poder? É beleza? Bebida? Balada? Aliás... alguma coisa te move? Tem certeza de que não parou no tempo e em verdades uma vez ditas absolutas? Porque, colega, se você está congelado, eu subo e te dou tchau e com muito calor, abano minha mão como uma miss. Cada um com seu cada qual. Porque o que me move é paixão e para se gritar apaixonado, há de se ter muita coragem no peito. Paixão pela profissão. Pelas amizades. Pela família. Por si mesmo. Pelo próximo. Por aquele próximo mais próximo... Paixão pela vida, sabe como é? Talvez não, porque é coisa para os fortes. Os fracos a natureza deixa para trás. Eu até tentei te trazer comigo, mas... É lá mesmo que você ficou. Tu dormes e o tempo anda. E o meu coração voa. Deixe-o voar. E se cair, não se preocupe. O tempo cuida de tudo. Prefiro mergulhar em águas profundas a bater perna em pensamentos rasos. A praia eu deixo para você. Fique à vontade. Só peço que não critique a minha vontade de ir além. E é para lá que vou. A gente se vê, numa areia qualquer...!

segunda-feira, 29 de junho de 2015

A preguiça

Que preguiça do Zeca Camargo! Preguiça de quem critica o Zeca Camargo. Preguiça de defender o Zeca Camargo - embora haja ali muito a ser defendido... Preguiça do arco-íris no Facebook. Preguiça de quem o condena. Preguiça desse modismo politicamente correto. Preguiça de ainda ter que lutar pelas igualdades - porque elas já deveriam existir, poxa vida... Preguiça do socialismo. Preguiça do capitalismo. Preguiça da Lava-Jato, do PT, do PSDB e de qualquer outra sigla. Qual a saída? Preguiça da Maju. Preguiça de mim... Preguiça dos livros de colorir. Preguiça de gente estressada. Preguiça desse coletivismo exarcebado. Preguiça do individualismo. Preguiça de ter que ser tão comedida - de comer menos, de falar menos, de gastar menos, de fazer tudo menos quando eu quero é mais. Preguiça de ser relativista e tentar entender ambos os lados. Preguiça de quem não escuta. Preguiça de quem nada fala.

quinta-feira, 25 de junho de 2015

Quem bate? É o frio...

Essa semana está gelada... Bate um vento no peito que traz um aperto mas que não carrega lembranças. O problema nem sempre é saudade. É ego. A insegurança assobia no ouvido e eu tento achar um gorro para combatê-la. Se para todo pé cansado existe um chinelo, eu agora visto minhas pantufas. Às vezes o silêncio é a melhor opção e o cobertor o melhor abraço.

quarta-feira, 17 de junho de 2015

Os últimos 10 dias

O mercado tá tão parado, mas tão parado, que tá até dando dengue... Lembram-se daqueles dias loucos com um, dois, três testes? Pois bem. Eles não existem mais. O Brasil está hoje à base de corte de gastos. O cenário está muito propício para subir pelas paredes. Em vários sentidos... Mas quem me segurou no chão nos últimos dias foi o cachorro mais lindo do mundo, a Preta! Proveniente de terras interioranas, o chow chow mais lindo do mundo veio encantar as ruas e parques paulistanos. Que sucesso! E que delícia tê-la comigo! Aí, fora um dia de gravação em Valinhos, tive todos os outros de prazer, passeio e nostalgia. Assisti ao novo Jurassic World e revivi 1993. Enquanto minhas amigas ficam noivas, eu fui ao show dos Backstreet Boys e me senti novamente com 13 anos. E recuperei para DVD fitas antigas de família, um misto de drama, comédia e terror. Tudo isso para me lembrar que existem sim muitas coisas boas nessa vida, apesar da saudade dos tempos e daqueles que não voltam mais. Para perder a cabeça basta um estalar de dedos. Mas prefiro respirar e bater palmas ao que realmente interessa. Sexta-feira estarei de volta à Cidade Maravilhosa! A lazer, tá. A trabalho ainda não. Ainda.

sexta-feira, 29 de maio de 2015

Você acredita?

Mágica. Fadas. Anjos. Lobisomem. Vida fora da Terra. "Buracos de minhoca" no universo. Buraco Negro. ET de Varginha. Disco voador. Espírito. Charlie, Charlie. Plano superior. Gnomo. Sexto sentido. Deus. Diabo. Vida após a morte. Magia negra. Encosto. Destino. Alma gêmea. Você acredita? No quê? A verdade é que eu não sei exatamente no que eu acredito, mas vou te falar que não duvido de nada. Afinal, a vida seria muito simples se existisse apenas o palpável, não é mesmo? Não dá pra acreditar que é "só" isto aqui. Só o que os olhos veem. Reafirmo que existe muito mais entre o céu e a terra do que supõe a nossa vã filosofia...

quarta-feira, 20 de maio de 2015

Cada louco com a sua mania

Eu confesso! Quando eu ando pelas ruas escutando música, eu me imagino num clip. Inclusive, nessas mesmas ruas, odeio quem anda devagar - ultrapassagem já! A cada duas páginas de revista de moda, eu escolho uma peça preferida que eu compraria (atenção para o tempo verbal!). Eu coloco o despertador para 5:03h, 6:12h, 7:24h, etc. Esses minutos quebrados fazem toda a diferença... Eu não sossego enquanto não apagar uma foto que postei torta, descentralizada ou com alguma faixa branca ou preta onde não devia. Pode ter mil likes, o meu TOC me manda repostar - o mesmo vale para legendas. Posso estar extremamente atrasada ao acordar, mas minha cama será sempre arrumada. Tiro a sobrancelha a cada dois dias, três no máximo! Visito minha costureira semanalmente. Vivo inventando bolso onde não tem, encurto aqui, aumento ali. Ela diz que sou criativa... Para mim é impossível assistir Game Of Thrones - ou The Walking Dead - sem pipoca. Eu não durmo sem colocar minhas quatro almofadas do sofá em ordem: duas pra lá, duas pra cá. Eu lixo minhas unhas antes de ir ao salão. Odeio ter algum produto faltando na casa, seja comida, seja de higiene ou limpeza - sempre digo não à procastinação. Eu reclamo de não ter um carro como se fosse culpa da minha mãe. Eu odeio dormir brigada com alguém que gosto. Eu leio pelo menos uma página do meu livro de cabeceira antes de dormir. Ah, e eu adoro as Kardashians. Cada louco com a sua mania, cada chato com a sua chatice, cada um no seu quadrado. E como ninguém paga minhas contas, tudo o que lhe desejo é: um beijo e boa noite!

