quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

São Paulo 40 graus, cidade maravilha purgatório da beleza e do caos

Alguém, por favor, me explicaria de onde vem tanto, mas tanto calor? Enquanto a Europa congela, o brasileiro derrete. São Paulo tem atingido temperaturas inéditas para a minha pessoa, causando certa irritação e desconforto, além de um sono altamente prejudicado seja pela janela aberta seja pela janela fechada. Tá difícil... E, com o auge do verão, vêm eles, as saias, os vestidos, regatas, chinelo, rasteirinhas, biquini, praia! Sendo assim, nada melhor neste clima super agradável da capital do que fazer um editorial de inverno para a revista Tricô By Aslan Trends! Com muita bota, cachecol, casacos de lã, calça jeans, legging, ankle boots... Fora o suor que brotava sem o menor pudor, fizemos um trabalho bem legal e lá vamos nós esperar por algum tempo até ver a revista nas bancas para fazer a alegria de mamãe, já que a filha provavelmente estampará a capa. E que Sapucaí, Barra Ondina, que nada! Por mim, apagaria a data da folia e substituiria por dias de branco. Afinal, a calcinha do meu reveillon não foi amarela por acaso. Boa noite!

O "sim" e o "não"

Ela gostava de brócolis. Ele amava macarrão. Ela lia todas as notícias na internet, já ele não ligava pra isso, não. Ela bebia uma cerveja enquanto ele se afogava em reunião. Ela dava beijo molhado, já ele preferia segurar a mão. Ela tropeçava e depois ria mas ele não era capaz disso, não. Ela amava teatro e cinema, em vez disso, ele reprisava os gols do Tostão. Ela tinha todo o tempo do mundo, enquanto ele procurava sempre contornar a situação. Ela sentia o amor mas pensava com a cabeça, enquanto ele agia com a emoção. Ela falava alto se fazendo entender embora também gritasse sem compreensão. Então ela abriu a porta e deu o primeiro adeus com a mão. Mas ela também gostava de macarrão e de salada ele fazia questão. Ele fugia dos beijos, mas quando a beijava, ela perdia o chão. E como ela adorava quando ele segurava sua mão... Futebol é arte e ele queria que ela entendesse sua admiração. Mas ela bateu o pé e disse querer fazer outra coisa em pleno domingão. Ele retrucou sua reclamação e disse palavras terríveis com boa dicção. Foi ele quem dessa vez abriu a porta, aí abriu a boca e perdeu a razão. Ele era mais forte que o Sol e ela mais que toda uma constelação. Eles brilhavam juntos e eram capazes de acender a escuridão. Mas os raios eram tão, tão fortes, que queimavam mais do que vulcão... Por isso ela insistiu e tantas vezes dizia "sim". Mas ele optou por jogar tudo fora e bradou um definitivo "não". Este podia ser apenas um triste poema ou a letra de uma canção. Mas a gente aprende, a vida é uma escola e é assim sim que acaba uma grande paixão...