domingo, 26 de dezembro de 2010

Últimas notícias...

Não! Teoricamente, eu ainda não estava de férias...
Depois de muita comilança, poucos presentes, tímidas lágrimas e muitos beijos e abraços, tivemos um problema de saúde na família. E eu que achei que minha cota de hospital já houvesse cessado em 2010... Mas correu tudo bem e agora é focar na recuperação. Superado este não último obstáculo, recebo às 22:30h a ligação da agência a respeito do trabalho no Nordeste. "Como está sua agenda para amanhã e segunda-feira?". Não está. Viajo segunda-feira para o Uruguai, ora pois! E o combinado era me avisarem na sexta-feira, para que assim me programasse para voltar para São Paulo hoje pela tarde para embarcar à noite rumo a Fortaleza. Enfim... depois de tentar quebrar a cabeça e transpor as barreiras geográficas e temporais, nada me resta senão me consolar que talvez esse não era para ser.
Vou dormir, confesso, com um certo rancor no peito... não sei de que nem de quem mas perder oportunidades nesta altura do campeonato é complicado... Mas minha viagem de reveillon já está muito bem paga e planejada há algum tempo... Não se pode ter tudo ao mesmo tempo, não é?!
E nesta discussão de escolhas, do "ou isso ou aquilo", das às vezes impossibilidades do "e isso e aquilo", me despeço de 2010, me despeço de vocês e brindo o futuro. Brilhante, é o que dizem...
Minha irmã, me consolando, disse: "Se o ano terminou bem assim, é porque 2011 vai começar ainda melhor", profissionalmente falando...
Eu acredito!
Um beijo! Dia 3 estou de volta e espero que cheia de novidades e energias positivas que transcenderão as alternativas não escolhidas!
E pense bem no que quer e no que vai fazer em 2011!
Agora sim eu posso gritar: "Férias!"...

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Tá chegando a hora...

24 de dezembro. Meu Deus!
Só hoje me localizei no calendário. Nunca vivi tão intensamente como em 2010. Nunca o tempo passou tão rápido e nunca meus dias foram preenchidos com tantas novidades e com tanto entusiasmo. Os primeiros meses foram árduos, mas depois de maio, a coisa foi que foi! Regime, mudança de apartamento, material novo, uma nova irmã, novos e incríveis amigos, a Colgate - minha santa Colgate... -, um acidente de carro, quantos testes e quantos trabalhos!..., baladas inimagináveis, uma perda doída, risadas infinitas, uma paixão desconcertada, um tombo no circo, um Blackberry roubado, o casamento, um novembro zicado, um ano dourado!
Decidi que no meu Reveillon passarei com as duas calcinhas, a amarela e a vermelha. Quero tudo em abundância. Não se pode ter tudo mas querer é poder e eu quero muito mais!
Hoje não desejo um lindo Natal e um 2011 repleto de conquistas, trabalho, dinheiro, saúde, amor... Desejo um lindo Natal e que sejamos feliz em 2011, seja lá como isso for... À felicidade cada um dá seu significado. E eu sei o que ela é para mim: é estar com quem se gosta, é fazer o que gosta, é dizer o que se pensa e ter a sensibilidade e a esperança de ainda olhar para o céu e fazer um pedido para a primeira estrela que eu vejo... Se geração X, Y ou Z, fujo de denominações e faço meus próprios moldes. 2010, e com isso eu vou abrir meu coração, foi de longe o ano mais rico de minha vida, riqueza esta que nada tem a ver com o saldo da conta corrente, mas sim com o salto da vida. E eu quero pular ainda mais alto...
Diferente do meu Natal passado, este ano montei minha própria árvore e pouco me interessa se vai ter bacalhau ou pernil na ceia. Eu quero e vou comemorar o que vale a pena, com presente ou sem presente. Aliás, não poderia ter recebido melhores presentes em contados 365 dias, todos envoltos nos mais largos e vermelhos laços. Obrigada, obrigada, obrigada.
E que brilhem os diamentes de 2011! Felicidades para mim, para você, para nós, agora e sempre! Nos vemos no ano que vem!

Os últimos trabalhos

O Walmart acabou sendo no domingo e não no sábado como planejado. Isso me causou um certo stress, perdi dois testes que teriam gravação justamente nessa data, perdi o sono de sexta para sábado devido à indefinição, tive que remanejar a agenda, mas acabou que foi um excelente dia de gravação!
Às 10 da manhã eu estava na produtora, às 11:30h já na maquilagem, às 13h almoçando, às 13:30h assinando contrato e passando o texto e às 14h na frente da minha querida câmera. Eu, ela, o saco de compras da feira do supermercado, meu texto consideravelmente grande e meus 30 próximos segundos de fama. Surpreendentemente às 17h já havíamos acabado e às 20h eu já estava comemorando o penúltimo trabalho e o último domingo do ano na capital... Ainda não sei quando vai ao ar. Em breve. Calma... jajá lá estará você, assistindo ao seu programa favorito e lá estarei eu, invadindo sua casa e seus ouvidos mais uma vez. Adorei.
Segunda-feira acordei e fui fazer meu cadastro na Rede Globo como combinado uma semana atrás. Não darei detalhes mas... foi tudo muito bem. Em breve estarei em frente à câmera deles gravando um monólogo que me mostrará à emissora. Preciso escolher bem o que vou encenar... Fui muito bem recebida. Entrei feliz e saí mais ainda!
Atrasadérrima, saí correndo de lá, enfrentei uma chuva do cão, comprei um outro guarda-chuva a seis reais na porta do metrô e fui fazer a prova de roupa para o catálogo do dia seguinte. Ufa! Cheguei a tempo, tudo certo.
Hora deliciosa de acordar terça-feira: 3:15h da manhã. Para isso acontecer, tomei um Dramin às 21h para onze e pouco já estar na cama... Às 4 e pouco lá estava a van para me buscar e seguimos rumo ao heliponto de um prédio na Alameda Santos. Maquilagem, cabelo, mega hair e foi um dia de caras e bocas, mesmo eu me sentindo um pouco deslocada com meninas de manequim 36 e 38. Um calor! Um sol! E um helicóptero fazendo tomadas de cima, e vídeo e fotos! Me reconheceram da Colgate e inclusive lá estava comigo uma das editadas da minha Total 12. Foi um outro ótimo dia de trabalho!
Enfrentei o trânsito e ainda tive que ir em Santo Amaro buscar meus óculos de grau que havia esquecido em Cotia na gravação de domingo...
Cheguei em casa o pó! Fiz as malas. Arrumei a casa. Lavei as últimas roupas. As últimas louças. Tirei os lixos. Ganhei meu primeiro presente de natal com a visita do mais novo e já antigo amigo e fui dormir, feliz, realizada, agradecida.
Quarta-feira o despertador tocou às sete e pouco, peguei carona com minha tia e voltei às origens para passar o Natal. Me declarando de férias, ainda recebo uma ligação no meio da estrada sobre a possiblidade de um trabalho a ser gravado dia 26 no Nordeste. A resposta sai amanhã. Seria muita loucura pegar um trabalho entruncado entre meu Natal e minha viagem para o Reveillon. Mas seria fantástico! Dedos cruzados!
Enfim... quanta coisa, hein?! Eu disse que 2010 seria meu ano dourado. E foi. Do começo ao fim. O brilho esteve presente nos momentos mais emocionantes e nos momentos mais complicados. A montanha-russa da vida me deu cada frio na barriga... eu adoro parque de diversões. E Deus me presenteou com a maior Disneylândia possível: a capacidade de sonhar e fazer acontecer.
Agradeço toda a força que vocês, meus poucos leitores, me deram ao longo desse ano. Cada visita, cada recado, cada pensamento positivo fizeram parte de minha jornada, que está apenas começando... Já é um bom começo!

