terça-feira, 31 de agosto de 2010

Filha Diná?

Eu disse! Eu disse!
Quando vi que meu celular tocava às 14:19h e era da agência do comercial do refrigerante, suspirei e atendi com toda a certeza do mundo de uma boa notícia. E ele me disse: "Stella, parabéns, você está editada. Te daremos a resposta amanhã e gostaria também de te parabenizar por ter conseguido ir ao teste e com certeza esse teste vai te abrir muitas portas aqui na agência e na sua carreira de atriz..." e disse outras coisas sobre os produtores do casting que não posso traduzir em palavras porque na verdade não me recordo exatamente do que foi falado. E a partir de então, eu, meus nervos e a vontade de comer o mundo - e comendo grande parte do damasco e queijo brie nele existentes -, aguardamos o dia de amanhã...
E o engodo de ontem chegou ao melhor resultado. Cecília Meirelles estava certa sim de que é tempo de isto e aquilo: muda-se a data do vídeo institucional para semana que vem e a SOGESP será cumprida de cabo à rabo, minha cama no hotel será utilizada, o café da manhã tomado com muito prazer, os pés quase necrosados das 7:30h às 19h durante três longos dias e entre mortos e feridos, salvaram-se todos! Ainda bem que não me desesperei cancelando o evento... ainda bem que respirei e resolvi aguardar o veredito final. Cautela é mesmo uma virtude! Quem desdenha quer comprar... comprei!
Fui também finalmente na agência Princípio do Talento. Conheci a booker, fiz meu cadastro, recebi recomendação sobre novas fotos - mas tentaremos primeiro com essas, que "estão lindas mas muito modelo"- e mais um ítem riscado da minha lista de afazeres!
Na volta, depois de esperar meia hora pelo Rio Pequeno - Ipiranga, parei num sebo e comprei Madame Bovary e O Retrato de Dorian Gray. Confessei ao livreiro que estava me sentindo burra e que precisava recorrer aos clássicos, àqueles que desde sempre eu me martirizava "Tenho que ler! Tenho que ler!"... Fui correr, fiz meu pé, comprei vitamina C, fiz meu jantar, assisti à belezura de um ator do qual nunca tinha visto nem ouvido falar, André Bankoff, na Marília Gabriela e finalizei a noite com o cult America´s Next Top Model.
Minha garganta não está legal... e vocês sabem que ela é o melhor termômetro da minha saúde... Isso me preocupa. Mas já era mais do que esperado...
Descobri que preciso de um descanso. Não físico mas principalmente mental. Nem no travesseiro eu descanso há meses e há tanto a fazer, tanto a tentar, tanto a pensar, tanto a comprar, tanto a dizer, tanto a procurar, que a estafa começa a bater na bunda. Se eu conseguir este trabalho do gaseificado, olha, eu juro que vou me dar um "presente" relaxante. Não sei qual, mas eu tô precisando... além de tudo, merecendo... Nesta vida não existe nada de graça. A gente paga por tudo diariamente...
Hoje, conversando com um amigo que confessou fazer questão de ter um coração de pedra em meio à desanimada música na Festa do Branco no Terraço Daslu, confessei que o meu é de gelo, com chances de se derreter... Mas o caminho a ser perseguido pelo aquecimento global parece longo até chegar ao degelo... E coincidentemente, ao parabenizar o um quarto de século de uma querida amiga no telefone e contar que a carreira está ótima, recebi a pergunta: "E o coração?". É... neste aspecto a teoria ceciliana não me contempla... ainda parece difícil ter isso e aquilo... Mas confesso que por enquanto, o isso é mais do que suficiente! Veremos até quando as calotas polares aguentarão firme e forte nos seus pólos gélidos e intocáveis...
Torçam por mim! Eu espero ter uma notícia extraordinária amanhã. Posso fazer até um plantão da Globo aqui no blog!
Beijo, beijo!

Evento Medieval


Eu disse!

Dormi muito bem, obrigada. Até que toca o celular e começa o drama da manhã.
Lembra-se da agência que me ligou semana passada perguntando se eu estava na Colgate, a respeito de um vídeo institucional? Pois bem. Me fizeram a oferta do trabalho. Data: sexta-feira. Só para relembrar, quinta, sexta e sábado já tenho fechado há quase dois meses o congresso da SOGESP, envolvendo além do compromisso e amizade com a cliente, a reserva no hotel próximo ao pavilhão. Sem ter muito tempo para pensar e com o cérebro ainda tomado pelos sonhos, falei sobre a impossibilidade da data. Me prometeram tentar uma mudança com o contratante. Prontamente já liguei para a responsável pelo congresso, perguntando se poderia colocar uma amiga no meu lugar no segundo dia de evento. Não, não posso. Liguei para minha mãe, para ela me dizer o que pensava... também não foi de grande ajuda... falei com um amigo também ator sofredor que me aconselhou a pegar o vídeo institucional, lógico. E foi quando pensei: "Meu! Quer saber? Que se ****!". Estou no aguardo da resposta sobre a possível troca, na ânsia de se ter isso e aquilo. Mas, caso o "e" tenha que ser trocado pelo "ou", vocês já sabem minha escolha... os eventos estão em último plano. E que fique aqui registrado meu compromisso em nunca mais pegar eventos além de uma diária, com uma exceção que já me preocupa: os 14 dias de Salão do Automóvel... O cachê vale a pena? Vale. Mas quantas e quantas vezes meu celular não vai tocar no penúltimo mês do ano? Não vou cantar a bola antes da hora, mas... quantos testes e quantas oportunidades serão perdidas? Neste caso vale trocar o certo pelo duvidoso? Só o tempo dirá...
Mais uma vez fiz o milagre de Jesus e tomei meu café da manhã, extraindo as raízes da geladeira já vazia e o caule da fruteira às moscas. Fui buscar meu Certificado de Capacitação Profissional no SATED, onde, se comparado ao que me foi concedido ano passado, mudam-se apenas a data e o "provisório" que evoluiu "efetivo". Saindo de lá, feliz, saltitante e sorridente, voltei para o Itaim para resolver trâmites bancários quando o celular toca... e toca... uma feira em novembro? Não faço mais feiras. Um evento dia 1 e 2? A data já está preenchida. Já foi escalada para o casting hoje de um refrigerante? Ainda não. Voltei para casa pulando os planos de seguir para o supermercado, tive um almoço bem pobre composto de arroz, carne moída, ovo frito e tomate - o que acabou de vez com as possibilidades a serem oferecidas pela geladeira -, tomei um banho e me arrumei voando para o teste marcado às 16:40h na mesma produtora que estive alguns dias atrás para o teste da Caixa Econômica. Quinte minutos atrasada devido ao Heliópolis que demorou a passar e eu era a última das vinte concorrentes do dia. Um retoque na maquilagem e entro no estúdio. Claquete. Sorriso. Sorriso sem dente. Perfil esquerdo. Perfil direito. Situação. "Perfeito!". Posso estar enganada, cheia de si, mas saí de lá com o good feelling da Colgate... não sei... devia guardar isso para mim mesma, evitar as mandingas, o olho gordo e o tombo do cavalo, mas prefiro registrar para que, vai que dá certo, ser a nova vidente do Brasil. Para começar quando o maquilador me disse: "Você é uma forte concorrente, viu!", após maquilar outras 19 mulheres; o comercial será veiculado no México e coincidentemente eu estava com uma blusa florida toda chicana; aquele se tratava de um segundo casting, já que o cliente descartou todas as possibilidades da primeira leva da semana passada - o mesmo aconteceu com o teste de última hora da pasta de dente. Enfim. Dos últimos testes que fiz, não saí satisfeita. Deste sim. Com a esperança de que é possível. Não seria nada mal para meu currículo... Nem para minha conta bancária... Muito menos para meu ego. Torçam aí! E já garanti meu ganha-pão do dia com o cachê-teste.
Voltei para casa quando o tempo virava em São Paulo. Fui correr no meu querido e saudoso Ibirapuera, voltei a fazer meus abdominais abandonados desde o fatídico acidente, fui ao supermercado, vi um pouco de tv, assisti ao lendário curta do ano passado "Ponto de Ônibus" - que agora se chama "A Espera" - e constatei o óbvio: melhor nem usar como material porque minha sobrancelha estava simplesmente bizarra na época. E agora vos escrevo, cansada e sem saber o que virá amanhã. Também aguardo resposta de uma propaganda de um banco, veiculação 4 meses na internet, cachê gostoso, com gravação prevista para 1 ou 2 de setembro. Eita semaninha cobiçada, viu! Torço mais do que tudo para me ausentar da SOGESP... As ligações estão ficando cada vez mais interessantes, especialmente para quem um dia brilhava os olhos ao receber propostas de R$150,00 para uma recepção...
Vivo um triângulo amoroso: eu - meu celular - meu laptop. A gente ainda vai ter muita história para contar...
Boa noite!

