sexta-feira, 20 de março de 2009

Fim do verão...

E mais um verão se vai... com suas lembranças ardentes e com o suor das mudanças...
Agora as folhas começam a cair... a temperatura começa a abaixar... e como queria passar o outono em Montreal para rever as mapple leaves secas no chão fazerem aquela paisagem marrom, vermelha e amarela típica dos filmes hollywoodianos...
Temos notícia de que será um outono mais frio do que a média...
Peguem suas roupas de meia-estação! Começo a me preparar psicologicamente para o inverno paulistano...
Bom outono pra você!

Cortar e Intolerar

Como odeio falta de profissionalismo!
Cena cotidiana de mulher: fui fazer minha unha pela segunda vez no salão ao lado de casa. Ok.
A manicure estragou o esmalte de simplesmente 3 unhas, tentou fazer vista grossa, e me tirou os famosos "bifinhos" de toda a minha mão direita, e disse que a culpa é da minha cutícula, não dela nem do alicate podre dela. Sou chatíssima com minha unha, especialmente quando faço francesinha e passo minhas 3 camadas de esmalte branco e pago 14 reais, sendo 2 reais a mais pela francesinha. Pedi que ela arrumasse todas. Imagina... estou pagando pelo serviço dela e ela me vem com essa, com cara de emburrada, como se estivesse fazendo o trabalho mais odioso e fica suspirando mostrando irritação? Fala sério. Após 1:10h com a bunda na cadeira, ela me ofereceu um café ou um chá, para "acalmar o nervosismo". Me segurei para não falar: "Você que deveria tomar, né, querida, porque eu estou bem aqui".
Chega. Cortei da minha lista. Vou procurar outro salão.
Quando eu me proponho a fazer um trabalho, qualquer que seja ele e por mais simples que seja, eu faço o meu melhor buscando um resultado ótimo para ambas as partes envolvidas. Não vou fazer vista grossa para meus erros, não vou ficar na onda do "Assim está bom.". Assim está bom nada!
Agora comigo é assim... e aprendi outro verbo com minha irmã mais velha: intolerar. Acho que estava sendo muito tolerante até agora... com muitas coisas.
Cortar e intolerar. Algumas pessoas e algumas atitudes pedem essas ações, infelizmente. Ou melhor, merecem essas reações.

Another day...

Às vezes sinto que tenho o mundo nas mãos, que tudo está dando certo, que estou feliz, que serei super feliz. Mas então vem aquela maré realista que beira o pessimismo, e vejo que não tenho nada. Tenho sonhos e vontade, mas isso não enche barriga de ninguém e nem sempre são alimentos suficientes para a mente. Às vezes me sinto sozinha, mesmo sabendo que a independência está na minha essência...
Houve uma longa época em que sozinha era tudo o que eu não estava, mas eu não tinha sonhos. No entanto, mesmo assim eu me sentia completa. Vai entender...
Mas ontem me senti cheia de esperança e objetivos, e vi que eles me preencheram de um modo muito prazeroso. Mas são inconstantes.
Será assim para sempre, uma eterna incompletude? Eu torço para que não seja. Torço para que seja este realmente o meu caminho, e que no meio dele exista uma outra linda pedra como já existiu um dia.
"O real não está nem na saída nem na chegada: ele se dispõe para a gente é no meio da travessia” (Guimarães Rosa)
É com essa frase que encerro meu dia de hoje. Não espero a minha chegada. Quero viver minha travessia, mas às vezes ela é tão cruel... e a gente acaba amargando nos momentos que deveriam ser os mais doces...
Boa sexta-feira!