domingo, 22 de março de 2015

Casa(s)

Chegou o outono e debaixo da coberta vos escrevo. Mas não é sobre ele exatamente que eu quero falar, apesar de isso muito me agradar. Eu quero falar sobre a minha casa. Sexta-feira passada, depois de um marasmo profissional total, fui para Ribeirão Preto. Quando eu começo a conversar com minha cachorra, sem ela me escutar obviamente - já que está a 330km daqui - e quando minha mãe escreve "saudades" no WhatsApp, sei que é hora de voltar. Aí, retornando para a capital segunda à tarde, recebo a feliz notícia de que embarcaria a noite para Cuiabá. Desfiz a mala e fiz uma nova. Os porteiros não entendem nada desta minha vida cigana... Do calor do Mato Grosso voltei na quinta, com São Paulo debaixo de chuva, o trânsito parado, os túneis alagados e lá se foi uma hora e quarenta de táxi do Aeroporto de Congonhas até aqui. Mas quando abri a porta de casa e senti o cheirinho dela, ah, eu só tinha a agradecer! Primeiro por poder pagar um aluguel neste bairro. Segundo por amar o meu apartamento, mesmo ele sendo tão pequeno e com tantas reformas necessárias que eu gostaria de poder fazer... Terceiro, pelo prazer de poder retornar depois de viagens tão gostosas e proveitosas, a lazer e a trabalho. Já com compromisso de cuidar do simpático cachorro de uma amiga no final de semana, as noites de sexta, sábado e hoje, domingo, eu tirei para relaxar e curtir o George, curtir meus aconchegantes 34 metros quadrados e tudo o mais que ele pode me oferecer. Assim fizemos. E foi uma delícia! Em breve devo arrumar as malas novamente porque Cuiabá deu frutos - graças a Deus!, - no entanto, o coração fica sempre amaciado por saber que eu, uma borboleta solitária, sempre tenho um - ou dois - casulo(s) para retornar. Isso eu chamo de sucesso. Boa noite!