quinta-feira, 14 de maio de 2015

Minha Vida Cigana

Outro dia o despertador tocou e eu não lembrava o porquê. Era sábado. E se você me perguntar onde eu estava semana passada neste mesmo horário, eu também não vou me lembrar. Minha vida cigana tem me levado pra tantos lugares... E isso não é, nem de longe, uma reclamação. Campinas, Valinhos, São José dos Campos, Lavras, Ribeirão Preto, Suzano, Pindamonhangaba... E no meio de tudo isso, veio uma gripe à la dengue pra desequilibrar o que já estava bagunçado. Quinze dias depois, ainda colho seus frutos, tipo a rouquidão domingo quando tinha gravação segunda e terça. Rezei Pai Nosso, Ave Maria, chá de romã, pastilha, mel, litros e litros de água... Só faltou a galinha preta. Avisei o diretor desse meu pequeno problema e ele disse: "Stella, o meu santo é forte. E o seu?". E meu santo querido provou que é praticamente o Incrivel Hulk! A voz funcionou. Agora está tudo muito bom, tudo muito bem e é meu dia de folga! Voltei ontem aos exercícios que abandonei há sei lá quanto tempo e o fuso está entrando nos eixos. O friozinho deixa a cidade mais chik e minha cama mais atraente. Aliás, acho que vou aproveitar e dormir um pouquinho. Regalias de uma atriz freelancer...

quarta-feira, 25 de março de 2015

No avião

Meu tema é da semana passada mas está valendo! Viajando a gente conhece lugar novo, gente nova, coisas novas, sentimentos novos... Meu voo Cuiabá - São Paulo era quinta-feira às 11:03h e por um problema chamado pressa, em algum momento eu li 11:30h. Mas o erro foi consertado a tempo, apesar de uma baita correria... Eu peguei a última poltrona do avião: corredor no fundo! Ao meu lado, supostamente um casal com seus quarenta - cinquenta anos. Sentei, afivelei o meu cinto e recebi um cutucão quando passou o comissário de bordo acompanhado de um "Nossa Senhora, hein!". Aí que percebi que não, ao meu lado não era um casal e sim uma mulher e um homem aleatórios. Comecei a rir. E ela insistiu: "O que é bonito a gente tem que olhar!" e assim começamos a analisar aquela figura masculina, diríamos, interessante. Nos indagamos sobre a sexualidade da pessoa em questão. Analisamos o anel de compromisso. Seus braços malhados, aquela coisa toda. E ela disse que eu deveria sempre prestar atenção. O nome dela era Jô-alguma coisa que não me lembro, simplificado por ela mesma por Jô. Foram muitas risadas antes de levantarmos voo. O passageiro, se sentindo meio deslocado, perguntou se podia rir também e respondi que era "assunto de mulher". E começamos a conversar. Ela agradeceu minha simpatia, disse que normalmente pessoas chatas e caladas é que sentam ao nosso lado em viagens - mas em silêncio pensei comigo que muitas vezes eu sou essas pessoas e outras tantas vezes agradeço por elas... O passageiro tinha medo de avião e rimos a beça do nervosismo dele na decolagem. E Jô disse: "Pára, menino, é uma delícia! Friozinho na barriga, tem coisa melhor?". Ela morava em Curitiba mas esteve com a filha, estudante de cursinho em Sinop, nos últimos meses. E falou que depois que perdeu seu filho de 21 anos há 4, em um acidente de moto, ela não tinha mais medo de nada e por isso tornara-se fã das borboletas no estômago e sem papas na língua para comentários "maliciosos" sobre o comissário ou quem quer que fosse. Ela falava mesmo. Vivia mesmo. Disse que viu seu filho debaixo da carreta do caminhão. Ele morreu na hora, por conta de um segundo de distração. E concluiu que, como na vida a única certeza que temos é da morte, por quê temê-la? E eu adicionei à conversa minhas perdas pessoais em acidentes igualmente bobos e falei que o que nos restava era aceitar, senão enlouqueceríamos. Com o sacolejo do avião, me bateu um soninho e uma necessidade de ficar quieta com meus pensamentos e pedi licença para escutar minhas músicas. E ali, naquele voo, eu pensei sobre o frio na barriga, sobre a língua solta, a minha língua solta, a minha necessidade de aventuras, de cores, de sons, de movimentos, a minha pressa... Talvez muito cedo eu tenha aprendido a aceitar a morte - ou pelo menos a conviver com a ideia dela - e por isso não tenho medo de (quase) nada. Não vou retirar minhas trompas de falópio ou fazer uma mastectomia com medo de morrer de câncer, nem vou me enclausurar em casa com medo da violência nas ruas. Viver é correr perigo de morrer, caso contrário, é sobrevivência. Não? Lógico que não estou defendendo a inconsequência mas a vida é tão curta... Pode acabar numa bobeira na estrada, num escorregão numa cachoeira, num último suspiro no travesseiro, quem é que sabe? Então vamos nos permitir porque não há tempo que volte, amor. Simples assim. Porém tão complexo... Quando pousamos, fiquei preocupada com minha bagagem de mão acima de alguns assentos a frente e não me despedi da Jô-alguma coisa. Mas bem que ela falou: "Você não vai esquecer de mim, né?!". Não, Jô, não me esqueci. E você é uma alma iluminada que merece esse mísero post e meus sinceros agradecimentos por fazer valer aquelas duas horas num voo qualquer...

domingo, 22 de março de 2015

Casa(s)

Chegou o outono e debaixo da coberta vos escrevo. Mas não é sobre ele exatamente que eu quero falar, apesar de isso muito me agradar. Eu quero falar sobre a minha casa. Sexta-feira passada, depois de um marasmo profissional total, fui para Ribeirão Preto. Quando eu começo a conversar com minha cachorra, sem ela me escutar obviamente - já que está a 330km daqui - e quando minha mãe escreve "saudades" no WhatsApp, sei que é hora de voltar. Aí, retornando para a capital segunda à tarde, recebo a feliz notícia de que embarcaria a noite para Cuiabá. Desfiz a mala e fiz uma nova. Os porteiros não entendem nada desta minha vida cigana... Do calor do Mato Grosso voltei na quinta, com São Paulo debaixo de chuva, o trânsito parado, os túneis alagados e lá se foi uma hora e quarenta de táxi do Aeroporto de Congonhas até aqui. Mas quando abri a porta de casa e senti o cheirinho dela, ah, eu só tinha a agradecer! Primeiro por poder pagar um aluguel neste bairro. Segundo por amar o meu apartamento, mesmo ele sendo tão pequeno e com tantas reformas necessárias que eu gostaria de poder fazer... Terceiro, pelo prazer de poder retornar depois de viagens tão gostosas e proveitosas, a lazer e a trabalho. Já com compromisso de cuidar do simpático cachorro de uma amiga no final de semana, as noites de sexta, sábado e hoje, domingo, eu tirei para relaxar e curtir o George, curtir meus aconchegantes 34 metros quadrados e tudo o mais que ele pode me oferecer. Assim fizemos. E foi uma delícia! Em breve devo arrumar as malas novamente porque Cuiabá deu frutos - graças a Deus!, - no entanto, o coração fica sempre amaciado por saber que eu, uma borboleta solitária, sempre tenho um - ou dois - casulo(s) para retornar. Isso eu chamo de sucesso. Boa noite!