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Contagem regressiva

Gravei o Walmart, tirei as fotos para o catálogo, não me ligaram sobre o iogurte, nem sobre a internet...
Mas foi tudo muito bom, foi tudo muito bem.
Eu confesso estar exausta nesse momento e com a maior preguiça do Brasil de escrever, apesar que tenho tanto a declarar...
Desde quinta-feira trabalho muito, saio muito e durmo pouco. O corpo pede arrego. Mas a cabeça não pára! Aproveitei meu último final de semana de 2010 na capital exatamente como deveria aproveitar. Mas ainda não é hora da retrospectiva.
Me encontro agora em terras caipiras, tentando me refrescar com o ar condicionado do quarto que mal dá conta de amenizar o calor de dezembro...
Eu tô tão feliz! Que ano lindo! Poderia gritar "Férias!" mas ainda tenho possiblidade de um último trabalho em 2010. Será?
Juro que conto tudo depois. Preciso muito, muito, muito mesmo de uma cama, de dois cachorros ao meu lado e um despertador para depois das onze da matina.
Um beijo!

sábado, 18 de dezembro de 2010

A bonança

Sim, depois da tempestade vem a bonança!
Nunca fui supersticiosa mas acho que comecei neste ano que acaba a acreditar em algumas lendas e mitos. Horóscopo... Banho de sal grosso... Coquetel de sete ervas... E reparei nos últimos dias que fui contemplada com a presença de duas joaninhas: uma em meu laptop e outra em minha mão na hora do banho! Dizem que achar uma joaninha com mais de sete manchas é sinal de prejuízo. Com menos de sete, hora de boa colheita. Eu confesso que não parei para contar mas pelo visto, as manchas somavam seis, cinco, quatro, três, duas ou uma...
Ontem tive um teste de vídeo para internet. Me perguntaram se eu me identificava mais com jardinagem ou fitness. A segunda opção, lógico! Com a roupa de ginástica a tiracolo, fiz alguns exercícios, simulei corrida, alonguei, posição de yoga. "Stella, ainda bem que não te coloquei em jardinagem. Eu teria me arrependido amargamente! Foi ótimo!". Se der certo... é para meio de janeiro.
Cheguei e fui correr, abastecida de duas novas músicas e três versões para cada uma delas. No meio da segunda volta, o mundo despencou! Choveu, choveu, choveu. Eu corri, corri, corri. Não reclamei. Foi gostoso. Talvez minha última corrida no Ibirapuera de 2010. Talvez a chuva mais gostosa que já tenha tomado... e a noite foi só alegria!
Recuperada, hoje me arrumei para simular mais uma mãe em propaganda de iogurte. Quando cheguei na produtora... fila... crianças... adultos... mães... pais... modelos... Uma bagunça. Depois de pescar por quase uma hora no sofá de espera, entrei no estúdio. Assisti pela primeira vez crianças fazendo teste para publicidade. Tinham que dar estrela, subir escada, carrinho de mão e gritar: "Olha, mãe, de ponta cabeça!". Esperaram horas a fio, desenhando no chão na produtora... Alguns se assustaram e não subiram a escada. Algumas não sabiam dar estrelas. Outras deram show! Alguns nasceram para isso...
Minha vez. A mãe, sentada, reage a frases do filho e depois recebe um abraço apertado e o vê partir. Quando acabei, recebi um elogio e a sugestão de fazer um segundo teste que ocorreu ontem, já que eu era exatamente o que eles procuravam. Recebi o roteiro, decorei as quatro simples frases, fiz com gosto e com muita esperança de dar certo. Saí de lá com o sentimento de pré-vítória, sabe? Mas... sem contar pontos antes do tempo, aguardo resposta até segunda ou terça que vem. Seria incrível, também para meio de janeiro... A coisa está acabando bem e já deve começar melhor ainda...
Não bastando, ao sair do estúdio me deparei com quatro ligações perdidas. Uma agência perguntando se minha terça está livre para um catálago de uma marca do Nordeste. Fui aprovada por foto. Inshalá!
Cansada e com fome, ainda estava no aguardo do horário e local da gravação do Walmart. Depois de certo desespero e o medo de "cair" este também, vou dormir sem hora definida para acordar. Meu Nextel poderá tocar a qualquer momento pela manhã e será mais um sábado laborioso. Sexta-feira e estou em casa, mas dessa vez, não tenho do que reclamar...
Findou o tornado, acalmou a tormenta. Que final de ano mais saboroso! É tanta alegria que tenho até medo de mandar alguém me beliscar...
Bom final de semana! O último na capital paulista... depois, só ano que vem!
Já estou começando a me derreter com o sentimentalismo das festas de fim de ano... É hora de dizer "eu te amo" e "obrigada" para muita gente...

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Eita!

Acordei com a ligação de uma produtora, que, respondendo ao meu e-mail de ontem, confirmou que estava tudo certo para o job da Sony Ericson nesta quinta-feira. E lá fui eu, toda-toda, anunciando mais uma conquista no Facebook. Passei o dia no aguardo de local e horário quando, antes das 18h, me retornam a ligação dizendo que o "job caiu". Foi a primeira vez que isso me aconteceu. Enfim... fazer o quê, não é mesmo? Mais vale um pássaro na mão, já diz a lenda...
E organizei meu relógio em função do meu teste para fotos de uma linha de cosméticos. A pedido da agência, ondulei os cabelos e fui de tomara-que-caia, já que se tratava de uma cena de banho. Ao chegar na produtora, preenchi o pré-contrato quando me deparo com a data das fotos: sábado. Justamente esse sábado, já reservado para o Walmart! Dei meia-volta volver, passei no shopping para resolver coisas pendentes, voltei perambulando pelas ruas do Itaim/Viila Olímpia à procura dos finalmentes da "Missão Punta", subi em casa, comi uma manga e fui enfrentar a garoa no parque. Eu precisava correr!
Terminei meu dia comendo um japinha esperto e agora sinto a temperatura milagrosamente amena na capital depois de dias infernais e meu edredom me chama com canto de sereia...
Amanhã tenho um teste e será dia de celebrar a última Kiss ´n Fly de 2010!
Tá acabando... É hora de aproveitar os últimos momentos, hein... depois não diga que não avisei!

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

A resposta retardatária

Acordei com meu Blackberry apitando loucamente... mensagens, e-mails, bbm´s... Essa coisa de Smartphones é uma loucura, né! Você fica conectado 24h por dia, mesmo quando não está ou não quer estar. Outro dia caminhava pelo shopping com minha roomie enquanto os dois MSN estavam ligados e, coincidentemente, falávamos com um mesmo amigo do outro lado do Atlântico. Falando no MSN caminhando no shopping. Em dois diálogos separados. Com o mesmo interlocutor. Isso já é demais! Foi quando lhe dei um chacoalhão, desliguei o meu e pedi que por favor curtíssemos os corredores cheios até às 23h...
E comecei o post hoje falando sobre meu querido porque ele desempenhou um papel importante no dia de hoje... Já explico!
Acordei sem a menor animação, com a agenda ridiculamente vazia. Enrolei, enrolei, tomei café da manhã ao meio-dia e fui ao shopping com a poderosa missão de encontrar meu vestido de Reveillon. E a chuva despencava impiedosamente sobre a capital... Comprei um guarda-chuva novo e fui enfrentar as lágrimas de São Pedro. Ficar em casa seria o fim!
Quando já estava entretida nos cinco vestidos que ficaram incríveis e com preços também incríveis lá pelas 15:30h, meu querido Blackberry tocou. E nele aparecia o nome da booker que eu tanto esperava! Agora posso dar nome aos bois: o job do Walmart é meu!
Mas, como nada é simples, fui informada (na verdade, reinformada) sobre a necessidade de emitir nota fiscal, já que não é mais da agência o dever de fazer isso. Para isso, alternativas: me cooperativar ou ter alguém com uma empresa artística que pudesse emitir nota para mim. E isso deveria ser feito hoje. "Amanhã nem pensar, flor!". Bom... primeiro a se fazer: sair do trocador. Mandei que reservassem os cinco vestidos já que eu ainda voltaria para escolher the one, sentei e blackberryosamente entrei no MSN para falar com um amigo que não estava na minha agenda telefônica sobre sua companhia de teatro. Não, ele não poderia emitir nota. Liguei para minha segunda opção, indicação da própria agência: a Cooperativa de Trabalho dos Profissionais da Área Artística (Coopercast). Perguntei o procedimento, anotei a documentação necessária (...enquanto isso o relógio marcava 15:45h...) e nem tive tempo de contactar minha terceira opção, a Cooperativa Paulista de Teatro, quando recebi a notícia de que deveria estar lá, na Alfonso Bovero, até às 17h. Como?
Voando, conferi quanto de dinheiro tinha na bolsa e peguei o primeiro táxi praticamente esmolando que chegasse a minha casa por doze reais. Estava trânsito. E chovendo. E o meio do Itaim a esta hora, benza Deus, é o caos... Desci do carro a algumas quadras de casa, corri, subi, peguei os documentos, conferi meu número do NIT (que até agora não sei se é a mesma coisa que PIS, enfim...), passei no banco... estava fechando... corri para o outro... saquei dinheiro... chamei o primeiro táxi que passou às 16:17h e cheguei onde deveria chegar às 16:48h. Ufa! Depois de explicações sobre impostos, IR, taxas, porcentagens, assinatura aqui, assinatura ali, pagamento de anuidade, pagamento de matrícula, e vendo os números diminuindo, tudo certo! Agora sou cooperativada e oficialmente, o job é meu.
Hipoglicêmica, sem ter almoçado, corrido do jeito que corri... sentei na primeira lanchonete e comi uma fatia de pizza (minha endócrino que me perdoe!) e um suco de laranja. A chuva não parava e os termômetros marcavam impressionantes 16 graus... Voltei para o Itaim. Dessa vez de transporte público. E resolvi seguir diretamente para o shopping. Tive que comprar uma bolsa por encomenda de minha irmã que, no MSN, recebia as opções por fotos ali na hora tiradas e enviadas blackberrymente enquanto a "Missão Punta" ainda não havia terminado e a qualquer minuto meus lindos vestidos poderiam ser levados embora por alguma consumidora ávida por tanto estilo! Voltei para casa já eram mais de dez da noite, munida da famigerada bolsa preta, de meu vestido branco e calcinhas novas para a noite da virada. Amarela ou vermelha, hein?! Jantei, finalmente...
Assim, sábado já está agendada a minha gravação do - talvez - último trabalho de 2010, o último trabalho que eu precisava para sossegar a ansiedade e inflar a auto-estima. Digo talvez porque tenho um teste amanhã, outro quinta e outras respostas ainda por vir...
Enfim... Como valeu a pena! Isso tudo vale muito a pena...
E sobe a montanha-russa...! Adoooooro!
E a chuva não dá trégua... impressionante...

