segunda-feira, 30 de agosto de 2010

COLGATE TOTAL 12

E dá-lhe corretivo!

Eu sempre fui muito discrente em relação a horóscopo e essas coisas, até o dia em que ele mereceu até uma postagem no blog, quando me assustei com tamanha semelhança das características do ariano e as minhas. E essa semana fui surpreendida duas vezes com os dizeres do Sapo Astral no Facebook. Na sexta-feira, ele me disse: "Procure dar maior atenção ao ser corpo e à prática de exercício físico". Já no sábado pulei da cadeira ao ler: "Uma bateria, quando descarregada totalmente, é de mais difícil recuperação. Não deixe que tal aconteça consigo. Procure regrar o seu descanso". Serviram melhor do que luvas de couro!
Minha mãe me cobrou a atualização das novidades mas posso te garantir, com total credibilidade, que me faltou tempo nos últimos dias. Semana braba!
Sexta-feira acordei cedíssimo para o trabalho no evento medieval. Às 6:40h estava de pé, sendo que não totalizei minhas queridas estimadas e necessárias horas de sono. Segui até a agência e de lá pegamos a estrada para Ribeirão Pires - era essa a cidade da qual não me lembrava na postagem anterior. Depois de trânsito parado, rotas alternativas, mapa confuso, estrada confusa e informações difusas, chegamos meia-hora antes dos convidados chegarem. O evento: comemoração de 4 anos do SAC da Unilever com tema surpresa num "castelo medieval".
Para mim, anágua e um vestido de época lilás, pomposo, cheio de pérolas, parecia que feito sob medida! E dez milagrosos minutos para a maquilagem. Meio-dia estávamos na porta, aguardando os convidados que chegaram em dois ônibus. Do chão já víamos a empolgação daqueles olhinhos grudados na janela. "Oi, princesa!", diziam, tirando fotos e entusiasmados com a decoração do lugar. Eu teria adorado o presente da empresa caso fosse um dos atendentes do telemarketing... Uma carruagem com um belo cavalo branco de tranças; um almoço delicioso; 4 danças medievais; Jogando No Quintal; um coffee break recheado de doces frutas e embalado por músicas que fizeram a galera dançar mesmo sem uma gota de álcool. Sete da noite, fim de evento! Eu já estava cansada e exausta só de pensar em pegar estrada novamente e ainda decorar os três últimos textos para o teste de sábado para a Brinquedos Bandeirante. Brindamos com uma cervejinha e já cochilei no carro. Chegamos em São Paulo às 21:30h, comi um temaki do lado de casa, tomei meu banho e sentei na cama às 23h lutando contra o sono e contra as letras que se embaralhavam. Era sexta-feira, eu tinha um convite de aniversário, um camarote na Kiss n´Fly e eu estava em casa, com a ideia confortante de "no pain, no gain!". Guardei um último texto para decorar pela manhã, pois decorar trechos como "o carrinho com controle remoto tem um visual ultra moderno, com spoilers, aerofólio e conjunto ótico para lá de esportivos [...] tem duas marchas, pra frente e ré e o volante é todo incrementado com luzes e módulo eletrônico com vários sons integrados" ou "esse novo quadro com suspensão traseira regulável. As rodas aro 14 também são novas, com pneus off-road mais largos para encarar diversos terrenos. Elas tem freio v-brake traseiro, cobre corrente integral, paralamas dianteiro e traseiro, além de rodinhas laterais removíveis" tendo prazo e estando extremamente estafada não é mole não!
