terça-feira, 30 de junho de 2009

Semana nova na casa nova

Após passar o final de semana ouvindo todas as músicas de Michael Jackson e quase aprendido a incrível coreografia de Thriller, cheguei hoje de Ribeirão depois de enfrentar filas no Poupatempo para renovar minha carteira de motorista. Isso é sinal de que estou ficando velha! Em uma das filas, servi de analista para um homem, beirando seus 40, acredito, que ia licenciar o carro financiado que estava no nome da ex-mulher, e que havia sido um presente seu como demonstração de amor pelos quase 20 anos de casamento. A mulher o havia traído, usando o carro como meio de transporte para a traição, acabando com a união de tantos anos... Mas esse homem, se mostrando ainda apaixonado, relatou que a fila já tinha andado, com uma viúva baixinha, lindinha e que estava louca por ele. Segundo ele. Ele havia acabado de sair do cartório, rumando para o divórcio, e se dizia feliz da vida e que se desculpava por estar falando tantas intimidades. Desejei-lhe felicidades, mas eu sabia o quanto ele estava devastado. Para sair falando isso para uma estranha na fila no Poupatempo, coitado, é porque o negócio tava feio... Mulher traída sofre, mas home chifrudo... pelo amor de Deus... haja paciência!
Tive um ótimo final de semana, festa no sábado, muito tempo para conversar com minha irmã, rever uma velha e queridíssima amiga que retornou da Austrália depois de
6 meses, almocei com minha mãe e com seu namorado que haviam chegado de viagem no domingo, botei algumas coisas em dia... também assisti à peça Verdunga, na Feira do Livro, peça onde antes eu fazia o papel do Sr. Papagaio. Cheguei com uma disposição muito crítica, um pseudo medo de ser superada pelo novo ator que tomou meu posto, e acho que tenho um certo dom para direção. As críticas são internas. Revi o pessoal da antiga escola de teatro e percebi que realmente sinto muitas saudades...

As meninas fizeram hoje um jantar especial com cuscuz, caldo de ervilhas e vinho, para comemorar o começo de semana na casa nova - agora completa, com energia, luz e gás. Já era hora!
Dia 8 de julho apresentaremos sim o Porca Miséria em Amparo. Já trouxe o script para retomar as quase duas horas de peça que tanto amo, e já estou com medo devido a minha indisponibilidade para ensaiar. Mas no final vai dar tudo certo (tenho que pensar assim!). Tô animadíssima e morrendo de saudade dos palcos.
Essa semana será a última para ensaio do texto Claro! (Sure Thing!, by David Ives) a ser apresentado sábado no INDAC. Sábado e domingo de manhã também gravarei o curta "Ponto de Ônibus".
Amanhã tenho casting para a coleção verão de uma linha de roupas... recusei o convite de fazer figuração muito bem remunerada na propaganda do Shopping Bourbon e vamo que vamo...
Confesso ainda não estar nos meus melhores dias... esses dias estão durando muito...
Ouvi de minha mãe hoje: "Não desiste, não.". Não vou. Pelo menos não tão cedo.
Tá na hora de dormir...
Bom começo de semana!
A gente vai se falando...

sábado, 27 de junho de 2009

I´ll be There (Jackson Five)

http://www.youtube.com/watch?v=ehal1eUG1jk&feature=related
You and I must make a pact,
We must bring salvation back
Where there is love,
I'll be there
I'll reach out my hand to you,
I'll have faith in all you do
Just call my name and I'll be there
I'll be there to comfort you,
Build my world of dreams around you,
I'm so glad that I found you
I'll be there with a love that's strong
I'll be your strength,
I'll keep holding on
Let me fill your heart with joy and laughter
Togetherness, well that's all I'm after
Whenever you need me,
I'll be there
I'll be there to protect you, with an unselfish love that respects you
Just call my name and I'll be there
If you should ever find someone new,
I know he'd better be good to you
'Cause if he doesn't,
I'll be there
Don't you know, baby, yeah yeah
I'll be there,
I'll be there, just call my name,
I'll be there (Just look over your shoulders, honey )
I'll be there,
I'll be there, whenever you need me,
I'll be there
Don't you know, baby, yeah yeah
I'll be there, I'll be there, just call my name,
And I'll be there...

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Hollywood in Shock

"Michael! Michael! Eles não ligam pra gente!"
Sua morte já estava sendo anunciada há tempos por sites sensacionalistas e por isso assumo não ser grande surpresa a grande notícia do dia. Morre o Rei do Pop, o imperador da bizarrice, o intérprete de Thriller, o cantor de Billie Jean, o andróide, o dançarino, o único a ter sua própria Disney no quintal de casa, o pedófilo, o inventor do moonwalk: morre aos 50 anos, Michael Joseph Jackson.
O clip de Black or White, com Macaulay Culkin - na época o ídolo (e o meu ídolo) infanto-juvenil - marcou minha infância! E depois surge o boato de que até o astro mirim sofreu abusos do King of Pop...
E o terror do clip Thriller? Eu cheguei a dançar Thriller no final da peça "A máscara da morte escarlate" na minha 8a série. Também memorável!
Uma pele pálida que ninguém até hoje sabe explicar... Química? Doença? Plástica? Um nariz cada vez mais cadavérico e ponteagudo, rolando rumores de que era prótese e que caiu durante uma apresentação do cantor... cabelos de boneca! Nem meus professores de biologia sabiam explicar a mudança de cor de Michael. Uma mutação única no universo!
Endividado em 200 milhões de dólares, envolvido em denúncias de abusos sexuais contra crianças, e certamente uma pessoa tão perfeccionista e tão infeliz... A carreira de Michael, que na prática nem mais existia e havia se tornado apenas boas lembranças, tinha planos de turnê com ingressos esgotados para o segundo semestre, deixando muitos - como Luciano Huck e Angélica - com ingressos na mão e com um gostinho de "quero mais", gravando na história uma discografia ímpar e um estilo inigualável. Deixa-se um legado pop intransponível!

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Never Tear Us Apart (INXS)

http://www.youtube.com/watch?v=XPR63gfcIR0&feature=related
Don´t ask me
What you know is true
Don´t have to tell you
I love your precious heart
I was standing
You were there
Two worlds collided
And they could never tear us apart
We could live
For a thousand years
But if I hurt you
I´d make wine from your tears
I told you
That we could fly
`Cause we all have wings
But some of us dont know why
I was standing
You were there
Two worlds collided
And they could never ever tear us apart...

Um bom dia!

Hoje não me segurei e me entreguei a uma Pizza Hut no almoço. Mas para compensar, eu andei, viu. E como andei!
Por indicação da minha amiga de workshop, à tarde fui conhecer o curso de tv de Fernando Leal. O máximo! Em um dia se ensaia e grava 5, 6 cenas... ele é severo e extremamente crítico e não passa a mão na cabeça. Foi bem objetivo em nossa conversa, e suas idéias a respeito da arte e da televisão bateram com as minhas, e assim pretendo ser sua aluna pelo menos no curso intensivo de julho. Sem contar que ao lá chegar dou de cara com Caco Ricci. Gato. Bem gato!
Aí, ao sair de lá, recebi a ligação do meu professor de teatro de Ribeirão a respeito da possibilidade de apresentarmos o Porca Miséria em Amparo, com duas apresentações dia 8 de julho. Um e-mail ao autor Marcos Caruso seria enviado hoje à noite, pedindo autorização para a apresentação. Vamos Ver! Tomara que dê certo! Que saudade de ser Miquelina e pisar num palco para uma grande e inspirada platéia...
Cabeça à mil, resolvi não pegar ônibus, e voltei à pé para casa, desde o SESC Consolação... até o outro extremo da Paulista... enfrentei fila no supermercado... comprei gelados! Eba! Agora eu posso comprar gelados... e fui para a academia.
Voltei para casa... tomei um belo banho quente, me arrumei, coloquei um salto que meu dia-a-dia de camelo pelas ruas, metrôs e ônibus não permite, e chamei um táxi para encontrar o namorado da minha mãe (meu "padrastro", afê, que nome horroroso!) que veio a São Paulo para um congresso, no Hotel Transmérica. Jantamos no restaurante do hotel, tomamos vinho, comi um petit gateau... e tive um pouco de glamour e colo que tanto precisava... Alguns olhavam com desconfiança para aquele homem e uma ninfeta, até que ele esclarecia: "Ela é minha enteada..." e alguns respiravam aparentemente aliviados. Voltei também de táxi, admirando a cidade que às vezes esqueço que tanto amo... foi uma noite ótima!
Arrumei uma carona providencial para Ribeirão sexta-feira na hora do almoço. E assim o universo volta a conspirar a meu favor... ou pelo menos volta a ser um pouco mais carinhoso comigo! Eu sei que mereço! `Cause I´m a nice girl, right?

