domingo, 30 de outubro de 2011

Gravação para Mmartan

Porque a vida continua...

E enquanto a chuva cai lá fora, depois de dias de calor quase que insuportáveis na capital, a vida continua. Após perder uma foto para um supermercado na sexta-feira passada por motivos no último post explicados, brindei esta semana com duas gravações e dois testes, juntamente com todos os "tim-tins" que eles acompanham: novos contatos, novos amigos, muitas risadas, rico material, contas pagas - algumas delas -, poucas horas de sono e muito cansaço. Quinta-feira, depois de uma abominável noite de insônia, levantei às 5 e meia para pegar o ônibus das 7 e meia rumo a Valinhos para a gravação de um vídeo institucional para as Faculdades Anhanguera. Teleprompter a postos e muito calor dentro do estúdio que não permitia som e ar condicionado ligados ao mesmo tempo. A temperatura passava dos trinta graus lá fora e naquela estufa, conseguimos um bom trabalho! Às 16:45h já voltava para São Paulo, mas tive a viagem alargada por aquele congestionamento básico na Marginal Tietê, e o que levaria uma hora e meia, demorou quase três... Enquanto xingava os tantos carros praticamente parados, recebi a proposta de gravar um piloto para MMartan no dia seguinte. Se topava? Mas é claro! Para isso, dispensei um bom teste para refrigerante, apostando mais num trabalho de verdade do que nos parcos dois, três minutos que normalmente se leva durante um teste perante a câmera. Os planos de corrida foram por água abaixo... Assim, às 9h de sexta-feira, lá estava eu na loja de Moema. Gravamos até sete e meia da noite, revi e conheci muita gente interessante e a semana já tinha mais que valido a pena! Cheguei às oito e pouquinho em casa, calcei meu tênis e enfrentei o parque. Já completava quase duas semanas sem um exercício físico e meu corpo clamava por movimento... E hoje, sabadão, pude dormir até acordar, sem despertador, sem horários, sem maquilagem, sem precisar decorar texto, sem precisar secar o cabelo nem nada. Pude pôr a vida em dia, corri, fui ao cinema... Um dia só pra mim! E assim a vida vai. Caminhando. Com lágrimas, surpresas, com frio na barriga, uma nova dieta, e muitas saudades, como tudo deve ser... Bom domingo!

terça-feira, 25 de outubro de 2011

A Melhor Vó do Mundo

Quando um bebê nasce, ele chora e todos os outros sorriem. Quando alguém se vai, todos nós choramos mas ele que vai, sorri. Pelo menos é o que ouvi dizer por aí... Se assim for, neste momento o céu se faz mais alegre e o mundo aqui embaixo um bocado mais triste... Os últimos dias foram uma contagem regressiva da qual, se acreditamos que Deus sabe o que faz, todos nós tivemos que participar. Escrevo agora para ela e pensando nela, ela que nunca pediu prata em seus talheres nem versos sofisticados, mas que eu gostaria que escutasse a poesia mais linda... Ela, que não exigia pudores nem milindres, mas sempre mereceu o mais nobre respeito. Ria das piadas mais sujas ou banais, contava as histórias mais cabeludas - até o momento em que sua memória permitiu... - e criou uma família que tudo junto e misturado, hoje derrama lágrimas por uma saudade imediatamente doída e que teme que não só as tardes de domingo mas o resto de nossos ainda numerosos dias sejam nebulosos e mais solitários. Ela, que observei que me olhava de longe no último domingo enquanto eu desviava o olhar, talvez porque não fosse hora da despedida. Ainda... Ela, que não querendo me dar seu último pote das pimentas cultivadas em sua sacada, me prometeu comprar na feira quando ficasse boa... A criadora do melhor pudim de leite condensado, capaz de fazer os mais suntuosos empórios da capital babarem a seus pés... A cozinheira do melhor feijão, do mais saboroso bacalhau, da verdadeira feijoada. Amante incondicional do truco e da "víspora", senhora da melhor Coca-Cola, e a misteriosa detentora do segredo do melhor e mais simples tempero de salada de todos os tempos. Ela, que me deu a mãe mais linda, a melhor madrinha, a família mais especial... Ela, que com poucas jóias além daquele brinquinho de ouro, carregava um coração de diamante ornado com as mais coloridas pedrarias... Não carregava brasão nem foi notícia de jornal, mas levou o merecido título de "Melhor Vó do Mundo" e valeu por duas, três... Ela que jogou os cinco - ora seis - filhos no mundo, com a raiz na roça e a copa nos céus e aqui todos nós estamos, frutos de seus galhos ramificados e recheados das histórias mais engraçadas e mais despretenciosas, que não exaltam um perfeccionismo, já que ninguém é perfeito, mas que ela escreveu perfeitamente como tinha que ser. Tinha que ser assim. Agora o bastão foi passado para a gente, filhos, netos e bisnetos: suas sementes, seus motivos de orgulho. Mal acostumado... você me deixou... Não vale "eu devia ter feito mais isso" ou "não devia ter falado aquilo" porque traçamos o caminho que devemos traçar, seja ele reto ou tortuoso. Cada minuto foi fundamental. Perto, longe, rindo, chorando, brigando, reclamando, suspirando, descansando. Prometi em pensamento na beira de seu leito, um minuto antes de o fatal alarme apitar, que ela fosse em paz e que nós continuaríamos bem, cultivando tudo aquilo que ela plantou. Entendamos que tudo isso que nos cerca é "matéria" e o resto é lembrança, e esta sim, não se perde com o tempo, não se esvai com a modernidade, não é enterrada a sete palmos. É minha herança mais valiosa. E de você, Vó, guardarei as mais doces lembranças, lembranças desses vinte e cinco anos de convivência, de carinho, de cafuné, e de seus oitenta e dois de história, história que não merece outro nome que não seja "Divina". Ria aí em cima. Agora você pode. Você merece! Um dia a gente vai se encontrar...

