sexta-feira, 31 de julho de 2009

Saudades do blog!

Sei que estive ausente por alguns dias, e hoje o meu cansaço - e confesso, também minha preguiça - quase fizeram alongar meu descuido com o blog. Quanta chuva nessa cidade, meu Deus! Nada seca... tudo úmido... até eu já estou mofando... e o frio... ai, o frio... chega, gente! Eu nasci pro verão. Não, não verão, verão, mas um clima temperado. Até Sofia, nossa intercambiária da Eslováquia, está reclamando do clima. Achando que aqui era verão o ano inteiro, não trouxe sequer um casaco de frio. Conclusão, a cada dia some um do meu armário, já que coloquei-o à sua disposição.
A semana foi interessante... quando eu não tenho tempo de escrever é porque coisas boas aconteceram. Bom, nem sempre coisas boas, mas coisas.
Terça foi nosso último dia de curso. Fizemos 4 cenas, e vou fazer uma confissão, que acho que até escondi do meu parceiro da cena romântica, para que sei lá, ele não me achasse tão mirim: fiz minha primeira cena de beijo, seguida por uma outra. Pude comprovar e posso agora retrucar quando dizem que não existe beijo técnico. Na realidade, o beijo pode ser de verdade, fisicamente de verdade, mas o psicológico - que para mim é o que mais conta nestas ocasiões - é que dita o rolar técnico da cena. Simplesmente uma cena. Mas que deu vergonha, sim, isso deu. Legal demais. E pronto. Mais uma experiência para minha carreira!
Fiquei feliz com o breve resultado das aulas de Fernando Leal. Acho que superei meu trauma do ano passado quando chorei e pensei em desistir de ser atriz ao fazer meu primeiro workshop de tv com Roberto Jabor e ser um total desastre. Como disse nosso diretor, não viraríamos ótimos atores com apenas um mês de aula, mas comecei a tomar consciência do que é e como é a coisa. E vou te falar que na maioria das vezes gostei do que vi. Foram aulas técnicas e muito humanas, e elogio com toda a veracidade a capacidade e o tato que o Fernando tem com seus alunos. E aí surgiu mais uma vez a discussão do meu problema: o sotaque. Caraca! Que droga! Por que minha mãe foi me ter no interior, hein?! Só para dificultar...
Após a aula, descemos no café logo abaixo do estúdio, e engatamos uma boa conversa com boas cervejas até que as portas fossem fechadas e nós praticamente expulsos do lugar. A turma era de 9 pessoas, e claro que não deu para colocar 1/10 de nossas vidas em dia. Não querendo que a noite acabasse ali, fomos para uma baladinha "pop cult alternativa" chamada Oscaricatos. Algumas presenças ilustres do mundo midiático no lugar, outras nem tanto, e dançamos de A a Z. Tocou desde George Michael até Cartola. Adorei! Constatei ao chegar em casa às quase 6h da manhã que havia pagado coisa a mais, mas valeu a pena. Essa cidade tem tanto lugar massa preu conhecer ainda... preciso só das companhias certas que lá me levem. Ei larilarê...
Conheci pessoas maravilhosas, interessantíssmas, modelos, ex-modelos, ator que já foi global, atores que querem ser globais, pessoa que não sabia o que lá estava fazendo, vencedora de concurso de shampoo, enfim. As histórias são muitas, mas todas com o mesmo desejo. E você já sabe qual é. Algumas amizades que eu realmente gostaria de levar adiante. Vamos ver se é apenas fogo de palha... porque é muito comum após cursos e workshops as pessoas combinarem e prometerem n coisas, e no fim das contas, well, vê-se que era só simpatia momentânea.
Já ontem, tivemos nossos armários da cozinha e área de serviço instalados assim como a prateleira no meu quarto, onde eu, infantilmente, coloquei 5 ursos de pelúcia. A casa está completa! Fora alguns consertos a serem feitos semana que vem, mas, enfim, completa! Fiz um almoço bem simples e brasileiro para Sofia, e ela repetiu 2 vezes. Sinal de que já posso casar!
À noite, pegamos nossos casacos e nossos guarda-chuvas e fomos à vernissage de Zé Celso, no Itaú Cultural. Muito oba oba, pouco vinho, parcos quitutes, muita gente influente, alguns loucos, a mídia, e a presença do nobre velhinho formado em Direito pela USP e que já tem seu nome arquivado na história do teatro brasileiro. Levamos Sofia conosco, tentei explicar o pouco que sei sobre o Teatro Oficina e acho que ela captou a mensagem geral. Saímos de lá, tentamos ir para um bar ali perto, lotado, paramos no restaurante árabe Papai Halim, que aliás, hummmmm. E depois umas duas cervejinhas no bar. Chega. Muito frio e muito sono...
E hoje, pulei cedinho da cama, e fui encontrar um desses meus novos amigos para a possibilidade de um interessante trabalho sobre o qual ele havia me falado e que muito me interessou. Trata-se de uma companhia-empresa de teatro que fazem shows em festas infantis, como Hannah Montana, Piratas do Caribe, Branca de Neve... fui no intuito apenas de me fazer conhecer, mas já me colocaram no batente. Dancei o dia todo nas salas alugadas de um flat na Vila Olímpia, me esforçando ao máximo para decorar as coreografias dos piratas e não sofrer com o ainda deslocamento. Tive alguns momentos de quase desespero, duvidamento de minhas habilidades com a dança, mas acho que pode dar certo sim. Trabalho árduo, mas gratificante e que pode render bons cachês ao longo do mês. Terça volto para uma conversa e esclarecimentos, e vamos ver. Já deixaram claro acerca do meu perfil, o que eu já sabia: não serei princesa, serei bruxa, madrasta, irmã de Cinderela... Sem problemas!
Bom, só sei que voltei à noite para casa, toda dolorida, com marcas roxas nas coxas devido às palmas e batidas no corpo, e animadona, ainda fui para a academia. Fiz um caldo verde, vi um pouco de tv, arrumei minhas malas para o final de semana e ufa. Só isso.
Também recebi a ligação da Nossa Senhora do Casting, agência boa de atores e que me ligou, incrivelmente, meses após eu ter enviado meu material. Retorno a ligação amanhã. Também recebi convite para trabalhinho em propaganda na terça, mas infelizmente, a agenda já está cheia para tal data. Tantos dias na semana... e as coisas caem na mesma data... incrível, isso. Mas a ligação valeu a pena, já que ainda se mantém acesa a oportunidade no SBT.
Ah, o DRT... me encaminharam para processo de banca para que eu tire o definitivo. Me desesperei, já que são duas fases e dois salários mínimos que podem ser jogados no lixo caso não passe. Sinal de que minha pasta com todos meus comprovantes de cursos, trabalhos, intuitos e burocracia é bem válido. Então após consultar as amigos da área, optei por pegar o provisório e aguardo uma resposta do sindicato.
Ai gente, acho que foi isso.
Recebi a triste notícia de que uma tia, a que cuida da minha cachorra (o Porco), está internada, nada bem, e o Porco retornou para nosso lar.
E finda o mês de julho, quase completando um semestre de vida em São Paulo. Parece que foi ontem que cheguei com minha mala cheia de sonhos, incertezas e imediatismos no apartamento do Higienópolis... O tempo passa, o tempo voa...
Boa noite, galera! Bom final de semana! Sábado tem festinha... iup...