quarta-feira, 24 de junho de 2009

O Homem Sem Luz (*Artigo publicado no Jornal Comércio da Franca, ano 92, n. 19774, 3/4 dez. 2006, de autoria de Stella Menegucci Nogueira de Freitas)

Há quem diga que o homem hoje é mais primitivo do que na época das cavernas. Lévi-Strauss, etnólogo francês, já nos havia advertido de tal fato, criticando firme, mas discretamente, o homem ocidental moderno. Antigamente, o homem fazia o fogo. Mas hoje, ao queimar uma lâmpada, ou acabar a força, nos colocamos em situação de perigo, desespero, raiva. Nos sentimos ilhados, sem o que fazer, sem como fazer.
O insuportável calor de Ribeirão Preto, que já começou a dar dicas de como será o verão, já indicava a possibilidade de um temporal. Este, que chegou repentinamente, escureceu os céus de um domingo que parecia normal. Domingo, quando o maior shopping center da cidade se enche de pessoas que não tiveram tempo de comprar durante a semana, de grupos de amigos que se renderiam às gorduras trans de um Big Mac, ou casais de namorados que curtem um cineminha no final do dia, para começar a semana com o pé direito. Mas então, o céu desabou, e as luzes do shopping se apagaram! Por cinco segundos não foi possível ver os logos das lojas, nem ao menos o vendedor que se encontrava do outro lado do balcão. Uma euforia quase inédita tomou conta dos consumidores, e dos vendedores, que num reflexo contra o estado de natureza de Hobbes, correram a fechar suas portas. Ainda não se sabe se para evitar o furto de ladrões em potencial, ou se para segurar os clientes e não perderem a comissão das vendas.
Depois de longos 5 segundos, acenderam-se as luzes de emergência. O shopping ficou feio, sem graça, os enfeites do Natal deixaram de brilhar. Sem a eletricidade viva de todos os dias, aquele que é um dos símbolos do capitalismo se mostrou vulnerável às forças da natureza. O Mc Donald´s parou de funcionar, as sessões de cinema água-com-açúcar hollywoodianas foram interrompidas, e os cartões de crédito, naquele momento, não eram úteis. Era o fim do domingo.
Momento de hesitação. O que seria de nosso Natal sem os pisca-piscas? O que seria da Times Square sem seus outdoors eletrônicos? E Paris, sem suas luzes? O que é o homem moderno sem a energia elétrica?
Pode-se dizer, assim, que o homem não é mais um ser iluminado. Somos dependentes da tecnologia, dependemos de um aparelho que há dez anos não existia – o celular – para nos sentirmos sãos e precavidos; dependemos do computador para pensar; dependemos daquilo tudo que criamos: um mundo artificial. A crise dos aeroportos do Brasil está ilustrando o tema deste artigo: amputou a mobilidade de mulheres, homens de negócios, turistas, e colocou milhares de pessoas em desespero. Enquanto as caravelas de Colombo e Cabral demoraram três, quatro meses para chegar ao “novo mundo”, uma espera por um vôo que ultrapassa quarenta minutos parece levar uma eternidade. No café da manhã, se a torrada leva mais de um minuto para ficar pronta, a boca já não segura os xingamentos. Nos tornamos seres sem paciência.
Nossa luz é artificial. E não só a luz. O Natal, caracterizado por renas, Papai Noel, árvores enfeitadas e luminosas, pisca-piscas, trenós, caixas de presentes com grandes laços, nos foi vendido a preços nada baratos pelas grandes potências do Norte. Pois não temos neve, nosso Natal é tropical. Ao invés de botas, nosso Papai Noel deveria usar nossas Havaianas. Ao invés de pinheiros, por que não um coqueiro altivo e enfeitado? E em substituição das renas, um jegue do sertão nordestino? O que seria uma data de celebração do amor, reencontro, união familiar, tempo de reflexão e perdão, nos aparece em formato de consumo: consumo de lâmpadas coloridas, presentes, cheques-especiais, e dívidas para o próspero ano de 2007.
O comércio foi afetado no trágico domingo de tempestade. E o homem moderno é afetado a cada dia que passa, a cada luz que acende, e a cada luz interior que deixa de acender. Desenvolvemos a tecnologia de ponta, mas deixamos esquecidos em um velho baú valores para o desenvolvimento humano. Numa era onde as crianças esperam do Papai Noel um Play Station 3, ou pelo menos o 2, e não compreendem o verdadeiro significado das luzes do Natal, o mais plausível é concordar com Lévi-Strauss.
A encruzilhada do mundo moderno é: ao se render às engenhocas e ideologias modernas, o homem perde; mas ao se fechar ao sistema, deixa de ganhar. O homem criou a luz elétrica, e apagou a luz humana. E quando as garras da natureza novamente colocarem os consumidores desse “mundo shopping center” no escuro? Aí então, salve-se quem puder...

E assim fez-se a luz!

A montanha-russa que teimava em continuar descendo bruscamente, deu uma estabilizada. Depois de 20 protocolos... de muitas lágrimas... depois das ligações simultâneas de todos os envolvidos e de muitos com dó dos envolvidos... depois de até a síndica do prédio se comover com nossa trágica e nunca antes vista história... depois de 6 noites no escuro... de copo quebrado... de muito dinheiro gasto... de banho gelado... de lente perdida... e uma petição jurídica, temos energia!
Como somos dependentes desta maldida! E como a vida tende a caminhar mal quando nos faltam os princípios básicos de sobrevivência. Respiro aliviada com todas as luzes da sala acesas, tentando me livrar da zica dos últimos dias. Não quero falar mais sobre isso. Passou. E espero que ganhemos um bom dinheiro com a indenização. Sim, porque, Eletropaulo, vocês vão pagar por isso!
Enfim... fui na Tribo de Atores. Levei um toco. Mas um toco gostoso... que doeu até o estômago e me colocou fora da órbita mais uma vez, sem saber o que fazer. A agente me perguntou em quantas agências estava. Citei 6, ocultando algumas outras. A Tribo não aceita isso, já que trabalha com exclusividade com atores que querem ser atores e nunca figurantes, já que a Tribo coloca atores em papéis principais em propagandas e na televisão. Ela me abriu os olhos a respeito da figuração: "Páre agora de fazer figuração, seja em novela ou propaganda!". Pediu para que eu tirasse meu material das agências, e escolher apenas 1 ou 2 que valham a pena, já que eu estou em circulação nas mãos de muitos produtores de São Paulo que se perguntarão: mas ela é figurante ou atriz?. Disse para que eu trabalhe com eventos e isso não me queimará no meio, e que a Tribo teria dificuldades em trabalhar comigo desta maneira. Disse que tenho um estilo de mulher brasileira muito interessante e muito procurado, mas que preciso me diferenciar, seja em canto, seja em dança, ou no que for, já que o mercado para mulheres está extremamente concorrido. E que voltamos a nos falar mais para frente. Complicado. Contei a ela sobre minha meta e sobre a necessidade de se ganhar dinheiro. Ela sabia de tudo isso. Agora preciso pensar no que fazer...
Já estou com minha pasta completa para dar entrada no DRT, espero que consiga! E aí será outra história.
Amanhã assistirei à aula de interpretação para tv de Fernando Leal, indicada por uma companheira de workshop. Dependendo, posso me tornar aluna no próximo semestre.
Não sei. Não sei. Não sei.
Sexta estarei em Ribeirão e sábado quebro tudo (hahaha até parece!) na Festa da Lagoa!
Uma boa noite cheia de luz para você! Pelo menos isso agora eu tenho!

