quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

O "12"

Há doze anos o Brasil é contaminado pela febre do BBB. Me lembro até hoje BamBam chorando pela vassoura Maria Eugênia, o tombo da Leka, a historinha de amor editada para a vitória de Alemão, a eliminação da Siri, a loucura da Cida, enfim... Acompanhei alguns sim, confesso. E o termômetro chegou a 39 graus de febre no BBB 7! Não perdia um e chegava a delirar! A festa ou o bar da faculdade, só depois de acabar o programa no Multishow. Mas... Cinco anos depois... Fiquei imune. Hoje até tentei assistir à estreia, por curiosidade à minha conterrânea e também para me antenar nos assuntos que certamente dominarão as redes sociais e comandarão fervorosas discussões ao longo de vá lá, três meses... Mas voltei à Sony e me entretive por duas horas no novo Off The Map. Mas agora, aqueçam o pavio curto chamado "paciência" para aguentar os pseudo-intelectuais criticando o programa em voga. "Uma afronta à cultura brasileira", "futilidade", "programa para quem não tem cérebro", "manipulação da mídia", "massificação da cultura", enfim... Gente, entendam de uma vez por todas que ninguém assiste BBB para ficar culto. Ninguém procura ensinamentos de vida - a não ser no discurso dos confinados. Ali é o mais simples entretenimento! A pessoa chega em casa exausta de um dia de trabalho, de trânsito, de teste, de gravação, de estudo ou sei lá do que e quer relaxar e não precisar pensar em nada. Assim como novela, seriados, clips, alguns filmes, músicas e assim vai. É igual criticar o funk, o sertanejo universitário, o pop de Justin Bieber e Britney Spears e exaltar Chico, Caymmi, Pena Branca e Xavantinho... zzzz... Ou atear fogo na Veja e no Estadão e louvar Carta Capital ou Caros Amigos... ZZZZ... Isso já é tão clichê, né, pessoal? Mas bom, deixemos as armas de lado e troquemos a "chatice intelectual" pela liberdade. Cada um lê, ouve, assiste e faz o que quer. Se isso vai tornar o cara um idiota, azar o dele, pô! E para isso, existe o democrático controle remoto. Para quem tem tv a cabo, n opções. Para quem não tem, existem outras, iguais ou até piores, mas outras. Agora, com cabo ou sem cabo, todos tem a opção do on/off e pode então escolher um bom livro para ler. E não precisa ser um dos clássicos de Dostoievski ou Gabriel Garcia Márquez. Leia A Cabana - ou sei lá, Contigo - e tá tudo certo! Ou então, meu amigo, a opção mais barata e saudável: vá dormir. Resumindo: não fiquem enchendo o saco de quem gosta de BBB. Deixa a galera assistir, que que tem? Só não venha infectar as minhas conversas freudianas e pós-modernas com o que acontece debaixo do edredom. Edredom eu tenho o meu e sei muito bem o que se passa por aqui. Afinal, cada um na sua prancha, não é mesmo? E olha a onda, olha a onda (seguido de duas palminhas, em ritmo de axé)! Boa noite!