quinta-feira, 19 de março de 2020

The Best Is Yet To Come

O dia em que a Terra parou até então era apenas nome de filme e música. Mas quanto mais os dias passam, mais temos a certeza de que o caos não pertence apenas à ficção. E todos nós nos recolhemos às nossas casas e nunca estivemos tão perto de nossas dúvidas, nossos medos, nossa ansiedade. E podem falar o que for, mas nem nossos pais, nem os grandes CEOs, nem os cientistas, nem os estudantes, nem nosso presidente - bom, muito menos ele... -, nem chefes de igrejas, nem eu, nem você sabemos o porquê disso tudo. Nos encontramos perdidos em meio a tantas informações e recomendações, mas no fundo, no fundo, por quê? Qual o aprendizado disso tudo? Alguma lógica deve existir, não é possível... É uma obra de Deus? Ou uma falha de Deus e uma vitória do Diabo? Aliás... existe mesmo Deus? E quem é o Diabo? Seria obra do homem? Porque sabemos que o homem é o lobo do homem. E me recolho na minha ignorância e na minha insignificância tentando achar algum sentido para uma coisa que talvez não tenha que fazer sentido. Mas mesmo assim, eu gosto de procurá-lo. Porque não gosto de pensar que tudo seja em vão. E nesse meu ainda segundo dia de quarentena, nunca senti tanta saudade das pessoas que amo. Nunca estivemos tão sozinhos fisicamente, mas também, nunca estivemos tão unidos mentalmente. Talvez esteja aí o sentido de tudo isso: o amor. O amor aos nossos, o amor ao próximo. Amor este que esquecemos de demonstrar e às vezes, nos esquivamos até de sentir em meio a nossa agenda tão atarefada, nossos compromissos inadiáveis, nossos patamares inatingíveis... Amor este que deveria nos fazer repensar políticas, a economia, o sistema do mundo. Nunca soubemos quão interligados estávamos e o quanto precisamos um do outro. A engrenagem está parando. E caberá apenas a nós reiniciá-la. E como vamos fazer isso? A frase mais certa agora é "Só sei que nada sei.". Eu já disse aqui: não sabemos de nada, nem eu, nem você, nem Sócrates sabia. Nos resta apenas vencer mais essa batalha e procurarmos o melhor em nós e desejar o melhor para o mundo. Será que estávamos fazendo o nosso melhor? Será?