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Montanha-russa

Incrível como se pode passar do glamour para a escuridão de uma hora para outra. Especialmente na capital.
Neste momento me seguro para não escrever todos os palavrões que conheço, e me segurando para não criar outros novos. Quase uma semana de casa nova e NADA DE LUZ. Não sabemos mais o que fazer... temos 15 protocolos de ligações para a Eletropaulo, que continua inventando desculpas absurdas e produzindo informações desconexas. Escrevo do computador da academia, agora da unidade da Paulista, tentando deixá-los, queridos leitores, atualizados dos meus maiores dias consecutivos de stress ate então. Tomei hoje dois banhos aqui, no banheiro da academia. Sequei meu cabelo e me arrumei para meus testes aqui, no banheiro da academia. Não tenho comida decente em casa, ja que na modernidade, precisamos de refrigeração. Mas a Eletropaulo parece ignorar tal fato. Respiro. Respiro. Respiro. E choro.
Hoje fiz dois testes, um para o Banco Itaú e outro para Wellaton. Muito glamour! No teste do Itaú, confesso nunca ter visto tantos homens bonitos de uma so vez... pena que foi super rápido. O teste mais rapido da minha vida! (Quem vê pensa que ja fiz milhares...). Em ambos tirei fotos... sorrindo... com cara de séria... jogando o peso da perna para um lado... para o outro... simulando gol... tive a estrutura do meu cabelo analisada, tive o brilho do meu cabelo elogiado, e mais uma vez a concorrencia foi ferrenha, com tantas meninas lindas, modelos, magérrimas, com seus saltos altissimos e finissimos, estilosas e munidas de seus super mega books que ja contém trilhões de propagandas. Ouvi papos assim: "Nossa, aquela guria ali engordou um monte depois que voltou de Paris"... "A Pri tá com uns culutão, né!", "A Ana quer botar boca e peito, mas ela nem precisa!". Ai ai. Me poupe, né. Como podia dar certo... como podia dar certo... seria a minha primeira noticia feliz dos ultimos 7 dias... e bota feliz nisso!
Ontem finalizamos o workshop com Luciano Sabino. Recebi um feedback muito positivo, o que me deu um certo ânimo. "Certo". Ele é uma pessoa dez! E sabe qual crítica recebi! Sobre a minha sobrancelha. Vou deixar crescer por pelo menos um mês, eu juro! Mas o problema é a quantidade de trabalhos que posso perder por estar com uma aparência aparentemente um tanto quanto descuidada em dias de futuros testes. Mas, e preciso, né. O curso valeu muito a pena. Cada centavo.
Sexta tive uma noite gostosa, que me fez esquecer um pouco o baixo astral e dar muitas risadas. Fui ao shopping Eldorado com as meninas da peça e compramos nosso figurino. Depois, fui com uma das pessoas mais especiais comer um japonês bem gostoso... e acabamos a noite assistindo ao Comédia Ao Vivo, no Teatro Renaissence. Dei muuuuuuita risada e o Marcelo Adnet é muito melhor ao vivo. Fantástico. Uma noite deliciosa... que me fez relembrar os velhos tempos. Mas agora os tempos são outros, não é?!
Agora preciso jantar, vou ao shopping comer alguma coisa. Hoje não almocei. Se tiver alguma sessão de cinema... E daqui a pouco pisarei no meu novo apartamento que começa a tomar forma e não enxergarei nada. Apenas a escuridão. E vou dormir. Nada mais me restará a fazer.
Amanhã tenho entrevista na Tribo de Atores, uma das fortes de São Paulo. Veremos.
E existe a promessa de que a luz estara ligada ate às 13h. Ahã. Quero ver. "Vocês já devem estar acostumadas, né!", perguntou o porteiro. Desculpa, acostumada com situações subhumanas, jamais. Mereço muito mais do que isso. Pago muito imposto para isso. Que vergonha de país, meu Deus.
Ai que vida de montanha-russa...

sexta-feira, 19 de junho de 2009

É, né, péra lá também...

Tá, essa minha última postagem foi um descarrego de emoções. E agora acabei de receber uma ligação da agência Totem, que em semanas também nunca havia me chamado para nada, e farei um teste para propaganda em foto do Banco Itaú na segunda-feira, para principal ou coadjuvante, nada de figurante, e te digo que o cachê é bacana. Beeeem bacana. Bom, passando ou não, pelo menos uma luz no fim do túnel apareceu.
Acabei de tomar uns remédios e vitamina C e, se o efeito é psicológico ou não, já estou um pouco melhor...
Ufa!

Péssima semana...