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Milk (Kings of Leon)


Salty leave, salty leave
Tell me the one about the friend you knew
And the last good night that we toasted too
Salty leave, stay for me
Stay for me
We drank wine in the matinee
And the spotlight showed what I chased away
Stay for me
She saw my comb over her hourglass body
She had problems with drinking milk and being school tardy
She'll loan you her toothbrush
She'll bartend your party
Kill me, kill me
Called and I called but I can't get through
He said he's on his own but his own is you
Kill me...

Ele não tocou

E assim vamos de um extremo ao outro, mais uma vez, nesta incansável gangorra - ou montanha-russa, seja lá qual grau de adrenalina você preferir...
Ontem fui dormir quase cinco da manhã, após um terceiro banho do dia. Que calor faz por aqui! E hoje, lógico, não poderia ter dado em outra coisa a não ser a maior e mais longa chuva do ano! Choveu o dia inteirinho! E eu precisava tanto correr e colocar um monte de coisa pra fora... felicidade, ansiedade, medo, calorias, euforia, raiva, amor, ódio...
Assim, presa o dia inteiro neste apartamento, escutei meu telefone tocar para outras possibilidades remotas de trabalho, mas aquelas tão esperadas... nada. "Vamos esperar amanhã!", tentou me animar um amigo. E aí já bate aquele desespero estampado na cara. Um produtor me ligou no telefone de casa, já passava das seis da tarde, me alertando que meu Nextel estava dando fora de área quando depois de n tentativas e uma quase desistência, ele achou meu telefone residencial. Liguei e desliguei o aparelho, mas nenhum outro alerta de ligação recebida me apareceu. É... talvez não era para ser.
Um amigo de profissão, anos-luz na minha frente, me contou: "Hoje tem um teste de 14 mil de cachê.". Ah tá. Não me chamaram para esse... Não é só um problema de auto-estima. O buraco é muito mais embaixo! Entende que tenho contas vencendo? Que terei contas que vencerão em janeiro? Entende que há pelo menos dois meses e meio não tenho nada bombástico para colocar no meu currículo? Entende o que é sentir pressão de todos os lados e muitas vezes acharem que isso daqui é "vidão" e de que está na hora de trabalhar? É complicado.
Existe a chance de o telefone tocar amanhã. Uma resposta retardatária, eu tento me consolar... Mas, espero. Não tenho outra alternativa neste já final de ano.
Liguei para a Rede Globo e agendei uma entrevista para semana que vem. "Para a gente se conhecer", disse meu contato.
Enquanto tudo isso borbulhava, escutei pelo menos umas vinte e sete vezes a música Milk, da banda Kings of Leon e assisti a quatro ou cinco capítulos, já não me lembro, de um seriado indicado por um amigo, chamado How I Met Your Mother. Depois de muitas risadas e ver as tantas bolas-fora amorosas de uma turma de amigos na faixa de seus 27 anos, acho que já está na hora de dormir.
Eu gosto tanto de loopings de montanhas-russas... carrinho parado ou descidas bruscas não são comigo, não...

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Dias movimentados

Andei desaparecida por uns dias e muita coisa aconteceu. Mas, como meu blog prioriza meu lado profissional, contarei as boas novas da carreira de atriz, que por enquanto não são palpáveis, mas suficientes para que a animação subisse às alturas... Lembram-se do teste para celular da segunda-feira? Não fui editada exatamente para o papel proposto, mas aguardo respostas para um segundo papel, também para a mesma marca, já que se tratam de quatro vídeos para internet. Será?
Também na sexta-feira pela manhã recebi a ligação que achei que fosse receber: estou editada para o supermercado de terça! Não adianta... eu já sei qual é a vibe de quando se vai bem em um teste e de pelo menos garantir suas chances de ganhar moral com a agência e com a produtora sendo editada. Foi o que senti com a propaganda do governo, com a Colgate, o que senti com Coca-Cola... Será?
Ou seja, amanhã meu melhor amigo será meu celular, já ansioso aguardando pelas confirmações. Eu disse que tudo o que precisaria neste final de ano era de apenas mais um bom trabalho. Imagine ganho dois? Seria uma bênção e obviamente meu currículo e minha conta corrente agradeceriam!
No mais, listo um recado de voz de uma importante emissora que pelo meio do networking tão sagrado nessa vida recebeu meu dvd book em mãos lá no Rio de Janeiro e me chamou para um registro de vídeo aqui em São Paulo, uma quinta-feira de boemia com direito à show sertanejo no para mim inédito Villa Country e uma posterior já moribunda Kiss ´n Fly às 3 da manhã, além de um final de semana incrível no Guarujá com amigos e novos amigos. Caso queira saber todos os detalhes sórdidos da vida pessoal - um pouco mais atribulada que a profissional, eu diria -, me ligue ou então, torne-se meu amigo íntimo a ponto de saber tudo o que se passa nesses felizes últimos dias de dezembro! E tudo graças ao banho de sal grosso... Será?
Uma ótima semana! Torçam por mim!

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Runaway (Kanye West)


And I always find, yeah, I always find somethin' wrong
You been puttin' up wit' my shit just way too long
I'm so gifted at findin' what I don't like the most
So I think it's time for us to have a toast
Let's have a toast for the douchebags,
Let's have a toast for the assholes,
Let's have a toast for the scumbags,
Every one of them that I know
Let's have a toast for the jerkoffs
That'll never take work off
Baby, I got a plan
Run away fast as you can
She find pictures in my email
I sent this girl a picture of my dick
I don't know what it is with females
But I'm not too good with that shit
See, I could have me a good girl
And still be addicted to them hoodrats
And I just blame everything on you
At least you know that's what I'm good at
And I always find
Yeah, I always find
Yeah, I always find somethin' wrong
You been puttin' up with my shit just way too long
I'm so gifted at findin' what I don't like the most
So I think it's time for us to have a toast
Let's have a toast for the douchebags,
Let's have a toast for the assholes,
Let's have a toast for the scumbags,
Every one of them that I know
Let's have a toast for the jerkoffs
That'll never take work off
Baby, I got a plan
Run away fast as you can
Run away from me, baby
Run away
Doesn't have to get crazy,
Why can't she just run away?
Babe I've got a plan, Run away as fast as you can
Run away from me, baby
Run away
Doesn't have to get crazy,
24/7, 365, pussey stays on my mind
I did it, all right, all right, I admit it
Now pick your next move, you could leave or live wit' it
Ichabod Crane with that motherfuckin' top off
Split and go where?
Back to wearin' knockoffs, ha ha
Knock it off,
Neiman's, shop it off
Let's talk over mai tais, waitress, top it off
Whoes like Hoechers wanna fly in your Freddy loafers
You can't blame 'em, they ain't never seen Versace sofas
Every bag, every blouse, every bracelet
Comes with a price tag, baby, face it
You should leave if you can't accept the basics
Plenty whoes in the baller-nigga's matrix
Invisibly set, the Rolex is faceless
I'm just young, rich, and tasteless
Never was much of a romantic
I could never take the intimacy
And I know it did damage
Plus the look in your eyes, is killing me
I guess you knew an advantage
Cuz you can blame me for every thing
And I don't know how imma manage
If one day you just up and leave...

Alô! Testando!

