terça-feira, 12 de abril de 2011

Porque 5 + 2 nem sempre é 7

Meu primo nasceu no mesmo dia que eu, seis anos depois. Confesso que não gostei da ideia de dividir a data com um outro alguém tão próximo, dividir o "Parabéns Pra Você...", dividir a mesa do bolo, dividir as atenções... Dezenove anos depois, vejo que o ciúme foi desnecessário. O 11 de abril ainda é meu. E eu faço o que eu quero e me reivento como desejo. Eu junto quem eu amo e me abraçam do jeito que mereço. Eu choro e como agradeço! Eu como bolo e brigadeiro mesmo! Eu não tô nem aí! Aniversário é tão bom, que só se comemora uma vez no ano. Posso me sentir especial pelo menos durante um dos tantos 365 dias? Posso? E fazer 25 não é pouca coisa, não. Procurando números cabalísticos e planejamentos de longevidade, chegaram à simples conclusão de que, se Deus quiser, completei hoje 1/4 da minha vida. Apenas 1/4. Tem tanta coisa mais por vir... Mas me disseram que hoje estou mais perto dos 30 do que dos 20. E o que isso quer dizer? Quer dizer que a brincadeira tomou a máscara de coisa séria. Quer dizer que ser aos 25 é muito mais do que ter aos 25. Quer dizer que felicidade não se compra, se planta, é para a sua própria subsistência... Quer dizer que eu não me torno mais velha, mas sim mais interessante. Não resolverão mais os meus problemas e para isso encero minha cara de pau quando preciso. E não posso mais bater o pé para ter o que quero, preciso é bater no peito. Quer dizer que devo ainda sonhar e correr atrás porque o chão é raso e as asas largas... O céu é meu limite. Não preciso fazer média e nem me fazer-los engolir, porque a diferença entre ser e fingir é o valor de um cachê. Idade é só um número e eu sou da área de humanas e aqui não existe exatidão, não existe planilha, nem HP que chegue a algum resultado final. Eu sou uma equação sem resultado. Completar 25 anos não significa nada. Mas ter vivido os meus 25, ah, isso muda tudo. Eu sou assim mas não me imaginava assim aos 25 quando completei meus 18 anos. A verdade é que eu nunca me imaginei além dos 18 e acho que aquela adolescente ficaria surpresa ao me ver aqui, ali, assim, assado. Felicidade não se mostra, não se qualifica, não se quantifica e nem se traduz. Felicidade se sente. Já o medo se mostra tanto, mas tanto, que se esconde. Se qualifica e toma proporções de gigante. E agora estou assim, uma mistura inacabada de felicidade e medo, do que foi, do que vem. Falam que de agora em diante o tempo voa. Mas vou agarrar o tempo com as unhas mais afiadas e se baixo ou alto, vou voar junto com ele. Eu já tenho 25 anos! Eu só tenho 25...