Houve uma época em que habitávamos uma cidade quase inóspita do interior. Uma época onde medos e incertezas sobre o futuro eram afogados em copos de plástico de Antarctica quente. Quando passávamos horas refletindo sobre as mais incríveis bobagens do universo... quando reclamávamos do sucateamento da universidade pública e dela éramos vítimas. Quando todo mundo ainda temia ser gente grande... Pois bem. Apenas um ano e meio se passou... os medos e incertezas se amenizaram e agora dividem as conversas com as já experiências profissionais. A alegria e euforia são refrescadas com taças de vinho: vinho branco, vinho rosé, vinho tinto... Quando ainda continuamos passando horas refletindo e dando risada das mais incríveis bobagens do universo. Agora, somos todos vítimas das garras do mercado de trabalho e não temos mais os muros da faculdade como proteção, mas temos a amizade e as lembranças que nenhum intercâmbio ou nenhuma promoção jamais apagarão. Como mudamos... e como tudo e todos continuam iguais! A nostalgia insiste, mas logo é substituida pela doce saudade de um tempo que já foi e que eu não gostaria que voltasse atrás. Cada amiguinho da Terceira Turma de Relações Internacionais da UNESP-Franca tem suas peculiaridades... suas meninices... seus dons... seu charme. Cheguei a pensar que a turma se dissiparia após a fatídica formatura, já que a vida adulta roubaria o tempo e a escala. Mas sempre que queremos, a união quase à força reune os membros internacionalistas que deixaram suas marcas na Franca do Imperador, sejam estas marcas de luta, de competência, de peleguice, de amizade ou/e de boemia. E agora cada um segue sua trajetória, nas, ao redor ou fora das Relações Internacionais, mas eternamente embebidos daquela histórica "Terceira Turma! De RI! Tudo de bom, é isso aí!"... Era o que cantávamos serelepes nos campeonatos anuais de futebol, sempre seguidos do Bar do Seu Zé ou de alguma baladinha onde tudo era possível pela bagatela de 5 reais...
segunda-feira, 31 de agosto de 2009
Sexta-feira! Atrasada!
Eita! Fui dar uma de descolada e sair na quinta-feira sabendo que haveria de acordar cedo na sexta... e o que aconteceu?! Perdi hora! Lógico! Fui deitar às 5:15h. E não sei se o despertador tocou... se não tocou... mas as 6:30h viraram lenda e acordei desesperada às 8:30h, já arrependida da boemia e pedindo desculpas para a agência. Por sorte eu não havia tirado a maquilagem da noite anterior... e com apenas uns retoques e muita moral com o pessoal, ainda deu tempo de chegar no Shopping Interlar Interlagos a fim de cumprir mais um dia árduo de trabalho. E que dia! Ultrapassamos as 12h de filmagem, o que nos fez ter uma extensão de nosso cachê... mas eu estava no bico do corvo no final do dia, quando minha simpatia e paciência haviam se esgotado e uns chatos a elas acostumados me pediam: "Ânimo, menina!". E é aquela velha história da frustração de ser uma mera figurante... de observar a atriz que fazia a apresentação da propaganda e saber que eu também seria capaz daquilo. De ouvir comentários do tipo: "Nossa, ela é boa, né, decorou o texto na hora!". Meu, numa boa, decorar texto na hora é o de menos! Easy! Mas aí a gente se coloca no nosso lugar... e engole muita abobrinha. Mas muita abobrinha mesmo! Aprender a lidar com diferentes e desconhecidas pessoas é uma dádiva, e me desenvolvo a cada dia. Ouvimos comentários invejosos... recebemos comentários invejosos... escutamos reclamações e opiniões sem argumentos... mas, tudo pela harmonia do ambiente de trabalho! As figurinistas me pegaram para Cristo e escolheram simplesmente as roupas mais bregas do armário. Não sei se foi algo pessoal... ou estético... mas enquanto todas estavam fashion e arrumadinhas, com acessórios incríveis, me colocaram um vestidinho preto com botões e rendinhas xadrez com um sapato 2 números menor do que o meu, e posteriormente um terninho vermelho ridículo. Enfim. Cheguei em casa depois de uma abençoada carona desejando nada mais, nada menos do que minha cama. Recebi convite de baladas... mensagens interessantes... mas minha cama foi o evento mais atraente da noite. Acho que ela nunca esteve tão gostosa!
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