Ainda estou sofrendo de uma mudança de fuso que na realidade não existe. A primeira semana de São Paulo foi confusa, surpreendente, ora cheia ora vazia, ora cheia de vazio. Trabalhar com hipóteses é difícil e a ansiedade e o medo teimam em querer dominar o que aparentemente se mostra tranquilo e linear. Será que eu sigo mesmo uma linha? Ou devo fazer o zig-zag?
Meu teste quarta-feira me fez lembrar o quanto eu quero tudo isso e o quanto meu sonho é possível. Eu sonho acordada. Mas às vezes tentações e angústias querem me colocar em um sono profundo e fico no limbo da profissão.
Não sei se são problemáticos ou se invento problemas, mas os obstáculos que tanto machucam são necessários. Não sei se tem um paraíso me esperando e o inferno é aqui ou se viver é tudo isso. Sim, eu sei que viver é tudo isso. É que às vezes ter dúvidas parece mais romântico do que ter certeza...
Quando tudo é uma questão de tempo, o agora deve ser tão rico quanto o futuro, pois não existem escalas, não existem fórmulas prontas nem personagens fictícios. E neste meu roteiro não-Hollywoodiano, tem sorriso, tem gargalhada, tem lágrima, tem apatia e às vezes não tem nada. O que será que será...? E quando será? O que tiver que ser, será.