quarta-feira, 16 de março de 2011

Teste aqui, teste acolá

Não sei se foi o chá verde da noite ou a ansiedade de não sei o quê... Não dormi bem. Não acordei bem.
Fui meio irritada para o teste da manhã, esperei o ônibus, esperei cinquenta minutos dentro dele, duas horas na produtora, decorei e falei o que tinha que falar sem gaguejar mas não senti que vai dar. Não fiz amiguinhos na espera, não me encaixava no perfil dos que lá estavam (o que pode ser excelente como uma catástrofe) e nem senti a faísca que deve se sentir no estúdio após o "Corta. Valeu, Stella!".
Saí de lá, um ônibus, dois, casa. Fiz meu almoço às quase quatro da tarde, escutei algumas músicas revigorantes, troquei a roupa (pois propaganda política em nada tem a ver com cerveja), dei um up na maquilagem e fui para o Butantã.
Achei que fosse concorrer com gostosas corpulentas à la Paniquetes, mas não. Tinha de tudo! Encontrei amiguinhas, esperei quase nada, e vestida proposital e obrigatoriamente de saia, sambei de salto para a câmera segurando uma latinha de cerveja! Cada coisa... Eu já me vesti de espanhola em formatura de curso da língua, eu já andei com bob na cabeça no metrô de São Paulo, eu já subi em lixo na Avenida Paulista, mas eu nunca havia mostrado meu gingado moreno - e olha que eu tenho! - com uma latinha na mão seduzindo a câmera.
Voltei para casa quando já passavam das sete e mesmo assim, enfrentei o escuro, o friozinho e a fina garoa para correr. O parque já apresenta sinais de um outono que vem pela frente e fica ainda mais lindo, quase um "Outono em Nova York", sabe? Quase...
Amanhã tenho nada. Engraçado, né? Hoje a agenda transbordou com três testes - um não feito - mas o dia seguinte não promete grandes emoções, nem samba, nem orgulho de ser brasileiro.
Boa noite! Hoje sem chá verde e sem despertador para tocar...