E aí, tudo bem?
Comigo tá tudo péssimo, indo de mal a pior!
Mudamos de apartamento... ok... gracinha, localização fantástica, finalmente tenho um quarto decente... mas... faz 3 dias que a merda (desculpem-me pelos termos, mas eu tô realmente muito, muito, muito brava) da Eletropaulo só promete que vai ligar nossa luz! Ligamos lá duas vezes por dia para reclamar e sabe o que eles deram de desculpa? Duas vezes? Que às 17:45h de terça e às 17:40h de quinta eles estiveram no local e não havia ninguém. Mentira! O porteiro é 24h, eu fiquei em casa o dia todo ontem... Por que as coisas nessa porcaria de país não funcionam? E engraçado é que, para cortarem sua luz por falta de pagamento é rapidinho. Ou seja... estou isolada, incomunicável, sem televisão, sem internet, não posso carregar meu celular, nem tomar banho, nem ter comida na geladeira, nada! Como fora todos os dias... e mesmo procurando os lugares baratos, já estou desesperada por conta dos gastos nesse mês. Desesperada. Além do que a Net disse que não pode instalar seus serviços no nosso apartamento, que está bloqueado devido às altas dívidas do antigo locatário. Meu! Que absurdo! Onde já se viu isso? E o que eu tenho a ver com isso? Só resta respirar fundo, e respirar fundo muitas vezes nem adianta nada.
Ontem por exemplo, não tomei banho! "Ai, que nojo", pode falar, eu sei...
Para piorar o que já anda ruim, minhas bolhas não saram... aí, preciso ficar usando sapatos abertos e por isso academia essa semana foi uma lenda. Ontem passei a noite de chinelo! E isso é a morte, já que só faz frio nesse lixo de cidade. Eu não suporto mais passar frio... meu Deus... aí, lógico, fiquei doente! Sim, e poderia ser diferente?
Essa noite foi uma das piores da minha vida... dor no corpo... nariz tampado, um frio que minhas 3 cobertas e minhas duas calças e duas meias não aqueciam... assisti às horas passando e o desespero tomando conta de mim já que tenho um milhão de coisas para fazer hoje e amanhã e domingo tenho workshop. Como vou gravar minhas cenas fanha? Com nariz escorrendo? Nariz escorrendo é uma das coisas mais irritantes que existem.
Aí, não acabou! Ontem estava indo para minha aula de teatro e ao chegar no fim da linha verde, onde desembarco, me lembrei que havia esquecido de deixar a chave para as meninas na portaria. Que vontade de berrar! Tive que voltar... e nisso os R$2,55 do metrô foram em vão... e cheguei atrasada na aula...
Na terça me ligaram perguntando se eu poderia trabalhar no São Paulo Fashion Week hoje, sexta-feira. Lógico! Nossa, fiquei empolgadíssima, já que um dos meus sonhos é estar lá (não trabalhando, mas já estaria valendo...), adoro! Mas... não me ligaram confirmando...
Essa semana só rolou trabalho na festa de abertura do "Véu de Noiva", que foi bem legal e bom para rever contatos. Mas... nesse ritmo vou chegar looooonge...
Poxa vida, estou em umas sei lá, 12, 15 agências, e por que ninguém me chama para nada? O mercado tá ruim para todos ou apenas para mim?
Sabe?! Você me entende? Viu como tá tudo dando errado?
Tô cansada de andar... andar... e não chegar a lugar nenhum... cansada de fazer contas, porque tudo é número... e estou cansada de saber e de ouvir, de cada pessoa que conheço que escolheu o meio artístico como ganha-pão (quer dizer, como sonho porque nem pão se dá para comprar) que esse mundo é "difícil" e "complicado", quando não "impossível".
A abertura de Véu de Noiva marcou 5 pontos no IBOPE e tenho que lhe dizer que a qualidade da imagem e fotografia estão de babar! Você quer saber alguns bafos da festa? Olha, não posso contar muita coisa, mas figuras "ilustres" como Pânico, Simony, Moacyr Franco, Paula Burlamaque e Marcos Winter estavam lá, e com exceção do Pânico, todos passaram pela minha lista de nomes na entrada! No final, eu a outra recepcionista, também atriz, fomos liberadas para curtir a festa, open bar e open food. "A gente, se quiser mesmo ser respeitada como atrizes, tem que tomar cuidado com nossa imagem e não fazer qualquer trabalho e qualquer figuração", disse minha companheira de recepção. Eu sei. Eu sei. Mas como recusar trabalhos pequenos se são apenas eles que me aparecem?
Agora estou no apartamento antigo... vim pegar algumas roupas que estavam no varal, tomar banho e usar a internet. Hoje ainda terei que ir a algum shopping com as meninas da minha peça para escolhermos nosso figurino. Tenho vontade de dormir o dia todo... e isso não é bom sinal...
Retiro o que eu disse algumas semanas atrás, que essa se tratava de uma das fases mais felizes da minha vida. Não tive nada de feliz essa semana.
Eu poderia estar em Ribeirão, ensaiando o Verdunga para apresentar na Feira do Livro, e certamente seria um sucesso e saíriamos no jornal, eu não estaria passando frio e não estaria doente, estaria gastando bem menos, mais tranquila e amparada pela minha família. Aqui eu mal tenho a quem recorrer. Não dá para alugar o colo de ninguém e nem tenho ninguém para passar a mão na minha cabeça. Eu estou sozinha nesta luta.
A gente se fala...

terça-feira, 16 de junho de 2009

Últimos dias de Higienópolis...

Já separamos as poucas coisas que são nossas aqui do apartamento, algumas já estão empacotadas, muita coisa foi para o lixo (desapego total!) e amanhã e quarta serão dias de mudança. Andei pesquisando direitinho sobre nossa futura localização e será fantástica! A dois quarteirões da Av. Paulista, a 800m da outra filial da minha academia, a alguns quarteirões do Shopping Paulista... Minha linha do metrô será a verde - linha nobre! -, não precisarei me sacrificar todos os dias passando pela Sé, e ficarei a apenas 15 minutos do meu teatro. Sensacional! Isn´t it?
Hoje fui até o Tatuapé me agenciar na Good Look. Depois de descer no metrô errado indicado pelo Google Maps e andar uns 15 minutos com meu sapatinho novo - bonitinho mas ordinário - e ganhar bolhas nos calcanhares - que estouraram na volta (trash) -, recebi as classificações de "boa dicção/bom vocabulário/desinibida/social, e recebi também a imediata proposta para fazer figuração na propaganda amanhã da TeleSena, o que foi um bom sinal. Mas, tive que recusar, já que amanhã serei hostess na festa de abertura da novela "Vende-se um Véu de Noiva" e agradeço desde já à Trade Models, agência que desde meu recente cadastro tem me oferecido uma boa gama de trabalhos. "Stella, vá linda maravilhosa, com 2m de altura e roube a cena da protagonista da novela, quero que todos perguntem quem é aquela morena na porta da festa", disse em tom de brincadeira séria o dono da agência. Eu disse que tentaria, e para ficar com aproximadamente 2m de altura, precisava de um sapato preto, já que o que tenho é baixo e confortável, tudo o que a ocasião não pede. Pensando em investir em um bom e lindo sapato que vai me acompanhar, se Deus quiser, em vários eventos como mestre de cerimônias, e após percorrer todas as lojas possíveis de Ribeirão Preto, sofri experimentando todos os sapatos pretos possíveis do Shopping Higienópolis, já que meus calcanhares não estavam muito amigos de sapatos fechados. Acabei comprando um sapato meio sandália na Arezzo, que deixa minhas bolhas respirarem, do jeito que imaginava e que foi até agora o sapato mais caro da minha vida, mas me arrependi logo depois que vi sapatos incríveis na Schutz, mas todos fechados e que não seriam tão amigáveis com meus calcanhares. Espero que tenha sido uma boa compra e que vários trabalhos venham para cobrir os gastos que tive esta noite!
Nesses últimos dias tivemos dois términos de namoro na turma, e para acalmar os ânimos de uma das recém-terminadas, mandei que ela entrasse no blog da minha irmã (http://www.thamenegucci.blogspot.com/), que tem o tema de "Eles só erram. E nós também" e que a ajudaria a perceber como os homens acabam sendo no fundo - ou no raso mesmo -, todos iguais. Será uma nova onda de términos de namoro? Porque a onda até agora era de namoro...
Amanhã faltarei do meu teatro, o que me faz doer o coração, mas, é por uma causa maior. Ainda continua muito, muito frio e não poderei usar meias esta noite. Meu despertador tocará mais cedo já que preciso revelar algumas fotos e procurar caixas de papelão nos supermercados.
Foi um bom dia. E dias ainda melhores virão! E desta vez, será por perto das árvores dos Jardins...

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Acabou...

Ahhhh que ótimo feriado! Fiz tudo o que devia ter feito; vi quase todo mundo que deveria ter visto; comi mais do que devia, embora com plena consciência; visitei minha cachorra - o Porco - na casa de minha tia e vi o quanto morro de saudade dela, mesmo tendo as duas monstrinhas - minhas sobrinhas - em casa; assisti a três filmes e chorei mais uma vez ao vir embora.
Vim de carona com minha amiga e seu irmão, no carro consertado, trouxe meu criado mudo, mais uma manta para cobrir o lençol de baixo, trouxe vários casacos de frio e minha mala que foi para Ribeirão de um tamanho x voltou 4x. E mais uma semana começa.
Ontem assisti A Mulher Invisível, bem legal, ótimo filme para entretenimento e fiquei morrendo de inveja do corpitcho da Luana Piovani. Anteontem assisti Busca Implacável, e Liam Neeson está mais implacável do que MacGeiver (que construia uma bomba atômica com apenas um clips e uma moeda), Jack Chan, que Batman, que Homem Aranha todos juntos. Boa diversão para um sábado frio.
E para você que estava curiossísimo sobre o que fiz no meu dia dos namorados: rodízio de pizza com minha irmã! Felizes e contentes no meio da comilança, recebemos a triste notícia de que as pizzas doces haviam acabado, devido ao movimento acima do esperado. Brochamos, eu e minha irmã, brigamos com o gerente e ouvimos de um garçom sem noção "Não posso fazer nada... mas bem que vocês comeram bastante, né, meninas...". Quase dei um murro em sua bela face.
E foi isso. A semana será de mudanças!
E como está frio... ai ai ai...
Beijo, beijo!