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

COLGATE TOTAL 12

E dá-lhe corretivo!

Eu sempre fui muito discrente em relação a horóscopo e essas coisas, até o dia em que ele mereceu até uma postagem no blog, quando me assustei com tamanha semelhança das características do ariano e as minhas. E essa semana fui surpreendida duas vezes com os dizeres do Sapo Astral no Facebook. Na sexta-feira, ele me disse: "Procure dar maior atenção ao ser corpo e à prática de exercício físico". Já no sábado pulei da cadeira ao ler: "Uma bateria, quando descarregada totalmente, é de mais difícil recuperação. Não deixe que tal aconteça consigo. Procure regrar o seu descanso". Serviram melhor do que luvas de couro!
Minha mãe me cobrou a atualização das novidades mas posso te garantir, com total credibilidade, que me faltou tempo nos últimos dias. Semana braba!
Sexta-feira acordei cedíssimo para o trabalho no evento medieval. Às 6:40h estava de pé, sendo que não totalizei minhas queridas estimadas e necessárias horas de sono. Segui até a agência e de lá pegamos a estrada para Ribeirão Pires - era essa a cidade da qual não me lembrava na postagem anterior. Depois de trânsito parado, rotas alternativas, mapa confuso, estrada confusa e informações difusas, chegamos meia-hora antes dos convidados chegarem. O evento: comemoração de 4 anos do SAC da Unilever com tema surpresa num "castelo medieval".
Para mim, anágua e um vestido de época lilás, pomposo, cheio de pérolas, parecia que feito sob medida! E dez milagrosos minutos para a maquilagem. Meio-dia estávamos na porta, aguardando os convidados que chegaram em dois ônibus. Do chão já víamos a empolgação daqueles olhinhos grudados na janela. "Oi, princesa!", diziam, tirando fotos e entusiasmados com a decoração do lugar. Eu teria adorado o presente da empresa caso fosse um dos atendentes do telemarketing... Uma carruagem com um belo cavalo branco de tranças; um almoço delicioso; 4 danças medievais; Jogando No Quintal; um coffee break recheado de doces frutas e embalado por músicas que fizeram a galera dançar mesmo sem uma gota de álcool. Sete da noite, fim de evento! Eu já estava cansada e exausta só de pensar em pegar estrada novamente e ainda decorar os três últimos textos para o teste de sábado para a Brinquedos Bandeirante. Brindamos com uma cervejinha e já cochilei no carro. Chegamos em São Paulo às 21:30h, comi um temaki do lado de casa, tomei meu banho e sentei na cama às 23h lutando contra o sono e contra as letras que se embaralhavam. Era sexta-feira, eu tinha um convite de aniversário, um camarote na Kiss n´Fly e eu estava em casa, com a ideia confortante de "no pain, no gain!". Guardei um último texto para decorar pela manhã, pois decorar trechos como "o carrinho com controle remoto tem um visual ultra moderno, com spoilers, aerofólio e conjunto ótico para lá de esportivos [...] tem duas marchas, pra frente e ré e o volante é todo incrementado com luzes e módulo eletrônico com vários sons integrados" ou "esse novo quadro com suspensão traseira regulável. As rodas aro 14 também são novas, com pneus off-road mais largos para encarar diversos terrenos. Elas tem freio v-brake traseiro, cobre corrente integral, paralamas dianteiro e traseiro, além de rodinhas laterais removíveis" tendo prazo e estando extremamente estafada não é mole não!
Sábado toca o despertador, fiz um aquecimento de voz para tentar camuflar a voz fanha, o nariz entupido e o pulmão carregado, decorei o que tinha que decorar, repassei o que em breve seria gravado e fui para a produtora. Nos 35 minutos de ônibus, tentei retomar os textos mas decidi que um cochilo seria mais proveitoso. Achei que aquilo duraria a tarde toda e até me programei de ir direto de lá para a inauguração da nova residência adquiria por um querido amigo de faculdade. Doce engano! Em record 1 hora e dez minutos, gravamos os 5 textos dos 5 diferentes produtos e eu estava liberada. "Você acha que eles vão gostar?", perguntei ao produtor. "Eles já gostaram". "Espero que dê certo!", assim me despedi. E ele respondeu: "Vai dar.". E sábado estava um dia lindo! E foi aquela velha história... eu estava feliz... sábado... dia de bebemorar - apesar de acabada... já contando com o cachê caridoso deste novo provável trabalho e comprei 2 colares, um brinco, uma blusinha e dois vestidos numa loja incrível perto do metrô Santana. E aí começou a comemoração...
Revi meus amigos de faculdade pela segunda semana consecutiva, lágrimas rolaram de tanto gargalhar e mais uma vez me impressionou a evolução dos tempos, daqueles que um dia moraram em penumbrosas repúblicas na Franca do Imperador e agora adquiriam confortáveis casas na Vila Madalena. A gente merece!
Cheguei em casa já passada as 21h e começamos os preparativos dessa que seria a melhor festa - do Branco - no Terraço Daslu. Outro engano, só que desta vez, amargo! É bom fazer essa experiência caso nunca tenha feito: não beber em uma festa onde todos parecem transtornados. Reparamos nos detalhes, nos tristes detalhes de uma balada. Notei como as mulheres estão assustadoramente montadas: nariz falso, peito falso, bunda falsa. Fora o festival dos saltos mais altos e dos vestidos mais curtos... Até que vi uma cena bizarra: uma gordinha que dançava efusivamente com seu paquera - sim, não era namorado - e começou a descer... descer... até chegar nas partes de baixo daquele que estava a sua frente. Isso no meio do salão. Pronto! Era a hora de ir embora. Noite frustrante!
E o domingo fugiu da rotina pois não havia o menor sinal de ressaca... Fiz o milagre multiplicador dos pães com a geladeira vazia pela falta de tempo de ir ao supermercado e almocei. Fui num workshop gratuito com o diretor de tv Flavio Colatrello. Não ouvi muitas novidades mas pontos básicos da carreira e da essência do ator, tantas e tantas vezes já discutidos com Fernando Leal, são sempre bons para serem retomados. Ao fazer uma pergunta sobre o que fazia de um ator/atriz ser um ator/atriz: um trabalho? uma vocação? o DRT? um currículo farto?, recebi como resposta: "Stella, por que você, às 19h de um domingo, não está com seu namorado?". Ora, porque não tenho! E então ele desencadeou a falar sobre a loucura e a disponibilidade de nós atores. Enquanto os "normais" assistem Domingão do Faustão deitados em seus sofás, nós íamos atrás de novas abordagens e oportunidades em pleno fim de tarde de um domingão. Isso era só para ilustrar... "Você acha que você é normal?". Sinceramente, eu não acho. "Mas você não é a única", estando eu rodeada de atores, em sua maioria recém-saídos do teatro e assustados com a dicotomia do palco e da frente das câmeras. Dali quase ninguém conhece Fernando Leal. Ainda bem que tive já essa felicidade! "Nós precisamos ser aceitos. Nós precisamos do aplauso".
E finalizei minha semana com um tradicional rodízio japonês.
Prometi ao meu corpo e a minha mente que não aceitaria qualquer evento entre segunda e quarta-feira, já que o congresso da SOGESP começa na quinta. Mas já tenho n afazeres para os dias que se seguem - teoricamente, dias de folga.
Tudo indica que a semana também não vai ser nada fácil! Ficarei atenta ao que dizem os astros... Amanhã volto a correr no parque e dormirei minhas oito preciosas horas!
Boa semana!
Ah! Só para não se preocuparem: as dores do passado acidente já não mais existem e os hematomas tampouco (com exceção de um calombo - calombo ou Colombo? - na perna esquerda e a cicatriz no joelho direito).

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Cansaço!

