sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Já é dezembro?!

2014 tem menos de 30 dias para me surpreender. Sim, porque, vamos combinar, esse ano deixou a desejar... Aliás, esse ano foi osso duro de roer. Para mim, para nós, talvez para você... Lidei com perdas - algumas trágicas e outras menos: meu tio, os 7x1, Dilma no poder... De trabalho foi bom, ok, não posso reclamar. Tive a propaganda da Azul, dei as caras no horário nobre, a gravação com Malvino, Bradesco, outdoors espalhados por aí... Conheci a minha cidade dos sonhos - finalmente! Montei um apartamento só meu - e consegui pagar as contas! Casei amigas, vi bons filmes, li bons livros. Mas existiu, durante todos esses dias de 2014, um gosto amargo de não sei o quê. Uma preguiça. Uma descrença. Um dor dóida no fundo do peito. Por isso clamo pelos próximos e últimos dias. Que eles sejam bons! Que sejam gentis! Que tragam boas surpresas! Se não boas, que não as traga, por favor. Desejo que 2015 seja leve. E que não voe. Eu tenho medo de o tempo simplesmente passar... E se 2015 não for tão bom, que pelo menos eu seja melhor. Sempre. Amém.

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

O coração

Eu sou dessas que acreditam que nada é por acaso. Que tudo está, de uma maneira ou de outra, interligado. Coincidências são obra do destino e que o destino está escrito - apesar de que em várias formas: de livros, poemas, pichações, enigmas, parábolas, hieróglifos, tudo junto e misturado. Eu gosto de achar aprendizado nas coisas, nas pessoas e nos próprios erros. Acho que isso me ajuda a enxergar a vida de maneira mais leve. Se é verdade, eu não sei, mas eu gosto de procurar esse tipo de conexão, acho que me ajuda a compreender - ou pelo menos a fingir que compreendo - o mundo e suas sandices. Há uns dois meses resolvi me dar uma jóia de presente. Nada ostensivo, nada chamativo, nada de nada. Era pra mim, porque eu queria há muito tempo e eu merecia: uma correntinha de 60cm com um pingente de coração, significando, talvez, a crença no amor. Mentira, na verdade, porque era o pingente que mais combinava com a outra corrente de 40cm que já uso há anos... Com menos de uma semana de uso, minha cachorra me deu uma patada e arrebentou minha correntinha. Fiquei brava, confesso. Foi a única vez que senti raiva da Preta. Mas, "pára com isso!", respirei e em uma hora eu já amava aquele cachorro lindo e preto de novo. Voltei ao shopping na semana seguinte e pedi que me ajudassem, já que ainda estava na garantia. Me deram uma nova. Ufa. Aí, três semanas atrás, enquanto eu desembaraçava os fios das duas correntes, a bendita arrebentou mais uma vez. Ódio. Aí você já pensa em olho gordo, encosto e o escambau. Mas aquele domingo já havia sido tão ruim que minha correntinha arrebentar pela segunda vez era apenas um adendo... Voltei ao shopping dia seguinte e falei que desta vez, a culpa não foi de ninguém. Foi do além! Me prometeram que teria uma nova em uma semana. Assim, voltei para casa aliviada e pré-disposta a tomar um banho de sal grosso e assim fiz. Deixei na cesta de madeira sobre minha mesa a correntinha arrebentada no saquinho e ao lado o meu pingente e passei uma semana desejando tê-los novamente em meu pescoço. Na quinta-feira seguinte, chamei minha faxineira, a casa pedia! Na sexta-feira, feliz e contente, peguei a correntinha arrebentada para a troca e cadê o pingente? Calma, ele está na cesta. Não, ele não estava na cesta! Não estava no meio das contas de celular a pagar. Não estava entre as arestas. Nem no meio do laço. Onde estava meu pingente? Respirei. E liguei para minha faxineira. Sim, ela havia limpado a cesta. E não viu nenhum pingente e não podia falar naquele momento. Comecei a engatinhar pela casa. Nada. Arrastei o sofá. Nada. Pensei: "se ela limpou com pano, pode ter batido o pano na janela da cozinha antes de ter posto os panos sujos na máquina!". Desci e fiquei que nem uma louca procurando no térreo do prédio. No meio do jardim. Nada. Subi e chorei. Chorei igual a uma criança. Não era possível que ela havia jogado o meu coração fora! Nunca desconfiei da Rose, apesar das falas suspeitas de quem ouvia a minha história. Foi um caso de pura desatenção. Chorei de novo. Eu estava ainda na segunda prestação do meu coração... E por descuido, ele havia sumido. Não estava entre os vãos da máquina. Nem embaixo dela. Fui ao shopping com a maior cara de enterro, peguei a correntinha completamente incrédula com o ocorrido, contei a tragédia para a vendedora e cheguei à conclusão de que esta correntinha não era pra ser minha. Certas coisas na vida simplesmente não são para ser... Nem tive vontade de procurar um novo pingente. O meu coração era o mais lindo e o que escolhi para mim. Voltei para casa pensando em colocar a bendita na OLX. No final de semana fui para o interior, estive em dois shoppings e tive zero vontade de procurar um novo pingente, até porque restava uma esperança moribunda de um dia ainda encontrar aquele coração de brilhante. Quando voltei para São Paulo, aproveitei que estava estava de calças e resolvi engatinhar uma última vez pelo apartamento. Olhei nas frestas do assoalho, dos rodapés, sofá, banheiro, pia, debaixo da geladeira, tudo, e nada. Aí avistei uma coisinha debaixo do fogão, em meio a pipocas há séculos estouradas e pó jamais recolhidos. Era o meu coração! Em meio à sujeira debaixo do meu fogão. Obrigada, meu Deus! Dei os meus 200 pulinhos prometidos a São Longuinho, abençoei a minha jóia novamente colocada no pescoço e conversamos, felizes por nos reencontrarmos, jurando amor eterno enquanto durar. "Tá, Stella, onde você quer chegar com essa baboseira toda?". Calma, senhor leitor. Com isso aprendi - ou inventei - n lições. Primeira: nunca desista, a esperança é a última que morre. Segunda: o que é seu, será seu na hora que tiver que ser. Terceira: paciência - porque eu poderia ter sido imediatista e ter comprado um novo pingente e morrer com dois na mão. Quarta: mesmo que seu coração esteja partido ou preenchido por lixo e sujeira, ele poderá ser resgatado e colocado de volta onde ele merece. Quinto: procurar sempre. Nada bate a sua porta. Nada cai do céu - fora chuva, aviões e dejetos de animais voadores. Sexto: meu coração continua sendo meu, eu escolhi, eu paguei, eu perdi, eu encontrei. Quem manda aqui sou eu, coração. Você pode até tentar me ludibriar, mas você é meu e dentro dele - ou ao lado - eu não quero mais lixo e sujeira. Eu quero você, aqui dentro do meu peito, lindo, leve e solto para um dia amar novamente. Sim, eu sou dessas que acreditam que nada é em vão...

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Mais uma vez...