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Feliz Dia dos Namorados!

Este tal Dia dos Namorados foi uma mera invenção comercial, para alavancar as vendas e o movimento nos shoppings e centros comerciais. Assim como também para formar filas nos restaurantezinhos mais gostosos da cidade, com reservas de uma semana de antecedência naqueles bistrôs que nem sempre o casal pode frequentar. É uma data que promove simulações hipócritas de felicidades eternas e perfeições de relacionamentos estampados nas capas de revistas e nas colunas sociais. É o dia de quebrar a cabeça e ter de preparar alguma surpresa, muitas vezes na esperança de colorir o romance que já não anda muito bem das pernas. É hora da obrigação de bolar um programa mais incrível e mais original do que o programa de suas amigas e seus respectivos, em uma certa competição de "meu namoro é muito mais feliz que o seu" ou "meu namorado é mais criativo" ou "meu presente foi o mais caro!". Dessa maneira, é hora de extrapolar o limite do cartão de crédito e gastar o que não pode com o presente, com a embalagem do presente, com os bombons dentro do presente... dos quais você provavelmente se lembrará até o Natal, quando você nem tem certeza se seu namorado ainda será seu namorado. É o dia de se contar vantagens da vida sexual do casal e de inventar números (sempre para cima...). É também a data ideal para desilusões com seu parceiro que não foi nada romântico, nada criativo, nada sedutor e achar que você merece coisa melhor. É temporada de forjar um catolicismo e apelar com simpatias para Santo Antônio para encontrar, enfim, o grande amor. É dia de dar graças a Deus pela sua solteirice e por poder gastar todo esse dinheiro com você mesma, sem a mínima preocupação com o programa da noite ou com o limite do cartão de crédito. Mas o Dia dos Namorados é também a data perfeita para se brincar de amantes... É dia de dar e ganhar flores, de ficar juntinho e curtir o calor um do outro nesse frio que invade nossos termômetros. É dia de agradecer por ter uma pessoa tão linda e compreensiva ao seu lado, e sonhar, mesmo que por apenas 24h, que esse amor será para sempre. É dia de se preocupar em comprar o presente mais original que originará o mais sincero sorriso no rosto daquele que se ama. É o dia de se dar, dar e receber, e ser feliz, mesmo que por uma noite, ou se for sortudo, por muito, muito tempo. É o dia das solteiras se embriagarem para curtir uma noite que deveria ser curtida com uma companhia. É o dia dos solteiros irem à caça achando que todas as mulheres estão desesperadas para arrumar alguém, seja para um relacionamento, seja para só beijar ou seja para sexo. É a data de as recém-solteiras se lembrarem dos antigos namorados e sentirem saudades daqueles momentos mais íntimos e de cumplicidade, quando a segurança acalmava o coração agora instável e de alguma maneira, solitário, se esquecendo até de grande parte de todos os problemas e diferenças que fizeram o antigo relacionamento naufragar. É dia de ter a ilusão de receber uma ligação ou uma mensagem de um paquera interessantíssimo (já que ele estará pensando em você o dia todo embalado pelo romantismo dessa data), mesmo sabendo que ele jamais ligará nem mandará porcaria nenhuma. É a época de dizer que precisa achar um namorado, só de brincadeira, e de sentir uma dorzinha de cotovelo dos casais que têm suas reservas nos bistrôs, que compraram seus lindos e caros presentes, que se renderam à imposição comercial regida pelo 12 de junho, que quebraram a cabeça em busca de uma fabulosa surpresa, que parcelaram o presente em 12 vezes sem juros, dos casais que terão números para contar e até inventar, mas que de alguma maneira, terão um número e um cobertor de orelha nesta noite que marca 13 graus. Mas... é só um dia, que dura apenas 24 horas! E amanhã é 13 de junho, quando nada é comemorado e não haverá filas nos restaurantes nem um super movimento nos shoppings. E a vida continua. Quem sabe ano que vem a história não é outra? Quem sabe as casadíssimas de hoje não estarão com a dorzinha de cotovelo? Quem sabe as solteiríssimas de hoje não estarão com uma aliança no dedo? Quem sabe a solteira de hoje não estará mais solteira e desisludida do que nunca? Nunca se sabe! Sendo assim, feliz 12 de junho, seja sozinho, seja namorando, seja casado, seja desiludido. Sempre há um modo de comemorar, basta encontrar o seu!

Feriado sim!

Ontem consegui uma carona providencial para vir para Ribeirão com o irmão de uma amiga. Após um pequeno congestionamento na saída da cidade, que veio a se tornar mais tarde o maior do ano na capital , pegamos a estrada, com uma leve chuva. Até então, tudo certo. Quando faltavam 20 minutos para chegarmos, acendeu-se uma luz EPC no painel do carro, acusando deficiência no motor. Paramos no acostamento e fomos rapidamente socorridos pela AutoVias. Após sermos guinchados para o posto mais próximo, em São Simão, fomos socorridos pelo pai de nosso condutor, que deixou o motorista da firma esperando o guincho do seguro no posto, e nos trouxe de volta, sãos e salvos. Chegada turbulenta... mas ao abrir minha caixa de e-mails, recebo a notícia de que a segunda parte do workshop de Luciano Sabino fora adiada para o outro final de semana, já que ele estava impossibilitado de sair da Globo neste sábado e domingo. Ahhhh respirei aliviada! Confesso que não achei nada ruim, já que sim, teria meu tão sonhado feriado e teria mais tempo para ensaiar minha próxima cena, tirada da novela A Favorita, onde farei o papel de Donatela ameaçando ferozmente Flora com uma arma. O roteiro pede até uma lágrima de minha personagem. Vixi. Nessa o bicho vai pegar!
O pessoal da agência não me ligou confirmando a propaganda da Embelleze... então fico aqui até domingo.
Hoje recebi a ligação da minha outra agência, me chamando para ser a hostess na festa de lançamento de Vende-se um Véu de Noiva, na terça-feira. Se topo? Of course, my dear! Vão me confirmar na segunda-feira.
Enquanto isso curto meus dias na Califórnia gelada... já visitei minha avó, minha madrinha, vi meus tios e primos que há muito não via, e cheguei agora em casa após uma pizzaria com as amigas... e a névoa toma conta da madrugada em Ribeirão Preto. Terminarei agora de assistir Vicky Cristina Barcelona. Delícia de filme. Javier Bardem mais cafajeste do que nunca! Scarlett Johansson fazendo seu papel de Scarlett Johansson, sempre com cabelos desgrenhados, sexy-desencanada, mostrando uma parte dos seios fartos, sempre com papel de atriz falida ou com qualquer profissão mais alternativa longe dos padrões da sociedade. E Penélope Cruz roubando a cena como de costume.
Boa noite! E a gente se vê por aí!

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Agenda vazia, nada!