O cansaço é tanto que preciso da minha agenda para relembrar os dias, os fatos, os dados... tudo começa a se misturar e para nada se perder no tempo e com o vento, resolvi não me render neste instante aos meus lençóis...
Perdi um teste segunda-feira. Quase morri quando acordei ainda em Ribeirão Preto com meu celular às dez da manhã avisando sobre o casting para uma universidade mineira naquele mesmo dia das 13 às 17h...
Terça cheguei em São Paulo já exausta por ter ido dormir às 2 da manhã depois de assistir REC 2 e ter acordado às 6h para aproveitar a carona do meu tio. Arrumei minhas malas, suspirei por ter todas as roupas limpas e cheirosas... Almocei, fui cortar meus cabelos, levei roupas da marca Armário de Mamãe para reforma na costureira (por reforma entende-se encurtar vestidos longos antiquíssimos), resolvi trâmites burocráticos do DRT na lan house e voltei da Paulista à pé, pois não tive ganas de suportar os ônibus lotados da hora do rush...
Quarta-feira começou a loucura. Acordei cedo para revelar fotos da comprovação da propaganda do PSDB, fazer pagamento no banco da contribuição sindical e sacar o um salário mínimo que precisa para se dar entrada no DRT. Correndo logo após o almoço, embalada por um enjoo debaixo do sol escaldante, peguei o ônibus para a Av. São João. Depois de algum stress e alguns minutos de atraso, tive minha reunião com o simpatissíssimo Sr. Diretor do SATED Paulo Pompéia. Ele começou a ler a carta escrita a mão que abre minha pasta com meu material: "Sabe por que a gente gosta de ler as cartas de vocês? Para ver como está o português dos atores.". Olha, posso ser uma péssima atriz, mas no meu português eu me garanto! Contei sobre o que havia feito neste último ano com meu DRT provisório. Ouvi, não pela primeira vez, que preciso tomar cuidado com quem trabalho e que trabalho escolher, "por experiência própria", ele disse, que durante todos esses 42 anos de carreira, sempre manteve a "bunda na parede". Achei essa expressão incrível! Conclusão: "Stella, eu gostei de você. Muito. Eu pensei em te enviar para a banca mas vou te conceder seu DRT definitivo. Eu não quero que você desista nunca dessa profissão.". Assim, é só eu ter tempo livre para ir buscar meu atestado de capacitação profissional, que será o substituto do meu registro já que o Ministério do Trabalho se encontra em greve desde abril...
À noite me rendi a mais um trabalho estranho. Uma recepção que na verdade não era recepção. Em um atelier de um famoso estilista, fomos bem pagas para tomar pró-seco e curtir uma festa que não era nossa de um lançamento de um empreendimento imobiliário milionário em Miami... e ali começou o esquenta para a Mokai e novas amizades...
Hoje, quinta-feira. Eu tinha programado meu despertador para às 11:15h, tudo cronometrado para meu descanso e para cumprir meus afazeres do dia. Mas às 8h o celular já toca... e aí não parou mais! Me ligaram de uma agência que só havia me cogitado para um evento de leilão de gado no ano passado, perguntando "Stella, foi você quem fez a propaganda da Colgate, né?". Assim, enviei meus links do Youtube para um possível trabalho para vídeo institucional no meu perfil. Engraçado, né?! Recebi também o convite para mais um teste, hoje, das 14 às 18h em Santo Amaro. Mas, se aceitasse, não teria tempo de chegar ao Pacaembu para o jogo do Palmeiras às 18h. Coloquei na balança. Depois de muito pedir desculpas para a dona da agência responsável e de colocar substituta à altura no meu lugar, confirmei minha presença no teste da Net Virtua. Troquei o certo pelo duvidoso mas não me arrependo. Meu foco é um, certo? Assim, às 14:20h estava na produtora em Santana para conversar sobre o trabalho de apresentadora da nova linha dos Brinquedos Bandeirante - que vai rolar e rolar muito bem! -, trazendo cinco textos para decorar em casa para gravarmos no sábado. Saindo de lá, tomei um suco de acerola na ânsia de encher meu organismo de vitamina C e evitar uma doença que sinto que está se aproximando e pedi um lanche natural sem pão. Devorei e segui para o casting... 6 estações de metrô depois e de caminhar até a 23 de maio, peguei um ônibus lotado para minha viagem até Santo Amaro. Mas fui sentada - ufa! -, suando e pescando... estava muito quente e eu já estava exausta! Ao descer do ônibus, já ganhei a companhia de um figurante que seguia para seu primeiro teste, que me reconheceu ao ver que pedi para que o cobrador do ônibus me avisasse quando chegasse em x endereço. Mais caminhada... Ao chegar, aquela massa de atores, modelos e modelas... senhas homéricas... e quantos conhecidos! Sei que já comentei sobre isso, mas me sinto muito feliz ao encontrar amigos, colegas e conhecidos em castings... isso prova tanta coisa... especialmente que não sou mais o peixinho fora d´água como fui num passado recente... e que assim, o tempo de espera passa mais rápido. Descobri que o Arouche By Night está parado por falta de verba - ainda bem que pulei fora... E aí, vamos ao que interessa: foto de frente, corpo inteiro, perfil e interagindo com uma caixa. "Ok, obrigada, próximo!". Depois de agregadas mais companhias, seguimos até a estação de trem mais próxima... desci na Cidade Jardim, andei mais uns 20 minutos até minha sagrada casinha, na dúvida se iria ao supermercado ou correr no parque. Escolhi comer e tomar banho. E agora estou aqui... me arrastando... ao som incrível de britadeiras na rua em plena meia-noite e meia. Decorei apenas dois dos cinco textos para sábado e acho que mereço minha cama.
Já me arrependi por ter feito 5 cópias do dvd book pois em breve terei um bom material de apresentadora para enriquecer meu portfólio. Eu vou passar no SBT todas as manhãs até o fim do ano. O foco? Dia das Crianças. A preocupação recente de pagar 2 mil reais de seguro-fiança do apartamento se viu amenizada por este digníssimo trabalho! Inshalá!
Amanhã às 7h estarei de pé para às 9h estar na agência para o trabalho de recepção num castelo em alguma cidade próxima que esqueci. O cachê vai ser bom, vale a pena. A balada de sexta já foi abolida em prol da conservação da voz e do bem-estar e sábado é o dia oficial de comemorar esse calor humano que nos envolve na Festa do Branco no Terraço Daslu. A vida tá ruim não, viu...
Bom descanso! Acho que todos nós estamos precisando...

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Tanta coisa...