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

E eu?

Já achei que o mundo estivesse nas minhas mãos, mas tem hora que toda minha autoconfiança escoa pelo ralo junto com ele, que um dia achei que segurasse... É aquela hora que me sinto uma peça reserva de um atribulado tabuleiro querendo entrar para jogar, mas impedida ora pelo técnico, ora pelos adversários, ora pelos jogadores do meu próprio time, ou sei lá, de repente, eu me autoboicoto, vai saber... E a certeza de estar condicionada para as tramas futuras se vai, assim como uma brisa leve na beira da praia. Ficar na reserva não dá mais. Eu nasci com a eterna vontade de ser titular mas tem dias que parece que o jogo não é meu... que o sonho é impossível... que o desejo é pura perda de tempo. E assim durmo hoje com a vontade de comprar a bola e ditar as minhas próprias regras, mesmo se essa partida for uma solitária partida de "Paciência". Jogar é preciso. E o meu medo é que o tempo é curto. Boa noite!

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Mais um!

Depois de mal conseguir me achar no comercial do Beach Park e rosnar por terem cortado o meu close, a noite de quinta para sexta-feira não foi nada agradável. Após receber notícias tristes, as dúvidas que já não eram poucas tomaram o formato de sonhos. Depois de pensar na vida e temer a morte, peguei no sono quando já passava das três, mas acordei com o cabelo todo molhado, os lençóis bagunçados e uma sede absurda às sete da manhã. Quando o relógio marcava minutos antes das oito, o telefone de casa toca, levantei para atender com o cabelo mais bagunçado do que minha cabeça e me ofereciam uma gravação para depois do almoço. "Você está disponível?". Meio-dia e meia estava eu na produtora. Desta vez, fui mãe de uma bebezinha de oito meses para um comercial de calçados infantis. O diretor disse que aproveitaríamos ao máximo o que eu conseguisse tirar da Luiza. Risadas, palminhas, dancinhas, enfim. Um frio percorreu a espinha, pois eu e bebês... hum... No final, eu e a bebê nos demos muito bem (o que não foi difícil, pois ela era uma gracinha e eu tenho sim um "quê" maternal) e às duas e meia da tarde eu já tomava um Toddynho rumo à minha casa já sentindo o prelúdio de dores musculares. Cheguei e arrumei minha mala pouco descrente por querer, na verdade, ter de ficar para as gravações das quais aguardava resposta. Foram todas "não". Almocei qualquer coisa e comecei a maratona rumo ao interior... Mas o final de semana foi delicioso, apesar de ter cada minuto cronometrado para ver todos que queria. Consegui, mas desejando que o dia tivesse 48h... Dei mais beijos naquela pela qual temi dias atrás... Resumi as tantas histórias e os causos da cidade grande... Derramei algumas lágrimas e abracei quem estava com saudade... Revi quem mal lembrava e não senti a menor falta da hipocrisia aristocrata de Ribeirão Preto. Saúde, família e amigos. Esta adição, se apimentada com dinheiro, amor e satisfação profissional, é sinônimo de plena felicidade. Por enquanto a felicidade não é plena, mas começo minha semana feliz, embora já cansada, um pouco desanimada, com chuva e alguns indesejados mas não evitados quilos a mais na balança. Vamos ver o que a segunda-feira me traz... E que sejam coisas boas! Boa noite!