terça-feira, 28 de julho de 2009

Meu mal-estar pós-moderno

Hoje mais uma vez a cabeça ferveu... e nesta longa corrida contra o tempo e contra nossa falta de paciência, a ansiedade tenta me engolir a cada dia. Quando perdi meu pai aos 8 anos, comecei a sofrer um distúrbio estranho de sentir vontade constante de ir ao banheiro. Era pisar na rua que pimba! "Mãe, preciso ir ao banheiro!" Até que chegou para acalmar meus infantis ânimos, minha cachorra, o Porco. A síndrome acabou por ali. Mas agora, mais de uma década depois, ela voltou. Não perdi nada nem ninguém, mas a cabeça dá sinais de que a ansiedade e os antagonismos muitas vezes, conseguem falar mais alto. Nas noites de pensamentos mais conturbados, ou nos dias quando a paciência dá uma brecha e abre as portas para os medos e incertezas, preciso antes de ir dormir, passar umas 2,3, até 4 vezes no banheiro. Mas engraçado que quando estou nas minhas 4 horas de aula não sinto a mínima vontade! Não é mesmo engraçado?!
Estudei a fundo a pós-modernidade na faculdade. A fundo mesmo. Talvez tenha sido o assunto que mais me fez devorar textos e ter tido insights e "outshights" maravilhosos. As aulas que tratavam da eterna insatisfação do homem moderno, da síndrome do novo, do novo que substituía o novo, da falta de verdade e da coexistência de verdades - no plural -, desses tempos em que não há nenhuma lógica humana e sim uma lógica mercadológica individual e triunfalista, desses tempos de vazio e de tentativas de um preenchimento instantâneo através do consumo e de quantidades e imagens, quando a qualidade é rebaixada a terceiro escalão... Cultura de massa, indústria cultural, a anomia de Durkheim, o mal-estar da pós-modernidade... Hoje essa discussão veio à tona na minha penúltima aula com Fernando Leal, não com esses mesmos termos, mas com o mesmo conteúdo, chegando-se à conclusão de que a maior falha do cidadão pós-moderno é a falta de paciência. Paciência... Palavra rara assim como as terras e os metais nos tempos que preludiram as grandes navegações. Vivemos no imediatismo, no efêmero, na realidade-Miojo, na McDonaldização do mundo. As garras da pós-modernidade são certeiras e ponteagudas, e para não sermos apenas mais uma cabeça de gado a ser engolida pela máquina, cabe a cada um buscar a sua singularidade, lutar contra a homogeineidade tão bem-quista pelo mercado e criar um verdadeiro mundo de pluralidade, onde o diferente e o conteúdo é que farão a diferença.
"A paciência é mais heróica das virtudes, justamente por não ter nenhuma aparência de heroísmo." (Giacomo Leopardi)
Paciência, Stella. Como disse Fernando Leal, e como eu já escrevi aqui no blog, se trata aqui de uma maratona e não de uma corrida de 100m...
Agora, depois de 30 ligações e quase xingamentos na NET, temos tv a cabo em casa, telefone e internet. As coisas estão se ajeitando...
Já recebi proposta de trabalho em evento para 23, 24 e 25 de setembro, e o tempo não pára.
Boa noite! E com certeza ainda irei duas vezes ao banheiro... senão três...