Dormi quatro horas apenas de ontem para hoje devido à Festa da Lagoa que se estendeu com um farto café da manhã no buffet de uma baguetteria e o churrasco de 29 verões do meu irmão. Pensei em ir dormir... quase puxei o edredom para deitar... mas antes de mais coisas se acumularem, resolvi registrar os últimos dias - que foram movimentadíssimos.
Quinta-feira fui tranquilamente trabalhar no Pacaembu. Quer dizer, tranquilamente não porque eu ainda estava uma pilha de nervos, não tive vontade de ir correr no dia, estava inchadérrima e sem saber o porquê... Sem grandes problemas no decorrer da recepção, naquele esquema que já estou cansada de fazer, as companheiras de sempre, o kit-lanche de sempre, fora o comemoração do 500o jogo do goleiro Marcos, o estádio estar mais lotado que nunca e os três churros - doce de leite, chocolate e chocolate - que devorei. E aí veio o fato do dia: ir embora. Fiquei feliz com a carona da van da produção que me deixou na Cardeal Arco Verde, de onde teoricamente eu pegaria o ônibus que me levou até a Dr. Arnaldo. Nisso o relógio pontuava meia-noite e dez. Meia-noite e vinte. Meia-noite e meia. Meia-noite e cinquenta e apenas três ônibus haviam passado e nenhum que entrasse na Faria Lima. Eu já tinha lágrimas nos olhos, rancor no coração, pensei em pegar um táxi mas lá iria boa parte do meu cachê e peguei um ônibus que me deixou no Largo da Batata, era minha única alternativa. A 1 da manhã estava eu, sozinha, andando naquele local de forrós, churrasquinho de gato, homens, mulheres e travestis de rua, todos bêbados e mal encarados. Coloquei minha bolsa por dentro do casaco, me movimentava com um andar de malandra, fazia cara de brava e segui até o primeiro ponto da avenida. Nada de ônibus. O único que parou andaria apenas mais dois pontos... o provavél que me levaria até em casa eu perdi... e nisso eu já apelava aos deuses e já xingava todos os santos e demônios... vinte minutos esperando na cálida noite e nada. Resolvi ir andando. Pelo menos eu sabia onde meus pés me levariam e em quanto tempo eu chegaria na minha tão desejada casa. Pensei: "Se Deus está comigo, ele vai me proteger e nada vai acontecer.". E eu andava. E andava. Olhei para o céu e vi a primeira estrela da noite e nem consegui fazer meu desejo. Minha trilha sonora da madrugada estava banhada das músicas mais densas e deprês, eu tentava segurar o choro até que ouvi a música de Avril Lavigne que diz: "Trippin´out, spinning around, I´m underground, I felt down. I´m freaking now, so where am I now? Upside down and I can´t stop now. You can´t top me now. I´ll get by, I´ll survive. When the world is crashing down, when I fall and hit the ground, I will turn myself around, don´t you try to stop me. I won´t cry". Nesse momento eu senti uma vibração positiva, pensei que nada daquilo era em vão, que chegaria em casa em poucos minutos e que tudo aquilo um dia seria parte de lembranças engraçadas de um tempo onde as coisas não eram nada fáceis e que ainda poderia contar sobre aquela minha marcha atlética na Faria Lima às 2 da manhã em plena quinta-feira para economizar num táxi que comeria 20% do meu cachê no Programa do Jô. E foi quando selecionei a música "I don´t have a cent, will I pay my rent? And even my car doesn´t work. Me and my man, he´s the one to die for, we have split up. Can´t you see, life is easy, if you consider things for another poin of view" e tive uma descarga das energias ruins e o resto da caminhada não foi uma tortura. Cheguei em casa, sã e salva, morrendo de cansaço e vontade de ir ao banheiro. E foi quando descobri que toda minha crise fez parte de uma TPM terrível e inesperada que acabava ali, com uma descarga de hormônios que desceu provavelmente durante a música de DB Boulevard... Mulheres!
Sexta-feira acordei com um telefonema a cobrar de um prefixo 031 às sete e quarenta da manhã. Obviamente não atendi mas já levantei, tomei meu café com leite no bar da esquina e fui correr no parque para me livrar daquelas calorias vazias dos incontáveis e suculentos churros da noite anterior e verifiquei o Ibirapuera no seu período de 90% de frequentadores acima dos sessenta anos.
Na volta, parei numa loja gracinha da Joaquim Floriano que há exatos quatro meses paquero a vitrine mas nunca entro, experimentei mil blusas e comprei três, fui ao supermercado e às 11 e quarenta, cronometradamente, estava em casa. Tomei banho, fiz meu almoço e recebi a mensagem no msn de uma agência querendo saber quantos anos eu tinha mesmo. 24. "Hummm muito nova...". Era um teste para Caixa Econômica Federal e pediam mulheres de 30-35. E mesmo assim, eu tinha o showroom com horário para acabar às 18:30h. Não ia dar tempo.
E fui desfilar! Fingindo ser uma modelo com carreira longa nas passarelas, fizeram baby liss nas madeixas, maquilagem e começamos com as trocas de roupa. Calça jeans, legging... short. Baby-doll. Eu e meus roxos, em plena passarela, a 3 metrôs dos olhares aguçados dos clientes da Criativa, sem tempo para o corretivo que disfaçasse os sinais daquela Mokai de quarta-feira... Coloquei um sorriso na cara e paguei de bonita com pernas lindas. Sobrevivi! Não tropecei, não cometi gafe, coube em todas as roupas - inclusive no jeans 38 - e já coloquei no meu currículo. Posso dizer que sou "modela" agora?
Voltei para casa às 16:30h ainda em tempo do teste! "Diga que tem 28!". Troquei minha roupa estilo jovem moderna por uma calça jeans, uma regata preta e uma malha cinza estilo conservadora e fui! Peguei um ônibus e em 15 minutos cheguei estava lá, preenchendo os dados e mentindo que tinha 26. Data de nascimento: 11/04/1984. Fiz amizades enquanto esperávamos o teste, recebi cachê-teste, maquilagem, claquete, câmera, ação! A resposta sai amanhã ou no mais tardar terça. Podia dar certo, né...
De lá fui comemorar a apresentação da tese de mestrado de uma amiga de faculdade junto com queridos unespianos, fotos, queijos e vinhos. Recebi efusivos cumprimentos de amigos que se declararam até então incrédulos com minha nova carreira ou receosos sobre minhas escolhas que começam agora a dar frutos mais saborosos. Ouvi carinhosos "você merece" e eu precisava escutar aquilo... Está todo mundo tão adulto... tão responsável... e depois de muitas garrafas de cerveja, vinhos e saqueritas, alguns continuam tão irresponsáveis... Uma noite deliciosa recheada de boas lembranças e sinceras gargalhadas. Às três da manhã minha carona me deixou em casa, arrumei minha mala para o final de semana e voei para a cama programando o despertador para as 8 da manhã de sábado.
Sabadão... e lá estou eu regravando a propaganda do Serra. Desta vez mais rápido, com dois figurinos mais ajustados - e não três como da outra vez -, novo cenário, com mais intimidade com a produção e com os colegas coadjuvantes e às 16:30h já estava liberada para voar para Ribeirão Preto. Mas não vim voando e às 18:30h já estava no Cometão, satisfeita com o resultado e já ansiando meu próximo trabalho... E foi ali que respirei fundo pela primeira vez em dias e cochilei ao som da minha querida trilha sonora... Eu estava precisando disso...

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Cena: Stella Menegucci e Charlene Chagas

Monólogo

Cena: Stella Menegucci e Ricardo Merini

Ufa!

Seis ufas ao longo do dia.
1- Ufa! Uma das agências me respondeu um "sim" porém acompanhado de um asterisco: "Preciso de fotos mais de close e sem tanta produção, você tem como providenciar este material?". E então expliquei que as fotos enviadas eram apenas algumas do meu book e que gostaria, se possível, de ir até a agência e vermos as possibilidades. Atividade para a semana que vem.
2- Ufa! Meus roxos não serão problema para o desfile da marca Criativa, já que usarei dois vestidos abaixo do joelho e em último caso, maquilagem neles! E o melhor, o showroom fica a 15 minutos andando de casa...
3- Entrei numa calça jeans 38 enquanto provava as roupas para sexta-feira! Ufa! Tudo bem que tinha stretch...
4- Me ligaram da campanha de José Serra, dizendo o óbvio, que tivemos problemas com o figurino - seria maldade comigo e com o candidato aprovarem o filme daquele jeito! - e perguntando como estaria meu sábado para uma regravação com um cachê de apenas 30% do cachê original, e, caso eu não pudesse fazer, receberia apenas 30% da filmagem de quarta passada já que o material não iria ao ar. E isto está no contrato. Assim, remanejei a agenda para regravarmos a propaganda de modo que eu seja liberada até às 17h de sábado para estar em Ribeirão até às 23h. Desta maneira, recebo meu cachê integral adicionado das horas extras de quarta-feira mais os 30% desta regravação. Ufa! Não perderei cachê, nem trabalho nem a Festa da Lagoa...
5- Ufa! Comi demais! Mas nada de empanado...
6- Acabei de ver a Colgate no intervalo da entrevista de Gloria Menezes no Jô Soares! Ufa! Só faltava eu assistir...