quarta-feira, 11 de março de 2015

terça-feira, 3 de março de 2015

(Des)Conectados

Basta andar nas ruas, entrar no transporte público, olhar o carro ao lado, pegar o elevador... Tudo está a um toque dos dedos. De repente, tudo se traduziu em likes e views. Hoje experimentei largar o celular e observar as pessoas mas apenas observei pessoas em seus celulares. Por um momento não me interessou se o vestido é branco ou azul ou florido, eu não tô nem aí. Eu quero saber como está você. A vida. A saúde. A família... Eu não quero estar ligada somente a cabos ou wireless. No entanto, assim todos estamos. Curtidas contamos. Ítens do fast fashion compramos. Tá calor, compartilhamos. Tá frio, postamos. Por uma mensagem aguardamos. Tenho medo do que vem pela frente. Medo de parar de olhar para a tela e não ter ninguém para dividir a realidade, porque do virtual estamos todos ficando fartos... Falta carne para apertar. Mão para dar. Faltam boca e ouvido para conversar. Falta tempo. Falta ar. Sonhos vem devagar mas nós vamos tão depressa... É uma inadequação dentro do adequado. Uma vontade de não ser. Uma claustrofobia num mundo cada vez mais (des)conectado. Todos navegamos com a mesma velocidade, que é o vento. Mas ele eu quero que traga cheiros, de flores, de gente, de chuva, coisas que o celular ainda não é capaz de fazer. Ainda, porque tudo é uma questão de tempo. E ele está a cada dia mais apressado...

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Agenda

 
Na vida não temos controle de nada, eu sei. Da morte. Dos nossos desejos. Dos sentimentos dos outros. Nem da água que cai do céu... Mas tem uma coisa que está completamente fora do meu controle e que eu tenho tentado aceitar durante esses últimos anos: minha agenda. Ser freelancer é complicado! Recebo a notícia no começo da semana, enquanto gravava lá em Campinas, de que havia passado num teste e gravaria a propaganda hoje, sexta-feira. Bacana, obrigada, meu Deus!, alegria, aquela história... Tudo funciona mais ou menos assim: sou mulher. E para piorar, atriz. Então, agendar uma gravação é agendar também a unha de pés e mãos, acertar a dieta para evitar bobeiras pelo menos dois dias antes, reagendar os eventos sociais e familiares, avisar os demais produtores de futuros e possíveis trabalhos, tirar a sobrancelha, marcar drenagem linfática e preparar o psicológico. Estava até pronta para assistir filmes com assunto "gravidez" para entrar no clima de segurar uma barriga e depois, um bebê! Mas aí me avisam de que não, não seria sexta-feira e sim na madrugada de domingo para segunda. Tá. Então lá fui eu adiar minha mão - porque para o pé e a sobrancelha foi tarde demais -, cancelar os blocos de carnaval do final de semana com as amigas e marcar apenas um jartarzinho na sexta, dar "ok" para terça, quarta e quinta da semana que vem para um outro job e reorganizar a cabeça. Mas aí, me avisam de que não, não seria de domingo para segunda e sim de segunda para terça. Tá. Então lá fui eu adiar novamente a minha mão, cancelar jantar, cancelar bloco, cancelar drenagem e cancelar a próxima terça-feira para a outra produção, resolvendo ir para Ribeirão. Ufa. Cansei. Neste ínterim, a produção de lá ficou brava, a minha massagista não tem mais horário, a sobrancelha cresceu, as amigas ficaram chateadas e a cabeça se retorceu. Mas tudo bem. Faz parte. É trabalho. Eu não estou reclamando, entendam bem, apenas explicando que realmente, nesta vida, não temos o controle de nada. Apenas da televisão. E da garagem do prédio. Mãe, já já tô chegando!

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Tudo e Nada


Eu poderia escrever tantas coisas... Sobre o final de semana retrasado incrível, quando voltamos à Ubatuba para exorcizar o trauma incurável de exato um ano atrás. Sobre o fim do meu curso de Jornalismo Cultural e a retomada da minha rotina. Sobre o filme Birdman, que me fez sair desnorteada do cinema nesta tarde. Sobre a propaganda que gravarei na sexta-feira, onde serei uma grávida pronta a dar a luz - pela primeira vez! Sobre o Carnaval que já começou e sobre a Cidade Maravilhosa em breve. Sobre a água - e a falta dela. Sobre as dúvidas - elas estão sempre ali. Sobre a chuva lá fora. Sobre minha agenda pós-carnaval, que já está lotada por um job de algumas várias diárias, graças a Deus! Sobre o Sr. Verdi que conheci no metrô. Sobre minha conta quase fantasma - finalmente! - no Twitter. Sobre este mundo interconectado, vaidoso e consumista. Sobre a saudade. Sobre lembranças. Sobre vontades... Nos últimos dias fui dormir acompanhada por um peso de não ter escrito sobre nada disso, mas com uma satisfação imensa de poder viver tudo isso e refletir sobre tudo. Janeiro foi um mês fantástico!

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

De volta à sala de aula

Nesta semana e na próxima, sou estudante da Faculdade Belas Artes no curso livre de Jornalismo Cultural. E que choque de realidade! A UNESP me deixou mal acostumada com suas salas que, se tivesse sorte, havia um ventilador de teto... Se um dia eu tiver filho, farei questão que ele(a) estude numa universidade particular... Bom, voltando ao assunto... Após ir à academia, fazer dois testes e enfrentar o transporte público num calor que não é de Deus, minha primeira aula foi extremamente irritante. Me arrependi e já queria desistir. Não daria conta de realizar todas as tarefas, aquilo não tinha nada a ver comigo, eu não queria responder às perguntas do professor, acabou a bateria do meu celular, eu não pretendo ter um outro blog cultural - já que mal dou as caras neste aqui...-, me deu preguiça do ambiente acadêmico, de mudar minha rotina e de mais uma porção de coisas. Quando cheguei em casa, exausta, tomei meu banho, coloquei a cabeça no travesseiro e tudo o que eu não conseguia fazer era dormir. A mente estava a mil, pensando nos textos a serem escritos, nas diferentes abordagens, como fazer, porque fazer... Acordei com a certeza de que minha matrícula havia sido uma boa escolha. Era disso que eu precisava: pensar fora da caixinha. E lá estamos, onze mulheres e um homem - que compareceu apenas na primeira aula -, perdidas porém ávidas por aprender mais. Para onde essas aulas vão me levar eu não sei, mas pelo menos, dar uma volta por aí é sempre válido. Dizem que jornalismo é a minha cara. Por que será?!