Olha, modéstia a parte, eu sou boa na maioria das coisas que faço. Para começar, eu tenho um bom coração. Sou uma boa filha. Sou boa amiga - apesar de odiar telefonemas... Sou boa cozinheira - mesmo não tendo praticado esta arte nos últimos tempos... Sempre fui ótima aluna, admirada pelos professores e até odiada por alguns coleguinhas. Me formei numa boa faculdade. Sou boa profissional - inclusive, acabei de gravar um comercial com Malvino Salvador em Salvador, papo para um outro post que provavelmente jamais será escrito e por isso, segue foto. Tenho ótimo gosto para música e filmes. Leio bons livros - talvez não com a voracidade que deveria mas leio... Escrevo bem - pelo menos é o que dizem. Fui uma boa jogadora de vôlei ao longo de anos - ganhei até medalha de melhor levantadora em um campeonato regional! Sou boa no volante - tirando a última ralada no carro da mamis na garagem do prédio... Falo inglês muito bem - sinal de que os milhares de dólares gastos no Canadá não foram em vão! Tenho um bom jogo de cintura. Sou boa de cama - bom, pelo menos acredito que seja, né... Sou boa em comunicação - e por isso trabalho com o que trabalho. E muitas otras cositas más. No entanto, tem uma coisa que eu sempre fui péssima e não há como e quem negar: homens. Minha primeira paixão de criança foi um amiguinho de classe, que hoje é um grande amigo e gay assumido. Começava ali a minha tragédia. Não estou aqui para fazer uma trajetória das minhas escolhas mal sucedidas e nem citar nomes de ninguém, fiquem tranquilos, meus poucos ex-queridos. Estou aqui para escancarar meu cansaço perante esse bando de homem confuso, mal resolvido e bobo por aí. E olha que já passei por algumas faixas etárias. Os de 25, idiotas. Os de 35, lamentáveis. Os de 40, piores ainda. Aí eu cheguei à conclusão de que o problema não são eles, sou eu! Só pode ser! Nesses meus 28 anos e meio de vida, eu dei uma bola dentro. Uma! Relacionamento este que acabou mas foi lindo enquanto durou... E olha que eu não peço muito... Não exijo homens altos, morenos e sensuais, apesar de às vezes os ter conseguido. Não exijo uma carteira gorda. Ou viagens internacionais. Nunca pedi um carro. O máximo que ganhei foi um ar condicionado - que está sendo, inclusive, de grande valia nesses últimos dias. Não exijo poetas, magnatas, estrelas. Eu procuro alguém que queira o mesmo que eu e que me faça feliz. Simples assim. Eu queria ter um relacionamento normal, já que minha vida já é tão diferente. Dispenso as grandes emoções agora, eu queria apenas uma tranquilidade e confiança mútua. Será que é pedir muito? Já sei que terá muita gente que vai me dizer "calma, você ainda é nova!". Mas tem uma pergunta que eu nunca consegui responder: "Como você, tão linda e morando em São Paulo, não achou ninguém?". Pois é. Também gostaria de saber - e obrigada pelo linda, by the way. Obviamente tem muita água para passar debaixo dessa ponte. Mas olha, que preguiça de esperar... Aí pensei: "vou pegar um cachorro, porque isso sim é amor incondicional!". Mas aí me lembro da minha falecida poodle que deixou um buraco eterno no meu peito quando partiu. Cães são amor com prazo de validade de no máximo, 17 anos. O resto é saudade. Eu queria aquele eterno, sabe, daqueles que a velhinha morre apenas horas depois que o velhinho se vai?! Mas esse amor para sempre, só saberemos depois da morte, se é que existe vida depois dela. Até lá não dá pra saber. Não, na verdade, não quero a eternidade. Só quero alguém pra saltar de páraquedas comigo, que debata os episódios de The Walking Dead... Alguém que frite pipoca e assista Game Of Thrones do meu lado. Alguém que dê risada da vida. E que tenha certeza, pelo menos naquele instante, de que aquilo será eterno enquanto durar. E o pior é que disso tudo, o máximo que consigo tirar é inspiração para escrever um bom texto num blog que ninguém lê e que está mais parado que água de poço. Talvez ter crescido sem a figura de meu pai e de avôs e odiando meu padrasto - que hoje amo - até os 13 anos me faça falta para compreender esses bichos burros soltos por aí. Eu não entendo o jogo que eles fazem e para falar a verdade, nem pretendo jogá-lo. Jogo, no máximo, eu topo um Imagem & Ação na praia ou um Perguntados nas horas vagas pelo celular. E só. E já que nunca teremos tudo na vida... Bom, então opto por ter um papel na novela das nove, ou encabeçar um programa de televisão, com muita saúde, minhas lindas amigas e minha família do lado. O amor eu deixo pra uma próxima. Ele eu deixo pra você que tem o dom, pra você que leva uma vida normal, que posta foto das duas taças de vinho na varanda de casa e planeja os próximos passos de sua família feliz de margarina. Cheguei à conclusão que a normalidade, definitivamente, não é para mim.

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Meu primeiro banco

Essa eu tenho que contar! Uns quinze dias atrás, ia eu para mais um teste. Nenhuma novidade. Chegando lá, preenchi meu pré-contrato quando recebemos a notícia de que havia acabado a energia no bairro e que um gerador em breve chegaria no local. Nisso, impacientes foram embora, os chatonildos reclamaram e eu lá jogando Perguntados - no qual sou ótima, diga-se de passagem. Era esse meu único compromisso do dia e por que não esperar? A Colgate me ensinou, lá atrás em 2010, que esperar é uma virtude - lembrando que fiz meu teste num sábado, chegando às 11h e pouco da manhã e saindo quando eram mais de 21h da produtora... Assim, fiquei. Tomei um café. Comi a minha barrinha. E chegou o gerador, coincidentemente, junto com a energia. Retomando os trabalhos, fiz o meu teste. Nada esdrúxulo, nada que exigisse muito dos meus anos de estudo e dos tantos filmes que já assisti. Era teste para uma propaganda de banco. Peguei o meu cachezinho-teste e voltei para casa. Estava calor. Troquei de roupa quando me olhei no espelho e algo faltava. Minha correntinha! O diretor pediu que eu a tirasse na hora do teste e assim fiz. E assim ela lá ficou. Então lá fui eu pegar o terceiro táxi do dia! Voltei na produtora, peguei o meu ouro muito ouro Insh'Allah e voltei para casa. Queimei todo os meus 80 reais. Mas tudo bem. "Se eu pegar este job, vai ter valido a pena!". Alguns dias depois, recebo a notícia de que estava editadíssima e a data provável de gravação seria sábado, dia 20, à noite. Nada de novidade, ficar editada para mim é igual a comer banana. Só que tinha um detalhe: neste dia 20 eu teria um lindo casamento em Ribeirão Preto, daqueles inesquecíveis e cinematográficos. Mas faz parte, não se pode ter tudo na vida... A roupa da festa já estava comprada mas o trabalho era mais importante. As amigas já estavam avisadas da minha possível ausência. Conclusão: fui ao casamento e foi lindo! Tudo bem, tudo bem. Não foi dessa vez. Outros virão... Aí, estava eu ontem fazendo um teste bem bacana em Santos (assunto para uma próxima postagem), passei na praia, senti a areia, fiz uma selfie com o mar e o céu cinzas de fundo, postei obviamente, e entrei no carro rumo à capital. O dia já tinha sido maravilhoso! Foi quando recebo a ligação de que Bradesco ainda estava rolando e que eu havia sido escolhida para o papel (ou cachê, ainda não sei) maior! A gravação? Próximo domingo! Ótimo! Domingo tem apenas a Dança dos Famosos na tv e mais nada! Ótimo! Maravilha! Meu primeiro banco! E com o cachê maior! Meu Deus, que alegria! Para compartilhar tamanha emoção, mensagens de voz, lágrimas e músicas incrivelmente cantadas ao longo da Imigrantes. Deus é muito bom comigo! "Ste, você merece!". Sim, eu sei. Eu mereço! Segunda conclusão: sim, fui ao casamento, foi lindo, e sim, também peguei o trabalho, que será, provavelmente, mais inesquecível ainda. Que quarta-feira maravilhosa! Eu só tenho a agradecer. Sempre avisei que não estava aqui para brincadeira. Obrigada àqueles que sempre me levaram a sério! Pensa numa pessoa feliz. Prazer, Stella Menegucci!