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Ansiedade

Hoje não acordei com nenhum telefonema. "Campanha política, filha... há uma redução de 20% na publicidade.".
Levantei já tarde e segui direto para minha ferramenta de trabalho - agora reconfigurado. Ainda estranho algumas mudanças mas ao deletar o Messenger Beta e instalar o normal, parece que as coisas começaram a se normalizar... Mandei e-mail para a responsável pelo engodo da noite passada, que ficou martelando e martelando na minha cabeça, perguntando quando o depósito do cachê seria feito já que contava com ele para contas imediatas, quando na realidade estou preocupada é em levar um calote. Nada. Também estou aguardando ansiosamente respostas douradas das duas grandes agências... Nada. Fiz então meu agora diário café com leite - que aliás, esqueci de comentar, estou viciada! É um santo remédio para intestino preguiçoso... não tem calorias... dá energia... diluído na bebida branca não é tão assassino para o branco do dente... é barato e tem o melhor cheiro do mundo!... Demorei para arrumar a cama. Demorei para comer alguma coisa. Demorei para fazer meu almoço. E minha ansiedade me prendia a pequenas tarefas, ajustes, verificações, mensagens, telefonemas...
Por volta de meio-dia me ligaram da agência do evento de quinta-feira no Jockey, avisando que o ponto de encontro seria na própria agência às 7 da manhã. Pera aí! Dois erros: primeiro, o Jockey fica a vinte minutos de casa; segundo, o horário combinado era 7:30h. E aí já cutucou a onça... Eu disse então que para mim o melhor seria seguir direto para o Jockey. "E o metrô Tatuapé, fica fácil para você?". Jamais. "Ok, então 7:15h no Jockey.". Pera aí... o combinado não era 7:30h? "Mas tem a entrega de uniforme e vão explicar a ação para vocês...". Ok, ok. Perderia 15 minutos de sono então, né, fazer o quê?! "E como é o uniforme?". Um vestido com uma malha por baixo e meia calça que eu deveria levar. Pera aí... quarto problema: Meia calça? Vestido? Às 7 da manhã no Jockey, embaixo de prováveis dez graus? "7 não, 7:15h.", retrucaram do outro lado da linha. Aí eu falei que não passava mais frio em evento e que muitas vezes é sacanagem colocarem vestido nas meninas enquanto o inverno castiga a cidade, mas que tudo bem, eu levaria algumas meias fio 40... O cachê é pago na hora, né? Combinado? Combinado. Uma hora depois, me retornam a ligação, pedindo desculpas pois o cliente havia cortado um certo número de meninas nessa recepção já que se tratava de um evento de curta duração, mas que tinham meu cadastro e me ligariam para futuros jobs. Ahã! E eu sou Mamãe Noel! O que acontece é... fui exigente e para eventos, infelizmente, clientes e agências preferem moscas mortas que quase gangrenam no frio sem reclamar, quase morrem de fome sem esperniar, vestem roupas à vácuo e não se importam, enfim, fazem de tudo por cachê, sendo ele alto ou baixo. Os tempos estão difíceis, ganhar dinheiro não está fácil, eu muito bem sei! Mas sou chata sim e por favor não me ofereça novas furadas, pois acho que meu currículo já está cheio delas... e eu também. Não vou me matar por conta de 120 reais...
Almocei, liguei no SATED para saber como dar entrada no meu DRT definitivo que venceu dia 12 de agosto, selecionei fotos e documentos para comprovação dos trabalhos realizados ao longo desse um ano de DRT provisório, levei um casaco e meu terninho na lavanderia e fui correr porque era o melhor remédio para os nervos que estavam à flor da pele... Não sei porque hoje tive vontade de chorar.
Peguei um ônibus, um metrô e andei quinze minutos só para ir até o curso de tv e cinema, mais dois ônibus para voltar para casa para finalmente ter em mãos o tão esperado DVD Book! Ah, como é difícil se ver em alta definição... Odiei meus braços na primeira cena. Com a segunda já estava acostumada - já até postei no blog. O monólogo... ai o monólogo... hoje eu faria diferente. E a Colgate já é carne de boi. Mas, enfim. DVD Book não é teste, não é crucial, é apenas uma apresentação que diz "Oi, sou isso aqui e posso ser muito mais se você quiser!". Pelo menos estou tentando me conformar com isso... Conversando e nos atualizando dos últimos fatos já que estou de férias do curso esse semestre, levei algumas broncas de Fernando Leal e dos queridos camera men, resumidamente dizendo "Da próxima vez vá de táxi". Mensagem captada.
Aliás... não sei o que acontece... eu acho que tenho dificuldade em conversar com os três. Sabe aquelas pessoas que são tanto e sabem tanto e automaticamente te colocam no seu devido lugar? Eu me sinto intimidada, assim como me sentia ao conversar com meus professores da faculdade. Tenho medo de dizer bobagem e pensarem: "Ai que menina besta...". Eles foram os meus mestres no último ano. Não é de se espantar.
Comprei mais uma bisnaga de Hirudoid e pouco me surpreenderá se me cortarem do desfile de sexta-feira. Minhas pernas estão horríveis como jamais estiveram, nem quando fiz esclerose de varizes - sim, eu confesso que fiz, lá em casa é genético, ué! - elas ficaram tão roxas! Até evito me ver de corpo inteiro nua na frente do espelho, pois a cada grau que giro, um novo hematoma é descoberto. Mas amanhã tenho a prova de roupa e "ensaio" do desfile e fico na torcida para vestir uma legging ou no mínimo, uma meia calça marrom...
Já tenho na agenda meu japonês preferido com duas grandes amigas amanhã à noite e conto os dias para voltar para o interior. Acho que estou precisando respirar o ar seco de Ribeirão...
Deus, livrai-me de toda e qualquer ansiedade... já é tudo tão difícil sem ela...

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Afe...

Acordei com o telefonema de uma agência que me achou na APAS. Era a terceira vez que me ligavam e só hoje pude aceitar o trabalho. Se tratava de uma rodada de negócios em um famoso restaurante no Itaim - a 10 minutos de casa - onde teoricamente eu faria umas entrevistas com os convidados ou então deles tiraria fotos. Três horinhas de trabalho, com cachê pago na hora, para uma segunda-feira tranquila, ok. Pediram que eu indicasse algumas amigas e assim fiz. Às 19h uma outra recepcionista que ainda não conhecia passou para me pegar e chegamos no horário combinado. Esperamos uma boa meia hora até que a dona da agência chegasse. Chegou, toda loira, chiketésima e pomposa, com seu namorido e uma amiga jornalista idem loira e plastificada. Pouco tempo depois, chegou minha amiga indicada. Sentamos as quatro para conversar, a mulher jogou umas ideias, encheu minha bola mais que tudo, falou tudo mas não falou nada... o evento meio vazio... não sabíamos o que faríamos... de repente entregaram uma máquina mega profissional mas não avisaram como manejá-la... aí substituíram por uma Sony comum... "Querem beber alguma coisa? Um suco? Refrigerante?"... "Daqui a pouco o garçom traz uns canapés pra vocês..."... jamais vi canapé algum... Levantamos para trabalhar porque, segundo minha amiga escutou no banheiro a dona dizendo "tenho que pagar cachê pra elas"... nos olhavam de modo estranho... tiramos umas fotos nada a ver... fiquei ouvindo sermão do organizador do encontro, mais aparecido do que tudo - fã de flashes!... gravamos uma pseudo propaganda para a agência... a ouvíamos resmungar a cada instante do homem fã dos flashes... os convidados se embebedavam... outros desiludidos com o networking que visivelmente não estava funcionando desejavam estar em suas camas... e tudo o que mais queríamos era fugir dali. Um advogado cantou a outra recepcionista e foi quando quase gritei "Me tirem daqui!". Mas, pelo que me constava, teria R$150,00 em mãos às 23h. Mas que nada... "Até sexta deposito para vocês.". Disse que gostou muito do nosso trabalho e reafirmou a parceria, entregando seu cartão. Bizarro. Voltei para casa afim de esquecer essa noite dos horrores quando toca o meu celular 1 da manhã. Era ela, perguntando onde estava a máquina do Sr. dos Flashes. Afirmei que a entreguei em suas mãos e que estava em cima da mesa no momento em que ela anotava nossos dados bancários. O homem estava fulo, ela contou. Dane-se! E aí resta agora a dúvida: esse cachê vem ou não vem? Picaretagem? Ou apenas um evento mal organizado? Tudo muito nebuloso... Só sei que sentíamos uma vibe negativa pairando naquele lugar. E quando o santo não bate, não adianta! Afe... eu, hein!
Olhando minha agenda para marcar uma feira bem remunerada de dois dias, me lembrei de um evento de quatro horas no Jockey na manhã de quinta-feira. Também tinha marcado a prova de roupa para o desfile de sexta às 18h. E recém-marquei mais um jogo do Palmeiras na quinta às 20h. Que loucura!
Perdi a oportunidade por agora no showroom, mas não querem me esquecer e nem que eu as esqueça para a próxima temporada. Liguei em duas grandes agências de atores, enviei material e espero agora a resposta se fui aprovada ou desqualificada para seus concorridos castings. Já levei "não" de ambas ano passado, quando nitidamente meu material era parco assim como meus trabalhos... Aguardo ansiosamente o retorno.
A propaganda continua passando e mais e mais gente me vê na televisão. Amigas ligam, outros mandam mensagem e deixam recado no Orkut, felizes e contentes por ver que as coisas estão dando certo. Eu acho que estão, apesar de estar me aparecendo mais evento do que testes e de a grande agência de dez dias atrás não ter me chamado para nada ainda... Agora tá me batendo aquele medinho, sabe?!
Recebi o link da matéria que gravamos para o Programa do Gugu e me decepcionei ao ver que quase nada foi ao ar. Toda minha emoção, minhas lágrimas, os abraços calorosos de despedida no vô e na vó, o abandono da roça, se perderam na edição... Me recuso a colocar este ítem no meu currículo.
Vou escolher melhor os meus trabalhos daqui por diante. Cachê só não vai me brilhar os olhos. Há muito mais por aí do que os olhos podem ver e do que o bolso pode sentir... Xô, urucubaca!
Boa noite!

Um Homem Chamado Gertrudes

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Ele está de volta!

