Hoje apresentamos o Porca Miséria. O teatro estava cheio, minha família novamente presente, vários antigos amigos do teatro, novos amigos de teatro, pessoas desconhecidas... Esperava algumas pessoas que não foram, mas a vida é assim. Aí, quando eu estiver na Globo, todo mundo vai aplaudir de pé. Mas quando é para se deslocarem até um teatro... hum, aí complica. É assim que funciona. Só se é "atriz" quando se está na novela.
Após um certo stress pré-palco acerca dos objetos cênicos, já que o cenário dessa peça é praticamente um museu e sempre somem com algum elemento no TPC, deu tudo certo. Erros, sim, alguns. Alguns segundos de silêncio devido a erro de texto, sim, também alguns. Mas na maioria das vezes a plateia nem percebe e mesmo assim, fazemos milagre ao apresentar uma peça fazendo todo mundo rir e se emocionar durante quase duas horas, com apenas três horas de ensaio. Nosso grupo é formidável... Consegui retomar a "largura" de Miquelina Buongermino, e lá estava eu, chikérrima com os bobs perfeitamente colocados por minha mãe. Incrível, mas minha mãe é a única pessoa a fazer meu cabelo de modo im-pe-cá-vel.
Eu adoro o Teatro Municipal daqui. A acústica é fantástica... é aconchegante... e foi minha segunda casa no festival do ano passado. Saudades da correria de três peças e seis apresentações em menos de uma semana... Sei que já falei, mas eu adoro o palco. Adoro o frio que percorre a espinha momentos antes do último sinal. Adoro os desafios que tem de ser resolvidos em questão de segundos, como por exemplo um guarda-chuva essencial que não começa em cena, ou então um telefone que não toca, ou um tiro que nunca acompanha o movimento da mão e da arma. O teatro é mágico e hoje me senti insegura por não ter uma câmera me protegendo. É ali, é aquele momento, você com seu companheiro de cena, você com o público, é você com você mesmo, e não existe chance de "kill". É o "aqui e agora". Existe arte maior?!
Lembram-se do teste que fiz sábado passado para o seriado Garotas que Dizem Ni? Pois é. Passei! Eu fui a Lana escolhida. Mas... como nada são flores... as datas de gravações batem com a Fórmula 1. Não sei o que fazer... e se há o que fazer. E aí fico naquela velha gangorra: o dinheiro ou a paixão? Os dois são trabalhos, mas um é dinheiro e o outro profissão. Droga... mas fico feliz que passei no teste. Se der certo, vai ser um seriado bem legal... Tem que dar certo, tem que dar certo!
Vou dormir, pois o dia não foi moleza. E amanhã tenho consultas marcadas a partir das 10h.
Suba, maré, suba! A minha vida é o único lugar que você pode inundar...