Hoje tive dois testes. O primeiro já estava na agenda desde a semana passada, e depois de enfrentar o trânsito que me fez rastejar apenas quatro quarteirões em quarenta e cinco minutos, a coisa foi rápida. Fui mal. Bem mal. Saí de lá mais irritada ainda e decidi que voltaria a pé. Estava muito calor e a ideia de ficar sentada em um segundo ônibus não me agradava. Enquanto descia a 9 de Julho, o celular toca. Um segundo teste. Eram 13:15h. Meu bilhete único estava descarregado. Eu não sabia onde abastecê-lo. Na realidade eu não queria. Eu queria andar, mesmo debaixo do sol escaldante que resolveu invadir as portas do céu do Sudeste nos últimos dias... Sendo assim, andei dos Jardins à Vila Mariana. Fui uma das primeiras a entrar no estúdio, já que este começava às 14h. Neste fui bem. Aliás, era tão simples que não tinha como não ir bem... Voltei para o Itaim, ponto zero do trajeto. A pé novamente. Às 15:30h já estava almoçando. Minhas pernas recusaram a ida ao parque. Dei descanso a elas, elas mereciam. O dia já tinha rendido o que tinha pra render... "Tinha": verbo "ter" no pretérito imperfeito do indicativo. Verbo este que não abandona nossos monólogos, nossos diálogos, nossas cobranças, nossos adjetivos, nossos objetivos. Ter teste. Ter dinheiro. Ter uma reunião. Ter um corpo bonito. Ter um(a) namorado(a). Ter uma viagem marcada. Ter um carro. Ter casa própria. Ter sucesso. Ter o próprio negócio. Ter filhos. Ter que fazer. Ter que ter, ter o mundo nas mãos... "Ter" tudo isso para "ser" feliz. É preciso mesmo tanto assim? A semana é curta... Boa noite! Amanhã eu não tenho hora pra levantar... Eu juro que gostaria que esta conjugação não estivesse na negativa...
terça-feira, 19 de abril de 2011
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