O bom filho à casa torna! Vos escrevo do meu querido laptop, agora com nova configuração.
Mais um excelente final de semana se foi. E faz muito frio agora na capital!
Quinta-feira cheguei na Record no horário combinado, 9 e meia da manhã, depois de uma noite mal dormida devido à enorme quantidade de café ingerida no estúdio no dia anterior. Receosa ao ver tantos figurantes e sem ter a mínima ideia do que aconteceria, já que não havia pegado fartas informações do trabalho e nem conhecia o pessoal da agência responsável, só confirmei que eu não estava lá para figuração. "Não, você não." E foi quando entramos numa van e fui pega de surpresa ao saber que não gravaríamos nada nos estúdios da emissora e sim na Estrada do Pau Furado. Onde? Sim, Estrada do Pau Furado, "para lá de Cotia", com previsão de retorno às 22h. Fui dormindo no caminho, escondida sob meus óculos escuros. E de repente paramos numa venda no meio do nada. Era ali a nossa locação. A tripulação, que já conhecia o esquema da coisa, começou a se encher de salgadinhos, refrigerantes e bombons para garantir a saciedade do dia e eu, incrédula, fiz o mesmo, perguntando para alguns se não teríamos alimentação. "Só almoço e um dia ficamos aqui até 8 horas da noite...". Minha cara não era de felicidade. Foi quando abriram as portas de uma van, olharam para mim e disseram: "Ela pode ser a mãe, não a enfermeira." e me entregaram uma saia roxa e uma blusinha verde e pediram que me trocasse dentro da van. "Meu Deus..."... Calcei uma Moleca chikérrima e fui me informar do que tudo se tratava. Simularíamos a história real de um homem que fora registrado com nome de Gertrudes e que agora estava encontrando dificuldades para se casar por constar em seu registro que era do sexo feminino. Eu seria sua mãe, que o abandonou ainda quando bebê aos cuidados dos avós no interior de Minas Gerais e seguiu para São Paulo, deixando como único pedido o nome feminino para o filho ser registrado no cartório da cidade. Minha cena seria rápida, simples, sem texto para decorar. "Stella, diga mais ou menos assim...". Fizemos um ensaio, eu, a vó, o vô e o bebê. Mas quando disseram "Gravando!", a atmosfera daquele lugar simplório - as casas humildes, as galinhas e seus pintinhos, o bucolismo de um quase interior de Minas Gerais a alguns quilômetros de São Paulo -, a situação de despedida e a lembrança do filme Os Dois Filhos de Francisco me trouxeram verdadeiras lágrimas aos olhos. E chorei a cena inteira. E chorei em cada repetição. Em cada close. Eu entendi e senti a personagem, mesmo sem terem me falado nada além do que escrevi acima, mesmo sem terem pedido, mesmo sem terem feito um briefing daquela mãe que abandonava seu filho para tentar a vida na capital. "No dia em que saí de casa minha mãe me disse Filho, vem cá..."... Essa era a música que permeava minhas breves falas. Não sei se foi ao ar neste domingo. Não sei nem se conseguirei um dia assistir. Não é cena para Oscar nem de grande validade para meu currículo, mas gostei do que foi feito ali. Sentir a verdade na atuação, isso valeu muito mais do que os míseros duzentos reais de cachê a serem pagos em 30 dias... E depois disso, passei o dia inteiro sentada no chão ou em uma das poucas cadeiras disponíveis no lugar quando alguém se levantava, de frente para um campo onde tinha uma ema e uma anta, "p" da vida com o "almoço" que não passava de um pão de cachorro quente seco com presunto e queijo e um suco de maracujá mais doce que açúcar União. Cheguei em casa eram mais de 8 da noite e decidi que merecia sim me fartar no segundo rodízio de comida japonesa da semana... Não houve necessidade de gravar também na sexta-feira.
Sexta então foi um dia lindo de sol e folga, bom para organizar pendências, correr no parque, fazer a unha dos pés, depilação... Acabamos ficando em casa frustradas, bebendo uma taça de vinho, comendo o queijo de uma pizza margheritta a uma da manhã e assistindo a um filme bem água com açúcar...
No sábado os termômetros despencaram em São Paulo. Depois de me irritar com o Bilhete Único sem crédito e pagar dois ônibus até o Pacaembu - sendo que fiquei 2 minutos no segundo e poderia ter caminhado e economizado R$2,70 -, trabalhei no jogo do Palmeiras X Atlético Paranaense, desta vez sem grandes bafafás nem CQC, ansiando a balada da semana. Me estressei na volta, camelando até a Dr. Arnaldo, esperando um bendito ônibus para a Faria Lima na Cardeal e outro até minha casa e me arrumei correndo para mais uma incrível noite de Kiss n´ Fly.
Domingão típico, ressaca e rodízio de japonês! Um garçom me perguntou se eu conhecia as Óticas Diniz. E seguiu com a pergunta: "Você não é a moça da propaganda, é?". Das Óticas Diniz não. E mamãe ligou orgulhosa por finalmente ter me visto no intervalo do Domingão do Faustão...
Sem planos concretos para os próximos dias além de um desfile na sexta-feira - sim, desfile -, uma festa vip em Ribeirão no sábado e um churrasco de aniversário do meu bro no domingo, me despeço munida de minha meia e pantufa no pé. O celular anda tocando loucamente e isso é bom. Já estou recarregando a bateria para os próximos dias!
Boa semana!

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Mudança de planos...

Fui cortada do debate de amanhã. Assim, abri minha agenda para duas gravações no programa do Gugu, quinta e sexta-feira e adiei mais uma vez minha ida à confecção. Não sei de nada além de que serei uma enfermeira e de que o cachê paga meu aluguel. Até aí... ok. Mas claro que não se tem tudo, não é! Fiquei entre a certeza e a possiblidade e recusei um teste para Vodol amanhã...
Cheguei agora depois de 12 horas enfurnada no estúdio... não vou contar como foi a gravação da propaganda do Serra, mas o resultado ficou bem legal! Bem legal mesmo! Nunca fiz nada do tipo e nem sei se farei... cansativo, quase me estressei, mas valeu a pena. Tirando o fato de que eu estarei imensamente obesa no vídeo, pois gravei com 3 figurinos largos e espessos, um em cima do outro, e para piorar, um cabelo e uma maquilagem que não ajudaram muita coisa... mas vai preencher o currículo.
Meu querido computador ainda está no hospital, disseram que com problema no HD... ai ai ai! Nos dias de hoje, podem levar nossa alma, menos nosso celular e nosso laptop! Tempos modernos...
Assim, finalizo mais uma edição. Tirei forças da terra hoje para fazer tanto movimento nessa propaganda... meu pescoço dói, minhas costas gritam, meu peito chora... mas dá-lhe remédio e amanhã tem mais!
Eu gosto dessa vida... gosto mesmo...

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Agenda lotada!

Acordei cedo. Minhas dores e a ansiedade de fazer acontecer me fizeram levantar às 9h sendo que fui dormir quando eram quase 3h...
Fui ao supermercado e enchi a geladeira que gritava por comida. Fiz meu almoço. Fiz minha unha. Corri uma volta no parque - seguindo os ensinamentos dos astros. Fui ao lançamento do curta "O Último Dia" - bem bacana por sinal, mostrando que é sim possível fazer cinema no Brasil com baixo orçamento e se com alto orçamento, coisas bem melhores do que vemos por aí... Jantei uma salada incrível no Applebee´s com um amigo que gentilmente limpará meu laptop e ganhei duas lindas rosas!
Fora tudo isso, o telefone não parou de tocar e assim já lotei minha agenda. A propaganda do PSDB é amanhã e tive a feliz notícia de um aumento de cachê. Assim, transferi minha ida à confecção para quinta, sendo que quinta tenho também o Debate dos Governadores da Band. Sábado farei novamente recepção no jogo do Palmeiras. Consegui fechar o Salão do Automóvel a um cachê delicioso - e já me preocupo em reservar 13 dias para pagar de bonita, encher o bolso mas poder perder testes e boas oportunidades. Também consegui vender boa parte dos meus dólares provenientes do Chile, o que me aliviou o mês e a cabeça que já se martelava por um possível saldo negativo em agosto. O mês vai ser dourado! Não tenho do que reclamar... Até parei de me martirizar com os gastos do final de semana passado...
Revendo a galera do curta "O Último Dia", que é a mesma do "Meio-Fio", tive a triste notícia de que aquela minha cena do restaurante, do champagne e da moto será cortada na edição de 20 minutos do filme, já que haviam produzido 45 minutos e não existe mercado para média-metragem no Brasil. Legal... valeu ae...
Mas é assim, gente. Estamos aqui pra isso!
Caprichei no Hirudoid e vou me recolher... prometeram 12h de gravação amanhã... Trairei minha protegida petista - que aliás, só disse bobagem ontem o Jornal Nacional. Willian e Fátima pegaram gostoso no pé de Dilminha e ela não soube se soltar... ei laiá...
Boa noite!