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Comercial Beach Park

1,2,3, vai!

Meu Nextel é sinônimo de trabalho e acordar com a notícia de estar mais uma vez editada é bem agradável. Melhor despertador, nesta altura do campeonato, impossível! Levantei, fiz meu café com leite, meu pão torrado com requeijão derretendo, minha querida banana... E o celular não parava de tocar. O meu mundo dos negócios despertou depois do feriado! Que felicidade! E para um dia que não prometia muita coisa, ganhei um teste para dois papéis (principal e coadjuvante), onde tive que correr e cair da esteira... Uma dose tripla de ânimo, um pouco mais de ansiedade, muita chuva e por isso um táxi, e um motivo para escrever este post: a carreira, sim, continua. Desta maneira, os planos de voltar a Ribeirão no final de semana permanecem em suspenso e a agenda... Agenda? O que é isso mesmo? E o friozinho na barriga tá ali, ó... E a vontade de continuar, idem. E que eles não se percam jamais! Boa sexta-feira!

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Interrogação

Dizem que tudo o que vem em demasia não é bom. Beber demais, comer demais, pensar demais, sucesso demais, se exercitar demais, vaidade demais, desejo demais. Mas aí vieram os gregos e depois a igreja católica e nos puxaram a rédea para a temperança: nem muito nem pouco sal. E aí lá vem os médicos e indicam o máximo de 5g diárias deste querido elemento da nossa cozinha. Mas... Um bacalhau bem salgadinho é muito bom, não é? E um rodízio - seja de carne, seja de pizza ou comida japonesa? Me rendi a esse excesso hoje e ainda não me arrependi. Mas... e sentir demais? Isso é um problema? Ou o problema é falar o que se sente demais? Eu acho que descobri que falo muito. E que também sinto demais. Mas se em boca fechada não entra mosquito... E a dualidade é tão gritante, que a palavra "demais" toma imagens tanto pejorativa como positiva: por exemplo um namorado que diz para a namorada depois de um ataque de ciúme: "Chega! Isso já é demais!". Agora observe outro sentido da palavra em questão: "Ela é demais!", diz o namorado apaixonado para os amigos sobre sua querida donzela. Sendo assim, não chegamos a conclusão alguma sobre a personalidade dessa tal demasia. Só sobre a crueldade da temperança... Ser feliz demais é bom, só não é bom para os invejosos de plantão... Amar demais e ser correspondido é ótimo, disso ninguém duvida... Ou algum chato vai lá puxar a orelha do casal e dizer: "Pessoal, amem menos!"? Apesar de que tem chato pra tudo nesse mundo... E o pior é que falam. E muitas vezes a gente ouve. Outras vezes a gente teria que ouvir, mas entra por aqui e sai por ali... É... Enquanto isso, o anjinho e o diabinho duelam noite e dia e o placar segue empatado. Ufa! Empate é equilíbrio! Tá feliz, Platão? Basta ser esperto o bastante para saber qual ouvir e quando ouvir. Ó dúvida, ó céus! Ia escrever "boa semana", já que o feriado teve cara de domingo, mas me resta apenas te desejar uma boa quinta-feira! E cuidado com o sal, hein...

