terça-feira, 1 de abril de 2014
Livros
Terça-feira. Minha agenda está vazia mas a consciência tranquila já que fiz fotos para um supermercado em Campinas no sábado e tenho fotos já marcadas para Quinta-feira. Fico pensando sobre o que é que meus vizinhos pensam de mim. Ao lado esquerdo da minha janela tem um edifício comercial. Do lado direito, um residencial. Quem vê uma menina perambulando pela casa de camisola às 15h deve achar que a vida está fácil... que sou herdeira... que estou doente... ou que sou doente. Mas como ninguém paga minhas contas, almocei e aproveitei para ver a programação de cinema. Filmes do Oscar, já vi todos. Então entrei na Saraiva em busca da minha próxima leitura. Anne Frank dormiu ao lado da minha cabeceira tantas noites... E o leito estava vazio nos últimos dias. Mas entrar numa livraria é um sentimento ambíguo de culpa e prazer. Quanta coisa para ler, quantos mundos a se conhecer! Me empolguei e fui acumulando livros nas mãos. Folheei O Melhor Guia de Nova York, do Pedro Andrade, e cheguei à conclusão que era melhor não. Tantas informações e lugares e coisas a se fazer na Big Apple aumentariam ainda mais a minha ansiedade, que será assassinada no final de maio. Já eram três os livros no carrinho quando me deparei com Emma, de Jane Austen. Queria levar todos mas segurei a compulsão por cultura porque sei que no mínimo bons dois meses eu demorarei para conhecer, definitivamente, esta nova personagem. Eu queria ter o poder da leitura dinâmica. Beberia livros como água e não como vinho. Meu horário de leitura é antes de dormir e como quase sempre deito cansada, o que acontece? Leio quatro, cinco, oito páginas no máximo. É como um petisco. E como uma pílula para uma boa noite de sono. Tem tantos clássicos na minha lista de pendência que acabo me sintindo mal por isso. Mas pelo menos me sinto bem agora por saber que terá alguém muito especial ao meu lado pelas próximas semanas. Seja bem vinda, Emma! Policarpo Quaresma e Mrs. Dalloway ficam para uma próxima!
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