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Mês do Cachorro Louco

O horóscopo da revista Gloss sabiamente me disse: "Mês bem agitado para as nativas desse signo. Aquela sensação de que é preciso recuperar o tempo perdido, típica das arianas, vai necessitar de um freio para que não sejam assumidos riscos à toa nesse período. Baixar a bola e não tentar provar nada para ninguém é o caminho a seguir." Alguma semelhança com meus primeiros dias no mês do cachorro louco? Coincidência?
Sexta-feira, recém-acidentada, fui para o teste do Carrefour. Ao chegar lá e ver aquela salinha lotada de crianças e suas mães corujas, homens, adolescentes e modeletis e ao receber a notícia de que teríamos de vestir uma regatinha branca para as fotos me desanimei. Poxa, por que a agência nem sempre avisa essas coisas?! Estava de legging, desprovida da regata e com uma blusa que tampava meu colo - e consequentemente meus arranhões - e a regata que me vestiu nas fotos do teste havia sido usada há dez minutos por uma menina de 13 anos. Imagine só a beleza! Mas enfim. Tarefa cumprida. Mais um teste, menos um trabalho. Saí de lá e fui encontrar minha querida xará, recém-chegada em São Paulo para um mês de trabalho pela empresa. Mas temos a impressão de que o tempo não é mais suficiente para nos atualizarmos das novidades, dos bafos, dos medos, das piadas, das reclamações... Os dias, as semanas têm sido tão intensos que precisaríamos de pelo menos uma semana integral de retiro para colocarmos os papos em dia. Como eu amo minhas amigas! Mesmo nossas vidas trilhando caminhos tão opostos, a amizade já virou uma irmandade que atura diferenças e divergências. Tá todo mundo tão igual e tá todo mundo tão diferente...
À noite fui somente ao Eu, Tu, Eles na Faria Lima. E para tomar somente três caipiroskas com adoçante e comer dois queijos coalhos mais um lanche no prato no New Dog às 3 da manhã, quase morri do coração e me dei conta de que não tinha numerosos trabalhos agendados ainda. Easy, girl!
Dia seguinte abri exceção por ser final de semana de Dia dos Pais e eu estar longe da minha família e do churrasco que haveria no domingo e me deliciei no buffet de saladas do America... Fomos correr no Ibirapuera - apesar das dores, dei minhas duas voltas sagradas - e nos jogamos na que se torna nossa segunda casa aos sábados, Kiss n´ Fly após um esquenta na B4. Arrastamos uma amiga do interior conosco e me vi um ano atrás quando a percebi boquiaberta por avistar tanta gente bonita, tantas bolsas Channel e Rico Mansur no nosso camarote... E nesta noite, diversão garantida a custo zero! É assim que eu gosto! Quer dizer, é assim que eu posso.
E domingo, após a frota de tratores, ônibus, vans, microônibus, trôlebus e tudo mais passar em cima de mim, acordei preocupada. Tudo doía. Não conseguia abaixar, nem pôr nem tirar uma blusa, rir muito menos, tossir, afê! Dor na certa... fiz meu almoço e não conseguia parar de pensar na inconsequência de ainda não ter ido, mesmo após 3 dias do acidente, ao médico.
À noite fomos comer nosso japa tradição, ainda na ilusão de ser rica e famosa e tivemos minha tv colocada na sala! E tudo doía ainda mais... Fui dormir antes da meia-noite rezando e pedindo perdão.
Segundona fria, acordei, tomei meu café da manhã e me dirigi ao Hospital Santa Paula. Ai quando o ônibus brecou respeitando meu sinal de parada... ali foi meu último suspiro, pensei comigo... as dores se acentuam quando a temperatura está baixa... Após uns 50 minutos de espera, de ligações para trabalhos que aceitei sem saber se teria condições de fazê-los e de passar pela triagem, tive a notícia de que meu plano de Ribeirão, se aceito, liberaria a consulta apenas 24h depois, já que "o Hospital Santa Paula agora é considerado de alto custo. O que você pode fazer é, siga o procedimento e caso não liberado, enviamos um boleto bancário para sua casa.". Ahã. Claro. "Onde fica um outro hospital?". E então, andando vinte minutos, cheguei no Evaldo Foz. Menos pomposo. Nada pomposo, na verdade. Mais rápido. E nisso eu quase chorava com medo do que o raio-x acusaria. Tirei uma, duas, quatro chapas. "Nenhuma fratura, a dor é normal do tranco do que chamamos efeito chicote". Posso caminhar? "Sim!". Correr? "Sim!". E dá-lhe injeção na nádega direita... que santo remédio!
Uma caminhada, um ônibus e uma farmácia depois, cheguei ao meu porto seguro quando já eram mais de seis da tarde... e o frio não dava trégua!
E finalmente a Colgate foi para o ar! Você viu?! Tive a feliz notícia em pleno domingo, quando o namorado de mamãe ligou me parabenizando pela estreia na Globo em pleno intervalo do Faustão. E assim outros amigos fizeram ou me avisaram pelas redes sociais... "Pelo visto desistiu mesmo das Relações Internacionais, estou certo?", me perguntou um antigo colega de classe. Absolutamente correto! "Estava na sala quando reconheci a voz que emanava da televisão", relatou mais ou menos um grande amigo. Sim, era eu! Passei na Fox também. Só que ainda não vi na telona. Engraçado.
Folheando a revista já mencionada - que milagrosamente, não sabemos porque chega a nossa porta todo mês - estava lendo a entrevista com uma das novatas de Passione e fiquei feliz ao ver o nome de uma companheira de dvd book - citado dentre os lançamentos da Globo, já que ambas fazem parte do mesmo núcleo da novela. "Espero que faça muitos outros comerciais desse", essa amiga me desejou. Eu também. "Mas quero estar aí onde você tá! Sucesso!", eu disse. Comerciais não são meu objetivo. São meu meio.
Assim, lá vão mais algumas novidades: consegui um papel de coadjuvante na propaganda política do PSDB, a ser filmado quarta, quinta ou sexta-feira (e não de protagonista de acordo com o teste...); voltarei na confecção com meu material impresso na quarta-feira (isso caso a propaganda não seja marcada para tal data) na esperança de também ser chamada para estrelar o catálogo da grife semana que vem; quinta retorno à Band para o debate dos governadores (caso a propaganda não seja marcada para quinta); e dia 27 já tenho um trabalho através da indicação de um antigo colega de curta de 8 horas de duração e um cachê recheado. Boas ligações nesse começo de semana!
Amanhã temos o lançamento do curta "O Último Dia", aquele que faço uma aparição de protituta, sabe? Eu disse, mãe, que a semana prometia!
Acabei de tomar meu chá verde com canela e meu comprimido que me afastará das lembranças agitadas dos últimos dias... e está na hora de dormir!
Preciso mesmo de um freio? Eu até que gosto da alta velocidade... claro que sem obstáculos estáticos para atrapalhar... Acho que vou me aprofundar em astrologia...

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Tadinha!


Era só o que me faltava...