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Seriado

E pela primeira vez, eu faço uma participação em seriado! Gravei ontem duas cenas como uma repórter para a série Buu do canal Gloob, com estreia em novembro. Uma diária pesada no Instituto Butantan, que começou às 15h e foi madrugada adentro... Fui dormir já passava das 5 da manhã... Mas valeu a pena! Revi colegas. Conheci novos. Frio na barriga. Dois textos que viraram apenas um de supetão. E assim vou ganhando experiência, trocando figurinhas e colecionando histórias para contar. Uma semana abençoada com três trabalhos e uma bela festa de casamento neste sábado. Tudo muito bom, tudo muito bem! Boa noite!

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Abandono

Abandonar o meu blog é deixar de lado uma parte de mim... É perder fatos e não registrar sentimentos. E eles são tantos... Hoje é domingo, acabei de chegar do interior e já puxei a colcha de uma cama que me curará de todo o meu cansaço, acalentará toda a minha impaciência e abraçará todos os meus sorrisos! Não tem nada como o cheirinho da casa da gente... Os últimos dias foram de estrada, muitas horas de trabalho, casamento, chá de cozinha, um novo cabelo, um novo livro, risadas e mais risadas. E esta semana será parecida. Agenda ocupada, expectativas, um outro casamento, indagações e desejos... Tudo o que quero é que a alegria seja no mínimo, igual. Ou se Deus quiser, maior. Escrever é preciso! Peço perdão àqueles poucos que me perguntam por onde ando, mas eu não me perdoo por deixar de contar o pouco e o tudo que vivo. Estou reaprendendo a ser o que sou. Ou pelo menos, a ser o que pretendi um dia. Boa semana!

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Termômetro

Um dia frio. Cinza. O asfalto dá dicas da chuva que passou. As janelas estão fechadas e a pantufa no pé. Nina Simone ao fundo e a vontade incontida de tomar um vinho nesta noite gelada na capital. É quinta-feira de uma semana que começou com trabalho e parou na preguiça, uma semana para colocar as coisas e a cabeça no lugar. Sem grandes emoções mas com uma fome de todas elas. Batem saudades. Batem medos. Batem dúvidas, desejos e necessidades. Não sei se é a temperatura. Se sou eu. Se é você. Se é o mundo ou a dificuldade de compreendê-lo. As coisas são como são mas eu gostaria de fazer diferente... É, pensando bem, eu acho que é o frio. E o ócio. E esta famigerada angústia pós-moderna...

segunda-feira, 14 de julho de 2014

O fim

Acabou! Acabou a festa. Acabou a bagunça. Acabaram as tentativas de gol e a distribuição dolorosa de cartões. Acabou o frio na barriga e com ele, foram-se alguns sorrisos sinceros. Acabou a fantasia. Os fatos escancararam nossa realidade. É hora de procurar um novo status, uma nova rotina, novos métodos e um novo passatempo. A nossa grama foi verde até a última partida, não tivemos porque olhar a do vizinho. Oferecemos o que tínhamos para oferecer. Agora restam as lembranças e gritos de gol entalados, aqueles que desejamos tanto que fossem marcados... É hora de levantar a cabeça porque em breve terão outros jogos e outras vitórias e outras derrotas. Faz parte do esporte. Faz parte da vida.

sexta-feira, 27 de junho de 2014

Shhhhh...!

Eu acho que descobri! Descobri como colocar em palavras o segredo da vida. Já praticá-lo é outra coisa... Mas eu juro que tento. Diariamente. O problema é que tem tanta gente doente, tanta gente indecente, gente que mata, gente que morre, gente inocente, gente que mente. Tem tanta injustiça, tanta incerteza, tanto medo, tanta preguiça, quanta cobiça! Tem tanta tristeza, tem tanta briga, tanta porrada, tanta gente inimiga... É gente jogada no chão, é homem que abandona o próprio cão, é gente matando por um pão, é tanto acidente, todo mundo indo na contra-mão... É tanta coisa que a gente perde as forças. Aí a vida perde o brilho. Mas é aí que entra o meu segredo! Shhh! Não conta pra ninguém! O segredo é ainda ver magia nas coisas, é não perder as esperanças, é enxergar a beleza no preto e a luz no amor! É entender que tem sim muita coisa errada, sempre teve e sempre terá, mas não deixar o trem descarrilhar. É entender que tem muita água dentro do copo meio vazio e que tem muita água para passar debaixo da ponte. É rir do ridículo e rezar pelo melhor. É entender o porquê de tanta gente incoerente e aceitar as diferenças, já que cada um tem uma história e todo futuro é incerto. É compreender que fazemos parte da natureza mas quem apita o jogo? É um mistério! É só ter paciência. E não se deixar amargar. Nem endurecer. E respirar. Jamais desistir. E tentar sorrir.

CYBELAR - Dia das Mães


quarta-feira, 11 de junho de 2014

New York, New York!