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

2015

E sobre meu mês de dezembro? Foi ótimo! Nesta virada de ano, andei lendo coisas que podavam a nossa alegria - senão esperança - de que dias melhores viriam. Nossa eu digo sobre nós, artistas, poetas, românticos, os de coração mole, os que vislumbram a luz no fim do túnel mesmo quando tudo parece tão escuro e sem saída. "Dezembro não trará nada de novo. Parem com isso!" ou "Nada mudará em 2015.". O mundo continua igual, sim. Minha conta bancária idem. Os problemas, os mesmos. Mas tem uma coisa que muda - ou melhor, se renova - e que faz toda a diferença: as energias! Seja num novo mês, num novo ano, numa nova semana, num aniversário, numa manhã de sol ou após um belo banho. As energias mudam - isso se acreditarmos e quisermos que sim. E as minhas negativas eu joguei fora, deixei lá atrás. Precisava de fôlego, que veio sei lá se com dezembro, sei lá se com janeiro, mas que me trouxe uma leveza e a confiança que haviam se perdido. Os homens continuam guerreando. Aviões continuam caindo. Doenças matando. O mundo é este. Não é uma mudança na folha do calendário que exterminará as mazelas que a televisão ainda insiste em nos vender e nos bombardear. Mas uma mudança de página de vida, superando suas perdas e medos: isso muda o modo como vemos o mundo. Escutei agora pouco que a resiliência é fruto da maturidade. E eu espero que sejamos cada vez menos verdes ao longo deste ano de 2015. Será um bom ano!

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Já é dezembro?!

2014 tem menos de 30 dias para me surpreender. Sim, porque, vamos combinar, esse ano deixou a desejar... Aliás, esse ano foi osso duro de roer. Para mim, para nós, talvez para você... Lidei com perdas - algumas trágicas e outras menos: meu tio, os 7x1, Dilma no poder... De trabalho foi bom, ok, não posso reclamar. Tive a propaganda da Azul, dei as caras no horário nobre, a gravação com Malvino, Bradesco, outdoors espalhados por aí... Conheci a minha cidade dos sonhos - finalmente! Montei um apartamento só meu - e consegui pagar as contas! Casei amigas, vi bons filmes, li bons livros. Mas existiu, durante todos esses dias de 2014, um gosto amargo de não sei o quê. Uma preguiça. Uma descrença. Um dor dóida no fundo do peito. Por isso clamo pelos próximos e últimos dias. Que eles sejam bons! Que sejam gentis! Que tragam boas surpresas! Se não boas, que não as traga, por favor. Desejo que 2015 seja leve. E que não voe. Eu tenho medo de o tempo simplesmente passar... E se 2015 não for tão bom, que pelo menos eu seja melhor. Sempre. Amém.

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

O coração

Eu sou dessas que acreditam que nada é por acaso. Que tudo está, de uma maneira ou de outra, interligado. Coincidências são obra do destino e que o destino está escrito - apesar de que em várias formas: de livros, poemas, pichações, enigmas, parábolas, hieróglifos, tudo junto e misturado. Eu gosto de achar aprendizado nas coisas, nas pessoas e nos próprios erros. Acho que isso me ajuda a enxergar a vida de maneira mais leve. Se é verdade, eu não sei, mas eu gosto de procurar esse tipo de conexão, acho que me ajuda a compreender - ou pelo menos a fingir que compreendo - o mundo e suas sandices. Há uns dois meses resolvi me dar uma jóia de presente. Nada ostensivo, nada chamativo, nada de nada. Era pra mim, porque eu queria há muito tempo e eu merecia: uma correntinha de 60cm com um pingente de coração, significando, talvez, a crença no amor. Mentira, na verdade, porque era o pingente que mais combinava com a outra corrente de 40cm que já uso há anos... Com menos de uma semana de uso, minha cachorra me deu uma patada e arrebentou minha correntinha. Fiquei brava, confesso. Foi a única vez que senti raiva da Preta. Mas, "pára com isso!", respirei e em uma hora eu já amava aquele cachorro lindo e preto de novo. Voltei ao shopping na semana seguinte e pedi que me ajudassem, já que ainda estava na garantia. Me deram uma nova. Ufa. Aí, três semanas atrás, enquanto eu desembaraçava os fios das duas correntes, a bendita arrebentou mais uma vez. Ódio. Aí você já pensa em olho gordo, encosto e o escambau. Mas aquele domingo já havia sido tão ruim que minha correntinha arrebentar pela segunda vez era apenas um adendo... Voltei ao shopping dia seguinte e falei que desta vez, a culpa não foi de ninguém. Foi do além! Me prometeram que teria uma nova em uma semana. Assim, voltei para casa aliviada e pré-disposta a tomar um banho de sal grosso e assim fiz. Deixei na cesta de madeira sobre minha mesa a correntinha arrebentada no saquinho e ao lado o meu pingente e passei uma semana desejando tê-los novamente em meu pescoço. Na quinta-feira seguinte, chamei minha faxineira, a casa pedia! Na sexta-feira, feliz e contente, peguei a correntinha arrebentada para a troca e cadê o pingente? Calma, ele está na cesta. Não, ele não estava na cesta! Não estava no meio das contas de celular a pagar. Não estava entre as arestas. Nem no meio do laço. Onde estava meu pingente? Respirei. E liguei para minha faxineira. Sim, ela havia limpado a cesta. E não viu nenhum pingente e não podia falar naquele momento. Comecei a engatinhar pela casa. Nada. Arrastei o sofá. Nada. Pensei: "se ela limpou com pano, pode ter batido o pano na janela da cozinha antes de ter posto os panos sujos na máquina!". Desci e fiquei que nem uma louca procurando no térreo do prédio. No meio do jardim. Nada. Subi e chorei. Chorei igual a uma criança. Não era possível que ela havia jogado o meu coração fora! Nunca desconfiei da Rose, apesar das falas suspeitas de quem ouvia a minha história. Foi um caso de pura desatenção. Chorei de novo. Eu estava ainda na segunda prestação do meu coração... E por descuido, ele havia sumido. Não estava entre os vãos da máquina. Nem embaixo dela. Fui ao shopping com a maior cara de enterro, peguei a correntinha completamente incrédula com o ocorrido, contei a tragédia para a vendedora e cheguei à conclusão de que esta correntinha não era pra ser minha. Certas coisas na vida simplesmente não são para ser... Nem tive vontade de procurar um novo pingente. O meu coração era o mais lindo e o que escolhi para mim. Voltei para casa pensando em colocar a bendita na OLX. No final de semana fui para o interior, estive em dois shoppings e tive zero vontade de procurar um novo pingente, até porque restava uma esperança moribunda de um dia ainda encontrar aquele coração de brilhante. Quando voltei para São Paulo, aproveitei que estava estava de calças e resolvi engatinhar uma última vez pelo apartamento. Olhei nas frestas do assoalho, dos rodapés, sofá, banheiro, pia, debaixo da geladeira, tudo, e nada. Aí avistei uma coisinha debaixo do fogão, em meio a pipocas há séculos estouradas e pó jamais recolhidos. Era o meu coração! Em meio à sujeira debaixo do meu fogão. Obrigada, meu Deus! Dei os meus 200 pulinhos prometidos a São Longuinho, abençoei a minha jóia novamente colocada no pescoço e conversamos, felizes por nos reencontrarmos, jurando amor eterno enquanto durar. "Tá, Stella, onde você quer chegar com essa baboseira toda?". Calma, senhor leitor. Com isso aprendi - ou inventei - n lições. Primeira: nunca desista, a esperança é a última que morre. Segunda: o que é seu, será seu na hora que tiver que ser. Terceira: paciência - porque eu poderia ter sido imediatista e ter comprado um novo pingente e morrer com dois na mão. Quarta: mesmo que seu coração esteja partido ou preenchido por lixo e sujeira, ele poderá ser resgatado e colocado de volta onde ele merece. Quinto: procurar sempre. Nada bate a sua porta. Nada cai do céu - fora chuva, aviões e dejetos de animais voadores. Sexto: meu coração continua sendo meu, eu escolhi, eu paguei, eu perdi, eu encontrei. Quem manda aqui sou eu, coração. Você pode até tentar me ludibriar, mas você é meu e dentro dele - ou ao lado - eu não quero mais lixo e sujeira. Eu quero você, aqui dentro do meu peito, lindo, leve e solto para um dia amar novamente. Sim, eu sou dessas que acreditam que nada é em vão...