Cumpri meus deveres ontem como programado. Fiz meu cadastro na agência, conversei com o dono e com os bookers, falei do meu último trabalho - a Colgate me abre portas inimagináveis! É um senhor cartão de visita... E agora posso falar como gente grande! -, enfim. Gostei que não me pediram exclusividade, o que pode vir a acontecer somente caso os trabalhos progridam. Agora é esperar!
Saí de lá, passeii no salão para depilar minha coxa, voltei para casa, fiz meu almoço, calcei um tênis e guardei o salto na bolsa e fui para o teste do absorvente a apenas 15 minutos de casa. Estavam lá mulheres e homens lindos! E o teste foi só de foto... segurando a claquete sorrindo, de frente, de lado, séria, sentada, em pé... rapidíssimo e indolor! Mas não peguei, né, senão já teriam me ligado... A sortuda não fui eu.
Engraçado que agora sempre conheço uma, duas, três pessoas nos castings... Ano passado eu me sentia um peixe fora d`água enquanto as modelos e/ou atrizes todas se conheciam e conversavam sobre testes, trabalhos e baladas que tiveram em comum. Agora é a minha vez! Isso é ótimo sinal. Estou mergulhando nas profundezas desse mar sem fim...
Feliz e contente, resolvemos comemorar a vida na Mokai. E aí vem o fato curioso - e perigoso! - do dia... estava tudo muito bom, tudo muito bem, apesar da balada estar bem vazia... até que, ao pegar carona para voltar para casa, sofremos um acidente inexplicável na av. Brasil. O motorista ao meu lado não brecou no sinal vermelho não sei por qual motivo, desviou para não acertar o carro que estava parado a frente e acertamos em cheio uma árvore. Foram aqueles milésimos de segundos que parecem filme - ou pesadelo - quando você pensa: "Como assim?". Respirei. "Você tá bem?!", respondi que sim... ouvi essa pergunta várias vezes até o amanhecer... e milhares de pedidos de perdão: "Desculpa? Desculpa? Desculpa?". Segurei para não chorar e assustar ainda mais esse motorista que parecia desacreditar na situação. Um motorista com traços tão desenhados... Falei que ele entraria para a minha autobiografia, mesmo sem querer. E era só o que me faltava! Um acidente de carro na Selva de Pedra! Se não estivéssemos de cinto... Ufa. Mas que medo! Bom, burocracias resolvidas... ânimos acalmados... algumas lágrimas e maquilagem borrada depois, voltei para casa e foi quando vi o resultado do incidente ao tirar a meia calça rasgada pela batida e a jaqueta de couro. Eis as fotos.
Dormi. Tomei um Dorflex ao acordar e passei o dia com dores pelo corpo e uma certa dificuldade em respirar... até dobrar a perna direita está difícil... Tudo o que preciso é de Gelol para me ajudar a me livrar dos calombos e roxos... E ainda não me caiu a ficha do episódio. Estranho. Minha história de vida me fez temer qualquer acidentezinho de carro. E estar em mais um deles não foi mole não. Vida louca...
Dolorida, me arrumei e fui recepcionar Dilma Rousseff no morno Debate dos Presidenciáveis. E ali estava toda a PTzada... Marta, Dona Marisa, Palocci, Mercadante... o CQC... Fernando Meirelles... e muita gente pomposa e importante. Não farei críticas públicas, isso seria antiético... Mas diria que foi bem interessante. A escolha de recepcionar a candidata foi minha. Pensei comigo: "Deixe-me conhecer a peça que provavelmente comandará o tabuleiro pelos próximos quatro anos". Conheci.
E depois de muito frio e muito cansaço, cheguei ao meu lar doce lar, com meu pijama de flanela, meia no pé e pantufa. Amanhã tenho mais um teste! Oba! Para um grande supermercado. Não é coisa tão espetacular mas aliviaria meu mês. Apenas 2 meses de veiculação. Quem sabe...
Jajá entrarei num ritmo alucinante de testes e nem mais farei alarde. Aí um pouco mais adiante, não farei escarcel nem quando pegar trabalhos com cachês incríveis... Vai ser tudo tão corriqueiro que vocês vão se enjoar de tantas notícias bombásticas e vão caçar outro blog menos banal ou exigir da escritora aqui contos mais picantes para além da profissão.
Mas fiquem tranquilos, caros... estou bem. Com hematomas, mas estou bem.
Boa sexta-feira! Amanhã prometo ficar tranquila, no máximo um bar. Mas sábado já estarei pronta para outra! De acidentes eu estou tranquila. Agora eu só faço de propósito! E dessa vez sem árvores no meio do caminho, pelo amor de Deus!

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

"E aí, vamos começar a trabalhar?"

Às onze e pouco da manhã toca meu celular. Autorizei o envio do meu material para o Shopping ABC, com as únicas exigências do cliente: atrizes com DRT e que nunca posaram nua. Mas essa história de enviar material é aquela coisa... é a pré-seleção para um teste... Ou seja, passamos por três ou quatro fases antes de se executar um job: 1- Envio de material; 2- Se pré-aprovado, vá-se ao teste; 3- Se for bem, é editado - quando a expectativa atinge níveis mais elevados; 4- É selecionado e recebe a ligação efuzente da agência e finge-se que aquilo é corriqueiro, mesmo se for um cachê de 6 mil dólares. Às vezes tem-se sorte e se é aprovado somente por foto. É o trabalho que todo mundo pede a Deus que pingue no seu currículo e no seu orçamento mensal...
Aí então começa o dia, com convites de feira recusados... 4 composites feitos e finalmente impressos por apenas 5 reais... capa do dvd book autorizada... recebi a faxineira... fiz as unhas... Ibirapuera mesmo com o termômetro marcando 15 graus e a preguiça abaixo de zero... e o chamado para um teste amanhã de uma agência que nunca havia me ligado: "E aí, Stella, vamos começar a trabalhar?". Trata-se de absorvente feminino e um cachê bem razoável, eu diria, daquele que me desafogaria por uns 4, 5 meses... Perfil exigido para as protagonistas: Juliana Paes. Será um daqueles testes com uma fila homérica... E já trabalhando pensamentos positivos... Sou eu! Sou eu!
Às 11 e meia da manhã marquei de conhecer e me fazer conhecer na agência de meu fotógrafo. Curiosamente, ainda não sei como, o dono da agência me pediu autorização no MSN e já combinamos tudo por lá. E depois sigo para a depilação das minhas coxas já que precisamos usar saia no casting - com esse friiiio?!
Fiz meu jantar, ainda tentando me aprimorar nos sushis, assisti De Repente 30 - puramente hollywoodiano - e America´s Next Top Model e agora estou me preparando para dormir e parecer linda, leve e solta pela manhã.
Olha a caveira de cristal aí, gente...

terça-feira, 3 de agosto de 2010

O segundo semestre

Segunda-feira, segundo dia do mês de agosto de 2010. As crianças retornam à escola, o trânsito volta ao seu fluxo "normal", passageiros da Gol dormem em aeroportos Brasil afora e a contagem regressiva para o final do ano começa. Sim, porque o tempo passa, o tempo voa! Tenho apenas três meses de Itaim, tão intensos meses de Itaim que já parecem uma vida... Fazendo retrospectivas, chegamos a conclusões de que "aquele dia que fizemos isso e aquilo" foi há apenas três semanas. Estranho. A cabeça não acompanha o ritmo acelerado do relógio. A gente só não pode perder a locomotiva...
Meu final de semana foi delicioso. Sexta-feira abrimos uma garrafa de vinho chileno (achando que era chik mas segundo o namorado de minha mãe o vinho é ótimo - para temperar carne...) e deitamos para assistir a um filme bem morno de Jennifer Aniston depois de dois clássicos na semana. Já sábado quando o dia estava incrivelmente quente e ensolarado, aproveitei para correr no parque, aproveitei igualmente a liquidação do Lápis Vermelho e comprei finalmente dois sapatos pretos coringas e comemoramos a vida com roupa verão na Kiss ´n Fly. Já meu domingão foi de trabalho no Pacaembu, onde quase fui entrevistada por Felipe Andreolli do CQC, que insistia para minha companheira de jornada: "Você torce mesmo para o Palmeiras? Semana passada você estava aqui, mas com a camisa do Corinthians, né... Se você é palmeirense mesmo me diga, quem é o atacante do Palmeiras?". Ela só ria. E eu, logo ao lado, fingia que nada acontecia. Caso viessem com o microfone na minha boca a fim de causar risos da plateia e de telespectadores, eu diria: "Minha emissora não me deixa falar...". Graças a Deus não foi preciso. E este episódio também não foi ao ar. Pelo menos ainda. E finalizei minha semana com um belo de um rodízio japonês cercada de repentinas baixas temperaturas na capital...
Muita água depois, deitei para dormir. Mas quem disse que conseguia? Consegui pegar no sono quando já passava das seis... Existe toda uma pressão, uma ansiedade, uma cobrança, um medo aliado a expectativas para esse segundo semestre que começou a rodar... foi difícil me desligar.
Mas acordei com o despertador e passei o dia de pijama na frente do computador, trabalhando as fotos em alta resolução, escolhendo o que vai e o que não vai para o dvd book, montando o composite para levar no showroom, procurando trabalho que está escasso e preocupada com meu celular que estava moribundo até às 18h. Foi quando ele tocou, um número estranho apareceu, as esperanças se reacenderam e recusei uma recepção no estádio do Morumbi para o jogo do São Paulo quinta-feira pela Libertadores, já que tenho o compromisso presidenciável agendado para a data. Fui passar frio e corri no parque... com duas novas músicas que integram a playlist do projeto Solange Frazão: Pa panamericano (David Ghetta) e One Life Stand (Hot Chip).
Voltei para casa e me aprimorei um pouco mais no pseudo sushi que comecei a tentar fazer depois de comprar folhas de alga na Liberdade semana passada. E olha, vou te dizer, não ficou ruim não, tá?! Tudo bem que... sábado fiz sushi de arroz integral e frango... e hoje de arroz normal com morango, pepino, cenoura, cream cheese e vagem. Praticamente uma sushiwoman! Caso o showbusiness não vingue... vou bater às portas do Mori pedindo emprego. Apesar de que dizem que as mulheres não são boas sushi makers devido à alta temperatura das mãos...
Não recebi retorno sobre a propaganda milionária do hidratante... nem ainda da campanha política do Serra... tive a notícia de mais um adiamento da estreia da Colgate Total 12 por problemas na locução... e enfim... nada de ouro até então. Mas quem sabe não encontro uma caveira de cristal nessa arca quase perdida?
Boa terça-feira!