E sabiamente o taxista colocou, no momento em que o carro tocava a ponte, a música de Frank Sinatra. Começavam ali os dias de uma viagem cinematográfica, em uma cidade que a indústria cultural me fez adorar desde pequenininha. Naquela hora me escorreu uma lágrima mas acho que nenhum dos outros três ocupantes do veículo perceberam. Aquele momento era só meu. Nova York é uma coisa louca, onde a quantidade e a gradidiosidade de tudo, de coisas, de prédios, de pessoas, de sonhos, de luzes, possibilidades e oportunidades se misturam numa bagunça extremamente organizada. Visitamos quase tudo e ainda falta tanto para se conhecer... Cada passo é um flash. Um caldeirão de estilos, línguas, tribos, interesses, raças, consumismo, culturas, uma gororoba de vidas tão mas tão deliciosa que não dá vontade de largar. Lá você pode ser o que você quiser. Como quiser. Pelo motivo que quiser. E eu, particularmente, tenho uma afinidade com o inglês americano. Acho tão expressivo... Nada fica brega, tudo pode ser dito que transparece a verdade. Ok, ok, estudei a História dos Estados Unidos e todo o seu maquiavélico imperialismo, fiz até meu TCC em cima deste tema... Fique tranquilo que a Times Square não me engana. Mas que os caras são fodas, você vai me perdoar, ah, eles são! Tive o imenso prazer de assistir O Fantasma da Ópera, Mamma Mia! e Once. Os três impecáveis. Lindos. Atordoantes. Surreais. Cada um em seu estilo. Cada um inesquecível. Nova York me fez sentir novamente a vontade que eu tive quando mudei para São Paulo e que andava um pouco adormecida: conquistar o mundo! Viajar é uma das poucas coisas com a qual gastamos dinheiro mas que não nos deixa mais pobres. Essa riqueza ninguém tira da gente. E eu serei muito, mas muito rica! Nova York, eu te amo e sempre te amei...! Você é o caos numa caixinha de música com a trilha sonora mais perfeita feita sob encomenda para mim. Mas, como me disseram quando subia o Empire State, "In America, nothing is for free!". Então vamos trabalhar, porque sonho não paga passagem de avião... Mas aí sou obrigada a chegar no pandemonium do Aeroporto de Guarulhos para no dia seguinte, receber a notícia de que a bebê da minha querida costureira nasceu morta porque o Hospital das Clínicas esperou que a paciente, com histórico de pressão alta e internada já há uma semana, fizesse um parto normal com mais de 42 semanas de gestação. Síndrome de Vira-Lata? Não se compara cachorros a leões. E agora vem a Copa do Mundo! É o Brasil sil sil rumo ao Hexa... Já saudades da América...!

sexta-feira, 30 de maio de 2014

Em breve, meu carro! Aguardem!

A alegria de ter um carro durou pouco. E é por isso que vos escrevo hoje. Às 5:36h da manhã acordei para que às 6:15h embarcasse para Valinhos. Pedi para o taxista, muuuito tranquilo àquela hora da madrugada, acelerar. 6:13h a atendente do guichê diz: "Agora só tem o das 7:30h.". Pedi o das 6:15h e prometi que correria e chegaria a tempo. Dito e feito. Esbaforida, me ajeitei na penúltima poltrona. Agradeci a Deus por ter dado tudo certo e dormi, acreditando que quando o ônibus parasse no seu ponto final, eu estaria em Valinhos. Acontece que o ponto final era Campinas, Valinhos havia ficado para trás e eu não vi. Quando às 8:30h abri meus olhos, tive esta triste constatação. "Burra!", eu pensava sobre a minha pessoa. Bom, não tinha alternativa, meu horário de gravação de mais uma webaula na Anhanguera Educacional era 8:30h. Peguei um táxi, paguei o preço por isso mas às 9h já estava sendo maquilada e às 14h já estava dispensada. O meu stress só não foi maior porque hoje era meu último dia antes da viagem mais esperada de todos os tempos: Nova York. Arrumei a mala ao som de Frank Sinatra, assisti Esqueceram de Mim 2: Perdido em NY para entrar mais ainda no clima e estou aguardando, ansiosamente, o meu horário de embarque. Serão dez fartos dias e um sonho finalmente a ser realizado. Tio Sam, me espera que eu tô chegando! Eu já até sei qual será a legenda da minha primeira postagem ao chegar na Selva de Concreto: "...New York, concrete jungle where dreams are made of, there's nothing you can't do. Now you're in New York, these streets will make you feel brand new, big lights will inspire you, let's here ir for New York, New York, New York!". Pensa numa criança feliz...! La la la la... O pior é que já estou sofrendo porque sei que sairei de lá já querendo voltar... Beijo, Brasil!

terça-feira, 20 de maio de 2014

Comercial AZUL LINHAS AÉREAS


Fala sério!

Faz tempo que não relato perrengues no blog mas o de hoje merece! Escuta essa! Começo da semana passada recebo a ligação de uma grande faculdade para a qual presto serviços. Eu havia sido indicada lá dentro e por isso, queriam saber como estava minha agenda para o dia 19. Livre até então. Meu cachê para mestre de cerimônias? X. Toparam e pediram para que reservasse a data, dizendo que me enviariam um e-mail com todas as informações e esperariam minha confirmação assim que lido. Ok. Passa terça, passa quarta, quinta e sexta-feira, nada. Tudo bem. Mais uma consulta que não vingou. Normal, faz parte. Assim, hoje minha segunda-feira ficou livre para colocar a casa em dia, a geladeira em dia, a drenagem em dia, eu iria à academia como não fazia nos últimos 12 dias e terminaria assistindo os últimos dois episódios de Game Of Thrones, como faço de costume às segundas. Aí, quando eu chegava em casa toda cheia de creme da minha drenagem, pronta para um banho, toca o telefone. Isso por volta de 17:30h: "Oi, Stella, é a Isis. Você está chegando?". Pera aí, chegando onde, minha filha? Foi então que ela se lembrou que esqueceu de me mandar o e-mail com as informações e principalmente, com a confirmação do trabalho. "Mas, Stella, eu preciso de você aqui! Você consegue chegar até às 19h?". Querida, nesta vida, a gente faz o possível, ainda mais de carro! "E quão bem você conhece Campinas?". Eu nada, mas o GPS tudo! Assim, sem banho nem nada, comecei uma instantânea maquilagem, coloquei a primeira roupa "esporte fino" como me foi passado e em quinze minutos já pegava o carro na garagem, enquanto aguardava por e-mail o endereço do evento. Trânsito, Marginal, Bandeirantes. E nada de telefonema, apenas uma mensagem de voz "Stella? Stella?" quando provavelmente o sinal da TIM não ajudou. Nada de e-mail. Nada de endereço. Nada de nada. E eu ligava. Ligava. Chamava e não atendia. No meio do caminho eu já me considerava uma idiota mas a esperança de o telefone tocar com o endereço do trabalho não morria. Aí ela foi assassinada. 19h eu entrava na cidade de Campinas e às 19:15h já estava pegando o retorno para a capital. Ódio. Ódio mortal. Eu sou uma profissional séria que confia na palavra dos meus clientes, porque se não fizéssemos isso, todos os freelancers morreriam de fome. Tem muito amadorismo por aí, nossa, como tem! E até agora, nem sinal da querida Laís do Departamento de Diplomas. Assim, foram-se lá alguns pedágios, bons litros de gasolina e um pouco da minha saúde psicológica - que não tem preço. Cheguei em casa quando já passavam de 20:30h, super feliz e contente depois de um agradável bate-volta de Campinas - como você pode imaginar...- e retomei os planos para meu fim do dia: duas horas seguidas de Game Of Thrones. Foi a única alegria da noite. Amanhã a Dona Isis vai escutar! E a briga vai ser boa! Mereço?