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Mais uma vez...

Olha, modéstia a parte, eu sou boa na maioria das coisas que faço. Para começar, eu tenho um bom coração. Sou uma boa filha. Sou boa amiga - apesar de odiar telefonemas... Sou boa cozinheira - mesmo não tendo praticado esta arte nos últimos tempos... Sempre fui ótima aluna, admirada pelos professores e até odiada por alguns coleguinhas. Me formei numa boa faculdade. Sou boa profissional - inclusive, acabei de gravar um comercial com Malvino Salvador em Salvador, papo para um outro post que provavelmente jamais será escrito e por isso, segue foto. Tenho ótimo gosto para música e filmes. Leio bons livros - talvez não com a voracidade que deveria mas leio... Escrevo bem - pelo menos é o que dizem. Fui uma boa jogadora de vôlei ao longo de anos - ganhei até medalha de melhor levantadora em um campeonato regional! Sou boa no volante - tirando a última ralada no carro da mamis na garagem do prédio... Falo inglês muito bem - sinal de que os milhares de dólares gastos no Canadá não foram em vão! Tenho um bom jogo de cintura. Sou boa de cama - bom, pelo menos acredito que seja, né... Sou boa em comunicação - e por isso trabalho com o que trabalho. E muitas otras cositas más. No entanto, tem uma coisa que eu sempre fui péssima e não há como e quem negar: homens. Minha primeira paixão de criança foi um amiguinho de classe, que hoje é um grande amigo e gay assumido. Começava ali a minha tragédia. Não estou aqui para fazer uma trajetória das minhas escolhas mal sucedidas e nem citar nomes de ninguém, fiquem tranquilos, meus poucos ex-queridos. Estou aqui para escancarar meu cansaço perante esse bando de homem confuso, mal resolvido e bobo por aí. E olha que já passei por algumas faixas etárias. Os de 25, idiotas. Os de 35, lamentáveis. Os de 40, piores ainda. Aí eu cheguei à conclusão de que o problema não são eles, sou eu! Só pode ser! Nesses meus 28 anos e meio de vida, eu dei uma bola dentro. Uma! Relacionamento este que acabou mas foi lindo enquanto durou... E olha que eu não peço muito... Não exijo homens altos, morenos e sensuais, apesar de às vezes os ter conseguido. Não exijo uma carteira gorda. Ou viagens internacionais. Nunca pedi um carro. O máximo que ganhei foi um ar condicionado - que está sendo, inclusive, de grande valia nesses últimos dias. Não exijo poetas, magnatas, estrelas. Eu procuro alguém que queira o mesmo que eu e que me faça feliz. Simples assim. Eu queria ter um relacionamento normal, já que minha vida já é tão diferente. Dispenso as grandes emoções agora, eu queria apenas uma tranquilidade e confiança mútua. Será que é pedir muito? Já sei que terá muita gente que vai me dizer "calma, você ainda é nova!". Mas tem uma pergunta que eu nunca consegui responder: "Como você, tão linda e morando em São Paulo, não achou ninguém?". Pois é. Também gostaria de saber - e obrigada pelo linda, by the way. Obviamente tem muita água para passar debaixo dessa ponte. Mas olha, que preguiça de esperar... Aí pensei: "vou pegar um cachorro, porque isso sim é amor incondicional!". Mas aí me lembro da minha falecida poodle que deixou um buraco eterno no meu peito quando partiu. Cães são amor com prazo de validade de no máximo, 17 anos. O resto é saudade. Eu queria aquele eterno, sabe, daqueles que a velhinha morre apenas horas depois que o velhinho se vai?! Mas esse amor para sempre, só saberemos depois da morte, se é que existe vida depois dela. Até lá não dá pra saber. Não, na verdade, não quero a eternidade. Só quero alguém pra saltar de páraquedas comigo, que debata os episódios de The Walking Dead... Alguém que frite pipoca e assista Game Of Thrones do meu lado. Alguém que dê risada da vida. E que tenha certeza, pelo menos naquele instante, de que aquilo será eterno enquanto durar. E o pior é que disso tudo, o máximo que consigo tirar é inspiração para escrever um bom texto num blog que ninguém lê e que está mais parado que água de poço. Talvez ter crescido sem a figura de meu pai e de avôs e odiando meu padrasto - que hoje amo - até os 13 anos me faça falta para compreender esses bichos burros soltos por aí. Eu não entendo o jogo que eles fazem e para falar a verdade, nem pretendo jogá-lo. Jogo, no máximo, eu topo um Imagem & Ação na praia ou um Perguntados nas horas vagas pelo celular. E só. E já que nunca teremos tudo na vida... Bom, então opto por ter um papel na novela das nove, ou encabeçar um programa de televisão, com muita saúde, minhas lindas amigas e minha família do lado. O amor eu deixo pra uma próxima. Ele eu deixo pra você que tem o dom, pra você que leva uma vida normal, que posta foto das duas taças de vinho na varanda de casa e planeja os próximos passos de sua família feliz de margarina. Cheguei à conclusão que a normalidade, definitivamente, não é para mim.