Eu tenho um quadro/calen-dário na minha parede onde marco meus dourados compromissos. Preciso disso, senão me perco fácil e esqueço quem é que tenho que visitar ou onde tenho que ir trabalhar. No início, o quadro era vazio... nunca tinha nada... já o mês de maio bombou! Foi incrível. E junho já começa a ser preenchido.Confesso que me dá um singelo alívio saber que tenho o que fazer, por que vocês estão lembrados do meu ócio no início do ano? Afê, sem comentários.
Para se ter uma idéia, há dias não tenho tempo de comprar um celular 011! E isso é necessidade extrema... está nos planos para a próxima semana...
Ao acordar, liguei na Dolce Models. Fui aprovada (será que alguém é reprovado?). Mas desmarquei minha visita para levar minhas fotos, já que, caso eu queira ser agenciada, preciso pagar 190 reais por 200 composites. E aí vêm aquelas velhas dúvidas: Vale a pena? E se eles nunca me ligarem e eu perder 190 reais? Mas e se eu pagar e tiver grandes oportunidades, já que se trata de uma grande agência? Pedi tempo para pensar. Além do que acho que precisaria de fotos novas para o composite, mesmo com o produtor dizendo que as que tenho são suficientes mesmo não ideais... Mas isso acarreta mais custo. E essa semana estou com a cabeça nos números, que obviamente, não são nada favoráveis à minha pessoa.
À tarde fui visitar a In Company, uma agência especializada em eventos, da qual recebi um cartão para entrar em contato no dia que fui mestre de cerimônias no Maksoud. Conheci a 'chefe' da agência, conversamos, e elas têm planos brilhantes para que eu seja uma de suas mestres de cerimônias fixas, com possiblidade de viagens para fora de São Paulo, quizá até do estado, com avião, alimentação e hospedagens pagas! Assim, entrarei para a lista de cadastrados que abrange famosos e globais. Seria uma boa. Um ótimo sinal de que gostaram do meu trabalho! Ser mestre de cerimônias é ótimo, pois além de apresentar o que quer se seja, o que adoro, ganha-se bem e se conhece pessoas influentes e inteligentíssimas nos grandes eventos e congressos. Topo super!
No final da tarde, após ir duas vezes ao banco sacar quantias exorbitantes para pagar as contas... recebi a ligação da agência CM. Respirei aliviada, já que desde que lá efetuei meu cadastro, 3 semanas atrás, mais ou menos, jamais haviam me ligado. No entanto, me ofereceram uma propaganda da Embelleze para sexta-feira. Cachê baixo mas que nesse momento tá valendo. Respirei fundo. Disse que retornaria a ligação em 10 minutos. Chorei, já que teria que retornar de Ribeirão Preto mais cedo do que o previsto... Aí respirei mais fundo ainda, liguei, e aceitei. Ainda estou esperando a confirmação, mas, pelo o que tudo indica, ficarei apenas 1 dia e meio na minha casa. Não dá para reclamar, mas que dá vontade de reclamar, isso dá... Ai como eu precisava desse feriado - que não terei...
Fui ao teatro e os ensaios estão caminhando melhor...
Essa semana não acordei bem. Não estou nos meus melhores dias. Fadiga psicológica, sabe? Preocupações com o "e se"...
O marido de minha tia está vivo apenas através dos aparelhos. Já chorei também ao saber disso. E tudo nos faz pensar sobre o tempo... sobre a vida... e como cada segundo faz diferença...
Amanhã cedo vou à academia para valer minha salgada mensalidade e arrumei uma carona para depois do almoço.
Quando inventarem o teletransporte serei mais feliz!

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Agenda vazia

Ontem perdi um almoço em casa com um prato típico de Cabo Verde, catchupa, feito por uma mãe cabo-verdiana que veio ao Brasil visitar sua filha intercambiária, amiga de minha roommate. Conversamos sobre a saudade, já que mãe e filha se reencontrarão apenas em novembro, enquanto eu, que estou há só 10, 12 dias sem ver minha mãe, já estou morrendo de saudades...
Gravamos a cena no workshop de ontem. Fui elogiada pelo pessoal, recebi um "É isso mesmo!" do diretor, mas sei que não estou dentre as preferidas. Assistiremos no próximo domingo e receberemos todo o feedback de Luciano Sabino. Está sendo muito válido até então. Sei que já estou melhor do que o ano passado, quando fiz meu primeiro workshop de tv com Roberto Jabor e voltei para casa aos prantos sendo consolada pelo meu ex-namorado, clamando que eu era uma m* de atriz e não servia para aquilo...
Muitos foram embora cabisbaixos, desapontados com o próprio desempenho, outros foram embora porque não receberam os elogios maiores do "mestre". Eu não fui embora, porque para relaxar após toda a tensão e todos os kills durante as cenas, fomos a um bar muito gostoso na Liberdade. Bebemos vinho, demos risadas e muitas risadas, começamos a ver algumas pessoas iniciarem um processo de embriaguez, esclareci a picaretagem da mulher do DVD Book, o que fez Luciano ficar fulo com o fato de usarem seu nome para enganar aspirantes a atores e encherem o bolso com isso. Ao sermos praticamente expulsos do bar, a noite ainda iria longe e seguimos para um restaurante bem aconchegante na Haddock Lobo e continuamos com o vinho. Com o vinho, com discussões, com revelações e com a alegria de podermos ter um momento como aquele. Luciano é um cara super acessível, inteligentíssimo, sensível e um amante da alma feminina. Ele se divertia com nossos relatos... voltei 3 da manhã para casa.
Ao levantar, começava uma nova semana sem grandes planos e com agenda vazia. Fui à academia, almocei o prato cabo-verdiano de ontem, e me preparei para visitar a Dolce Models, a 5a maior agência do Brasil e agência da scouter que me parou no metrô. Aí, fui analisada e medida pelo produtor. "Sorriso lindo, perfeito. Você precisa perder umas medidas, até mesmo para a sua carreira de atriz. Unhas perfeitas, como o cliente gosta. E sua sobrancelha, quem faz? Menina, ela está até engraçada... Você precisa de uma modeladora de sobrancelha." E já me indicou uma. Medi 1,71m hoje e preciso ligar lá amanhã para saber se fui aprovada. Não saí de lá muito animada e já comprei um remedinho para os pêlos da sobrancelha.
Aí, para piorar o que já não estava tão bom assim, recebi a ligação do produtor do Rio de Janeiro que havia me dito sobre mandar meu material para a novela das 6 umas semanas atrás. Na realidade, não é para o elenco da novela e sim para trabalhar na festa de lançamento da novela, e disse que a princípio, estou pré-aprovada. Bela b*!
Fui mais uma vez à academia, tentar descontar alguma coisa nos sacos de boxe, e cheguei em casa com o papo sério da nossa mudança. Agora estou desesperada, já que gastarei 2,5 vezes a mais para morar. Fora os valores da mudança, do seguro-fiança, das faxinas, dos produtos que faltam, os móveis que terei de adquirir, já que nem a cama que uso aqui é minha... Estamos colocando os valores na ponta do lápis e o desespero toma conta do bolso e da cabeça de nós 3. Não sei o que vai ser de mim e estou com vontade de comer um boi. E um bolo inteiro. Até desmarquei o almoço num rodízio de japonês com um amigo amanhã, já que preciso economizar e emagrecer...
Fiquei sabendo ontem que o marido de uma querida tia-avó está com infecção hospitalar após uma cirurgia delicada para desentupir a carótida. O quadro é irreversível. Como a vida é cruel...
A casa está dando eco... e é provável que eu continue em São Paulo até o fim desse ano. Provável.
Só sei que quarta-feira fujo para Ribeirão para passar o feriado e fico até sábado cedo, já que o workshop se repete neste final de semana.
Dia dos Namorados está chegando, e pela primeira vez em 5 anos, estarei mais sozinha do que tudo. Do que tudo mesmo, porque a coisa tá feia, viu. Eu disse para minha irmã: "Velho, é nóis no Dia dos Namorados..." E como o frio, as incertezas, os medos e o desespero pedem uma companhia, né... ai, como pedem...
Que vontade de chorar e sair correndo. E olha que ainda não estou de TPM...

