A gente acha tanta coisa... A gente acha que é o que não é, acha que tem que ser o que nunca foi, acha que tem que ter mais do que deve, a gente se acha o máximo, depois a gente se joga lá pra baixo, aí a gente se perde num canto qualquer, e mesmo sem ter a consciência do que procura, a gente se acha num momento inesperado, num abraço apertado, num bilhete guardado, num filme antigo, em canções já esquecidas... Aí a gente resgata o que é essência, a gente lembra do que pretendia ser, a gente se dá conta de que já tem muito e de que só falar é muito pouco. Nós somos o que sentimos, me disseram sábias palavras hoje à tarde enquanto eu estava incrédula com um perfil falso que usa fotos minhas, descoberto no Facebook. Aí senti raiva, senti medo e morri de pena de uma pessoa que precisa roubar imagens de terceiros para ser "alguém". A gente tem que se bastar, por si só, sem foto, sem máscaras, sem medos, sem alarde, sem pressa, sem jóias, sem números nem embaraço. Porque não adianta acharem você isso ou aquilo. Basta ser. É então quando a gente se acha e disso tem certeza, porque o resto é supérfluo. Bom domingo!
domingo, 11 de novembro de 2012
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