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Photoshoot e estrangeira

Ah! Agora sim eu posso dizer algumas coisas sobre nossa hóspede desse mês. Ela se chama Sofia, tem 22 anos, é da Eslováquia mas estuda em Viena e veio para São Paulo fazer intercâmbio na GV. Ela fala um inglês bem básico e zero português. Ao perguntar porque havia escolhido o país, o segredo foi relevado: por causa de um baiano que ela conheceu na Alemanha ano passado. Ei laiá. Aí, acordei bem cedinho, fui à padaria e preparamos uma bela mesa de café da manhã com direito à bolo de cenoura para a até então desconhecida que acabara de desembarcar no Brasil. As meninas trabalharam o dia inteiro e sobrou para mim, que estava com minha agenda vazia, fazer as honras da casa. A levei ao supermercado, andamos na Av. Paulista, fiz um almoço tipicamente brasileiro: arroz, feijão, abobrinha e salada, já que ela é vegetariana... e já compramos um chip de celular com DDD 11. Até ela tem, e eu até agora, nada... À tarde, o clima esfriou, uma chuva gostosa começou a cair, e foi nossa hora de nos deliciarmos com uma boa soneca. Eu estava com o sonho atrasadérrimo de dois dias, e ela com o jet lag totalmente conturbado... a noite caiu, e como a Net fez o favor de me dar os canos a semana toda, fomos ao cinema. Na esperança de assistirmos ao Era do Gelo 3, nos deparamos com sessões apenas dubladas. É... diríamos que para ela não seria a melhor opção... sem alternativas, mais uma vez assisti A Proposta. Voltamos para casa, as meninas chegaram, conversamos, demos risadas, arrumei meu quarto para que ela passe o final de semana até que seu humilde quartinho esteja completo e desejei um bom final de semana, já que amanhã cedo parto para Ribeirão. Muitas coisas deram errado, como a chuva que impossibilitou que trouxessêmos a cômoda na Saveiro de uma amiga; a janela do quarto que não fechava, e por isso levei um susto ao ver Sophia dormindo no sofá durante a tarde; a cama que ainda não existe; a sessão de cinema dublada. Afê. Mas tudo bem. Parece que ela está gostando de ter um lugar amigável e seguro para se quedar nas primeiras semanas de Brasil. Às vezes me atrapalho no inglês, tentando falar mais rápido do que minha língua consegue, mas acredito que o bichinho estará bem afiado em um mês. Welcome, Sophie!
E aposto que vocês estão querendo saber sobre as fotos no Guarujá... foi um dia memorável! Apesar de eu ter dormido menos de 2h, às 4h o motorista da loja me buscou, e ficamos na peregrinação de buscar a outra modelo e um video-maker. Chegamos às 7h no Guarujá. Depois de um bom café da manhã no hotel, começamos com os preparativos. Primeira vez que fui maquiada com Dior, MAC, e umas outras marcas que nem sei nome... o maquiador se chamava Nicole. Já deu para perceber que era uma peça rara! O fotógrafo mega gente boa, o staff todo, nossa, nota mil. A estilista e sua sócia também, duas fofas. Engraçado que a outra modelo - loira -, também estava com a sobrancelha em crescimento. Levamos um pito do(a) maquiador(a), que retrucou: "Se fosse outro cliente você seriam descartadas na hora!". Mas eu avisei com antecedência... Claudia Blanco disse que se apaixonou por mim assim que apareci no casting, e que ela me queria com ou sem sobrancelha.
Tiramos fotos com uns... nem sei quantos looks... talvez uns 15?! É, talvez. Põe body, põe roupa, põe sapato, põe chapéu, põe brinco, tira brinco, tira flor do cabelo, tira colar, tira, põe, tira, põe, tudo no pique total! Fotografei com 3 looks de grávida, com uma barriga que me machucava super e que me delimitava os movimentos. Até parecia uma futura mamãe de verdade, já que não conseguia me abaixar sem ajuda e nem andar normalmente. Engraçado. Depois tentei pagar de modelo normal. Tentei, né, gente, porque não sou modelo como vocês bem sabem... Avisei que era minha segunda sessão de fotos profissional, e eles ficaram impressionados e elogiaram meu trabalho. Recebi uns elogios gostosos até de que sou magrinha, e sobre quais os segredos para se ter uma barriga "lisinha". Haha... lembrando-se que é uma marca que trabalha com gordinhas e gordonas, galera, sem me desmerecer... Agora é esperar para ver o bendito catálogo. Medo! Mas, pagaram em cash, tudo certinho, e que cachê delicioso! O mais alto de minha ainda inicial carreira. Dinheiro muito bem vindo que posso pagar meu DRT (do qual ainda não obtive resposta) e ainda outras continhas. Cheguei em São Paulo quase 21h...
Mas bom, acho que é isso. O resto não é muito relevante no momento.
Aproveite seu final de semana! Com certeza você merece!
Olha a chuva! E não é mentira! Ahhhhhhhhhh...

terça-feira, 21 de julho de 2009

Hello, I´m in Delaware (City and Colour)

http://www.youtube.com/watch?v=JnLULIGekIA
So there goes my life
Passing by with every exit sign
It's been so long
Sometimes I wonder how I will stay strong
No sleep tonight
I'll keep on driving these dark highway lines
And as the moon fades
One more night gone, only twenty more days
But I will see you again
I will see you again a long time from now
And there goes my life
Passing by with every departing flight
And it´s been so hard
So much time so far apart
And she walks the night
How many hearts will die tonight
And will things have changed
I guess I'll find out
In seventeen days
But I will see you again
I will see you again a long time from now
My body aches
And it hurts to sing
No one is moving
And I wish that I weren't here tonight
But this is my life
And I will see you again
I will see you again a long time from now
And I will see you again
I will see you again a long time from now...