terça-feira, 6 de maio de 2014

Show da Torcida CYBELAR


Sinal de fumaça

Ai, gente, se eu fosse relatar as milhares de coisas que aconteceram nos últimos dias, essa postagem seria maior do que todos os volumes juntos da Enciclopédia Barsa... Vamos resumir! Ladrões armados invadiram a casa da minha madrinha e sua vizinha. Um outro ladrão também quebrou o vidro do carro de uma amiga enquanto parada do semáforo. Mas está todo mundo bem, graças a Deus. Um absurdo ter que, atualmente, agradecer por estarmos vivos após um assalto... Brasil sil sil! Aí minha mãe levou um tombo e precisou operar o ombro. Doei dias das minhas semanas para ajudá-la rumo a um ombro novo em alto astral. Motivo este pelo qual me encontro com carro por esses tempos na capital. E o pior é que tomei gosto pela coisa... Tive uma renovação de contrato e já já a Stihl passará ovamente naí na sua televisão. Comemoraram primaveras minha tia, minha mãe, minha irmã, minha tia-avó... Neste ínterim, dirigi kilômetros e kilômetros, tendo trabalhos em Valinhos, Suzano, Jundiaí, São Paulo, voltando para Ribeirão, voltando para São Paulo, tantas idas e vindas que quase perdi o rumo do barco. Aí esta semana estou no meu apartamento lindo colocando as coisas em ordem a fim de não desviar da rota neste mar que me reserva surpresas a cada nascer do dia. A Globo ainda não me recrutou. Nao ganhei a bancada de nenhum programa e nem conheci algum dono de emissora. As coisas continuam como devem continuar. Boa noite!

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Ontem, hoje e amanhã

Ontem percorri o calvário entre minha saída de casa até minha chegada em casa. Começa a gritar agora - e bem alto - a falta que um carro me faz quando tenho que me deslocar para fora de São Paulo. Mas não é esse o tema de hoje. Aconteceu algo curioso ontem que me fez refletir e me orgulhar da minha trajetória, mesmo eu não tendo - ainda! - condições nem de comprar um veículo... Gravei mais uma vez vídeo-aulas para Anhanguera Educacional e somos sempre um ator e uma atriz em cena. Quando chegou meu companheiro de aula, vi que aquela fisionomia não me era estranha. "Deve ser de testes...". Não. Era de algo mais específico... Uma hora depois, lembrei! Em 2009, este ator havia protagonizado um grande comercial de telefonia onde eu era uma dos quase cem figurantes que o aplaudiam em um auditório. Eu estava no começo da aventura na Selva de Pedra e aqueles 150 reais da gravação que foi madrugada adentro me eram essenciais. E eu estudava os movimentos e as falas daquele protagonista. Observava o diretor. Aprendia o que acreditava que em breve, eu faria. E pensava: "Eu poderia fazer isso!". Quando ele errava e começava a suar com o nervosismo, eu pensava que poderia fazer melhor... E por um momento invejei aquele ator provavelmente bem sucedido, que estaria na telinha de várias residências do país. E eu era apenas uma figurante estudante de televisão e cinema, sem DRT mas com a mala cheia de sonhos. Cheguei a procurar no Youtube este comercial tempos depois para ver se pelo menos, assim, de repente, de relance, eu aparecia... mas nunca encontrei. E hoje, 2014, este ator "provavelmente bem sucedido" e eu apresentamos, juntos, aulas das disciplinas de Sistemas de Informação e Comércio Eletrônico e nos encontraremos em mais sete diárias de trabalho. Lógico que compartilhei minha lembrança com ele, que obviamente se assustou com minha boa memória. É que minhas figurações não foram em vão. E eu estou caminhando, devagarinho, devagarinho, para onde quero chegar. Hoje gravei um vídeo de treinamento para Claro, com promessas de outras breves futuras parcerias e amanhã o dia será também longo, com o comercial de Dia Das Mães do Suzano Shopping. Daí então, enfrentarei quilômetros e quilômetros de estrada para passar o feriado aonde está o meu coração. Boa Páscoa!

Vídeo Institucional GANDINI CORRETORA DE SEGUROS


terça-feira, 15 de abril de 2014

28 Primaveras

E comemorei no último dia 11 minhas 28 Primaveras, cercada das pessoas que mais amo e recebendo telefonemas e mensagens daquelas que a Geografia não permitiu encontrar. Mas em meio a tantas carinhas queridas cantando "Parabéns pra você", senti falta de uma em especial, que pela primeira vez em tantos anos, a vida não me deixou mais abraçar. No meu último dia com ainda 27, me bateu um aperto no coração e lágrimas escorreram sem que eu pudesse me conter. Fui até a Igreja numa tentativa de diálogo e aproximação com ele e eu espero que ele tenha me escutado em todas as minhas preces. Quantas saudades do Tio Nando...! Fora os 30 cada vez mais próximos e as agruras do destino, a novidade é que finalmente, tomei coragem e comecei academia. E agora vou dormir, sem poesia, sem piada e sem história, porque meu despertador tocará às 5 da matina e meu destino será, mais uma vez, a Anhanguera Educacional em Valinhos. A agenda está cheia nesta curta semana. Acho ótimo. E que venha o Coelhinho da Páscoa! Boa noite!

terça-feira, 1 de abril de 2014

Livros

Terça-feira. Minha agenda está vazia mas a consciência tranquila já que fiz fotos para um supermercado em Campinas no sábado e tenho fotos já marcadas para Quinta-feira. Fico pensando sobre o que é que meus vizinhos pensam de mim. Ao lado esquerdo da minha janela tem um edifício comercial. Do lado direito, um residencial. Quem vê uma menina perambulando pela casa de camisola às 15h deve achar que a vida está fácil... que sou herdeira... que estou doente... ou que sou doente. Mas como ninguém paga minhas contas, almocei e aproveitei para ver a programação de cinema. Filmes do Oscar, já vi todos. Então entrei na Saraiva em busca da minha próxima leitura. Anne Frank dormiu ao lado da minha cabeceira tantas noites... E o leito estava vazio nos últimos dias. Mas entrar numa livraria é um sentimento ambíguo de culpa e prazer. Quanta coisa para ler, quantos mundos a se conhecer! Me empolguei e fui acumulando livros nas mãos. Folheei O Melhor Guia de Nova York, do Pedro Andrade, e cheguei à conclusão que era melhor não. Tantas informações e lugares e coisas a se fazer na Big Apple aumentariam ainda mais a minha ansiedade, que será assassinada no final de maio. Já eram três os livros no carrinho quando me deparei com Emma, de Jane Austen. Queria levar todos mas segurei a compulsão por cultura porque sei que no mínimo bons dois meses eu demorarei para conhecer, definitivamente, esta nova personagem. Eu queria ter o poder da leitura dinâmica. Beberia livros como água e não como vinho. Meu horário de leitura é antes de dormir e como quase sempre deito cansada, o que acontece? Leio quatro, cinco, oito páginas no máximo. É como um petisco. E como uma pílula para uma boa noite de sono. Tem tantos clássicos na minha lista de pendência que acabo me sintindo mal por isso. Mas pelo menos me sinto bem agora por saber que terá alguém muito especial ao meu lado pelas próximas semanas. Seja bem vinda, Emma! Policarpo Quaresma e Mrs. Dalloway ficam para uma próxima!