domingo, 7 de junho de 2009

Loucura, loucura

Ufa!
Finalmente agora posso respirar. Essa semana foi punk, fui dormir tarde e exausta todos os dias e acordando cedíssimo, passando um frio do cão desde a hora que levantava até a hora de ir deitar; não pude ir à academia nenhum dia; comi fora de casa todos os dias e consequentemente dei uma engordadinha; ganhei um bom dinheirinho com os singelos cachês; não pude ajudar na mudança de uma das minhas roommates que mudou-se hoje para a casa do namorado; não pude programar nem fazer nada em relação ao seu bota-fora - embora tenha chegado a tempo para tal -; conversei super pouco com as meninas de casa e com minha família; tive que recusar convites de cinema, festas e jantares; cheguei atrasada nas aulas de teatro; corri o dia todo; não deu para atualizar meu querido blog (o que me fazia ir dormir com um baita de um peso da consciência); mas, tudo valeu a pena. Não posso reclamar! Ossos do ofício!
Estar pela primeira vez num set de filmagem de uma novela foi especial. E sabe o que foi ainda mais incrível? Conheci Seu Silvio Santos. Para a surpresa de todos - produção, elenco, figuração -, esta grande figura foi visitar a cidade cenográfica e conferir o novo cenário da novela. Engraçado como todos, todos, sem exceção, ficaram imóveis e extasiados com sua presença. Um dos atores cantou ao ver seu carro (um Omega australiano) chegar: "Sílvio Santos vem aí... la la la la la"... Simpático demais. O cara merece tudo o que tem. E isso é unanimidade. Seu Sírvo é o cara!
Tive contatos com pessoas diferentes, conversei com produção, com direção, com elenco, fiz minha parte e suguei ao máximo tudo o que o SBT naquele momento pôde me oferecer, com promessas de muito mais. Agora é só aguardar. Nesse mundo nunca se sabe, as palavras valem muito pouco e servem mais para elevar nossas esperanças. E essas nunca morrem.
Ser figurante não é fácil e se ganha muito pouco. Para mim, é coisa de início de carreira, bem início mesmo, mas não deixei o pessimismo tomar conta dos meus pensamentos. Conversei o máximo que pude, troquei contatos e ganhei uma boa experiência. Sexta-feira foi o dia mais monótono, já que não sei o porquê, mas o diretor substituto não me chamou para fazer nada além da continuação da cena de terça-feira. Passei grande parte do dia à toa... e nem pude assistir às cenas, que estavam sendo gravadas dentro de um trailer.
Fiquei decepcionada com a cultura do brasileiro. Havia um figurante, um negro lindo e inteligentíssmo, por sinal, de Guiné-Bissau, que está no Brasil há 6 anos. E ao perceberem sua outra versão do português, muitos perguntavam de onde ele era. Quando ele respondia, uma question mark (?) pairava sobre a testa da maioria, que retrucavam: "Onde é isso?". Vergonhoso. Pior foi um um dos meninos que perguntou se a Jamaica ficava perto de lá. Eu respirei. Fundo.
Já a propaganda quinta-feira foi engraçada. Se tratava da liquidação da rede do Shopping Interlar, e nas cenas saíamos com objetos de móveis na mão, tipo queima de estoque do Magazine Luiza às 5 da manhã, sabe?! Ri até. Ao receber elogios da figurinista e do assistente de direção, disseram que eu ganharia um close. Mas tive que sair meia hora mais cedo para chegar à tempo no teatro e apresentar as cenas de Os Sete Gatinhos e A Serpente, e talvez tenha perdido a oportunidade. E ganhei mais do que com a figuração da novela, o que é bom. Mas nesse início de carreira temos que mostrar a cara, não é.
Fiquei sabendo que a mulher que me ofereceu enviar o dvd book para a Globo talvez seja mais uma das picaretas. Bom, nem me supreendeu. Ficaria surpresa caso essa oportunidade desse certo, isso sim. Mas continuamos na batalha.
Essa noite dormi bastante, acordei na hora em que meu corpo pediu para acordar e ajudei a empacotar as últimas caixas da mudança da minha amiga. Hoje começou meu workshop com Luciano Sabino. Bem legal até então! Pessoal talentoso, cada qual com suas histórias fantásticas da vida pseudo-artística. Fomos depois em uma pizzaria bem gostosa, tomamos um bom vinho, e foi uma noite agradabilíssima. Uma boa oportunidade.
Uau. Acho que por hoje é só. Aos poucos vou atualizando com as novidades e as histórias. Mas estou bem. Inquieta sempre, hoje especialmente também pelo fato de que o curta independente mudou de data, mais uma vez, para os dias 20 e 21. Não sei se estarei aqui.
O apartamento agora está dando eco, sem as decorações malucas, sem os sofás, sem as tralhas muitas vezes sem utilidade da minha ex-roommate. Triste. E quanto às meninas que aqui restaram, devemos nos mudar no feriado da semana que vem, se tudo der certo, para o apartamento perto da Paulista.
Eita vida de mudanças, de casamentos, de sonhos, de muitos sonhos...

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Desculpa

Queridos, desculpa, mas estou tãooooooooooooooo cansada...
E amanhã acordo às 6h novamente já que tenho propaganda do Interlar. Vocês me perdoam por não escrever hoje? Sei que sim...
Mas a figuração foi ótima. E sexta-feira tem mais!
Tá frio demais.
Boa noite!

Oportunidades

Houve um tempo eu que eu me achava maluca, em que não acredita naqueles sonhos que desde pequena povoavam minha cabeça...
Houve uma época em que eu me achava idiota ao pensar que de repente, um dia, alguém poderia me parar na rua ou no shopping perguntando se eu não gostaria de me agenciar.
Assim como também houve vezes em que quis me despertar do sonho quase impossível de que estaria passando na frente das emissoras de tv ou então que estaria fazendo figuração e algum diretor gostaria de mim e me chamaria para o elenco de novelas e programas.
Pois é. Como eu disse, houve esse tempo. Agora as coisas são outras e o modo de enxergá-las idem.
Hoje foi uma oportunidade única, que mesmo ganhando 45 reais para fazer a figuração na novela com data prevista para 14 de junho, "Vende-se um Véu de Noiva", estando eu de pé às 5:45h e chegando em São Paulo às 21:15h, mesmo eu tendo passado o maior frio desde que fui esquiar em Mont Tremblant e pisei na neve de tênis e permaneci com as meias molhadas até às 21h esperando o ônibus para voltar à Montreal, mesmo eu sentindo a ponta dos dedos dos pés congelando, valeu muito a pena.
Enquanto a maioria dos figurantes reclamava da repetição, da chatice do trabalho, do frio, da duração, da comida, eu aproveitava e mostrava o meu melhor, mesmo como figurante.
Não dizem que o que vale é estar no lugar certo e na hora certa? Talvez hoje tenha sido um desses dias e horários certos...
Amanhã tem mais, e a pedido especial do diretor R. Menezes, gravarei grande parte das 14 cenas programadas, e me quedarei até pra lá de meia-noite nos estúdios do SBT. Conquistar a confiança de camera men, contra-regras, figurinistas, diretores de arte e dos diretores e produtores não tem preço. 45 reais? A oportunidade vale muito mais do que isso.
Amanhã escrevo contando os detalhes! Será mais um dia árduo e lindo de trabalho, quando aprendizado, entretenimento, prática e contato tomarão parte dos pensamentos negativos em relação às baixas temperaturas. Estou tremendo de frio até agora.
Aproveite suas oportunidades! "Não façam figuração jamais", dizem alguns diretores. É. Para toda regra, existe alguma exceção! Eu posso ter sido uma delas...

terça-feira, 2 de junho de 2009

"Quem bate? É o frio..."