O fim da vida

Entende-se por "fim" o final de uma trajetória, o ponto de chegada, o final da vida, ou seja, a morte. Também entende-se por "fim" o propósito, o porquê, a motivação de viver. Hoje me perguntei sobre isso o dia todo, assim que recebi a triste notícia de que o marido de minha querida tia-avó havia falecido após 2 longos meses de internação.
Estava na academia ao ler a objetiva mensagem no meu celular enviada por minha irmã, segurei as lágrimas e permaneci com um nó na garganta o dia todo. Não sabia direito como agir, tentei disfarçar o mal-estar dos poucos que estiveram comigo, não sabia o que pensar, e tudo o que eu tinha para fazer me pareceu tão pequeno, como ir ao banco pagar aluguel, como trocar lingeries que comprei em promoção no shopping, como instalar minha tv nova, como me arrumar para ir ao curso, como fazer as cenas durante a aula, como me preocupar em ser atriz, com o sucesso, o dinheiro, com o famigerado DRT... e me pergunto: tudo isso vale a pena? Qual o propósito da vida, sabendo-se que ela é tão curta e efêmera? Na vida temos apenas uma certeza, a morte, e então por que nos preocupamos com coisas tão mesquinhas?! A vida e a morte são dois mistérios, os quais não saberemos aqui nesta missão desvendar. Mas acredito que o fim disso tudo é tentar. Tentar viver, tentar buscar a felicidade, tentar estar sempre ao lado de quem se ama e de quem se quer bem, tentar descobrir os mais deliciosos segredos e esmiuçar os mais perigosos obstáculos. Não perder tempo, tempo este que nos é tão precioso e que muitas vezes nos esquecemos disso...
Pensar no fim da trajetória me dá medo. Pensar em ver a morte de perto e sentir um vazio, uma frustração, o "e se", o "devia ter feito"... isso é assustador. E por isso continuo me preocupando sim com essas coisas que hoje me pareceram tão pequenas... já que são algumas das minhas razões de viver. Cada um busca sua razão de ser, e não tão cedo saberemos se era a razão correta, ou se era simplesmente emoção. Razão e emoção se confundem e se entrelaçam na forma de sonho, que na realidade não deveria ser tão utópico assim... Buscar o sonho deveria ser nosso fim. Nosso objetivo. Nossa motivação.
Me entristece não poder ter estado com minha família hoje... e por ter assistido tudo tão de longe. Me dói saber que não fui visitá-lo no hospital nos poucos finais de semana em que estive em Ribeirão. Me dói não saber o que falar para minha tia assim que para ela telefonar amanhã. Me dói saber que mais um fim chegou, para mais uma pessoa na Terra. Ah, a morte é tão corriqueira, e devíamos nos acostumar com ela... mas assim como o nascimento é o mais lindo evento da vida, a morte toma a postura do mais fúnebre evento que simboliza o fim dela.
Fui chorar só às 19h...
Hoje me senti tão sozinha...
É o fim do dia.
Bons sonhos!
Ps: Ah, a propaganda foi transferida para quarta-feira, já que o tempo era de chuva no litoral...

domingo, 19 de julho de 2009

Um dia pra mim!

Ai que delícia poder acordar a hora que quiser e fazer o que quiser com meu dia inteiro...
Hoje tive um sábado como há muito tempo não tinha. Meu único compromisso era fazer a unha ao meio-dia. Só! Como havia dito, pé e mão vermelhos... aproveitei e dei uma aparada na franja. Aí, o cabeleireiro perguntou, em tom de espanto: "O que aconteceu com sua sobrancelha?". Eu, não querendo assumir toda a culpa, disse que fui tirando errado ao longo dos anos, mas que "a mulher" errou feio nas últimas três vezes. Mentira. A única mulher dessa história toda sou eu. Então, ele disse ser possível uma melhorada no visual. E não é que melhorou?! Ufa! Sou uma nova pessoa agora... os pelos ainda estão crescendo, mas já tenho uma prévia de como vai ficar. Luciano Sabino e o produtor da agência que disse que minha sobrancelha era "engraçada" ficariam orgulhosos.
Fui à feira... voltei para casa... troquei a roupa de cama... recolhi roupas do varal... coloquei roupas sujas na máquina... fiz um caldo, pela primeira vez na minha vida, de espinafre com mandioquinha delicioso para o almoço... ouvi música... dei risada com as meninas... tomei meu banho, me arrumei, e fui com uma linda amiga conhecer o Shopping Cidade Jardim e pegar um cineminha. Aliás, que shopping, hein. E que vista lá de cima, meu Deus, de babar. Comemos um doce no café da Livraria da Vila... assistimos sem muita empolgação Trama Internacional, com Clive Owen e Naomi Watts, e fomos jantar. Onde? Roda, roda... todas as nossas escolhas de restaurantes estavam lotadas! Lo-ta-das! Tipo, com 40 minutos de espera no mínimo. Ah, não, gente. De onde brota tanta gente assim nessa cidade? Falei que a solução seria explodir uma parte de São Paulo - entenda-se parte como pessoas e carros -, tipo o Anhangabaú às 18h, parte da Marginal na hora do rush e alguns prédios da Faria Lima. Pronto! Humor bem negro, mas com uma boa dose de verdade, pois não cabe mais seres humanos nessa cidade onde se enfrenta fila até para comer.
Acabamos no America (é, de novo!), onde estava sentadinho, bonitinho, Alexandre Herchcovitch. Comi um lanche, e numa dessas meu projeto verão foi para o espaço! Conversa vai, conversa vem, e sempre acabamos nas nostalgias do passado. Contamos histórias novamente e começamos a prever o breve futuro, já pensando no primeiro bebê que provavelmente não muito tardará a chegar à turma, já que já temos uma primeira amiga noiva. Isso dá medo.
E voltei para casa... sozinha, já que as meninas seguiram cada uma para sua balada. Vou terminar de assistir Milk, já que o sono não me permitiu terminar no outro dia, feliz e contente com meu ótimo sábado sem compromissos na capital.
Enfim, hoje foi um dia com várias primeiras vezes: primeira vez que pintei as unhas do pé de vermelho; primeira vez que fiz um caldo verde (e bom, ainda por cima!); primeira vez que alguém colocou a mão na minha sobrancelha; e primeira vez que fui ao Cidade Jardim. Memorável, não?!
Já com saudades da minha família... vou me preparando para mais uma semana que promete.
Amanhã preciso ir urgentemente atrás de uma televisão e do meu celular 11. Meus únicos afazeres. Ah, comentei da americana que passará um mês aqui em casa? Pois é. Chegará na quinta-feira. Sophia... that´s her name. And that´s all I know about her. Boa oportunidade de treinar o ingreizão e de pagar parte de nossas contas... e detalhe que o quartinho dos fundos onde ela ficará hospedada está uma z-o-n-a! Faremos milagre para receber a moça.
Bom domingo para você!