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Meu primeiro banco

Essa eu tenho que contar! Uns quinze dias atrás, ia eu para mais um teste. Nenhuma novidade. Chegando lá, preenchi meu pré-contrato quando recebemos a notícia de que havia acabado a energia no bairro e que um gerador em breve chegaria no local. Nisso, impacientes foram embora, os chatonildos reclamaram e eu lá jogando Perguntados - no qual sou ótima, diga-se de passagem. Era esse meu único compromisso do dia e por que não esperar? A Colgate me ensinou, lá atrás em 2010, que esperar é uma virtude - lembrando que fiz meu teste num sábado, chegando às 11h e pouco da manhã e saindo quando eram mais de 21h da produtora... Assim, fiquei. Tomei um café. Comi a minha barrinha. E chegou o gerador, coincidentemente, junto com a energia. Retomando os trabalhos, fiz o meu teste. Nada esdrúxulo, nada que exigisse muito dos meus anos de estudo e dos tantos filmes que já assisti. Era teste para uma propaganda de banco. Peguei o meu cachezinho-teste e voltei para casa. Estava calor. Troquei de roupa quando me olhei no espelho e algo faltava. Minha correntinha! O diretor pediu que eu a tirasse na hora do teste e assim fiz. E assim ela lá ficou. Então lá fui eu pegar o terceiro táxi do dia! Voltei na produtora, peguei o meu ouro muito ouro Insh'Allah e voltei para casa. Queimei todo os meus 80 reais. Mas tudo bem. "Se eu pegar este job, vai ter valido a pena!". Alguns dias depois, recebo a notícia de que estava editadíssima e a data provável de gravação seria sábado, dia 20, à noite. Nada de novidade, ficar editada para mim é igual a comer banana. Só que tinha um detalhe: neste dia 20 eu teria um lindo casamento em Ribeirão Preto, daqueles inesquecíveis e cinematográficos. Mas faz parte, não se pode ter tudo na vida... A roupa da festa já estava comprada mas o trabalho era mais importante. As amigas já estavam avisadas da minha possível ausência. Conclusão: fui ao casamento e foi lindo! Tudo bem, tudo bem. Não foi dessa vez. Outros virão... Aí, estava eu ontem fazendo um teste bem bacana em Santos (assunto para uma próxima postagem), passei na praia, senti a areia, fiz uma selfie com o mar e o céu cinzas de fundo, postei obviamente, e entrei no carro rumo à capital. O dia já tinha sido maravilhoso! Foi quando recebo a ligação de que Bradesco ainda estava rolando e que eu havia sido escolhida para o papel (ou cachê, ainda não sei) maior! A gravação? Próximo domingo! Ótimo! Domingo tem apenas a Dança dos Famosos na tv e mais nada! Ótimo! Maravilha! Meu primeiro banco! E com o cachê maior! Meu Deus, que alegria! Para compartilhar tamanha emoção, mensagens de voz, lágrimas e músicas incrivelmente cantadas ao longo da Imigrantes. Deus é muito bom comigo! "Ste, você merece!". Sim, eu sei. Eu mereço! Segunda conclusão: sim, fui ao casamento, foi lindo, e sim, também peguei o trabalho, que será, provavelmente, mais inesquecível ainda. Que quarta-feira maravilhosa! Eu só tenho a agradecer. Sempre avisei que não estava aqui para brincadeira. Obrigada àqueles que sempre me levaram a sério! Pensa numa pessoa feliz. Prazer, Stella Menegucci!

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Seriado

E pela primeira vez, eu faço uma participação em seriado! Gravei ontem duas cenas como uma repórter para a série Buu do canal Gloob, com estreia em novembro. Uma diária pesada no Instituto Butantan, que começou às 15h e foi madrugada adentro... Fui dormir já passava das 5 da manhã... Mas valeu a pena! Revi colegas. Conheci novos. Frio na barriga. Dois textos que viraram apenas um de supetão. E assim vou ganhando experiência, trocando figurinhas e colecionando histórias para contar. Uma semana abençoada com três trabalhos e uma bela festa de casamento neste sábado. Tudo muito bom, tudo muito bem! Boa noite!

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Abandono

Abandonar o meu blog é deixar de lado uma parte de mim... É perder fatos e não registrar sentimentos. E eles são tantos... Hoje é domingo, acabei de chegar do interior e já puxei a colcha de uma cama que me curará de todo o meu cansaço, acalentará toda a minha impaciência e abraçará todos os meus sorrisos! Não tem nada como o cheirinho da casa da gente... Os últimos dias foram de estrada, muitas horas de trabalho, casamento, chá de cozinha, um novo cabelo, um novo livro, risadas e mais risadas. E esta semana será parecida. Agenda ocupada, expectativas, um outro casamento, indagações e desejos... Tudo o que quero é que a alegria seja no mínimo, igual. Ou se Deus quiser, maior. Escrever é preciso! Peço perdão àqueles poucos que me perguntam por onde ando, mas eu não me perdoo por deixar de contar o pouco e o tudo que vivo. Estou reaprendendo a ser o que sou. Ou pelo menos, a ser o que pretendi um dia. Boa semana!

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Termômetro

Um dia frio. Cinza. O asfalto dá dicas da chuva que passou. As janelas estão fechadas e a pantufa no pé. Nina Simone ao fundo e a vontade incontida de tomar um vinho nesta noite gelada na capital. É quinta-feira de uma semana que começou com trabalho e parou na preguiça, uma semana para colocar as coisas e a cabeça no lugar. Sem grandes emoções mas com uma fome de todas elas. Batem saudades. Batem medos. Batem dúvidas, desejos e necessidades. Não sei se é a temperatura. Se sou eu. Se é você. Se é o mundo ou a dificuldade de compreendê-lo. As coisas são como são mas eu gostaria de fazer diferente... É, pensando bem, eu acho que é o frio. E o ócio. E esta famigerada angústia pós-moderna...

segunda-feira, 14 de julho de 2014

O fim

Acabou! Acabou a festa. Acabou a bagunça. Acabaram as tentativas de gol e a distribuição dolorosa de cartões. Acabou o frio na barriga e com ele, foram-se alguns sorrisos sinceros. Acabou a fantasia. Os fatos escancararam nossa realidade. É hora de procurar um novo status, uma nova rotina, novos métodos e um novo passatempo. A nossa grama foi verde até a última partida, não tivemos porque olhar a do vizinho. Oferecemos o que tínhamos para oferecer. Agora restam as lembranças e gritos de gol entalados, aqueles que desejamos tanto que fossem marcados... É hora de levantar a cabeça porque em breve terão outros jogos e outras vitórias e outras derrotas. Faz parte do esporte. Faz parte da vida.

sexta-feira, 27 de junho de 2014

Shhhhh...!

Eu acho que descobri! Descobri como colocar em palavras o segredo da vida. Já praticá-lo é outra coisa... Mas eu juro que tento. Diariamente. O problema é que tem tanta gente doente, tanta gente indecente, gente que mata, gente que morre, gente inocente, gente que mente. Tem tanta injustiça, tanta incerteza, tanto medo, tanta preguiça, quanta cobiça! Tem tanta tristeza, tem tanta briga, tanta porrada, tanta gente inimiga... É gente jogada no chão, é homem que abandona o próprio cão, é gente matando por um pão, é tanto acidente, todo mundo indo na contra-mão... É tanta coisa que a gente perde as forças. Aí a vida perde o brilho. Mas é aí que entra o meu segredo! Shhh! Não conta pra ninguém! O segredo é ainda ver magia nas coisas, é não perder as esperanças, é enxergar a beleza no preto e a luz no amor! É entender que tem sim muita coisa errada, sempre teve e sempre terá, mas não deixar o trem descarrilhar. É entender que tem muita água dentro do copo meio vazio e que tem muita água para passar debaixo da ponte. É rir do ridículo e rezar pelo melhor. É entender o porquê de tanta gente incoerente e aceitar as diferenças, já que cada um tem uma história e todo futuro é incerto. É compreender que fazemos parte da natureza mas quem apita o jogo? É um mistério! É só ter paciência. E não se deixar amargar. Nem endurecer. E respirar. Jamais desistir. E tentar sorrir.