Acordei na hora do meu relógio biológico, ainda na dúvida se iria no teste na Vila Mariana para um iogurte cujo traje exigido era biquini. Após analisar o inchaço, as picadas de mosquito e o joelho ralado, resolvi enfrentar a câmera e fingir que estava tudo em cima. Confesso que não almocei, dei só uma enganada no estômago, porque aliás, mostrar o corpitcho com biquini e canga - e depois, surpresa!, só biquini - não é mole não! O comentário sobre o mico era geral! Nenhuma atriz ali se encontrava preparada o suficiente para enfrentar a câmera, o texto e os olhares atentos de cinco homens da produção em trajes de banho! A gente faz cada coisa...
Ainda na espera, toca meu celular para um outro teste, coincidentemente dois quarteirões abaixo de onde me localizava. Até às 19h. Ótimo! Depois de "caminhar na praia", perguntar "Não vai tirar a canga?" e também responder um "Travou!" sobre meu intestino, saí de lá quase cinco e meia e segui para o segundo teste do dia, após ter recusado um terceiro que era na Bela Vista... Desta vez, era para supermercado. Me entregaram um texto na hora, tranquilo de decorar, falando que segunda-feira é o dia mundial da dieta e eu não entendia porque então legumes e frutas ficavam mais baratos às quartas nos outros supermercados, enquanto nesse, todo dia era dia de comprar barato! Depois de um segundo cachê-teste, saí de lá com o ego amaciado, acreditando que, embora não deva ter convencido de biquini e intestino preso, possa sim vender o "todo dia é dia de oferta"... É esperar para ver.
Hoje não fui correr, especialmente após ver quatro helicópteros sobrevoando o Ibirapuera, e acabamos o dia no shopping - que já está fechando às 23h - cheio até às 22:45h... Estou concorrendo a uma X1 após me presentear com uma linda bolsa! Acho que eu merecia ganhar... Fiz uma estrelinha da sorte no canto direito antes de depositar na urna, já cheia mesmo ainda 3 semanas longe do Natal...
Ontem falei rapidamente com um garoto que conheci em uma agência picareta ano passado. Ele contou que eu já estava famosa e que me via sempre na televisão. Me disse: "Você vai ficar rica! Quer dizer, já deve estar ficando...". Por enquanto, rica de histórias, uma milionária, praticamente!
Agora pouco conversava com um amigo de escola, também unespiano de formação. Abandonou a Psicologia e quer viver de circo - ele é malabarista. Tá vendo, a loucura não é só minha! Me disse que vou longe, que sou fuçada, que acredita no meu sucesso... É bom ouvir isso, não? Mesmo que seja só virtualmente...
E fico por aqui! Já passa das três da manhã e ainda estou sem planos para minha quarta-feira. Acho que o banho de sal grosso me fez bem ontem! Estou tentando tirar de mim tudo o que não me pertence... E para isso, confiança, auto-estima, autocontrole.
Boa noite então! Ou bom dia! Sei lá, boa tarde? Vai saber...

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Segundona!

Após planos desfeitos de um final de semana sossegado, um bate-volta para Maresias, uma festa sensacional que foi até dez da manhã e muitas picadas de mosquitos depois, hoje foi segundona braba!
Enfrentei filas de bancos e mais uma vez, depois de vários meses no positivo, me deparo com a triste realidade da conta corrente no vermelho. Final de ano, minha gente, final de ano...
E lá fui eu para a maratona de mais um teste! Dois ônibus, uma hora e meia de espera, uma frase em espanhol "Por favor, sabes decir me dónde queda el baño femenino?", a mesma em português, chuva, guarda-chuva e outros dois ônibus para voltar para casa, ganhei meu cachê-teste. Mas a maré volta a subir - talvez não chegue a transbordar -, mas o telefone já está tocando com mais frequência do que semanas atrás e a luz lá do fim do túnel continua acesa. Ela não há de se apagar!
Entrei em casa já eram mais de oito da noite, mas eu tinha muita energia e muitas calorias não planejadas para colocar para fora e, mesmo chuviscando, calcei meu tênis e fui enfrentar minha meia hora de corrida no parque e a escuridão da noite. Dei sorte para o azar, disse minha roomie... E sim, eu disse meia hora! Costumava fazer o mesmo trajeto em quarenta e cinco minutos. Passei para quarenta. Hoje completo em trinta minutos. Bom, muito bom! 2010 também foi um ano de condicionamente físico!
O Ibirapuera já está todo iluminado e a gigantesca árvore já inaugurada. É... lá se vão os últimos dias do ano dourado... E pretendo vivê-los intensamente, sem deixar a peteca cair, sem morrer na praia, porque aliás, já nadei tanto...
Pela primeira vez na vida senti a necessidade de tomar um banho de sal grosso. Já expulsei toda a urucubaca no dia 30 de novembro, mas boas energias nunca são demais, não é mesmo?!
Sentindo-me revigorada e pronta pra próxima, seja lá o que isso significa, me preparo para abraçar meu querido travesseiro. Os machucados? Estão cicatrizando. As mãos estão 87%, o joelho esquerdo 94% enquanto o joelho direito, deixe-me calcular... 56%. Recebi novos pedidos de desculpas do diretor da gravação da semana retrasada. Ele me disse que talvez se tivéssemos ensaiado a passagem, isso não teria acontecido. Mas não acredito nisso. Era para acontecer. Por um motivo ou outro, era. Maktub, não é isso?
Boa terça-feira!

sábado, 4 de dezembro de 2010

Boas vibrações

Dezembro começou muito bem, diga-se de passagem.
Minha quinta-feira foi cheia, do jeitinho que eu gosto!
Acordei bem cedo e lá fomos nós, depois de ter cabelo e maquilagem feitos, para a ponte do Shopping Morumbi tirar as fotos do primeiro look do editorial com inspiração na arquitetura egípcia de uma em breve recém-formada em Moda. Tudo na base do improviso, nos trocando dentro do banheiro do shopping, carregando sapatos e cabides para lá e para cá... retoques aqui, remendos ali.
Depois de muita pose, enfrentamos o trânsito da Rebouças para chegarmos à Paulista. E que semana quente! 37 graus marcava o termômetro. Era isso mesmo? Um almoço no Mc Donald´s depois, com as energias recarregadas, e lá fomos nós desbravar a avenida. Até subir na lixeira em plena Paulista eu subi! E fingindo que tudo aquilo ali era normal, que retocar maquilagem na frente do metrô Trianon é normal, que fazer pose na grade da calçada é normal, que subir e apreciar o movimento é normal... A verdade é que de normal não temos nada!
Algumas gotas de chuva, muito suor e vários clicks depois, voltei correndo para casa, tomei um segundo banho do dia, refiz cabelo e maquilagem e fui para o teste mais incrível até então, na Vila Leopoldina, prazer! Se tratava de um texto para apresentadores da TV Bradesco e só atores de alto calão! Em vinte minutos já tinha as falas decoradas, mas lá se foi uma espera de quase três horas... e a espera é ingrata. Quando entrei no estúdio, errei o texto quatro ou cinco vezes. "Respira". Tava na ponta da língua! Eu sabia fazer aquilo e tranquilamente! Fiz. Fiz e gostei. A resposta sai na segunda. E te digo... se desse certo... meu amigo... olha... mais reticências...
Saindo de lá quase dez horas da noite, voltei para casa para o terceiro banho do dia e para a terceira maquilagem e cabelo, mas dessa vez para partyar na já tão citada Kiss ´n Fly. Eu merecia!
Foi um dia e tanto!
Agradeço por estar viva, por me sentir viva. Se os ânimos estão em baixa ou alta, o que importa é que eles estão ali, sem dar passagem para a apatia e para a tão temida inércia. Hoje, após minha corrida no parque, fiquei por uma boa meia hora a observar a vista da lagoa e da cidade. Tenho já tanto a agradecer... Sentir medo, alegria, ter dúvidas... perguntar. Chorar, gritar, sorrir, gargalhar, machucar, perdoar. Querer. Poder. Amar. Isso é vida! Tenho tanto ainda para viver...
It´s not hard to grow when you know that you just don´t know...
Bom final de semana! Restam apenas mais três até o ano diamante!

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Ah, o casório...

