Como foi bom conversar até ficar rouca... rir até chorar... atualizar os dados meus, delas e dos outros... recorrer a memórias quase esquecidas... buscar eternamente por tentar dormir mas não conseguir parar de falar... dançar até o chão sem o mínimo pudor... tirar fotos e mais fotos... ver o quão bem nos conhecemos e nos identificamos... verificar que cada uma seguiu o seu caminho mas a distância não mudou em nada a intimidade... constatar como crescemos e como estamos no caminho para nos tornarmos mulheres. Uma amiga disse: "Eu não ria assim há muito tempo... porque no meu dia-a-dia, eu sorrio, mas gargalhar até chorar, muito raramente." Uma pena que não nos divertimos assim no nosso cotidiano... caso isso fosse possível, a vida seria uma festa intermitente.
Algumas farão 24 anos esse ano (ainda não é meu caso). Isso é muito. É quase 25, a idade legítima daquele que está prestes a tornar-se um adulto. Fazer 18 foi difícil, era o fim da brincadeira e o início de deveres civis e democráticos como o voto obrigatório e a entrada na universidade. Já 21 foi um grande passo, quando deixamos de ser adolescentes, pelo menos teoricamente. Mas 25... isso significa ser gente grande. As palavras profissão e casamento são mais corriqueiras agora e substitutas das palavras vestibular e beijo na boca. Hoje todas pegam estrada com a maior facilidade, sendo que um dia tivemos o drama de quem nos levaria e buscaria nas festas e Chico Táxi no dial 1 do celular...
Formaturas são lindos eventos mas muitas vezes nostálgicas por serem o símbolo do fim da fase da experimentação e crescimento e do início da fase da prática e do envelhecimento. Mas a vida é uma sucessão de mudanças e a gente tem que se acostumar a elas.
Festa de 15 anos... Festa de 18 anos... Formatura... Noivado... Casamento... às vezes outro casamento... Partos... Aniversários dos filhos... Bodas... Velório. Que bom que a trajetória é longa e que apresenta as personagens mais queridas que um dia resolvi escolher.
Mas que medo de crescer.