terça-feira, 20 de abril de 2010

Querer é poder!

A ambição move o homem. Concorda ou não concorda?
Mas não sejamos simplistas ou esquerdistas de pensar na ambição acompanhada de símbolos chavões derivados do capitalismo. Ambição não é ganância. O mundo é tão rico, tão vasto, tão variado e por que buscar o básico?! Com o básico já nascemos, seja lá o que o básico signifique para você. Sou ambiciosa por ter nascido com vontade de crescer? Sou ganaciosa por querer experimentar um pouco mais do que o planeta e o homem me podem oferecer? Em um mundo onde oferta e demanda nem sempre falam a mesma língua, o que é poder para você?
A vontade move barreiras. Cria barreiras. Compra barreiras. Implode barreiras. Imagina barreiras. Sobrepõe barreiras. Discrimina barreiras. Ou se esquece delas. Querer é poder no sentido de "quem acredita sempre alcança". Logicamente que só acreditar não é suficiente, já que o fazer acontecer é igualmente - ou mais - importante. Mas tudo começa pelo abstrato: os ideiais. E eu assumo, nasci com alguns que fogem do comum. Digo nasci porque, não sei se me foi herdado, se criado, se determinado, se instalado, mas desde bem pequena as vontades me movem. Sim, bato no peito e digo que às vezes me consomem, mas são meu combustível. Para deixar claro, minha ambição não exclui os prazeres mais simples e baratos da vida, não! Aliás, minha ambição se movimenta em parceria de tudo o que há de mais simples, pois eu quero o simples e o complicado! O que é pouco não me basta. A média nem sempre me agrada. Não quero o tudo - que, aliás, sei que não posso ter -, mas quero sempre mais. Visto a camisa da pós-modernidade e desde que ouvi esta frase, concordo com ela: "somos eternos insatisfeitos". Minha insatisfação gera minha ambição e que pode - sim, eu sei que pode - gerar minha frustração. E neste último caso, ficará a eterna esperança de que, se Maomé não vai até à montanha, a montanha virá até Maomé. Mas como meu caso ainda é primário, busco sempre um resultado mais positivo, sabendo que, para algumas mentes mais simplórias, poder é um verbo maligno que massifica e coisifica o homem e coisa e tal. A injustiça está aí, enquanto poucos tem muito, muitos tem pouco, e que culpa tenho eu se quero fazer parte da bonança? Tenho minhas críticas, claro, não sou guiada pelo voto de cabresto e inclusive, respeito quem almeja ficar como e onde está. Mas não me desculpo por assumir que esse não é o meu lugar.