sábado, 18 de julho de 2009

As Pontes de Madison

Trabalhei! Não tenho muito o que dizer, já que o dia na Francal foi parecido com o de ontem, embora com menos movimento e menos tempo de trabalho.
Aceitaram o meu problema na Claudia Blanco Collection, com a solução do photoshop e segunda-feira rumo ao Guarujá para fazer as fotos. Trabalho que será muito bem vindo e me ajudará em algumas contas do mês! Algumas...
Mas hoje a noite foi especial. Atrasados, um amigo me buscou em casa e fomos assistir "vip´s" a estréia da peça As Pontes de Madison, com Marcos Caruso e Jussara Freire no Teatro Renaissance. A peça tinha hora marcada para 21:30h. Chegamos às 21:38h e nos informaram que os assentos haviam acabado e que poderíamos trocar nossos convites para sábado ou domingo. "Ah não!", pensei. Insistentes que somos... ouvimos o pessoal da produção dizendo que quando começasse a peça, ninguém mais entraria. E isso significaria que, pessoas que eram para ir provavelmente não iriam, e poderíamos pegar seus assentos. Vai pra lá, vai pra cá, conversa aqui, choraminga de lá, conseguimos os últimos dois assentos. Ufa! Não havia assistido ao filme nem lido ao livro, mas agora entendo porque é um dos preferidos de minha mãe. Que lindo! Saí apaixonada pelo Marcos Caruso! Que bom ator, que naturalidade, que, que... tudo! Jussara também dá um show no palco. O texto idem... Adorei. Adorei. Mereceram minhas palmas de pé! Já os que fizeram os papéis do filho e filha... hum... não me agradaram muito.
Finalizamos a noite no America!
Delíciaaaa...
Terça ou quarta provavelmente terei um teste de câmera para propaganda da Natura! Tá vendo...?!
Agora vou dormir atééé acordar amanhã e terei que pintar minhas unhas das mãos e pés de Glamour Pink da Colorama (a pedido da produção da Claudia Blanco). Nunca pintei as unhas do pé de esmalte escuro. Sempre tem uma primeira vez. Curioso, não?
E quem disse que essa vida seria fácil?
Ah... Robert K. (personagem de Marcos Caruso) repetiu algumas vezes que algumas pessoas passam a vida toda à procura de um amor puro e verdadeiro e, quando encontrado, ele acontece apenas uma vez, não importa quantas vidas você viva. Não quero acreditar em você, Robert. Triste acreditar que já acabou para mim, que ainda estou na juventude dos meus ternos 23 anos...

sexta-feira, 17 de julho de 2009

E sobe a montanha-russa!

Mas é batata! É só eu chorar miséria que sou varrida por boas notícias!
Hoje estava eu aqui em casa, me arrumando para ir à academia no mesmo bat-horário, quando recebo a ligação de uma agência de eventos. Queriam saber se eu estava livre hoje e amanhã, disse que sim, e me pediram para que fosse naquele instante (11:20h) cobrir a falta de uma menina na Francal até às 20h. Trabalho este que se repete amanhã das 10h às 17h. "O cabelo está em ordem?" Lógico! Mas... lancei meu pequeno problema: a sobrancelha. Mas eles confiaram em mim mesmo assim. Em 25 minutos me arrumei e em uma hora e quinze já estava no meu posto de trabalho. Fiquei maravilhada com a feira! Os stands são lindos, organizados, seguindo a cara de cada marca, a imprensa toda presente, artistas, pessoas chiques, estilosas e elegantes, estrangeiros, muita gente bonita. Aliás, só gente bonita! E as bolsas? Os sapatos? De babar... Descobri que ganho mais por ser bilíngue (e devia ganhar mais ainda, pois sou trilíngue!). O trabalho foi fácil, na recepção do stand da Minas Collection, mas fisicamente exaustivo. Uma jornalista gaúcha pediu que fizesse uma rápida entrevista comigo para uma rádio do Sul acerca do trabalho de recepcionista em eventos, e a pergunta sobre dor e bolhas nos pés estava inclusa. É, salto é chik e elegante, mas cruel para nossos pezinhos e para minha coluna... Cheguei em casa e bravamente fui usufruir dos últimos 45 minutos de academia.
De manhã também recebi a boa notícia de que fui escolhida para fazer a propaganda da Claudia Blanco, estão lembrados? Aquela confecção da José Paulino, para manequins 40 ao 56 (ou seja, para gordinhas... apesar de que numa boa, se 40 e 42 for manequim de gordinha, 80% da população brasileira é gorda...)! Aí, vêm os poréns. A sessão de fotos está marcada para segunda-feira, no Guarujá. O motorista me pegaria em casa às 4:30h da manhã, sem hora para voltar. Perderia minha aula com Fernando Leal na segunda... "perderia credibilidade com ele?", pensei. Pensei... pensei... combinamos o cachê, que seria o meu mais alto até então, mas... eis o grande problema, já hoje mencionado: a sobrancelha. Mandei um e-mail explicando a situação, perguntando se mesmo com ela em crescimento, é possível realizar o trabalho. Agora, vamos aguardar a resposta. E seja o que Deus quiser!
Agora vou me recolher aos meus aposentos, já que o pé amanhã terá que aguentar 7h de trabalho.
Ufa!

