Em um dia de tsunamis, vulcão, tornados, falecimento de político e da glorificação do mais novo profeta de oito tentáculos que também subiu aos céus, eu só digo: pára tudo que eu quero descer!
Diariamente, assim que começa o Jornal Hoje e eu estou em vias de preparar o meu almoço, uma tensão paira na sala - um pouco mais tênue mas tão real quanto àquela de quando toca a vinheta do Plantão da Globo, sabe? -, como que à espera de péssimas notícias de cá ou de lá do mundo. Estão todos enlouquecendo: eu, você, o jornalismo, a natureza, as pessoas que vi andando na rua falando sozinhas... Mas o cúmulo foi a notícia do Paul virar estátua. A gente luta, sua, sonha e quem vira ícone é um molusco alemão...
E seguindo a linha da loucura, lá fui eu continuar a guerra no mundo das lentes e câmeras. Fiz a prova de roupa do uniforme de amanhã: um vestido preto, no joelho, sóbrio, fechado. Ufa! Enquanto sei que meninas de todo o Brasil estarão vestidas à vácuo durante doze dias no Anhembi, trabalharei apenas quatro horas com a roupa mais comportada, horas essas que pagarão metade do meu aluguel. E o medo se consumou: já perdi um teste amanhã...
Depois enfrentei o segundo ônibus da tarde, já preparada para a mais longa espera num inesperado teste de foto para um cartão de crédito. Doce engano! Diferente da outra vez que estive nesta produtora, esperando por mais de duas horas, cheguei, entrei, cinco clicks e fui embora.
Corri na garoa, fiz meu jantar e já programo o meu feriado em Ribeirão Preto.
Vai dar Dilma então?! É isso mesmo?! É... Que loucura!