domingo, 9 de outubro de 2011
Interpretação
A vida não é exata. Não se tem um gabarito com as respostas corretas. Não se respeita um roteiro com sequência de cenas. Não existe manual nem unidade. A verdade é que é tudo muito relativo e uma palavra, um insignificante gesto ou um pequeno ato podem ocasionar um terremoto do outro lado do mundo. Tudo depende da interpretação nesta nossa teoria do caos. Eu sou responsável pelo o que falo e faço, mas você é quem isso interpreta. E como a humanidade tem problema de interpretação...! Desta maneira, fofocas tomam face de realidade, amores são impossíveis, amizades termitentes, uniões desfeitas, guerras são travadas, famílias despedaçadas. Mas a gente não pode desistir. A gente tem que se fazer entender. A gente tem que procurar compreender. A gente tem que não só falar, como também sentir e fazer. E surpresas funcionam como o bater de asas de uma borboleta lá de longe, trazendo um vendaval para a parte de cá do planeta. Mas o vendaval vai embora e por aqui ficam as mudanças, que transformam nossa história e nossa geografia e ocasionam uma imediata reação química. E assim a gente evolui e percebe como muitas vezes a gente é bobo. Percebe como a gente perde tempo à toa e como mágoa não funciona pra nada. E digo isso simplesmente porque o relógio não pára. Não pára, não pára, não pára não... Mas assim a gente vai, pouco a pouco, batendo cabeça e chorando aqui para gargalhar ali, buscando calcular o incalculável e completando as linhas tão tortas e inteligíveis desta matéria obrigatória chamada "vida", onde os melhores alunos são aqueles capazes de sentir o vento e entender que tudo está sempre em movimento. Parar é para os fracos. E a caminhada é longa... Boa semana!
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