quinta-feira, 16 de julho de 2009

O famigerado DRT

É... a vida está apática, e vejo o reflexo disso no número de acessos do blog, que caiu nos últimos dias. As aventuras estão parcas... os trabalhos idem... as novidades... quais novidades?! Estou em uma época de investimento, testando minha paciência, deixando minha sobrancelha crescer (está bizarra de feia!)... para colher os frutos depois. Pelo menos essa é a idéia!
Mas as coisas são muito engraçadas mesmo, não é?! Estou aqui... parada de trabalho... as últimas propostas que recebi não foram possíveis de serem realizadas... e aí me ligam hoje, oferecendo evento na próxima segunda e terça-feira! Ah! Que legal! (irônica!) Justamente nos meus dias de curso de julho! Que ótimo! Isso me deixa tão feliz... agradeci o convite, expliquei a situação, e pedi que por favor me liguem para futuros outros... o cachê certamente seria bom... mas... é isso ae. Acho que Deus continua querendo provas de que é realmente isso que eu quero: dinheiro ou carreira. E meu curso, nesse momento, significa carreira. Droga!
Recebi um e-mail de uma agência a respeito de um casting com um cachê bem gordinho. Ainda não sei para quê. Mas gente, com essa sobrancelha, im-pos-sí-vel! Ninguém vai me querer! Eita vida. Quando Luciano Sabino me disse para que deixasse a bendita renascer, eu retruquei, dizendo que perderia futuros trabalhos. Ele disse: "E daí? Que perca!". All right, then...
Falando em agência... preciso começar a minha peregrinação ao revés, para retirar das 9183182812 agências que estou cadastrada o meu material, e seguir para a seriedade da vida de atriz com uma ou duas boas agências. Ainda vou bater novamente na porta da Tribo de Atores. Ah vou! Só vivendo para a gente aprender, não é...
Hoje a galera da faculdade se reuniu em um bar... mas eu não estava com o melhor humor. Eu não estava afim de conversar. E fiz a melhor escolha: jogar vôlei na academia. A cada dia que passa mais eu fico fã dela (da academia). Ela é absurda de cara, mas me devolve tudo que lá invisto, basta eu aproveitar as trilhões de opções. Joguei 2 horas de vôlei hoje, na melhor quadra coberta da minha vida, ouvindo músicas fantásticas, com bolas novas, sem sentir o frio que estava lá fora. Foi uma delícia! Depois de um ano e meio, Stella voltou às quadras. Tudo bem que errei muito, tudo bem que meus antebraços estão roxos e doloridos, tudo bem. E aí vêm as lembranças de quando o vôlei fazia parte da minha rotina... de quando fui eleita a melhor levantadora do campeonato regional... dos campeonatos que lotavam a escola... das paqueras na hora dos treinos... de jogar. Eu precisava esmurrar umas bolas hoje, por isso digo que foi a melhor escolha. Mas o horário dos treinos não são compatíveis com minha agenda. Apenas nas quartas durante as duas últimas semanas de julho será possível a minha presença. Ah, que ótimo! (tambem irônica)
Mas, eu estava enrolando até agora para dar a maior notícia do dia: dei entrada no meu DRT! Até que enfim! Bom, agora, é só rezar e esperar uma semana para ver se eles vão me conceder o registro, mesmo que provisório. Vai dar certo. Vai dar certo.
Mas é isso. Ainda estamos sem tv em casa e vou assistir Milk, com Sean Penn, e esperar vir o sono. Planos para amanhã? Nenhum. Que tristeza. As pessoas com quem eu queria sair estão sem dinheiro, sem tempo ou então tem programa com paquera. Uma hora a gente rejeita... outra hora a gente é rejeitada...
Boa noite! E não parem de ler o blog, porque é fácil das pessoas se orgulharem dos que estão na novela, mas é difícil de admirarem aqueles que estão na luta árdua para lá chegar... que friiiiio...

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Ator e Celebridade

"O ídolo a gente admira e a celebridade a gente inveja."
"Mais fácil é ter notoriedade, difícil é ter respeitabilidade.", diz sempre Fernando Leal.
O ator - ou aspirante a - se confunde com o sonho da fama, se esquecendo da qualidade da carreira a ser construída. Nos miramos em grandes astros e nos grandes filósofos e autores que pensaram sobre a arte de interpretar. Pensamos em Shakespeare, em Ésquilo, Goethe, Alexandre Dumas, em Fernanda Montenegro, Marlon Brando, Clint Eastwood, em Wagner Moura, mas nos esquecemos sempre do primo pobre do qual descendemos: o bobo da corte. O glamour agora atribuído à trajetória do artista global destoa da trajetória de séculos do ator marginalizado, do cheiro de bosta que preenchia os teatros quando o público era grande, já que o meio de transporte eram os cavalos - e de onde descende o famigerado Merda! que tantos dizem sem saber o porquê. O ator tem que dar a cara à tapa, estar disponível a vaias e a elogios, descer do salto e não ter medo de perder a compostura tantas vezes não exigida e nem temer o ridículo. E daí se levarmos algumas tortadas na cara? A gente tem de sacodir a poeira e ir em frente, pois quem procura estabilidade, segurança e mão na cabeça, deve seguir qualquer carreira mas que não a de ator. Afinal de contas, é a única profissão que se ganha por ser um bom mentiroso - pelo menos legalmente: ser ator é bom porque brincamos de mentir e ainda ganhamos dinheiro com isso!
Como disse Plínio Marcos, o talento é mais um fardo do que uma felicidade. E é desta que estamos sempre, alucinadamente, correndo atrás. A felicidade de um dia bater no peito e exclamar: "Eu consegui!". Ou pelo menos a felicidade de ter a humildade de afirmar: "Pelo menos eu tentei!".
São essas algumas das coisas que estou aprendendo neste curso de tv e no curso da vida. Eita cursinho complicado esse, viu!

terça-feira, 14 de julho de 2009

1985 (Bowling for Soup)

http://www.youtube.com/watch?v=DnYm0EmyDVU&feature=fvst
Debbie just hit the wall
She never had it all
One Prozac a day
Husband's a CPA
Her dreams went out the door
When she turned 24
Only been with one man
What happened to her plan?
She was gonna be an actress
She was gonna be a star
She was gonna shake her ass
On the hood of White Snake's car
Her yellow SUV is now the enemy
Looks at her average life
And nothing, has been all right since
Bruce Springsteen, Madonna
Way before Nirvana
There was U2 and Blondie
And music still on MTV
Her two kids in high school
They tell her that she's uncool
Cuz she's still preoccupied
With 19, 19, 1985
She’s seen all the classics
She knows every line
"Breakfast Club", "Pretty In Pink"
Even "St. Elmo's Fire"
She rocked out to Wham!
Not a big Limp Bizkit fan
Thought she'd get a hand
On a member of Duran Duran
Where's the mini-skirt made of snakeskin?
And who's the other guy that's singing in Van Halen?
When did reality become T.V.?
What ever happened to sitcoms, game shows,
Springsteen, Madonna way before Nirvana
There was U2 and Blondie
And music still on MTV
Her two kids in high school
They tell her that she's uncool
Cuz she's still preoccupied
With 19, 19, 1985
She hates time, make it stop
When did Motley Crue become classic rock?
And when did Ozzy become an actor?
Please make this stop, stop,
STOP(tick tick tick) and bring back...

