quinta-feira, 5 de março de 2009

Eu tô tentando (Kid Abelha)

http://www.youtube.com/watch?v=HmxRuHYIc9o
Eu tô tentando largar o cigarro
Eu tô tentando remar meu barco
Eu tô tentando armar um barraco
Eu tô tentando não cair no buraco...
Eu tô tentando tirar o atraso
Eu tô tentando te dar um abraço
Eu tô penando prá driblar o fracasso
Eu tô brigando prá enfrentar o cagaço...
Eu tô tentando ser brasileiro
Eu tô tentando saber o que é isso
Eu tô tentando ficar com Deus
Eu tô tentando que Ele fique comigo...
Eu tô fincando meus pés no chão
Eu tô tentando ganhar um milhão
Eu tô tentando ter mais culhão
Eu tô treinando prá ser campeão...
Eu tô tentando ser feliz
Eu tô tentando
Te fazer feliz...
Eu tô tentando entrar em forma
Eu tô tentando enganar a morte
Eu tô tentando ser atuante
Eu tô tentando ser boa amante...
Eu tô tentando criar meu filho
Eu tô tentando fazer meu filme
Eu tô chutando prá marcar um gol
Eu tô vivendo de Rock'n Roll...

Eu tô tentando!

Assim que mudei para São Paulo, um amigo de infância me alertou: "Cuidado para não ser engolida pela cidade...". Na hora não entendi muito bem o que ele queria dizer, mas confesso que estou começando a entender. Quando se inicia o processo de fagocitose, eu recebo uns tapas que me ajudam a acordar e a me soltar das garras da selva de pedra.
Conversei com a pessoa que disse que poderia me ajudar em muitas coisas. De fato, nada aconteceu, mas ela já me ajudou, e muito. Eu sabia que ele se comoveria com minha situação, já que sua filha também optou pelo tortuoso caminho das artes, mas infelizmente, não vingou, além de entender o desespero de alunos e recém-formados, já que também é professor universitário. Ele me viu como uma menina muito nova ainda, determinada, de mente aberta e com culhões para renunciar à prática do meu diploma. E em uma hora de bate-papo, encerramos dizendo que no final tudo dá certo, basta querer. E tanto ele quanto eu sabemos que eu quero, quero muito. Ele disse para eu não perder meu tempo em algum escritório ou em um emprego qualquer, mesmo sabendo que todos nós temos nossas necessidades, e que jamais devemos nos arrepender do que fizemos, porque de tudo tiramos aprendizados que engordarão nossas bagagens de vida, mas devemos sim nos arrepender daquilo que deixamos de fazer. Eu disse que esse era meu objetivo: não me frustrar de não ter tentado. Mas o tempo vale muito aqui na capital e o relógio não pára. Tic-tac, tic-tac. Se propôs a me ajudar no que ele puder, mesmo estando nós dois em áreas nada compatíveis.
Tive vontade de chorar ali no escritório, com tantos livros de Direito me cercando, com o ar condicionado gostoso que acalmava meu calor, com a calma e a disposição que ele se prestou a me dar.
No caminho, conheci a estação Sumaré... vi onde é o Cemitério do Araçá... conheci a Avenida Dr. Arnaldo, e de lá tive uma vista linda da cidade, tanto na esquerda quanto na direita, e assumo que São Paulo continua a ter seu brilho.
No metrô, vim observando as pessoas... algumas, tão acostumadas a serem ninguém no meio da multidão, se sentem como que acolhidas com um simples olhar... algumas se incomodam e olham para o outro lado. Não posso deixar de enxergar as pessoas, não posso me deixar guiar pelo piloto automático. E admito que meu prazer é a minha trilha sonora que me acompanha para cada canto... é como se estivesse no seriado Alice da HBO (você assistiu?), mas esse seriado tem outro nome: Stella.
Na vida, nós somos os protagonistas. Para ser figurante, só como bico e para aumentar o networking, não como caminho a ser seguido. Não posso deixar que São Paulo perca seu brilho... Não posso deixar que São Paulo perca o brilho que eu sempre enxerguei...

Ai ai ai... primeira agência!


Acabei de abrir meu e-mail.
Uma agência gostou das minhas fotos e pediu que eu vá sábado, munida de meu book!
Ai ai ai... eu ainda não tenho meu book! Tô fazendo, calma!
Falei... uma hora iam me retornar!

