Acordei tarde no sábado sem remorso e segui para um bar da Paulista para reencontrar os amigos. E então, começamos a nos perguntar: "Se quando fomos para Buenos Aires tiramos fotos na Avenida 9 de Julio e na Avenida de Mayo, por que não tirar foto na Paulista?". E com esse pensamento tiramos fotos com o MASP de fundo, com a FIESP de fundo e atravessando as faixas da avenida...
De lá seguimos para um churrasco em Pinheiros com as músicas mais inusitadas que um churrasco poderia conter. Disse minha amiga: "Você é mais indie rocker do que eu imaginava!". Não nos contentamos com o churrasco e todos os pães com beringela e vinagrete que comemos, e seguimos com a galera para uma pizzaria vegetariana. E nisso o sono já havia batido, o frio idem, e acabei que dormi por lá mesmo...
Acordamos domingo e fomos para a Liberdade. Comi um super rolinho primavera e um tempurá de camarão com aquele suquinho japonês de latinha de uvas verdes especial, sabe?! Mas confesso que comer em feirinha e em pé, na muvuca, não faz meu estilo. E pode me chamar de chata, de fresca, do que quiser. Comprei algas, na esperança de elas serem tão gostosas e crocantes para comer de aperitivo quanto as que comia no Canadá... doce engano... e conheci uma turma carioca interessantíssima, que mais se assemelhava a uma banda (e sim, eles têm uma banda!). Eram esses caras designers, filósofos, voluntários em ONG´s e vegetarianos. Engraçado.
Voltei para casa e encontrei a turma do teatro para mais uma peça por 5 reais: Calendários de Pedra, com Denise Stoklos. Bom, confesso que não foi meu estilo, rolaram alguns bocejos algumas vezes, não ri enquanto todos riam, mas foi interessantíssimo ver o trabalho desta mulher que até então eu vergonhosamente desconhecia. Ao discutir a relação do homem moderno com o tic-tac do relógio, com a inflexibilidade de nosso categórico calendário, dissecar sobre o modo de enxergarmos a vida e finalizar embalada na música Paciência, do Lenine, valeu muito a pena. Mas insisto que também não foi meu estilo. De lá fomos para um barzinho em Santa Cecília, comemos, bebemos uma cervejinha, conversamos. Final gostoso de um domingo.
Minha mãe me escreveu um e-mail e disse que jamais me esquece na cidade grande. Ufa!
"Planos para a semana?", ela perguntou. Nada de concreto. Apenas continuarei a minha peregrinação pelas agências e verei o que o tempo me reserva.
Confesso que não estou no meu melhor humor, o chuveiro de casa queimou, tomei banho gelado, e me sinto muitas vezes sozinha aqui nas minhas convicções, gostos, sonhos e estilo de vida. Por que eu sou a única que não gostou de Amélie Poulain? Virou tipo uma convenção social gostar desse filme, ele é unanimamente muito bom ou eu é que sou uma anomalia? Tipo venerar Los Hermanos na faculdade e dizer que Réquiem para um Sonho está na lista nos melhores filmes (não que não seja...). Isso na UNESP-Franca era convenção social. E eu sempre estive à parte dessas convenções... com exceção de Réquiem para um Sonho, que é ótimo e eu já havia assistido antes mesmo de ser universitária... Ai, saudades de quem me entende e me conhece... se é que alguém ainda realmente me entende e me conhece nessa vida...
Tchau que agora verei a final exclusivamente masculina do American Idol.
Have a nice week!