Nada para contar...

Ah... não tenho nada de útil para contar...
Essa noite eu passei muito frio! Fiquei uma hora tentando dormir, tentando me aquecer, e mesmo com meus dois edredons, o cobertor que reveste o lençol, minha meia no pé e meu pijama mais quente, não foi suficiente. Só consegui dormir quando criei vergonha na cara, levantei e coloquei mais uma meia e mais uma calça. Aí sim!
Academia, supermercado, aula de tv...
Ah, hoje comprei o salgado mais caro da minha vida. Estava eu, fazendo meu treino de membros superiores na academia, e comecei a sentir uma leve fraqueza... sim, para quem não sabe, sou meio hipoglicêmica. Digo meio porque nunca fiz exame e nenhum médico diagnosticou tal problema, mas eu sinto os sintomas, e portanto, sou meio hipoglicêmica. Parei para pensar e lembrei que meu café não foi dos mais reforçados... apesar de uma fatia de pão com Polenguinho, um caqui e um iogute... Mas bom... aí desci para comer um salgado da cantina da academia. Opção: esfiha de ricota. "Quanto é?" 4 reais! Jesus... e ruim ainda!
E estou no aguardo de um último documento que esqueci de trazer de Ribeirão para fazer minha visita ao SATED.
No mais, é só.
Para evitar a pobreza no blog, enviarei mais uma música que modéstia à parte, valerá a pena escutar.
Beijo, me liga!

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Teatro, cinema e feriado

Ai ai! Que delícia um feriado prolongado em casa... com tempo de sobra para dormir... dormir muito, diga-se de passagem... visitar a vó... botar os papos em dia com as amigas... ficar com a família... brincar com as cachorras... reclamar das cachorras... comer... comer muito, diga-se também de passagem...
Sábado quase fui para a Festa do Pólo em Colina. Quase. Mas pensei bem... e achei melhor poupar meu bolso de uma viagem e de uma festa cara. Passei vontade. Mas ano que vem eu vou. Porque vou estar rica até lá! (ahã, tá!). Plano B, aí fomos assistir A Proposta, com Sandra Bulock e Ryan "The Same" Raynolds (porque meu, repara... ele é sempre igual em todos os filmes... apesar de que quiseram dar um ar um pouco mais sóbrio para o rapaz...). Sandra provou que voltou com tudo em cima, Ryan sempre com tudo super em cima, e lógico que apareceriam nus no filme... lógico! Filme gostosinho, aguinha com açúcar, e que ainda acompanhado de uma pipoquinha e um Guaraná Zero, hum!... perfeito para um sábado gelado e chuvoso em Ribeirão Preto. Após o filme, fomos ao Teatro Pedro II assistir à segunda sessão da comédia stand up de Danillo Gentili. Não gostei. Fraco demais... o público riu bastante, eu ri pouco. Muito pouco se comparado às que já assisti. Danillo perde feio para seu companheiro de programa Rafinha Bastos... e de lavada para o Comédia Ao Vivo de Marcelo Adnet e sua trupe. Engraçado como começamos a ficar seletivos (para não dizer críticos e quase chatos) ao passo que vivenciamos e assistimos a diversos espetáculos. Não gostei de sua apresentação... de sua dicção... de sua finalização... sabe quando fica tudo meio no ar?! Minha irmã adorou, e ficou brava comigo, dizendo que "só porque a Stella faz umas aulinhas de teatro...", fui a única que não gostei . Não sei se fui a única, mas já assisti a comédias bem melhores e já ouvi risadas bem mais altas, mais longas e mais verdadeiras das que ouvi na noite de sábado. Não valeu os 25 reais jamais. Eu sairia satisfeita se tivesse pagado no máximo, 15. Ponto negativo para o CQC Danillo Gentili. O que a mídia não faz, né... A princípio seriam duas sessões, sexta e sábado, no entanto, como a procura foi grande, abriu-se a sessão corujão no sábado. Tem que se tomar muito cuidado com essa moda de comédia stand up... qualquer um hoje em dia pode pegar um banquinho e um microfone e indagar sobre fatos cotidianos e fazer piadas infames sobre isso. O que era arte de poucos, influenciados por programas americanos como The Drew Carrey Show, Whose line is it anyway?, virou pastel de feira. Tem em todo lugar. E a massa gosta. Mas, como nessa vida eu luto para não ser da massa, digo mais uma vez que não gostei.
Mas foi isso... vim para São Paulo de carona com uma amiga e ainda estou sem grandes planos para a semana além dos meus dois dias de curso de tv... o que é péssimo. Tomo um cappuccino para tentar me esquentar nesta noite que bate os 8 graus na capital... e vou terminar minha pastinha com a burocracia do DRT. Deus queira me ajudar para que em breve, eu possa dizer sem receio: "- Profissão? Atriz".
Boa semana para você!

sexta-feira, 10 de julho de 2009

E fez-se o milagre!