terça-feira, 25 de março de 2014

A bonança

Eu pedi e ela veio! Nesta minha vida cigana, rodei alguns bons quilômetros nos últimos dias começando por Avaré, seguido por Botucatu, Praia Grande, São Paulo, Campinas e São Paulo. Vamos aos detalhes! De terça a sexta, gravei um vídeo institucional para a Fecomerciários. Nos dois primeiros dias de gravação ficamos no Centro de Lazer dos Fecomerciários em Avaré, beirando a Represa de Jurumirim com direito a arco-íris, cochilada entre uma gravação e outra, uma cama enorme só pra mim, pulo na represa e banho de piscina. Foram bons dias com pessoas queridas. De lá seguimos para Botucatu e à noite chegamos na Praia Grande, sem grandes emoções para contar fora o cansaço de gravar depois de viajar mais de cinco horas e o despertador tocando nos horários mais ingratos. Acabamos nossa quarta diária na própria sede da Federação aqui na capital. Que alívio estar em casa! Mas aí foi a questão de desarrumar as malas, fazer minhas unhas quando já passavam das oito da noite e me afundar na cama com o despertador programado para as 4 da matina. O destino do meu sábado seria o Aeroporto de Viracopos para uma inesquecível gravação de comercial para Azul. Eu, seis atores e mais ou menos cinquenta figurantes dentro de um avião com uma bandeira do Brasil de 25m. De todos os meus trabalhos até agora, este levou o Oscar de figurino e maquilagem. "Parece atriz de filme americano!", me disseram. Eu era uma perfeita comissária, caminhando pelos corredores do aeroporto e colocando muitos em dúvida se aquilo tudo era real ou personagem. Foi divertidíssimo! Gravar dentro de uma aeronave foi novidade para mim. Sentar na cabine do piloto. Comer comida de avião estando no chão! Tudo do mais alto profissionalismo. Eu estava me sentindo em casa! Não houve necessidade de piti nenhum e meu nível de stress era zero! E o resultado você e eu veremos em breve em rede nacional! Voltei para minha casinha linda quando já passavam de 21h. Eu estava o pó! Mas o meu domingo não seria de descanso, foi de labuta. Um vídeo x, com uma produção y, que desmanchou o meu castelo de areia erguido no dia anterior. Altos e baixos, meu bem. Um dia no céu e o outro no amadorismo. Tudo graças às contas a pagar...! Segunda-feira. Me dei o direito de acordar sem despertador, mesmo tendo um teste na agenda. Oito boas horas bem dormidas, levantei, fiz o teste e já estava almoçando ao meio-dia. Eu merecia uma massagem. E uma tarde e noite de folga, apenas eu, minha coberta, meu sofá-cama e a televisão. Fechei o dia com o volume I de Ninfomaníaca e minha terça-feira será o meu domingo. A princípio teria uma foto para uma grande loja esportiva, mas fizeram o favor de desmarcar. Então, poderei ter a noite dos deuses sem grandes planos para as próximas 24h. Foi muita emoção para sete dias! And that's the way I like it!

segunda-feira, 24 de março de 2014

quarta-feira, 12 de março de 2014

Zumbis e fantasmas

Às terças-feiras quem me fazem companhia são os zumbis da FOX. Eu quase nunca resisto a estourar uma panelinha de pipoca e esticar o meu sofá-cama de frente à tv. Mas tem uma ideia fantasma que me ronda sem data nem horário marcado, uma companhia indesejada mas que de vez em quando, perambula por todos os meus canais. Na verdade ela está mais para um zumbi, já que tantas vezes a mato mas ela insiste em voltar. O meu tiro certeiro deveria ser na cabeça, mas da cabeça nem sempre ela sai: o fracasso. Eis o meu fantasma. O meu medo. O meu zumbi. O meu Jason. O meu aborrecimento. Essa carreira é feita de altos e baixos, todos sabemos... Quantas vezes gastei linhas e linhas do blog sobre a montanha-russa que vivo desde 2009... Sobe e desce. Roda. Looping. Sobe. Looping outra vez. Desce... Não necessariamente nesta ordem. Ontem estávamos eu e mais uns trinta e tantos à espera de mais um teste. Homens, mulheres, atores, modelos, meninas, brancos, mulatos, negros, japononeses, todos esperando os dois minutos frente à câmera para provar que sabemos alguma coisa ou que simplesmente somos fotogênicos ou que sei lá, somos o perfil que o cliente procura. A luta diária dos atores sofredores para garantir o aluguel e mais algumas continhas do mês. Estava já com minha claquete em mãos escutando conversas, participando de algumas delas quando escutei de um homem, se ator não sei, figurante tenho certeza: "...isto aqui é bobeira... É um trabalho que não tem futuro. Serve apenas para ganhar um dinheirinho. É bom para quem está fazendo nada...". Me intrometi, tirei minhas facas dos bolsos e defendi a classe operária: "Pera aí... Não é bem assim. Não tem futuro? Eu espero ter um futuro fazendo o que eu faço.". Ele respondeu: "Há quanto tempo você está nesse meio?". Respondi. Ele: "É, espero que você tenha sucesso...". Eu também! E fui embora com esse fantasminha nada camarada me atormentando... Gente, isto aqui não é uma brincadeira. Ou é? Eu levo tudo muito a sério. É meu ganha pão. É minha trajetória. É minha felicidade. É meu sonho. Eu não estou aqui para ganhar um dinheirinho. Eu estou aqui para exercer a minha profissão, seja na publicidade, na televisão, no cinema, no teatro ou numa casinha de sapê. Se não dá certo para ele, desculpa, que pena, mas não generalize, meu senhor! Seu problema pode ser de foco, de talento, beleza, fotogenia, de perfil e/ou de n outras coisas imensuráveis das quais jamais saberemos... Mas para mim, dá certo. Pelo menos é o que parece. Aí vemos atores desesperados procurando outros meios, vendendo óculos com armação de madeira, confeccionando cupcakes, fazendo eventos ou largando tudo e virando assalariados. Eu mesma já falei tantas vezes que jogaria tudo para o alto e colocaria uma poltrona na Praça da Sé para modelar a sobrancelha da mulherada... A necessidade leva o homem à evolução, mas essa mesma necessidade não me levará a prostituição de minha imagem e de meu esforço. Peço apenas respeito e consideração ao meu trabalho e ao meu bem estar. E não jogue areia na minha alegria. Sou atriz e ponto! Meu DRT pode não significar muita coisa mas simboliza o meu esforço ao tentar dizer que isto não é passatempo, é profissão. Me tratem com seriedade e saibam que, me tratando com dignidade, terão o meu respeito e minha admiração. Acendi uma vela para meu anjo da guarda. Mamãe disse que sou guerreira e que é impossível que alguém lá de cima não me proteja. Eu vou continuar acreditando. Lutando. Trabalhando. Eu não quero sobreviver. Eu quero crescer nisso e viver disso. E eu não vou fracassar. É que as vezes bate um cansaço... Mas o segredo é sempre respirar bem fundo sabendo que depois da tempestade, sempre vem a bonança. Venha, bonança, estou de braços abertos esperando por você!