domingo, 9 de outubro de 2011

Interpretação

A vida não é exata. Não se tem um gabarito com as respostas corretas. Não se respeita um roteiro com sequência de cenas. Não existe manual nem unidade. A verdade é que é tudo muito relativo e uma palavra, um insignificante gesto ou um pequeno ato podem ocasionar um terremoto do outro lado do mundo. Tudo depende da interpretação nesta nossa teoria do caos. Eu sou responsável pelo o que falo e faço, mas você é quem isso interpreta. E como a humanidade tem problema de interpretação...! Desta maneira, fofocas tomam face de realidade, amores são impossíveis, amizades termitentes, uniões desfeitas, guerras são travadas, famílias despedaçadas. Mas a gente não pode desistir. A gente tem que se fazer entender. A gente tem que procurar compreender. A gente tem que não só falar, como também sentir e fazer. E surpresas funcionam como o bater de asas de uma borboleta lá de longe, trazendo um vendaval para a parte de cá do planeta. Mas o vendaval vai embora e por aqui ficam as mudanças, que transformam nossa história e nossa geografia e ocasionam uma imediata reação química. E assim a gente evolui e percebe como muitas vezes a gente é bobo. Percebe como a gente perde tempo à toa e como mágoa não funciona pra nada. E digo isso simplesmente porque o relógio não pára. Não pára, não pára, não pára não... Mas assim a gente vai, pouco a pouco, batendo cabeça e chorando aqui para gargalhar ali, buscando calcular o incalculável e completando as linhas tão tortas e inteligíveis desta matéria obrigatória chamada "vida", onde os melhores alunos são aqueles capazes de sentir o vento e entender que tudo está sempre em movimento. Parar é para os fracos. E a caminhada é longa... Boa semana!

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Armas e Rosas

O motivo do meu sono prematuro de hoje foi o tardio show do Guns N' Roses de ontem. A expectativa era grande de rever um ídolo que não é originariamente meu, mas se tornou um dos por ser originariamente da minha irmã mais velha, afinal de contas, nasci apenas um ano antes do lançamento de seu primeiro álbum. Confesso que critiquei, taquei pedras e me decepcionei por ver o que os anos fizeram com Axl Rose. Roubaram a potência inconfundível de sua voz... a forma daquele corpo antes esbelto e todo tatuado, que cabia perfeitamente num shortinho branco, mas ontem coberto por uma capa que mais o fazia parecia o Inspetor Bugiganga... o fizeram perder o rebolado e dançar como tiozão - o que ele hoje, querendo a gente ou não, o é... curiosamente o fizeram perder a sobrancelha (por que Axl Rose está sem sobrancelha?)... levaram a viçosidade de suas inconfundíveis madeixas... e fizeram-nos sentir saudades de tempos que jamais voltarão. Mas o que os anos não fizeram foi apagar a áurea da banda que fora considerada os Rolling Stones de uma nova década e nem minhas lembranças dos pôsters grudados na parede do quarto, dos clips da MTV e das fitas cassetes - todas! - guardadas na gaveta. Me arrependi por não ter feito parte daquela ensopada multidão... Entra ano, sai ano, mas o arrepio continua ali, mesmo com um acorde desafinado, um rebolado enferrujado e um cabelo ressecado, acompanhando aquelas músicas que eu ainda tão criança já cantava: November Rain, Welcome To The Jungle, Paradise City, You Could Be Mine, Patience... Tenho ciúme das lembranças alheias, porque cresci querendo que Guns fosse só parte das minhas. Mas não tem como negar, os caras serão para sempre, muito "foda"!

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Começar de novo!

Novo mês! Nova semana. Banho de sal grosso. Nova cor de esmalte. Novas expectativas e muita coisa jogada no lixo. A gente acha que aprendeu, promete que não vai fazer mais, promete que vai fazer menos, falar menos, mas de repente, a quantidade transborda e a consciência pesa a ponto de até seu horóscopo te dar bronca e dizer, coincidentemente, que: "Preste atenção aos sinais de seu corpo indicando o que não está bem. Tente descansar mais e se alimentar melhor.". Não me interessa se o CQC começou sem o Rafinha Bastos, nem se Julia Petit está dando dicas preciosas de maquilagem. Eu escolhi me recolher no meu quarto, voltar ao meu blog que estava às moscas, colocar os tantos pensamentos que se esbarram, cruzam, brigam e se acasalam no papel, retomar à leitura abandonada do retrato de Dorian Gray e dormir cedo, do jeitinho que meus olhos pedem. Escolhi também hoje sentar no banco da igreja, mesmo que eu não tenha religião, e agradecer por tudo e pedir por um pouco mais. Mas a agenda da semana já começou diferente e faltam três meses para o final do ano. É hora de pensar mais, falar menos e fazer o necessário. E o que não presta, a gente deixa pra trás. Já o ouro, a gente não entrega jamais! Bom mês de outubro! A gente se vê por aqui!