Não escrevi sobre o casamento.
Foi lindo! E acho que só isso bastaria...
O casamento é uma instituição hoje fadada ao fracasso, segundo a crença popular. Se crença ou se fato, sábado presenciei a felicidade de um casal que merece o que o mundo possa oferecer de melhor!
Não preciso dizer que me debulhei em lágrimas - isso já era mais do que esperado - mas eles me fizeram acreditar um pouco mais no amor - e lhes disse isso já no meio da festa. O olhar apreensivo e quase tímido do noivo antes da sua já velha parceira adentrar com o belo vestido branco... foi a coisa mais fofa. Do banco da igreja pude sentir um pouco do frio da barriga do jovem casal. Era como se não se vissem há tempos... era como se tivessem se conhecido ontem. Brilho nos olhos e a promessa do "para sempre". Existe coisa melhor?
A noiva... Naquele altar eu ainda via a criança que tantas vezes brincou de escolinha comigo... A adolescente que ansiava pelo herói no cavalo branco... E hoje já com aliança na mão! Se Príncipe Encantado existe, o dela estava ali. Deu medo de virar gente grande. Daqui um tempo - ela disse que uns dois anos, pelo menos - sei que aquela barriga vai crescer e constituirão uma família. E lá estavam todas as amigas unidas, sorrindo, aplaudindo, algumas já até prometendo datas de seus casamentos... É uma nova fase. Para ela. Para nós. Para mim.
Não sei se um dia vestirei um véu - que não seja de nenhuma personagem de novela das 6, 7 ou 8 - mas sábado foi um divisor de águas de uma turma que ainda reluta em crescer, mesmo estando cada uma a um passo da verdadeira maturidade. Cada uma tem seu tempo, cada uma segue seu roteiro, com diferentes tramas e personagens. Mas que às vezes dá vontade de apertar o forward e saber o final do filme - ou da cena, pelo menos... -, ah, isso dá!
Foi lindo... é, dizer só isso realmente não bastaria!

Acabou!

1 de dezembro, finalmente!
Prefiro acreditar que a zica vai embora com este mês que acabou de ficar para trás!
Para completar os pesados dias de novembro, há apenas algumas horas arrebentei o meu cordão de ouro. Do nada! Fui apenas arrancar um fio de cabelo nele enroscado quando simplesmente, se partiu!
Também hoje cheguei em casa após um teste e ao tirar o curativo do meu ralado fenomenal, tudo se abriu novamente... Assim, passei o dia manca, sentindo um ardor irritante no joelho e na palma da mão esquerda que me impediram de correr no parque, recebendo caras de "meus pêsames" até na escada rolante do supermercado... Minhas pernas estão dignas de dó!
Além disso, amanheci toda congestionada e já mandei uma vitamina C logo pela manhã.
Não sei se é o modo de se enxergar as coisas ou se realmente o mês foi zicado... Quando supero um obstáculo, outro me derruba. Foi o que disse um amigo, quando escrevi no Facebook: "Nunca fui roubada na Praça da Sé. Nem no Anhangabaú. Nem na Paulista. Nem no Largo Santa Cecília. Mas fui roubada na Kiss ´n Fly! Isso é glamour?!" e ele respondeu: "Não que seja glamour, mas você poderia dizer que sofreu um ataque cleptomaníaco na Kiss 'n Fly... Glamour é mais a maneira como você apresenta as coisas, saca? ;)". Sim, saco. Mas meu mês de novembro não passei com o menor glamour nem boas notícias e não vou fazer média no meu próprio blog.
Pelo menos fui contemplada com um primeiro trabalho no segundo dia do último mês de 2010 e espero que, conforme dizem, depois da tempestade venha mesmo a bonança. Eu preciso tanto, mas tanto...

terça-feira, 30 de novembro de 2010

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Mereço?!


Segundo dia

Ontem demorei a pegar no sono... Era muita coisa na cabeça, uma mistura de sensações e emoções chamada ansiedade. E às 6:15h, inacreditavelmente, tocou meu despertador.
Às dez da manhã chegamos no set de filmagem: Circo Stankowich. Eu não adentrava em um desde a decepção com o Homem Bala em algum picadeiro na Amin Calil em Ribeirão Preto...
Primeira cena: Aline no começo de seu relacionamento quando leva Gregory para trabalhar como eletricista do circo. Segunda: a cena do parabéns no aniversário de dois anos de Samuel. Neste momento o sol estava a pino e o pequeno Samuel no colo, balança daqui, balança dali, um parabéns, dois "E pro Samuel nada! Tudo!", três apagar a velinha... Suei. E provavelmente dei uma distendida no músculo do braço esquerdo, já que me dói como se tivesse puxado uma carroça o dia inteiro... Não tenho o costume de carregar crianças, vocês sabem bem. Parada para almoço. Terceira cena, fugindo da cronologia dos fatos: Aline escrevendo a carta para o Gugu. Quarta cena - que não deveria ser a mais dramática mas por percalços do ofício, foi: Aline brinca com Samuel dentro de seu trailer quando escuta a gritaria sobre o acidente de seu marido. Saio apavorada do trailer, calço meus chinelos e corro em direção ao local. Acontece que... no meio do caminho... juntou-se o chinelo + a corrida + a tensão da cena + a ressaca pós-almoço + a vontade de fazer acontecer e chegamos ao resultado do maior tropeço da história! Dei com meus dois joelhos e as duas palmas da mão no chão. Levanto. Caos. Sangue. Ficou pele no asfalto... É quando você pensa: "*******!". Estava indo tudo tão bem... Depois de uma preocupação geral, recebi os primeiros socorros no local mas acabei indo parar na emergência do hospital que por sorte se localizava na rua lateral ao circo. Soro fisiológico... curativo... lágrimas... risadas... Eu não queria atrapalhar a gravação! Havia toda uma produção e todo um elenco esperando a protagonista que vos fala. Me senti culpada, senti medo de uma futura cicatriz, dúvida sobre o vestido curto recém-adquirido para o casamento de sábado, e senti raiva de... de ninguém, eu caí sozinha, oras! Voltei ao set. Respira. Maquilagem?! Por sorte, a cena até o um segundo antes da queda valeu e fomos para a cena final, a mais temida: a morte de Gregory nos braços de Aline. Após a gravação de um choque extremamente real, que deixou um vizinho preocupadíssimo, corri e gritei pelo meu marido que ia... e se foi. Ofegante, chorei. Tinha muita coisa acumulada dentro de mim, toda uma atmosfera e a cena foi que foi! No momento esqueci do meu joelho pela metade, da minha mão esquerda que ainda arde... Chamei ajuda, gritei e chorei a morte de quem tanto amava. "Corta!". Ainda com lágrimas escorrendo pela face e o coração acelerado, recebi os mais sinceros parabéns do diretor, que olhando em meus olhos, me disse: "Obrigado, Stella. E vou te dizer uma coisa... em 23 anos de carreira, poucas vezes falei isso para alguém, mas nunca vi tanto profissionalismo...".
Assim, vim embora para o Itaim com curativos no joelho direito e na mão esquerda, ralados na outra mão e nos pés, roxos no joelho esquerdo e muita satisfação de ter feito bem o que eu tanto gosto de fazer. Conquistei credibilidade, mostrei serviço e ganhei poderosos contatos na Rede Record. Não sei se zica ou sorte às avessas mas repito: nada é em vão. Nada!
Soro, gelo, Hirudoid, Merthiolate e Dorflex. Acho que por hoje chega! Me voy!
Esse dia fica para a história... Aliás, pesados dias de novembro, não?!
Acho que precisamos de um pé de pimenta e muito banho de sal grosso... Deve ter muito olho gordo em cima da gente. Eu, hein!

