quarta-feira, 5 de setembro de 2012

A bala

E na tentativa de entender o bicho homem, no meu relatório não tem conclusão. A gente é ora gato ora rato, se faz de vítima e às vezes é culpado neste mundo cão. A gente é lobo em pele de cordeiro e cordeiro sob os pelos do lobo. A gente faz para merecer mas sem perceber, chora o leite derramado.. A gente desdenha e quer comprar. Aí quando a gente é santo, é baleado. E a bala não afeta o cérebro mas dói o coração. E na tentativa de entender o bicho homem, a gente perde o fio da meada e quando acha que está compreendendo alguma coisa, a gente vê que sabe é nada. Não tem como nem tem porquê, não tem por onde. Querer não é poder e para ser, não basta falar e sim fazer. A gente não sabe o dia de amanhã, tudo pode acabar no instante de um gatilho. Aqui não tem começo, nem meio nem fim. Tem é uma algazarra na floresta, uma sucessão de clímax e a esperança de no céu, estar nos esperando um serafim. Mas se existe Deus mesmo e se com o diabo ninguém pode, sabemos apenas que esperar é o que nos resta e que do destino, infelizmente, ninguém foge... Força, Tia Jeanete!