segunda-feira, 15 de abril de 2013

Os 27

Fazer aniversário é uma responsabilidade. A gente comemora o que passou e teme pelo que vai vir, porque dizem as más línguas que a tendência é piorar. Me alertaram que até os 35 a mulher está em ascenção. Depois, é uma queda quase livre. Mas isso os mais pessimistas... E eu me incluo fora dessa. Para mim, a tendência é uma melhora quase vertical. Com os anos vêm os aprendizados, o autoconhecimento, a paciência, o entendimento do mundo, a compreensão do mundo dos outros... Fora a percepção óbvia de que as cobranças vão sim aumentar mas ao mesmo tempo, a detenção da sabedoria de não se sentir por isso pressionado. Isso é declínio? Fora o dinheiro, a liberdade e as histórias para contar... Felizmente, aquela nostalgia de "eu era feliz e não sabia..." não faz parte do meu vocabulário, porque eu sempre soube das minhas alegrias e dos meus desejos e garanto que, quando eu estiver completando meus oitenta anos com belas pernas como as de Hebe Camargo, terei a plena consciência de que aos 27 eu era muito feliz e o melhor, é que eu sabia disso. E foram três dias de festa, de amigos, de família, de presentes, de fartura, de risadas, de choros, de carinho, de belas mensagens e de tudo o mais que podemos desejar para o único dia do ano que é somente nosso. Tá, exagerei no tudo, mas, quase tudo! De banho de sal grosso tomado, seguido de um banho de folhas de louro, pretendo me abastecer dos mais belos sonhos esta noite para amanhã, começar a viver os meus 27 anos. E que sejam lindos! Boa noite!