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Gravação

E de repente tudo faz sentido novamente!
Chega de bobagem, de paranoia, de papagaiada, de crisezinha! O meu problema eu já descobri qual é: o ócio involuntário da profissão! É isso! Bingo!
E como hoje tive um dia laborioso... deito com a consciência mais tranquila, mesmo sabendo que neste momento inaugura uma super balada sertaneja com show de Fernando e Sorocaba (odeio sertanejo mas adoro Bala de Prata e Ciumenta) e eu vou perder. Mas, ossos do ofício, e uma menina de família deve deitar e dormir em plena terça-feira à noite e não ficar partyando em festas open bar São Paulo afora...
Pela manhã montei minha mala já sabendo que não voltaria tão cedo para casa e fui até a já mencionada grande agência. Vários atores estavam lá para serem entrevistados e terem seus materiais entregues. Não sei no que vai dar. Dedos cruzados!
Almocei num por quilo qualquer e segui para a Record para uma gravação de dois dias que paga meu Blackberry (o roubado...), como protagonista, do quadro Sonhando Mais um Sonho do Gugu. Dentro da van com destino à Praça do Pôr-do-Sol e posteriormente ao Quality dos Jardins, tive o roteiro entregue em minhas mãos. E naquele momento começou a interiorização da personagem...
Vamos lá, a história real: Aline é uma contorcionista de circo que conhece seu futuro marido aos 17 anos. Casam-se e Gregory vai também trabalhar no circo, porém como eletricista. Tiveram seu primeiro e único filho, Samuel e quando este acabara de completar dois anos, Gregory morre eletrocutado. Uma tragédia! Aline então, passando dificuldades, escreve uma comovente carta ao Gugu, pedindo ajuda para consolidar o sonho da casa própria. Ele atende ao seu pedido.
Assim, hoje gravamos a cena em que Aline (eu!) acaba de ter seu bebê na maternidade e embebidos da alegria de formarem uma nova família, resolve dar o nome de Samuel ao pequeno. Foi comovente, embora com um ensaio e um take válido. Me assustei primeiramente quando, ao ter o bebê entregue aos meus cuidados, ele abriu o berreiro. Mas era fome! Uma mamadeira depois, ele voltou aos meus braços que nem um anjinho! Em seguida, aquela sala locada do hotel transformou-se no velório do marido. Nascimento e morte na mesma locação. Coroas de flores. "Saudades". Um caixão. Um ator de maquilagem pálida e algodão nas narinas. Sentimentos antagônicos que levaram a atriz às verdadeiras lágrimas. Tudo aquilo me era muito familiar... Os figurantes relataram que se emocionaram com minha tristeza, abraçada ao pequeno Samuel - agora de dois anos, apesar de o menino ter na realidade uns quase 4... -, que custou a parar quieto e várias vezes, por questão de segundos, quase me tirou da personagem. Um silêncio reinou no set mesmo após o "corta". Respeitaram o meu luto. Recebi os parabéns do diretor, que já conhecia o meu trabalho desde o "Um Homem Chamado Gertrudes". Me senti mais atriz!
Amanhã continua! A locação: o Circo Stankowich. A cena mais temida: a morte do marido... Mais lágrimas virão... Ainda bem que tenho muita inspiração para além do sofrimento de Aline... Experiência de vida ajuda muito nessas horas! Nada é em vão.
Eu preciso entrar logo numa emissora e trabalhar simplesmente t-o-d-o-s os dias! O foco é profissional!
Boa noite! E bom sertanejo para quem foi...

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Tempo

Dia 23 de novembro.
Passei o dia discutindo sobre o tempo. Sobre fases. Sobre idas e vindas. Sobre águas passadas. Sobre tempestades presentes. Sobre calmaria futura.
Meu pai hoje completaria 63 anos e pergunto: Como ele era quando jovem? O que ele almejava? O que queria sua geração? O que ele desejava para seus filhos? Será que o mundo já era assim?
Não tive tempo de descobrir essas respostas e hoje tudo o que eu queria era poder falar com ele, tirar pelo menos uma dúvida, que só um pai ou uma mãe podem sanar: o que eu estou fazendo de errado? Acredito que ele lá de cima assista a tudo e julgue com um olhar mais sábio do que nós terrenos... Será que julga? Será que me ajuda? Será que me aplaude? Como é que funcionam as coisas lá em cima? E como é que funcionam as coisas aqui embaixo? Porque eu não ando entendendo muita coisa...
As dúvidas nos fazem crescer, sabe-se bem, mas em um momento onde tudo é interrogação, fica difícil não querer voltar a ser criança e clamar pelo colo de papai e mamãe. Foi-se a fase! Te vira, playboy! Não é assim? Mas eu não queria que fosse assim...
Eu queria as soluções matemáticas, o resultado inteiro de x,y,z sem me preocupar com a cronologia das gerações que hoje são entituladas com letras. Se a Y está assim, tenho pena da Z... Meu irmão decidiu que não terá filhos pois o mundo está podre. Já eu, outro dia, quase incendiei os adolescentes no cinema que não pararam quietos com as gracinhas mais sem graça ao longo de um filme que exigia silêncio. Em um cenário de pandemônio pansexual, onde os significantes são muitos e os significados são parcos, "a estranheza tornou-se universal. Mas se todo mundo é estranho, então ninguém é", disse Zygmunt Bauman.
Devíamos resgatar heróis do passado? Devíamos criar novos? Ou devíamos desistir de vez dos ídolos e nos tornarmos nossos próprios guias? Em um mundo de ambivalências e celebridades, não encontro sumários, nem resumos muito menos bibliografia! Apenas o virar de páginas... páginas ora densas... ora vazias... rabiscadas... amassadas. Fica difícil escutar a voz da experiência. Que experiência é essa, se cada um tem seu próprio tubo de ensaio?
Mas sei que a leitura dessa epopeia continua! Quem sabe até vira filme?! E assim, só poderão criticar aqueles que na frente assistirem a tudo isso quando dirão: "que loucura!" ou "que obra de arte!".
Somos todos Macunaímas e a maioria nem sabe o que é isso...
Perdi uma importante referência masculina em fevereiro de 1994. Sinto falta de um ídolo que não fosse Ayrton Senna...

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Senna

Fechei meu final de semana sentada no Kinoplex assistindo Senna e derramando só mais algumas lágrimas...
É complicado lidar com a cronologia dos fatos, principalmente sabendo-se o final da história. Assim como em Titanic torcíamos para Rose e Jack ficarem juntos e o navio não afundar... ou assim como se teme a queda do avião sequestrado no 11 de setembro em Voo 93... passa-se o filme inteiro ofegante evitando o martelar do fatídico 1 de maio de 1994.
Me lembro deste dia apesar da pouca idade. Era aniversário de minha mãe. O Brasil não podia acreditar no que acompanhava ao vivo! Em um mundo tão carente de heróis, lá se ia o maior brasileiro...
Competir e ganhar era como uma droga: viciante! Ele sabia dos perigos mas não podia desistir. O gostinho da vitória não tinha nada igual, vitória que ele provou tantas e tantas vezes. Senna era um gentleman! Uma espécie rara... A humildade se estampava em cada sorriso, mesmo pilotando ao longo de sua vida, além da McLaren, jet skis, lanchas e Porshes... E que sorriso! Ao sorrir, fazia todo um país suspirar. Me recordo de almoços de família - em especial de um strognoff na casa de minha avó - para torcermos pela Fórmula 1. Uma vida levada tão cedo... Não era a hora... era? O esporte nunca mais teve a mesma emoção...
Todos saíram do cinema em silêncio. Dezesseis anos depois, o herói e sua trilha sonora ainda comovem... Vale a pena!

sábado, 20 de novembro de 2010

Um adeus precoce e várias lágrimas

Em apenas uma semana de uso, eu já havia desenvolvido uma relação muito próxima com meu Blackberry. Confesso que fiquei meio relutante nos primeiros três dias, evitando descobrir os atalhos e funções, ainda meio atordoada com tanta tecnologia. Mas a partir do momento que vi como rádio é a salvação da comunicação, que falar de Nextel para Nextel de mesmo DDD não custa nada e que bbm é muito mais prático do que ICQ, MSN e SMS juntos, me apaixonei e carregava meu celular como um bibelô... Já havia passado meu novo número para quem interessava e pedido para excluírem o número da Oi. Uma nova era com Nextel!
E ontem era um dia de celebração! Primeiro porque escolhi quinta-feira meu dia oficial de balada e segundo porque uma das melhores agências de atores de São Paulo finalmente me ligou para que eu leve meu material e façamos uma entrevista na terça-feira que vem. "Temos te visto bastante na televisão", disseram. Assim, fui para a casa noturna que me acolhe toda semana, especialmente porque não tinha nenhum compromisso nesta sexta.
Depois de muita música e boas risadas, entro no carro rumo a minha cama quando abro a bolsa e não encontro o meu querido Blackberry. Desespero. Conferi mais uma vez. Nada. Revirei a bolsa. Não dava para acreditar! Roubaram o meu Blackberry em plena Kiss ´n Fly! Lágrimas... e quantas lágrimas! Nem havia pagado a primeira parcela... dez ainda virão de um aparelho que agora pertence a algum ladrão... Com raiva de Deus e o mundo e principalmente me martirizando por ter levado meu celular para a balada - o que nunca faço mas ontem pareceu necessário -, cancelei o número e fui dormir já inchada de tanto chorar. Sonhei o tempo inteiro com meu querido, que o haviam encontrado e que tudo não passava de um pesadelo... Mas ao acordar, me deparei com o Ching-Ling sobre meu criado-mudo e constatei mais uma vez o quão triste é a realidade. Pulei da cama, vesti a primeira roupa que vi e resolvi parar de sofrer, passar uma borracha no passado e rumar ao futuro brilhante com um segundo aparelho, enfiando a mão no bolso, fazer o quê! Após andar uns vinte e cinco minutos pela Faria Lima, chego na loja da Nextel e tenho a feliz notícia de que o sistema se encontrava fora do ar, em todas as lojas da cidade. E assim ficou, até às 19h, hora em que fecham as lojas que reabrirão apenas na segunda-feira.
Resumindo... eu me ferrei! Sem ninguém para passar a mão na minha cabeça. Podendo ter perdido algumas ligações nesta sexta-feira. Sem previsão de trabalhos para as próximas semanas. Um prejuízo sem precedentes. "O que posso fazer para te animar?", se preocupou um querido amigo depois de sentir minha tristeza ao longo do dia. "Deus dá em dobro", me disse um outro. Será?
E assim entro com o pé esquerdo no meu final de semana... Após um dia de jejum - eu perdi o apetite, acreditam? -, me atraquei na comida e nas barras de chocolate que há meses enfeitavam nossa mesa na cozinha agora à noite. Não deu para segurar.
Complicado... Dog days happen!
Ainda bem que já vou dormir e amanhã será um novo dia, de um novo tempo, que começou... nesses novos dias, as alegrias serão de todos, é só querer...