sábado, 8 de março de 2014

O Nosso Dia

Feliz dia para nós, sofredoras de cólica e escravas da manicure, pedicure, da pinça, da cera, do anticoncepcional, da dieta e do cabeleireiro. Felicidades para nós, que ganhamos em média 60% do que os incríveis homens no mercado de trabalho ganham. Hoje é o dia das mães que trabalham como babá e deixam o seu próprio filho na creche. E também o dia das babás que não tem filhos porque faltam tempo e dinheiro para ser mãe. Hoje é dia daquelas que sofrem diariamente com irritantes "fiu fius" nas ruas. Dia também das que são apedrejadas em praça pública e tem o direito ao prazer violentamente negado. Das vítimas de estupros e encoxadas no metrô. Dia também das que são taxadas de vagabundas quando ficam com alguém enquanto o sexo oposto é o garanhão. Hoje comemora-se a sensibilidade feminina e a força que temos de ter para driblar os hormônios. E vou te contar um segredinho, eles são extremamente másculos... É o dia internacional das únicas capazes de dar luz à vida. Das que têm jornada dupla, tripla... Das que queimaram o sutien e hoje encontram-se perdidas em meio a tantos homens perdidos. Feliz dia para nós que conseguimos encontrar, mesmo cercadas por inúmeras adversidades em um mundo predominantemente masculino, motivos para sermos felizes não apenas hoje, mas sim 365 dias por ano!

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Carnaval

Eu não sei se algum dia já gostei de Carnaval... Talvez na época áurea do carnaval na Recreativa em Ribeirão Preto. Foi "a" evolução sair da matinê e poder pular a noite inteira no salão... Mas faz tempo. Década de 90. Aliás, a expressão "pular Carnaval" já me dá raiva. Sim, poderíamos pular esta data no calendário, do tipo, já irmos direto para a quarta-feira de cinzas e deixar o ano finalmente começar. Até hoje não consigo tomar caipirinha de limão por conta de um Carnaval faiado que tive aos 17 anos. Vodka e limão me dá arrepio! No entanto, para evitar a hipocrisia, tá, eu sei que já escrevi alegrias de Carnavais no Rio de Janeiro, por exemplo. Mas faz tempo também. Porque agora, eu odeio. Esta tal festa brasileira já atrapalhou, inclusive, alguns jobs que estavam previamente na agenda. "Gravaremos só depois do Carnaval!". E o pior é que o Carnaval oficialmente começa na sexta-feira mas a galera já está nos blocos e com preguiça de trabalhar desde semana passada. Gente, cadê a produtividade? Vamos botar esse país para frente! Eu tenho contas altíssimas a pagar! Tô nem aí pra Globeleza, tô nem aí pras marchinhas, fantasias, confete e serpentina. Estou numa fase de querer paz e organização e Carnaval é o antônimo de tudo isso. Podem me chamar de ranzinza, de "reaça", de whatever. Eu não tô no clima e tô nem aí pra você e pronto. Uma festa que comemora a carne, a bunda de fora, a bebedeira (já tive uma no final de semana passado, obrigada!), os mamilos, os decotes, a bela forma da Sabrina Sato, a Susaninha Vieira pagando de mocinha com uma fantasia que nos dá a ilusão de uma cintura fina, a passada de rôdo, sexo (usem camisinha!) e onde o cheiro característico é o de xixi nas ruas... Não tô afim. Este Carnaval passarei com minha família e meu namorado no teatro, num bom restaurante, no parque, no Mercado Municipal e comerei o tradicional crostoli dos Menegucci no findar dessa bagunça toda. Ando me sentindo quase nada brasileira. Com muito pouco orgulho. E com pouquíssimo amor.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Vida Cigana

Fecho então a semana com dois jobs, com duas parcerias queridas e repetidas - o que é sempre um prazer! Fecho a semana com duas cidades e dois hotéis na agenda, alguns ônibus, táxis, malas e afins. Fecho a semana exausta mas por fazer o que mais amo: trabalhar! O meu domingo começou às 4 e meia da manhã lá em Campinas, agradecendo imensamente à uma hora a mais de sono devido ao fim do horário de verão. De la seguimos para Sumaré, onde gravei quatro filmes para uma rede de varejo já em clima de Copa do Mundo. Stella e mais 40 figurantes! "Já ganhou um fã!", me disse um garoto. "Você é atriz de chorar, essas coisas...?", perguntou outro. "Você é repórter?". "Você é muito boa!", me disse a cliente. E depois dessa, eu não precisava de mais nada. Curiosidades matadas e parabenizações recebidas, voltei ao meu recanto, ao meu lar doce lar, que está cada vez mais doce, depois de um bom trânsito na entrada da capital. A saga da instalação do ar condicionado finalmente terminou aqui em casa e os termômetros lá fora, para minha alegria e alegria geral da nação, apresentam números mais amenos. A semana começará com mais um teste amanhã e uma certa energia renovada. Até vela para santo eu acendi, agradecendo e pedindo paz e serenidade dentro de casa, da cabeça, do peito. Para qual santo eu não sei, porque quem me disse para fazer isto foi minha mãe, mas a vela foi pra quem estivesse me escutando. Paz e boas energias! Esses são os meus mais sinceros desejos... E agora com licença que ostentarei ligando meu lindo ar Samsung e dormirei debaixo das cobertas. Grata pela compreensão. Eu mereço. Boa noite!

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Vida, vida, vida!

E a vida continua. Não adianta, a locomotiva não para. Mas eu paro e penso todos os dias: por quê? Continuo minhas batalhas, minhas tarefas medíocres, meus pequenos prazeres, mas me falta um pedaço no peito, reina um vazio que nem o tempo será capaz de preencher. Apenas amenizar. É como se uma peça chave tivesse sido removida da engrenagem e continuássemos engatados sem saber como e nem para onde. A saudade dói e restam as lembranças, as fotos, os vídeos. Me senti até um pouco egoísta ao retornar para a capital para seguir meu caminho, caminho este que ficou mais tortuoso, com uma areia movediça que tende a me engolir, mas continuo a andar. Entre lágrimas, sonhos atordoantes e sorrisos amarelos, a vida continua. A Wurth TV voltou, repeti a parceria com a Gandini Seguros - motivo pelo qual o sono me consome neste momento -, tem cachê atrasado, meu apartamento está a cada dia mais aconchegante, meu novo site está a caminho, o calor castiga todos nós e ansiosamente aguardo a instalação de um famigerado ar condicionado, desapeguei e vendi na OLX um ventilador record de procura, fiz um bom negócio e descobri um bom negócio, as contas não param e o desespero floresce. O ano começou mal e eu só peço por dias melhores. Vida louca... Vida breve.