"O amor hoje é menos esplendoroso"

Tive um sonho hoje que me fez pensar num artigo que li no New York Times segunda-feira, sobre o amor em tempos de crise.
"Sem emprego, sem dinheiro, sem casa. Mas pelo menos há o amor, certo?". Errado. Ao verem seus orçamentos encolheram e ao terem que reformar suas rotinas, conflitos antes inexistentes passam a frequentar os lares dos casais. Por exemplo, as mulheres dos grandes homens das finanças hoje precisam fazer cortes dolorosos em suas compras. Isso pode gerar conflito. Também chefes de família que perderam seus empregos, se tornando então a mulher a mais nova provedora da casa, gerando um desastre psicológico à ala masculina, que passou a procurar mais ajuda desde o começo do tsunami econômico.
Além disso, o divórcio também está mais complicado, já que com o valor das casas caindo abaixo da dívida com hipotecas, muitos desses casais recém-divorciados continuam a dividir o mesmo teto. É, a coisa tá braba.
Mas, "quando você não tem certeza do futuro próximo, o amor parece ainda mais importante", o que fez aumentar os serviços de aproximação de pessoas em busca de um relacionamento, como no site www.perfectmatch.com.
Bom. Eu estou na crise e em crise. Jajá até eu vou recorrer ao perfectmatch...
...
Não, não. Brincadeira. Ainda não.

Esqueci de comentar...

Ontem, o cara que tirou fotos com a gente, disse no final da sessão: "Ai, eu tenho medo dela. Ela é meio louca". Isso em referência a mim e pelo motivo de que eu estava muito séria e com vergonha no início das fotos, e depois já estava cheia de caras e bocas e dando dicas de poses para o resto da galera com altas risadas.
Eu devo ser esquisitinha mesmo, né.

Meu dia Gisele!

Hoje foi um dia produtivo!
Acordei mais cedo... 10 minutos antes do meu despertador tocar, com o telefonema de uma amiga combinando a viagem para a formatura da outra amiga no sábado. Ótimo. Consegui dormir as 8h que preciso dormir.
Liguei meu computador, "resolvi" o engodo que me atormentou ontem à noite... Fui conhecer a academia "mais em conta" da região. Carésima. 3 vezes o preço do que pagava em Ribeirão. Mas, animal! Horários de aula intermináveis, abre de sábado, vai começar a abrir de domingo, uma estrutura não 3 vezes mas 10 vezes melhor do que a da academia de Ribeirão. Será?
Aí fui ao supermercado, me segurei para não comprar uma barra de chocolate e comprei arroz integral.
Fiz meu almoço, fiz o arroz integral. Delicinha!
Aí começou todo o processo de preparação para o meu dia Gisele... fiz a unha, tirei sobrancelha, tomei banho, sequei o cabelo. Às 17h fui encontrar a fotógrafa num prédio na Av. Higienópolis para nossa primeira sessão. Fui andando, observando as ruas, tô começando a me localizar nos arredores... me senti mais paulistana...
Mas gente, foi fenomenal. Minha segunda experiência com fotos, sendo que da primeira fui paga para fazer, e desta fazer, estou pagando. Mas foi divertidíssimo... estávamos em três meninas e um cara, e fizemos uma sessão de tema pin-up girls. Quero ver o resultado, mas bom, pelo menos de 200 fotos tiradas, 5 ficarão boas, eu espero. Se não ficarem também, desisto dessa vida, né.
Voltei quase 22h, vim andando e confiando na segurança da região, feliz e contente. Poderia passar dias em frente a uma máquina fotográfica, com uma super maquilagem, super colares, roupas estranhas, dando sorrisos, fazendo cara de séria, bancando a sexy. Praticamente, fiz vários personagens hoje. Tem coisa melhor?! Segunda que vem já marcamos uma segunda sessão.
Acabei de conversar com minha roommate. Ai ai, homens, muleques... hoje quem tem um engodo é ela, mas beeem maior do que o meu de ontem.
Me falaram que ando inspirada. Isso é bom, né.
2:14am. It´s time to go to bed. Amanhã o dia promete!
"It´s like I checked into rehab... baby you´re my disease..."... ainda nessa música...