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Corrida o dia inteiro

Não sei se isso se chama organização ou paranoia, mas sempre fui metódica com horários. E desde que cheguei a São Paulo - o que naturalmente causaria uma pane geral e um natural relaxamento com o relógio - me tornei a pessoa mais pontual do universo. Tá, mentira, confesso não poder competir com os ingleses nem japoneses, mas pontual, eu sou! E isso é uma tarefa árdua, já que a cidade conta com vários agravantes como chuva, trânsito, sequestro, enfim. E hoje estava tudo cronometrado na minha cabeça! Minhas oito horas de sono, meu almoço, meu banho, minha maquilagem, meu cabelo, minha ida até Santa Cecília para trocar os dvd´s book que não vieram exatamente como pedi, minha ida até a Barra Funda e minha viagem até o SBT. Mas... no meio do caminho... a 9 de Julho não andava. E isso ferrou todo o meu cronograma! Chegando no metrô Santa Cecília às 14:35h, eu tinha exatos 25 minutos para ir de encontro aos meus dvd´s, fazer as devidas trocas, voltar para o metrô, andar duas estações e desembarcar na Barra Funda. Ouviu bem? 25 minutos. E nessa vida, meu amor, a gente faz render cada tic-tac do relógio! Corri. Mas corri... Suei. Suei mais ainda. Com os cabelos molhados, desviava das pessoas nas calçadas que de acordo com Murphy pareciam estátuas. Dei alguns empurrõezinhos, levei algumas broncas, mas às 14:57h estava com os pés onde deveria estar. Rádio daqui, rádio de lá (sim, porque agora tenho Nextel e estou sendo muito bem-vinda ao clube!) para saber de onde saía o ônibus de funcionários para a emissora. Quando finalmente consegui achar a bendita plataforma 8, ofegante igual a uma louca desvairada, vejo um Osastur passando ao meu lado. Olhei para ele. O motorista olhou para mim e buzinou, querendo dizer: "Mocinha, você vem?". Continuei correndo. E sim, era o ônibus onde eu precisava subir... Foi embora. Rádio mais uma vez e a agência me passou o caminho alternativo. Subi no trem, passei por estações nunca dantes navegadas, perguntei, procurei, andei, corri e ufa, subi num ônibus em um lugar que não faço nem ideia de onde seja. Desci na estrada. Andei uma passarela. Peguei uma lotação na estrada. Aportei no SBT às exatas 16h. Ninja! Depois de muito respirar e de dar folga para os batimentos cardíacos, retoquei minha maquilagem, comi um Polenguinho para não cair de hipoglicemia e vamos encontrar a produtora de elenco? A encontrei nos corredores, fui levada para uma sala e tenho a grande surpresa de ser novamente apresentada para alguém que já me conhecia de um teste enfadonho de uma outra emissora do ano passado... Coincidência? Mas lhe disse que muita coisa mudou, muita coisa aconteceu, eu mudei! Conversamos sobre possibilidades, entreguei meu material e agora é cruzar os dedos para a introdução da música Black Balloon do Goo Goo Dolls que está no menu do meu dvd agrade a quem assistir! Não sei se esse reencontro foi positivo. Talvez melhor se fosse um produtor novo? Não sei... não sei. Só o tempo dirá! Saí de lá com uma question mark na cabeça mas resolvi não pirar na batatinha. E não vi ali nenhum traço da crise do Senhor Sílvio Santos e do Banco Panamericano. E ainda tive tempo de chegar a um teste na Cidade Jardim que finalizava às 19h... Depois de algumas ceninhas improvisadas, voltei para casa às 20h ávida pelos meus tênis e fui descarregar tudo o que se acumulava aqui dentro: cansaço, medo, ansiedade, carência, esperança... Corri com uma velocidade inédita embalada pelas melhores músicas...
Foi um dia e tanto!

Suada, irritada, acabada, mas pontual. Isso sempre!

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

É por isso também que amo São Paulo...


A multidão para ouvir a cantora americana. Era muita gente!


Voltei!

Estou há exatos 36 minutos pensando no que escrever... Me falta inspiração. Ou talvez sobre medo da polícia que ronda o mundo virtual... Tenho vontade de me abrir e imediatamente me fechar, de cantar conquistas e possibilidades misturado a ganas de apagar certos sentimentos para não me expor tão cruamente. Para alguns isso se confunde com exibicionismo. Para outros paranóia. Mas para mim isso é terapia.
A sala está escura e iluminada apenas pelas luzinhas da árvore de Natal. Depois de anos incontáveis, montei novamente uma! O feriado foi tranquilo e tivemos tempo de fazer tudo o que planejamos na capital cinza e vazia. E sábado foi dia de almoçar em alguma opção barata pelos arredores de casa e comprar a árvore de 1,5m com todos os efeites que ela merecia, ampliando assim a sensação de "lar, doce lar!" no apartamento do Itaim. Me lembrei das vezes em que eu, criança de tudo, descia sozinha até as Lojas Americanas no centro de Ribeirão para comprar os enfeites que faltavam para animar a casa no último mês do ano. Mas este ano tive companhia! E agradeço por isso! Ligar o pisca-pisca na tomada é um prazer assim que o sol se põe...
Fomos ao cinema, corremos, alguns restaurantes, show gratuito de Jesse Harris e Norah Jones e sua voz aveludada no parque, muita conversa, muita risada, muito sono, muitos sonhos, muita cama... O despertador não teve voz ativa nesses últimos dias! Declaramos a nossa própria independência no feriado de Proclamação da República mas depois voltamos atrás, porque a gente depende de muita coisa... A gente depende de gente. A gente depende é da gente, isso sim!
Sei que ainda é cedo para fazer o balanço de 2010 mas agradeço todos os dias as oportunidades que tive e que graciosamente continuam me aparecendo. 2010 ainda não acabou! Às vezes parece filme e tenho medo de contar vitória antes da hora. Mas para mim, nesta altura da vida, ter esperança já é vencer.
Por que digo isso? Pois amanhã irei munida de meu material todo refigurado e com o coração mais aberto do mundo conhecer a produtora de elenco do SBT. Pode ser uma questão de empatia. De simpatia. De necessidade... E daí, tudo pode acontecer! Às 16h baterei nas portas da emissora que pede arrego...
Passei os últimos dias da semana passada postando meus vídeos da Brinquedos Bandeirante no Youtube, Facebook, Orkut, aqui no blog... Que orgulho!
Me disseram outro dia que autoconfiança era tudo. Para se ter boas ideias, conquistar oportunidades, fechar grandes negócios! E esta eu digo que não perdi jamais! Mas a confiança no outro... este sim pode ser um problema! Mas enquanto isso, continuo a ter a tão famigerada paciência, respiro fundo, procuro acreditar no horóscopo quando a mente se limita ao realismo e não fico parada. Tu dormes e o tempo anda...
Grandes coisas virão!
Em 2011, a coisa vai ficar séria. Eu já disse isso, né? Eis o segredo do Segredo!
Boa quarta-feira!

