quarta-feira, 28 de abril de 2010

Segundo dia de feira

Depois de uma noite do cão, quase pensei em ligar para a agência pedindo uma substituta. Para você ter uma ideia, eu não conseguia engolir nada - nada! - e uma toalha foi minha companheira durante as penosas horas da madrugada. Quando o despertador tocou, eu estava mais cansada e mais dolorida do que quando fui deitar. "Osso!". Mas cheguei ao meu destino, quase dormindo no metrô, quase dormindo no traslado e desta vez, de terninho para proteger do frio. A feira está parada e ando fazendo uma enquete para saber se há necessidade de cinco dias e 9 horas diárias de evento. Desta maneira, cada minuto equivale a vinte, especialmente quando se está a base de um remédio que te faz brigar para manter as pálpebras abertas e com a sensação de que seus olhos irão saltar da sua bela face. Dê-me vitamina C!
Sei que quando o assunto é feira o papo é sempre igual, as conclusões sempre as mesmas, os sentimentos se repetem... Meninas se vestem de vadias para garantir o cachê. Passa-se frio, passa-se raiva e quanta dor nos pés! O salário diminui a cada almoço pago no restaurante. O tédio te consome e o orgulho te fere nos dias em que o mundo irreal do pavilhão se confunde com a realidade, dias em que nada se produz e muito se sorri. Mas é aquela velha história da água batendo na bunda! "Se até minhoca que não tem perna anda e enquanto o mundo gira, se vira!", me disseram hoje... Que triste fazer algo puramente pelo dinheiro. Que triste... Mas é temporário, não me canso de me explicar para os que indagam porque estou naquela posição com tamanha bagagem. "Só não pode perder tempo", me alertaram.
Hoje perdi minha aula.
Vou tentar dormir agora. Quem sabe dias melhores não virão?!