CYBELAR - Dia das Mães


quarta-feira, 11 de junho de 2014

New York, New York!

E sabiamente o taxista colocou, no momento em que o carro tocava a ponte, a música de Frank Sinatra. Começavam ali os dias de uma viagem cinematográfica, em uma cidade que a indústria cultural me fez adorar desde pequenininha. Naquela hora me escorreu uma lágrima mas acho que nenhum dos outros três ocupantes do veículo perceberam. Aquele momento era só meu. Nova York é uma coisa louca, onde a quantidade e a gradidiosidade de tudo, de coisas, de prédios, de pessoas, de sonhos, de luzes, possibilidades e oportunidades se misturam numa bagunça extremamente organizada. Visitamos quase tudo e ainda falta tanto para se conhecer... Cada passo é um flash. Um caldeirão de estilos, línguas, tribos, interesses, raças, consumismo, culturas, uma gororoba de vidas tão mas tão deliciosa que não dá vontade de largar. Lá você pode ser o que você quiser. Como quiser. Pelo motivo que quiser. E eu, particularmente, tenho uma afinidade com o inglês americano. Acho tão expressivo... Nada fica brega, tudo pode ser dito que transparece a verdade. Ok, ok, estudei a História dos Estados Unidos e todo o seu maquiavélico imperialismo, fiz até meu TCC em cima deste tema... Fique tranquilo que a Times Square não me engana. Mas que os caras são fodas, você vai me perdoar, ah, eles são! Tive o imenso prazer de assistir O Fantasma da Ópera, Mamma Mia! e Once. Os três impecáveis. Lindos. Atordoantes. Surreais. Cada um em seu estilo. Cada um inesquecível. Nova York me fez sentir novamente a vontade que eu tive quando mudei para São Paulo e que andava um pouco adormecida: conquistar o mundo! Viajar é uma das poucas coisas com a qual gastamos dinheiro mas que não nos deixa mais pobres. Essa riqueza ninguém tira da gente. E eu serei muito, mas muito rica! Nova York, eu te amo e sempre te amei...! Você é o caos numa caixinha de música com a trilha sonora mais perfeita feita sob encomenda para mim. Mas, como me disseram quando subia o Empire State, "In America, nothing is for free!". Então vamos trabalhar, porque sonho não paga passagem de avião... Mas aí sou obrigada a chegar no pandemonium do Aeroporto de Guarulhos para no dia seguinte, receber a notícia de que a bebê da minha querida costureira nasceu morta porque o Hospital das Clínicas esperou que a paciente, com histórico de pressão alta e internada já há uma semana, fizesse um parto normal com mais de 42 semanas de gestação. Síndrome de Vira-Lata? Não se compara cachorros a leões. E agora vem a Copa do Mundo! É o Brasil sil sil rumo ao Hexa... Já saudades da América...!

sexta-feira, 30 de maio de 2014

Em breve, meu carro! Aguardem!

A alegria de ter um carro durou pouco. E é por isso que vos escrevo hoje. Às 5:36h da manhã acordei para que às 6:15h embarcasse para Valinhos. Pedi para o taxista, muuuito tranquilo àquela hora da madrugada, acelerar. 6:13h a atendente do guichê diz: "Agora só tem o das 7:30h.". Pedi o das 6:15h e prometi que correria e chegaria a tempo. Dito e feito. Esbaforida, me ajeitei na penúltima poltrona. Agradeci a Deus por ter dado tudo certo e dormi, acreditando que quando o ônibus parasse no seu ponto final, eu estaria em Valinhos. Acontece que o ponto final era Campinas, Valinhos havia ficado para trás e eu não vi. Quando às 8:30h abri meus olhos, tive esta triste constatação. "Burra!", eu pensava sobre a minha pessoa. Bom, não tinha alternativa, meu horário de gravação de mais uma webaula na Anhanguera Educacional era 8:30h. Peguei um táxi, paguei o preço por isso mas às 9h já estava sendo maquilada e às 14h já estava dispensada. O meu stress só não foi maior porque hoje era meu último dia antes da viagem mais esperada de todos os tempos: Nova York. Arrumei a mala ao som de Frank Sinatra, assisti Esqueceram de Mim 2: Perdido em NY para entrar mais ainda no clima e estou aguardando, ansiosamente, o meu horário de embarque. Serão dez fartos dias e um sonho finalmente a ser realizado. Tio Sam, me espera que eu tô chegando! Eu já até sei qual será a legenda da minha primeira postagem ao chegar na Selva de Concreto: "...New York, concrete jungle where dreams are made of, there's nothing you can't do. Now you're in New York, these streets will make you feel brand new, big lights will inspire you, let's here ir for New York, New York, New York!". Pensa numa criança feliz...! La la la la... O pior é que já estou sofrendo porque sei que sairei de lá já querendo voltar... Beijo, Brasil!

terça-feira, 20 de maio de 2014

Comercial AZUL LINHAS AÉREAS


Fala sério!

