quarta-feira, 28 de outubro de 2009

O elefante

"Em 1986, Peter Davies estava de férias no Quenia depois de se graduar na Northwestern University. Em uma caminhada ele cruzou com um jovem elefante que estava com uma pata levantada. O elefante parecia muito estressado, então Peter se aproximou muito cuidadosamente. Ele ficou de joelhos, examinou a pata do elefante e encontrou um grande pedaço de madeira enfiado. O mais cuidadosa e gentilmente possível, Peter removeu com a sua faca o pedaço de madeira e o elefante cuidadosamente colocou sua pata no chão. O elefante virou para encarar o homem com grande curiosidade no seu rosto e o encarou por tensos e longos momentos. Peter ficou congelado pensando que seria pisoteado. Depois de um certo tempo o elefante fez um barulho bem alto com sua tromba, virou e foi embora. Peter nunca esqueceu o elefante e tudo o que aconteceu naquele dia. 20 anos depois, Peter estava passeando pelo Zoológico de Chicago com seu filho adolescente. Quando eles se aproximaram da jaula dos elefantes, uma das criaturas se virou e caminhou para um local próximo onde Peter e seu filho Cameron estavam. O grande elefante encarou Peter e levantou sua pata do chão e abaixou, repetindo várias vezes e emitindo sons altos enquanto encarava o homem. Relembrando do encontro em 1986, Peter ficou pensando se aquele era o mesmo elefante. Peter reuniu toda sua coragem, escalou a grade e entrou na jaula. Ele andou diretamente até o elefante e o encarou. O elefante emitiu outro som alto, enrolou sua tromba na perna de Peter e o jogou contra a parede matando-o. Provavelmente não era o mesmo elefante e ele se fudeu! Esse texto é dedicado a todos os que mandam aquelas histórias melosas e cheias de finais felizes."

Esqueci de comentar...

Ontem me ligaram e assim disseram: "Stella, terá uma gravação de um longa com atores da Globo, no restaurante Spot da Paulista, conhece? Então... cachê de 50 reais à vista ou 65 reais daqui 45 dias. Começa a meia-noite, você pode?". Primeiro. Figuração? Obrigada, não faço mais. Segundo... e daí que é com atores da Globo? Aposto que tem gente que topa só por causa disso. E outra... eles serão meus companheiros de casa em breve (sentiu o pensamento positivo, né?!). Terceiro: 50 reais? Para trabalhar a madrugada toda? Jamás! Quando é que vão me oferecer trabalho de verdade, hein? Fala sério...

Uma notícia boa e uma má. Ou melhor, duas boas e uma péssima

Existe um bichinho danado chamado orgulho. E eu poderia muito bem me fazer de contaminada neste momento e esconder o que hoje me aconteceu. Mas como esse é meu diário aberto, prefiro registrar para nunca mais repetir o feito. Fiz minha primeira consulta com Edi Montech, minha fonoaudióloga. Ótima, adorei. Já estou super paulistãããna. Mentira. No caminho, estando eu dentro do ônibus saindo de um túnel... recebo uma ligação de um número estranho... Sempre esperançosa, atendi e era da agência que havia me chamado para o teste do governo. Não ouvi muito bem o que a mulher disse, mas entendi que havia sido selecionada para a propaganda, que seria gravada amanhã ou quinta, e que a produção faria uma reunião para resolver e a agência entraria em contato em breve comigo. Feliz e contente, contei para a Edi, mandei mensagem para as meninas daqui de casa, para minha irmã, dei a notícia para uma querida amiga que me ligou antes de a consultar começar... enfim. Recebi os parabéns, já estava contando que neste mês de outubro conseguiria pagar todas as minhas contas com este inesperado cachê e já pensando em acrescentar um ítem em meu ainda pobre currículo. Agradeci a Deus pensando que eu realmente merecia aquilo e que a esperança é sempre a última a morrer, já arranjando um título para minha contente postagem no blog.
Como prometido, à tarde fui às compras com Sofia mas eu não estava animada... Estava com o pé atrás, incerta do que havia escutado. E nada de me ligarem de volta...
No caminho para minha aula - hoje de interpretação para cinema -, com a ansiedade me comendo as víceras, liguei na agência. E recebi a triste notícia de que não fui selecionada e que a gravação seria amanhã. Ou seja... hoje eu entendi o que é ser editada para um teste. Muitos falam: "Ai, fui editado para o comercial...", ou para a novela, o que seja. E na verdade, é uma pré-seleção. Eu fui pré-selecionada. Mas não fui selecionada, entende?! Aí... com o orgulho ferido e o ego espancado, mandei mensagem para todas as pré-informadas de que havia sido um equívoco. Ninguém entendeu nada. Mas... o que me alegra é que amanhã cedinho estou partindo para Pasárgada. E de lá ninguém me tira até terça-feira. Aí liguei o f*-se e comi um Twix e voltei da aula com um salgado integral de alho poró e um brownie fantástico que detonei em 3 minutos.
Cruel. Muito cruel.
O que é meu está guardado... é só ter calma, pequena Stella. É só ter calma.
Tchau, São Paulo!