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Palavras ao vento

Nunca o mundo se comunicou com tamanha velocidade como hoje. Nunca pessoas em extremos opostos do globo conversaram com tanta eficiência. Nunca pessoas se viram, mesmo que a léguas e léguas de distância umas das outras, com a exata nitidez que nossas webcams hoje oferecem. Nunca digitou-se tanto. Nunca seu celular tocou ou apitou tanto como hoje toca e apita. Nunca imaginou-se que a disseminação de ideias chegaria ao patamar que hoje se encontra, amparadas em twittadas, blogs, posts, scraps, bbms, SMS, tudo em questão de segundos! No entanto, a palavra perdeu qualidade e se confundiu com quantidade... Digita-se muito. Conversa-se pouco. Entendemos menos ainda...
Numa mesa de restaurante: o pai, a mãe e a filha de 3 anos. Uma suculenta massa na mesa, os copos cheios. Os pais trocam algumas palavras - talvez porque o restaurante ainda mantivesse a qualidade da tradição e o prato estivesse de morrer - mas enquanto o almoço acontece, Xuxa se faz presente pelo dvd colocado na frente da criança, sentada em seu cadeirão. Mas era domingo. Almoço de domingo! A Xuxa devia estar com Sasha, na sua mesa de trinta lugares na extinta Casa Rosa, não naquela trattoria. Não dialogando virtualmente com a pequenina, silenciosamente obediente em sua bolha. Por que virtual se não real?
Sala de estar: a mãe e a filha, ambas de banho tomado após um dia laborioso. A mãe assiste atentamente à novela, enquanto escuta-se, a alguns passos ao lado, o tilintar das teclas do laptop que não param. Uma redação é escrita em cada caixa de diálogo, não sabe-se bem o quê nem com quem, mas janelas piscam a cada minuto e uma nova conversa é iniciada. Mãe e filha mantêm-se em silêncio. Uma não sabe do dia da outra. Não sabem dos problemas. Nem das novidades.
MSN: Um aqui outro lá. Escreve-se, escreve-se, hahaha aqui, rs ali, comentários, histórias, convites, elogios. Palavras escritas, não ditas nem escutadas muito menos executadas. Palavras não mencionadas, como se não existissem. De momento. Descartáveis. Fala-se muito e quer se dizer tão pouco... A prática não segue o discurso e sabe-se lá porque então conversa-se tanto.
Mas... conversa-se?
Num mundo de limite de caracteres, as verdadeiras palavras perdem terreno para leviandades e para abreviações internéticas. Estamos já no findar de 2010 mas para mim as palavras ainda machucam. Ensinam. Palavras vendem sonhos. Criam desejos. Transmitem emoções. Contam experiências. As palavras não se perdem já que salvas pela memória, mas nesta sociedade do "novo novo" e da enxurrada de informações, a memória é curta e necessária quando convém. Ouve-se muito e escuta-se pouco.
Mesmo em tempos onde a liberdade de expressão é um conceito basilar da humanidade iluminada, ainda temos que segurar as palavras e manter um jogo de aparências. O politicamente correto ainda policia os pensamentos e sentimentos, e até o chorar é visto como uma fraqueza do sujeito. Assim, como em uma brincadeira de adivinhações, tentamos decifrar razões por detrás das palavras mal ditas, sentimentos mal expressados e promessas não cumpridas. Nem sempre o mundo está preparado para ouvir as suas verdades. Ou as minhas, sei lá. Por que falar se não se sente? E por que não falar se realmente se sente?
E ter um blog me faz pensar: será que devo continuar a escrever, mesmo que guardas rondem minhas divagações e fantasmas gorem minhas convicções?
Prefiro o silêncio às palavras ao vento. Palavras não são lixo. Hoje, as bem ditas são luxo....

domingo, 7 de novembro de 2010

O chá de cozinha

Vivendo e aprendendo.
Hoje embarcamos 5 meninas em uma van que supostamente deveria ir completa rumo à fazenda. Cada uma com seu presente em mãos, utensílios utilíssimos para um jovem casal, sem saber direito o que é que nos esperava. Sacrifícios foram feitos, pois foi-se o tempo em que as agendas de tempo e espaço eram mais próximas, mas não poderíamos perder nosso primeiro chá de cozinha por nada. Como eu disse para a noiva, "só se a Globo me chamasse".
Todas muito urbanas, encaixando seus saltos altos no chão de pedra, pedindo repelente contra os mosquitos ávidos por sangue novo, espantando a abelha aqui, tirando o besouro do cabelo, se assustando com libélulas ali e melando com o mormaço que reinou após dias de chuva na região.
Taças cheias, guloseimas por todos os lados e começam as brincadeiras com aquela que em breve, terá um novo sobrenome. Acertar os presentes e quem havia os dado. Errou? Bebe! - de uma caneca de um formato politicamente incorreto que também assustava a avó já preocupada com o que a neta era "obrigada" a tomar. Uma carta da irmã que está longe e lágrimas incontroláveis escorriam pela face da noiva, da mãe da noiva, das primas e amigas da noiva. E bebe "para esquecer" a saudade. Perguntas sobre o noivo e se errar, cadê a caneca? "O que ele mais gosta em você?" e ela respondeu: -"Ah, hoje acho que minha bunda!", enquanto ele docemente respondeu: "O jeito meigo de dizer que me ama"... E dá-lhe risada! A noiva entrou na fonte para pegar um dos três peixes com a mão, dançou no ofurô, teve no corpo desenhos "obcenos" feitos com batom, fez declarações de "como é grande o meu amor por vocêêêê" à mãe e discursos de amizade às amigas ali cativas, relembramos histórias de um passado ainda muito presente, como a dor de barriga na escola, as festinhas escondidas do pai, os amassos escondidos de todos, e assim vai... Resultado final: vodka faz mal a quem só bebe cerveja, pois a noiva passou mal, mas se recuperou e acabou a noite dançando seu sertanejo preferido; beijos, abraços, risadas e lágrimas, que jamais serão demais; laços cada vez mais apertados; quilinhos também a mais adquiridos com tanta pizza, hot dog, churros, cheeseburguer, bolo, cascata de chocolate, frizante, cerveja, refrigerante; aprendizado sobre chás de cozinha; medo de crescer e de repente não encontrar a felicidade que aquela linda noiva desfrutava; indagações sobre amor e casamento; respostas esperançosas.
Ainda me lembro de quando brincávamos de escolinha... da primeira vez que fomos ao shopping e nos sentimos tão adolescentes quando nem seios ainda tínhamos... das colas que eu passava para ela nas provas... das lapiseiras incrementadas com que ela me presenteava... de contarmos nossos primeiros beijos... nossos primeiros amores... E a coisa foi se complicando. Nós continuamos crescendo. E hoje a vejo, com aliança na mão, eufórica com a festa, com o vestido, implorando para ligar para o noivo no auge da bebedeira. Eu sempre soube que ela seria a primeira a casar. Eu sempre soube que estaria ali assistindo, sorrindo e aplaudindo, mesmo com as vidas tomando rumos tão diferentes. Eu amo a noiva. Eu amo minhas amigas.
Amizade, amor e casamento. Que sejam eternos enquanto durem! E que durem para sempre!

sábado, 6 de novembro de 2010

O.M.G!

Uma semana tão curta e tantos aconte- cimentos... A cabeça tem dificuldades de sintetizar os detalhes e as surpresas que envolvem a surrealidade da coisa.
Quarta regra- vei as apre- sentações para o site da produtora, desta vez sem chuva nem trovoada, apenas com mudança no figurino e o texto ainda na ponta da língua. Assim, acrescento mais um ítem no currículo e mais um material para portfólio. Os passos são curtos mas hei de achar o pote de ouro no fim do arco-íris...
Quinta-feira - que parece um prolongamento do dia de hoje, já que fechei os olhos por apenas duas horas e meia - foi a noite de David Guetta e Black Eyed Peas na Kiss ´n Fly. Incrível. Surreal. Ter Fergie, Will.I.Am, Akon e David Guetta a apenas alguns metros de distância, tocando simplesmente as melhores músicas de balada possíveis e rodeada das melhores companhias na melhor casa noturna de São Paulo não teve preço. Eu quero de novo... Dá para dar replay?
O telefone tocou para alguns eventos - não aceitei nenhum - e para uma terceira chamada de um casting em Santo Amaro para um cartão de crédito que já fiz semana passada e obviamente recebi mais um "não".
A passagem aérea para meu Reveillon em Punta del Leste já está comprada e ao brindar 2011, a história vai ficar séria. 2010 foi o ano dourado. 2011 é diamante. O céu é meu limite.
Depois de demorar duas horas suadas e meladas para chegar até a rodoviária, me encontro agora em terras caipiras - e agora molhadas - até segunda-feira.
E enquanto o mundo dá voltas, piruetas e twists carpados, assisto aos últimos meses de um ano já inesquecível, me surpreendendo com as maravilhas que a cidade grande me oferece: frio na barriga, pessoas, oportunidades, caminhos traçados, sonhos realizados. As coisas mais importantes na vida não são as coisas...
Bom final de semana!

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Sun In My Eyes (Myomi)

I’ve got to get out of whatever I’m in
Find a point with my way back to the beginning
I’ve had it up to here with being nowhere near
I’m through with making do,
I’m cutting to a point that’s new
‘Cos I am on the threshold of some brighter thing
Not many understand that all I wanna do is sing
My words hold me in place, they help to keep me safe
Push my back against the wall and catch me, if I fall
Catch me, if I fall
With the sun in my eyes and the world at my feet
My love’s in the music, the music’s in me
‘Cos what goes round comes back around
With the sun in my eyes and the world at my feet
My love’s in the music, the music’s in me
The sun in my eyes...