Sábado toca o despertador, fiz um aquecimento de voz para tentar camuflar a voz fanha, o nariz entupido e o pulmão carregado, decorei o que tinha que decorar, repassei o que em breve seria gravado e fui para a produtora. Nos 35 minutos de ônibus, tentei retomar os textos mas decidi que um cochilo seria mais proveitoso. Achei que aquilo duraria a tarde toda e até me programei de ir direto de lá para a inauguração da nova residência adquiria por um querido amigo de faculdade. Doce engano! Em record 1 hora e dez minutos, gravamos os 5 textos dos 5 diferentes produtos e eu estava liberada. "Você acha que eles vão gostar?", perguntei ao produtor. "Eles já gostaram". "Espero que dê certo!", assim me despedi. E ele respondeu: "Vai dar.". E sábado estava um dia lindo! E foi aquela velha história... eu estava feliz... sábado... dia de bebemorar - apesar de acabada... já contando com o cachê caridoso deste novo provável trabalho e comprei 2 colares, um brinco, uma blusinha e dois vestidos numa loja incrível perto do metrô Santana. E aí começou a comemoração...
Revi meus amigos de faculdade pela segunda semana consecutiva, lágrimas rolaram de tanto gargalhar e mais uma vez me impressionou a evolução dos tempos, daqueles que um dia moraram em penumbrosas repúblicas na Franca do Imperador e agora adquiriam confortáveis casas na Vila Madalena. A gente merece!
Cheguei em casa já passada as 21h e começamos os preparativos dessa que seria a melhor festa - do Branco - no Terraço Daslu. Outro engano, só que desta vez, amargo! É bom fazer essa experiência caso nunca tenha feito: não beber em uma festa onde todos parecem transtornados. Reparamos nos detalhes, nos tristes detalhes de uma balada. Notei como as mulheres estão assustadoramente montadas: nariz falso, peito falso, bunda falsa. Fora o festival dos saltos mais altos e dos vestidos mais curtos... Até que vi uma cena bizarra: uma gordinha que dançava efusivamente com seu paquera - sim, não era namorado - e começou a descer... descer... até chegar nas partes de baixo daquele que estava a sua frente. Isso no meio do salão. Pronto! Era a hora de ir embora. Noite frustrante!
E o domingo fugiu da rotina pois não havia o menor sinal de ressaca... Fiz o milagre multiplicador dos pães com a geladeira vazia pela falta de tempo de ir ao supermercado e almocei. Fui num workshop gratuito com o diretor de tv Flavio Colatrello. Não ouvi muitas novidades mas pontos básicos da carreira e da essência do ator, tantas e tantas vezes já discutidos com Fernando Leal, são sempre bons para serem retomados. Ao fazer uma pergunta sobre o que fazia de um ator/atriz ser um ator/atriz: um trabalho? uma vocação? o DRT? um currículo farto?, recebi como resposta: "Stella, por que você, às 19h de um domingo, não está com seu namorado?". Ora, porque não tenho! E então ele desencadeou a falar sobre a loucura e a disponibilidade de nós atores. Enquanto os "normais" assistem Domingão do Faustão deitados em seus sofás, nós íamos atrás de novas abordagens e oportunidades em pleno fim de tarde de um domingão. Isso era só para ilustrar... "Você acha que você é normal?". Sinceramente, eu não acho. "Mas você não é a única", estando eu rodeada de atores, em sua maioria recém-saídos do teatro e assustados com a dicotomia do palco e da frente das câmeras. Dali quase ninguém conhece Fernando Leal. Ainda bem que tive já essa felicidade! "Nós precisamos ser aceitos. Nós precisamos do aplauso".
E finalizei minha semana com um tradicional rodízio japonês.
Prometi ao meu corpo e a minha mente que não aceitaria qualquer evento entre segunda e quarta-feira, já que o congresso da SOGESP começa na quinta. Mas já tenho n afazeres para os dias que se seguem - teoricamente, dias de folga.
Tudo indica que a semana também não vai ser nada fácil! Ficarei atenta ao que dizem os astros... Amanhã volto a correr no parque e dormirei minhas oito preciosas horas!
Boa semana!
Ah! Só para não se preocuparem: as dores do passado acidente já não mais existem e os hematomas tampouco (com exceção de um calombo - calombo ou Colombo? - na perna esquerda e a cicatriz no joelho direito).