Faz tempo que não relato perrengues no blog mas o de hoje merece! Escuta essa! Começo da semana passada recebo a ligação de uma grande faculdade para a qual presto serviços. Eu havia sido indicada lá dentro e por isso, queriam saber como estava minha agenda para o dia 19. Livre até então. Meu cachê para mestre de cerimônias? X. Toparam e pediram para que reservasse a data, dizendo que me enviariam um e-mail com todas as informações e esperariam minha confirmação assim que lido. Ok. Passa terça, passa quarta, quinta e sexta-feira, nada. Tudo bem. Mais uma consulta que não vingou. Normal, faz parte. Assim, hoje minha segunda-feira ficou livre para colocar a casa em dia, a geladeira em dia, a drenagem em dia, eu iria à academia como não fazia nos últimos 12 dias e terminaria assistindo os últimos dois episódios de Game Of Thrones, como faço de costume às segundas. Aí, quando eu chegava em casa toda cheia de creme da minha drenagem, pronta para um banho, toca o telefone. Isso por volta de 17:30h: "Oi, Stella, é a Isis. Você está chegando?". Pera aí, chegando onde, minha filha? Foi então que ela se lembrou que esqueceu de me mandar o e-mail com as informações e principalmente, com a confirmação do trabalho. "Mas, Stella, eu preciso de você aqui! Você consegue chegar até às 19h?". Querida, nesta vida, a gente faz o possível, ainda mais de carro! "E quão bem você conhece Campinas?". Eu nada, mas o GPS tudo! Assim, sem banho nem nada, comecei uma instantânea maquilagem, coloquei a primeira roupa "esporte fino" como me foi passado e em quinze minutos já pegava o carro na garagem, enquanto aguardava por e-mail o endereço do evento. Trânsito, Marginal, Bandeirantes. E nada de telefonema, apenas uma mensagem de voz "Stella? Stella?" quando provavelmente o sinal da TIM não ajudou. Nada de e-mail. Nada de endereço. Nada de nada. E eu ligava. Ligava. Chamava e não atendia. No meio do caminho eu já me considerava uma idiota mas a esperança de o telefone tocar com o endereço do trabalho não morria. Aí ela foi assassinada. 19h eu entrava na cidade de Campinas e às 19:15h já estava pegando o retorno para a capital. Ódio. Ódio mortal. Eu sou uma profissional séria que confia na palavra dos meus clientes, porque se não fizéssemos isso, todos os freelancers morreriam de fome. Tem muito amadorismo por aí, nossa, como tem! E até agora, nem sinal da querida Laís do Departamento de Diplomas. Assim, foram-se lá alguns pedágios, bons litros de gasolina e um pouco da minha saúde psicológica - que não tem preço. Cheguei em casa quando já passavam de 20:30h, super feliz e contente depois de um agradável bate-volta de Campinas - como você pode imaginar...- e retomei os planos para meu fim do dia: duas horas seguidas de Game Of Thrones. Foi a única alegria da noite. Amanhã a Dona Isis vai escutar! E a briga vai ser boa! Mereço?

terça-feira, 6 de maio de 2014

Show da Torcida CYBELAR


Sinal de fumaça

Ai, gente, se eu fosse relatar as milhares de coisas que aconteceram nos últimos dias, essa postagem seria maior do que todos os volumes juntos da Enciclopédia Barsa... Vamos resumir! Ladrões armados invadiram a casa da minha madrinha e sua vizinha. Um outro ladrão também quebrou o vidro do carro de uma amiga enquanto parada do semáforo. Mas está todo mundo bem, graças a Deus. Um absurdo ter que, atualmente, agradecer por estarmos vivos após um assalto... Brasil sil sil! Aí minha mãe levou um tombo e precisou operar o ombro. Doei dias das minhas semanas para ajudá-la rumo a um ombro novo em alto astral. Motivo este pelo qual me encontro com carro por esses tempos na capital. E o pior é que tomei gosto pela coisa... Tive uma renovação de contrato e já já a Stihl passará ovamente naí na sua televisão. Comemoraram primaveras minha tia, minha mãe, minha irmã, minha tia-avó... Neste ínterim, dirigi kilômetros e kilômetros, tendo trabalhos em Valinhos, Suzano, Jundiaí, São Paulo, voltando para Ribeirão, voltando para São Paulo, tantas idas e vindas que quase perdi o rumo do barco. Aí esta semana estou no meu apartamento lindo colocando as coisas em ordem a fim de não desviar da rota neste mar que me reserva surpresas a cada nascer do dia. A Globo ainda não me recrutou. Nao ganhei a bancada de nenhum programa e nem conheci algum dono de emissora. As coisas continuam como devem continuar. Boa noite!

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Ontem, hoje e amanhã

Ontem percorri o calvário entre minha saída de casa até minha chegada em casa. Começa a gritar agora - e bem alto - a falta que um carro me faz quando tenho que me deslocar para fora de São Paulo. Mas não é esse o tema de hoje. Aconteceu algo curioso ontem que me fez refletir e me orgulhar da minha trajetória, mesmo eu não tendo - ainda! - condições nem de comprar um veículo... Gravei mais uma vez vídeo-aulas para Anhanguera Educacional e somos sempre um ator e uma atriz em cena. Quando chegou meu companheiro de aula, vi que aquela fisionomia não me era estranha. "Deve ser de testes...". Não. Era de algo mais específico... Uma hora depois, lembrei! Em 2009, este ator havia protagonizado um grande comercial de telefonia onde eu era uma dos quase cem figurantes que o aplaudiam em um auditório. Eu estava no começo da aventura na Selva de Pedra e aqueles 150 reais da gravação que foi madrugada adentro me eram essenciais. E eu estudava os movimentos e as falas daquele protagonista. Observava o diretor. Aprendia o que acreditava que em breve, eu faria. E pensava: "Eu poderia fazer isso!". Quando ele errava e começava a suar com o nervosismo, eu pensava que poderia fazer melhor... E por um momento invejei aquele ator provavelmente bem sucedido, que estaria na telinha de várias residências do país. E eu era apenas uma figurante estudante de televisão e cinema, sem DRT mas com a mala cheia de sonhos. Cheguei a procurar no Youtube este comercial tempos depois para ver se pelo menos, assim, de repente, de relance, eu aparecia... mas nunca encontrei. E hoje, 2014, este ator "provavelmente bem sucedido" e eu apresentamos, juntos, aulas das disciplinas de Sistemas de Informação e Comércio Eletrônico e nos encontraremos em mais sete diárias de trabalho. Lógico que compartilhei minha lembrança com ele, que obviamente se assustou com minha boa memória. É que minhas figurações não foram em vão. E eu estou caminhando, devagarinho, devagarinho, para onde quero chegar. Hoje gravei um vídeo de treinamento para Claro, com promessas de outras breves futuras parcerias e amanhã o dia será também longo, com o comercial de Dia Das Mães do Suzano Shopping. Daí então, enfrentarei quilômetros e quilômetros de estrada para passar o feriado aonde está o meu coração. Boa Páscoa!

Vídeo Institucional GANDINI CORRETORA DE SEGUROS


terça-feira, 15 de abril de 2014

28 Primaveras

E comemorei no último dia 11 minhas 28 Primaveras, cercada das pessoas que mais amo e recebendo telefonemas e mensagens daquelas que a Geografia não permitiu encontrar. Mas em meio a tantas carinhas queridas cantando "Parabéns pra você", senti falta de uma em especial, que pela primeira vez em tantos anos, a vida não me deixou mais abraçar. No meu último dia com ainda 27, me bateu um aperto no coração e lágrimas escorreram sem que eu pudesse me conter. Fui até a Igreja numa tentativa de diálogo e aproximação com ele e eu espero que ele tenha me escutado em todas as minhas preces. Quantas saudades do Tio Nando...! Fora os 30 cada vez mais próximos e as agruras do destino, a novidade é que finalmente, tomei coragem e comecei academia. E agora vou dormir, sem poesia, sem piada e sem história, porque meu despertador tocará às 5 da matina e meu destino será, mais uma vez, a Anhanguera Educacional em Valinhos. A agenda está cheia nesta curta semana. Acho ótimo. E que venha o Coelhinho da Páscoa! Boa noite!