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Fernando, Fernandinho dinho...

Era manhã da última sexta-feira e Tio Nando preparava seus famosos e deliciosos mistos para o café da manhã na casa de praia alugada pela família em Ubatuba. Há dez anos este feito não se repetia e a alegria de todos era contagiante. A de Tio Nando, o organizador do evento, principalmente. Amante da cidade, passava lá as férias religiosamente há 25 anos. Na última grande reunião dos Menegucci em praia tentamos algo diferente e Juqueí foi a única tentativa de mudança. Mas não, Ubatuba era Ubatuba! Após a morte de meu pai, quantas vezes ele me chamou para ir, eu dizia que não tinha dinheiro e ele respondia mais ou menos assim: "Ah, Stellinha, o Tio Nando paga pra você."?! Incontáveis... E naquela sexta-feira resolvemos conhecer a Praia de Picinguaba. A farofa estava montada, só faltava o frango e o macarrão! Os coolers recheados de cerveja, sua bebida preferida, os Tupperware com salaminho e mortadela fatiados, a família, as risadas, as fotos, os pastéis, aquele mar quente e calmo, uma paz... a felicidade. Nós - mas especialmente ele - estávamos nas nuvens. A euforia era tanta que toda aquela diversão não bastou. Da praia, seguimos para a Cachoeira da Escada. Era tradição visitar alguma das cachoeiras de Ubatuba e tínhamos novos integrantes na família para mostrar todos os nossos locais preferidos. Ele parecia uma criança feliz. Mais que rapidamente subiu as pedras em busca das quadas d'água. E eu subi atrás, me gabando porque desde criança "escalava" rochas na praia. Quando cheguei lá em cima, ele já se refrescava debaixo d'água. "Ai, Tio Nando, eu tô com medo!". E ele dizia: "Se você cair, eu te seguro. Você é corajosa, pise ali...". E com sua ajuda eu ali sentei, debaixo daquela água que me massageava, com aquela vista linda rodeada de pessoas tão queridas. E ele me dizia: "Ó, tô orgulhoso de você! Não é a melhor coisa do mundo?". Depois desta emoção e de um cotovelo sangrando, resolvi me aquietar mais para baixo. Mas Tio Nando queria mais! Ele estava no topo do mundo! Na cidade que mais amava, com a jóia que mais prezava, sua família, vencendo desafios. Daí, o que era felicidade plena virou tragédia. Não entrarei em detalhes sobre nossos gritos de socorro, sobre nosso desespero, sobre a corrida contra o tempo, sobre o medo de perder ali aquele tio que tanto amava. Não vou rasgar em palavras a merda da saúde do País da Copa e não vou cuspir na falta de segurança, estrutura, organização, coerência e sentido da vida. Não vou relatar as horas de angústia que meu tio ficou na mesma maca em que foi resgatado, praticamente esperando a morte naquele lixo de hospital de Paraty. E nós jogados ao léu tentando fazer o possível e o impossível para tirar ele dali. Eram informações desconexas dos médicos, dos enfermeiros, do convênio, era o inferno na Terra. E aquele anjo padecendo sem que pudéssemos fazer nada... Atavam nossas mãos e braços mas desistir jamais! Até que depois de vinte horas, conseguimos com que o Águia o trouxesse para o HC de São Paulo. Já era tarde de sábado. Mas talvez já tarde demais. Guerreiro, Tio Nando não sucumbia. As orações vinham de diferentes lugares e de diferentes maneiras. Era muito amor para ser facilmente deixado para trás. E ele vencia batalhas impossíveis. Nossa esperança oscilava entre zero e cem, zero e cem, até que na manhã de domingo, Tio Nando não mais aguentou. Fernando Antônio Menegucci. O Menê. O Tchu Nando. O Fernando Fernandinho dinho. Se perfeição existe, seu coração chegou o mais próximo dela. Um homem humilde com olhos de menino, que lacrimejavam às mais simples emoções. Um trabalhador dedicado. Um pai carinhoso. Um marido exemplar. Um tio quase pai. O melhor churrasqueiro, de camiseta, bermuda, chinelo e boné. Um homem de fé. Tio Nando ganhou uma festa surpresa no último dia 19, completando fartos 51 anos de luta, de alegrias, de vitórias e de amor. E nas palavras dele naquele dia, o que mais vale nessa vida é carinho e amizade, porque o dinheiro não tem pressa. Tio Nando, você conquistou muito mais do que isso. Você conquistou admiradores. Se bondade tivesse nome, seria Fernando. E nesta loucura chamada vida, eu me perguntei porque Deus leva apenas os bons e uma pessoa muito querida me respondeu: "Quando você for colher uma flor no jardim você vai colher a melhor flor, a mais bonita, a mais perfeita e mais cheirosa... Com Deus é a mesma coisa.". Então vá florir os jardins dos céus, Tio Nando. Nós continuaremos aqui, colhendo suas sementes. Fernando Antônio Menegucci deixou dois filhos lindos, uma esposa maravilhosa, uma família saudosa, amigos incontáveis e um mundo menos colorido. Vá em paz, meu tão querido e amado tio. Perdemos uma peça chave e aqui continuamos, trancados num mar de sofrimento e saudade infinita. Te amaremos para sempre.

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Complete: O que não pode faltar num típico reveillon no Litoral Norte?

- Trânsito - Calor - Bombatrancers e biscatrancers - Problemas variados envolvendo carros. Algum carro do bando sempre será guinchado ou amassado ou algo do tipo - Brigas de casais, quando não términos, especialmente na véspera ou na noite do ano novo - Problemas e dores de ouvido. É só dar uma passadinha em qualquer Pronto Socorro hoje. Os otorrinos não param! - Piriris, ou ligados à comida, ou ao excesso de bebida ou a ambos. Fato! - Picadas de pernilongo, borrachudo e quaisquer outros bichos voadores existentes. Todas as espécies que picam migram para o litoral nesta época, é impressionante! - Anfíbios como sapos e pererecas, vivos ou secos. Algum sempre aparece! - Falta de 3G - Luta insana por sinal de 3G - WiFi's que não funcionam - Muito trânsito - Muito calor - Atropelamentos ou quase atropleamentos de banhistas por surfistas descuidados - Estremecimento de amizades - Um chuveiro da casa, no mínimo, vai dar problema - Assim como pelo menos um vaso sanitário - O cheiro de mofo nas toalhas - A falta d'água - E não só isso, mas principalmente a falta de água justamente quando estamos com espuma no corpo e/ou cabeça - Manchas na pele. As sardas se multiplicam numa velocidade oito vezes maior que os Gremlins. É só ver a previsão de sol do dia seguinte, que uma nova já brota! - Muito, mas muito trânsito mesmo - Muito, mas muito calor mesmo - Milhares de reais gastos com sacos de gelo. Cheguei ontem em São Paulo e quase comprei um saco pela força do hábito...