O que temos de mais valioso é o tempo, alguns diriam. Eu reformularia: tempo todos temos, o que interessa é o que fazemos com ele. E completaram-se cinco anos que a III Turma de Relações Internacionais da UNESP - Franca abandonou os muros da universidade e enfrenta a vida aqui do lado de fora. E quanta coisa foi feita nesse meio tempo...! Foram-se os dias em que a preocupação era a prova do Zanetti. Foram-se as dúvidas sobre como era o bendito paper que a professora Rita queria e quando acabariam a primeira, a segunda, a terceira e a quarta greves... Acabaram-se as sextas-feiras em que o professor Evaldo, que Deus o tenha, simplesmente não aparecia na faculdade... Não enfrentamos mais as filas do xerox, não precisamos mais ter paciência para usar a internet do Pólo e nem a santa paciência para enfrentar as filas homéricas para comprar os poucos tickets do RU. Não precisamos mais de reuniões para os seminários e mal se lembram do terror do Tarado da UNESP! Não existem mais os engrados de cerveja que iam de uma casa para outra. E definitivamente, foi-se o tempo que quatro reais era o suficiente para encher a cara de vinho e dançar até o amanhecer, fosse segunda, terça, quarta ou domingo... Hoje alguns já temem os trinta, outros não podem comparecer aos shows do Loolapalooza porque casamento é antônimo de economia, alguns moram juntos, outros já carregam alianças, tem gente acabando o mestrado, tem gente já no doutorado, tem um querendo virar escritor, outra com pompa de artista... Tem gente infeliz onde está e quer fugir pra algum lugar. Tem gente que não sabe em qual país ficar. Tem gente pra tudo quanto é gosto! Alguns mais esbeltos, outras barrigas cresceram, barbas idem e cabelos encurtaram, mas os corações continuam os mesmos, as histórias permanecem e a nostalgia teima em pipocar em amizades que juramos ser infinitas. Parece que foi ontem que cantávamos histéricas e devotas na beira da quadra torcendo para o nosso time de futebol, na cantoria mais fervorosa que aquela faculdade já viu: "Terceira Turma! De RI! Tudo de bom, é isso aí!"... Continuamos todos iguais mas cinco anos fazem muita diferença... O papo não é a faxineira da república e sim a casa própria. O x da questão não é festa e sim família. O que está em jogo não é o diploma, é a identidade. O medo hoje não é prova, é a vida. E mesmo que temerosa, fico curiosa para ver o que os próximos anos trarão. E devo dizer: que alegria reencontrá-los! Parabéns para todos nós porque só os fortes sobrevivem! E que venham os próximos cinco...
terça-feira, 11 de dezembro de 2012
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