domingo, 19 de agosto de 2012

Campanha

Este post vai para você que quer saber como funciona uma campanha política quando se é a apresentadora. Vivemos numa espécie de plantão. Não temos agenda de gravação, não temos datas definidas, nem horários e o que está mais ou menos definido, corre sempre o grande risco de ser redefinido. E o telefone toca muito menos do que eu imaginava. A cada dia agradeço aos céus por ter aceitado uma campanha na minha região, onde tenho minha família, minhas amigas, minha casa e minha história, porque assim tenho como matar o meu tempo ocioso nas melhores companhias e porque durmo na minha cama e tomo banho no meu chuveiro. Sei de atores que estão por aí Brasil afora e contando os dias para a eleição antes que se dêem um tiro na boca. Se eu me entedio por aqui, imagine se tivesse aceitado morar dois ou três meses no interior de Minas Gerais, por exemplo? Me conhecendo como eu me conheço, eu já teria escalado as paredes e quebrado o teto tamanho desespero. Mas aqui em Ribeirão ainda estou longe disso. Estou me considerando em férias forçadas, com uma média de duas gravações na semana. E meu trabalho é minha maior diversão! Minha semana foi assim: gravação no domingo do Dia dos Pais, um alerta falso no fim da tarde de quarta-feira, quando esperei já maquilada com meus roteiros na mão por três horas e recebi a notícia de problema no figurino do outro apresentador e que remarcaríamos. Por sorte consegui angariar uma nova velha companhia para um chopp depois de perder uma orquestra no teatro Pedro II... Aí na quinta fiquei de stand by, desmarquei um japonês com uma grande amiga e esperei o telefone tocar até às 23h, quando me avisaram que ficaria, finalmente, para sexta-feira. Sexta-feira lá fui eu pela manhã gravar quatro programas de rádio e à noite, três programas para tv. E temendo os ponteiros do relógio, minha baladinha mais ou menos acabou indo por água abaixo e cheguei em casa duas da manhã, exausta mas feliz por trabalhar com pessoas tão queridas e por dar altas risadas até quando ninguém aguenta mais e o diretor fala "ação" no mais aberto bocejo. Manter o bom humor é tudo nessa vida. Na minha, na sua, nas nossas... E hoje, domingo, se você me perguntar "e sua semana, como vai ser?", responderei apenas: x. Posso informar que amanhã finalmente irei buscar justiça no fórum lá na longinqua capital mas que já estarei de volta por la noche, porque o plantão não pode parar! Ainda me pergunto qual o propósito de eu ter voltado esse tempo para Ribeirão Preto e rezo para tudo isso valer muito a pena. Se é que existe alguem propósito nisso tudo... Às vezes esses meses estão em formato de prosa e nos seus parágrafos, não tem espaço para poesia... Boa segunda-feira!