Uh la la. Deve estar fazendo uns 9 graus em São Paulo! Delícia para dormir, pesadelo para acordar às 5:45h. Sim, acordarei às 5:45h, pois amanhã e quarta trabalharei na cidade cenográfica do SBT, é, provavelmente figuração em alguma novela que não sei qual será. Bom, né? A agenda já está cheia para a semana. Adoro. Eu falei que botei fé na Trade Models... em menos de uma semana já recebi três propostas de trabalhos. Ótemo!
Hoje foi um dia corrido, de muita burocracia, mas acredito já ter reunido todos meus documentos para dar entrada no meu DRT. Não vejo a hora! Fui à antiga escola de teatro, revi meu querido professor, alguns amigos... saudades de todos!
Cheguei agora à noite na cidade, chorei ao me despedir da minha linda mãe, chorei no ônibus, já que sabemos que só voltarei para casa em 3 semanas. Não deu tempo de visitar minha cachorra que "mora" na casa de uma tia... e recebi a notícia de um possível tumorzinho nas tetinhas. Tomara que seja um engano. Tomara.
Que tragédia com o avião da AirFrance, hein... quantas vidas perdidas de uma só vez...
Melhor eu ir dormir! Amanhã o bicho pega!
Boa noite ou um bom dia para você...

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Os Delírios de Consumo de Becky Bloom e de todas nós

Os Delírios de Consumo de Becky Bloom jamais poderia ter sido escrito e produzido algumas décadas atrás, quando ainda não havia a produção e a propaganda em massa, quando o consumismo ainda não fazia parte do dia-a-dia de homens e mulheres, quando havia apenas um tipo de calça, um tipo de camisa, um tipo de vestido e aquilo só era o necessário. Variedade e quantidade não eram levados em consideração nas sociedades anteriores ao século XX, com exceção da nobreza e da aristocracia, obviamente.
Isla Fisher é Rebecca Bloom, uma jornalista consumista que possui nada mais nada menos do que 12 cartões de créditos e se afunda em dívidas que seu salário de jornalista recém-formada e de recém-desempregada não pode pagar. Ela tenta frequentar o CA (Consumistas Anônimos), tenta fugir das cobranças, tenta negar seus vícios, tenta um novo emprego na revista dos sonhos, e ganha um chefe (posteriormente, seu namorado) também dos sonhos. Aliás, e que sonhos! O ator é Hug Dancy, e nunca o tinha visto em nenhum filme, mas saí apaixonada do cinema. Sério. Lindo. Cabelo desgrenhado, meio loirinho, carinha de menino bom.
Mas bom, continuando...
Becky, ao assumir seu vício por compras, relata o prazer proporcionado pelas sacolas, pelos brilhos, pelo cheiro do novo, dizendo que comprar a faz acreditar, mesmo que por um instante, que o mundo pode ser melhor. Mas depois, esse sentimento passa, e ela precisa comprar novamente para tentar recuperar a esperança em dias melhores.
Todos temos momentos Becky Bloom, ou pelo menos desejos à la Becky Bloom, quando o supérfluo supera a necessidade. Eu não posso negar o prazer proporcionado por sacolas e o alívio de saber que meu guarda-roupa está recheado de novidades. Ela é uma shopaholic. E quem diria que um dia existiria esse termo, hein? Coisas dos tempos pós-modernos...
Filme gostoso, estético, com um ator que é um colírio para os olhos, e que pende para a superficialidade que não deixa de ser realidade. Gostei.

Mas já?!

Ah não!
Já é 1h da manhã de domingo para segunda... Meu Deus, faça o tempo parar de voar! Assim não vale! Não deu tempo de assistir ao Fantástico! Nem de ver Manhattan Connection! Não terminei nem a Veja da semana passada... Não conversei direito com meu irmão... ainda não separei tudo o que preciso levar para São Paulo... não deu tempo de matar a saudade! Alguém pare o relógio, por favor?!
Sexta-feira foi um dia de proletária, como eu gosto de brincar. Foi ótimo. Exaustivo, mas ótimo. Fui dormir às 2h da manhã e às 6h já estava de pé. Às 7h estava eu na Sé, Sé esta que estava lotada como nunca havia imaginado ser possível... já da escada rolante avistei o mar de gente que navegava a passos curtos, e que não seguiam o fluxo, mas o fluxo as levavam. Parecíamos todos um bando de pinguins passando por um estreiro corredor de rochas tentando fugir do predador. Eu, com meu lindo e novo terninho, salto, laque na franja, maquilagem, bolsa, sendo levada pela multidão que se descontrola em momentos de crise como em lotação do metrô. Deprimente. Mas tá. Cheguei ao Maksoud. E o Senhor ouviu minhas preces e não choveu na Terra da Garoa.
O evento era o II Encontro ACRO de Radiologia Odontológica, contava com 80 participantes e demorou a começar graças ao trânsito caótico da cidade. O encontro contou com a presença de 3 dos maiores conferencistas do Brasil: César Souza, Eugênio Mussak e Carlos Alberto Júlio. Aproveitei todas as palestras, fiz anotações, dei boas risadas, e ganhei muito mais além do meu cachê. Ouvi que em tempos de crises, enquanto uns choram, outros vendem lenços. Você chora ou vende lenços?
No banheiro do hotel, dei de cara com a nutricionista do programa BemStar, do GNT, e a elogiei, dizendo que amava seu programa. Os únicos pontos fracos foram a palestra após o almoço, já que fui dominada por um sono incontrolável e inédito, que me deixou sem posição, sem o que fazer, vendo tudo embassado, com vontade de chorar e ir correndo dormir em casa; e o tempo prolongado de expediente, já que o evento, que estava previsto para terminar às 18:45h, acabou às 20:30h. Mas deu tudo certo! Fiz o que sei fazer e adoraram a apresentação, elogiaram minha dicção, pediram meu cartão, me deram cartões e pediram para que entrasse em contato. Entrarei em contato! E você viu, mais uma vez pediram meu cartão! Preciso de um, urgente! Está na minha to do list dos próximos dias.
Voltei correndo para casa, e deixei a cidade com seus 14 frios graus às 22h. Cheguei às 2h da manhã em Ribeirão, conversei com minha mãe até às 4h, e assim iniciou-se meu lindo final de semana. Vi minhas amigas, contamos histórias, dei risadas, visitei minha avó e minha querida madrinha, tirei a sobrancelha de ambas - que estavam um horror, já que não deu tempo de tirar das últimas vezes que voltei -, dormi com as cachorras, tivemos um almoço de aniversário de um médico amigo, comi muito (como todo final de semana), fui ao cinema de domingo com minha irmã (que é uma necessidade), fomos ao Mousse Cake... Vi a vitrine da Lacoste e morri de raiva. Além da "neve" que domina a decoração, ainda me colocam assim na vitrine: "Valentine´s Day". Gente! Dia de São Valentino é 14 de fevereiro, nós nem temos uma comemoração brasileira para esse santo, e nós não temos neve! Para que fazer uma vitrine americana na Califórnia brasileira? Ai ai ai. Mas, enfim.
Agora já é segunda-feira.
Devo voltar à noite para São Paulo. E está um tempo feio lá fora...
E descubro cada vez mais como amo e preciso da minha família e das minhas amigas. Como é bom estar e se sentir em casa, né?!