quarta-feira, 10 de março de 2010

O Grande Gatsby (F. Scott Fitzgerald - pg.197-221)

"[...] ele deve ter sentido que perdera aquele seu cálido e antigo mundo, pago um preço demasiado alto por haver vivido com um único sonho. [...] Um mundo novo, material, mas, não obstante, irreal, onde pobres fantasmas, a respirar sonhos, como se estes fossem o próprio ar, pairavam, fortuitamente, em torno... [...] Gatsby acreditou na luz verde, no orgástico futuro que, ano após ano, se afastava de nós. Esse futuro nos iludira, mas não importava: amanhã correremos mais depressa, estenderemos mais os braços... E uma bela manhã... E assim prosseguimos, botes contra a corrente, impelidos incessantemente para o passado."

E aí?!

Após travar uma batalha quase mortal contra minha janela que teimava em não fechar, escrevo-lhes.
Ontem estava em meu aconchego em Ribeirão, incendiada pelo fato de não terem me ligado para confirmar fotos para o Shopping Interlagos...
À tarde fui visitar minha tia-avó e meus nervos estavam à flor da pele, nenhuma novidade para contar quando me perguntou como é que as coisas estavam por aqui, a paciência curtíssima... até que às 17h meu celular tocou e o trabalho se confirmou! Tchanã! Assim, peguei o ônibus das 18h para sofridamente levantar hoje às 6h, após apenas 3 horas de sono... Desci no metrô Jabaquara pela primeira vez e peguei a lotação até o local indicado. Olha... vou te falar que foi a região mais feia que já vi nessa cidade. Ganhou dos cortiços que rondeiam a rodoviária. 2 favelas e 45 minutos depois, o trabalho foi o que eu esperava. Éramos 20 consumidores felizes do shopping, ora tive marido e filho, ora tive namorado, ora fui uma executiva independente cheia de sacolas. Fotos aqui, fotos ali, anda para lá, anda para cá, e fui escolhida a figurante protagonista na maior parte das "cenas". Gostaria muito de poder compartilhar os valores dos meus cachês, mas creio que a etiqueta de boas maneiras desse mundo do politicamente correto me impeça de tal fato. Conclusão: revi amiguinhos, dei muitas risadas - algumas fake para sair bem na fita -, ganhei meu aluguel em um dia e uma bolha em cada dedo do pé. Saldo mais que positivo!
Para voltar... lá se foi mais de uma hora e meia de bolhas roçando no sapato que já mal cabia no pé...
E aí veio a dor de cabeça! Não a janela. A janela foi mera coadjvante nessa história toda... Uma ligação em pleno horário do BBB. Indicação de um amigo para trabalhar 4 dias em uma feira em Mogi-Mirim (ou seria Mogi das Cruzes?). Começando... amanhã! Já! Valendo! O cachê? O dobro do de hoje. Digno de pulos de alegria. Mas... tenho uma seleção amanhã cedo... tenho minha aula... e tenho a formatura de uma amiga em Campinas no sábado, já tudo pago. E assim recusei o terceiro trabalho para o fatídico dia 13 de março. Prefiro não falar mais sobre isso...
Hoje me ligou uma menina, pois que lhe falaram que eu trabalhava como mestre de cerimônias e daria boas dicas para a interessada. Sou mestre de cerimônias? Fui três vezes, mas pelo que consta no meu currículo... minhas dicas não são tão valiosas assim. Pus-me a falar sobre recepção em eventos... Interessada?
Uma novidade! Minha irmã mais velha decidiu tentar a vida na cidade grande! E agora, recomeça a peregrinação em busca de um apartamento de dois quartos nesta região, pelo mesmo valor, com vaga na garagem. Cenas para o próximo capítulo.
E assim acabou minha proveitosa terça-feira. Minha cabeça dói... não sei se pelo cansaço, se pela dieta, se pelos dois aluguéis perdidos, se pela janela, se pelo fato de felicidade não pagar minhas contas.
O celular voltou a tocar. Resultado de milhares de e-mails para milhares de agências quase implorando trabalho. Mas ó, eu ainda acho que será este um ano dourado, não precisa se preocupar!
PS: Neste mundo do conhecimento numerado, já contabilizo neste novo velho ano 3 livros lidos - o último foi O Grande Gatsby -, a saga assistida do Poderoso Chefão, Butch Cassidy and The Sundance Kid, Scarface, Psicose (1961) e Um Bonde Chamado Desejo. A lista dos clássicos continua... o próximo: O Último Tango em Paris.
Joga glitter e brilha, bi!