O mundo das artes é para todos, mas não é para qualquer um.
Te digo que fomos ninjas em apresentar o Porca Miséria dadas as condições de temperatura e pressão. Falando também literalmente.
Terça-feira, ao chegar do curso de tv (que estou amando por sinal!) quase meia-noite, comi alguma coisa, tomei meu banho e começamos o processo de colocar os bobs no meu cabelo (tipo Dona Florinda). As meninas foram lindas e pacientes e fizeram um bom trabalho. Às 2h da manhã, fui dormir. Quer dizer, deitar. Impossível dormir com bobs na cabeça, e eu já sabia disso! Eu rolava para cá, rolava para lá... Tentei dormir sentada. Sem êxito. Tentei dormir apoiada no queixo, idem. Desesperador! De repente, meu despertador toca, às 4:45h e era hora de seguir viagem. Fiz minhamaquilagem, tomei rapidamente meu café e passei pelo teste de fogo de andar nas ruas dos Jardins, no metrô e na rodoviária de São Paulo com bob na cabeça. Engraçado? Imagina! O que você pensaria ao ver uma menina com uma mala, uma mochila e bobs na cabeça às 6h da manhã no metrô de São Paulo? Que ela é uma verdadeira atriz, certo? Bom, eu não estava nem aí. Vesti minha máscara já corriqueira de cara-de-pau e segui viagem. Peguei o ônibus das 6:30h e cheguei no horário previsto. Ao tentar dormir no ônibus, não obtive êxito também, e comecei a enjoar com tantas curvas da estrada do circuito das águas, com tanto sono e tanta apreensão de apresentar o Porca Miséria sem ao menos ter ensaiado. Conclusão: cheguei zonza em Amparo, com mal-estar, o que me fez comprar uma Coca-Cola normal na rodoviária (nunca compro uma Coca-Cola normal), tentei comer um salgado, mas metade foi para o lixo. E o medo de passar mal no palco? Ai como rezei para que a pressão não caísse e eu caísse junto! E o medo de não rolar um entrosamento com os dois novos atores que substituíram dois antigos de última hora? Detalhe: atores com os quais eu jamais havia ensaiado e que ao menos nem conhecia!
Cheguei, e me apresentei para a atriz e para o ator estreante (que era virgem de palco até então, mas que nasceu com um talento nato): "Olá, sou Miquelina Buongermino!" Mas eles já me conheciam do dvd de outras apresentações da peça. Não tínhamos camarim, e nos arrumamos em uma sala de aula da faculdade. Tivemos 40 minutos para nos trocarmos, ajeitarmos o cenário com todas as tralhas que a peça exige, e começamos na mais pura pressão de acabarmos a peça mais cedo para que o público de professores pudesse sair às 13h para almoçar. Impossível! O texto ainda estava meio enferrujado, esqueci uma fala mas, experientes que somos, soubemos contornar, e o ar-condicionado estava desligado. Ok. A primeira sessão foi ok. Erros? Alguns. Timing? Lento. Risadas? Muitas. Almoçamos, conversamos bastante durante a siesta, e lá fomos nós para a segunda apresentação. Perfeita! Timing? Excelente. Texto? Sem erros. Sonoplastia? Um erro mas que eu soube controlar muito bem (como reagir quando o telefone que era para tocar não toca? Finge-se que ia fazer uma ligação e vê que uma outra pessoaestá na linha, lógico! Sacada essa que tive 3 segundos para decidir como fazer...). Risadas? Muitas mas menos do que na primeira sessão. Emoção! Muita emoção!
Fomos heróis nessa quarta-feira em Amparo! Sem ensaio, sem dormir, após horas de viagem, enjoados, um com febre, eu com dor de barriga, com duas substituições de última hora - sendo um dos atores estreantes -, em um palco hostil onde as coxias foram improvisadas com biombos, sendo que nossa última vez juntos fora em outubro! Eu nem acreditava! Foi lindo!
Agora guardamos as coisas e esperamos até setembro, quando apresentaremos no 5o Festival de Teatro no Teatro Municipal.
Cheguei em Ribeirão 23h. Cansada? Não! Morta, porém realizada.
Mas tudo vale a pena quando a vontade não é pequena. Foi como eu disse, meu amigo: isso não é para qualquer um!

terça-feira, 7 de julho de 2009

Curso de TV

Hoje começou meu curso de tv. Foi óóóótimo! Uma oportunidade legal para se conhecer novas pessoas, cada qual com suas mirabolantes histórias de vida e de sonhos... Foi tranquilo ainda, já que foi um dia de muita conversa e gravação de apenas uma cena. Desta maneira, foi noite de levar apenas um soco na auto-estima, porque se ver na televisão ainda não é lá muito agradável! Amanhã serão 3 socos (entende-se 3 cenas!). Temos na turma um ator que foi de Malhação e de Negócio da China, e é bacana ver que, mesmo ele tendo chegado lá na dita cuja - entende-se Globo - ele não quer parar de aprender. Aliás, nesse meio não se pára de aprender nunca! Já está me valendo muito a pena...
Vou dormir! E já aviso que amanhã não postarei nada, queridos, já sabendo que meu sono da próxima noite terá a curta de duração de umas 3h, pois chegarei em casa por volta da meia-noite, precisarei colocar bob no meu cabelo inteiro (tipo Dona Florinda) já que minha personagem Miquelina pede, e levanto antes das 5 para pegar o ônibus das 6:30h para Amparo, chegando por lá às 9h, e apresentando peça às 10h! Ahhhh, piece of cake, né?! E daí, dá-le feriado na Califórnia brasileira!
Hoje encontrei por acaso um querido amigo no metrô, também da área, e ele disse "Tô trabalhando muito!". Que bom! Seria uma injúria disso reclamar...
Boa noite! E merda para todos nós, seja nos palcos do teatro, seja nos palcos da vida...

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Na contramão

Enquanto as pessoas normais descansaram nos seus finais de semana, eu não parei. Nem um segundo!
Sábado e domingo às 6h estava eu de pé para as gravações do curta "Ponto de Ônibus", filmado numa praça da Vila Madalena. Meu personagem era a "Mulher de Salto" e lhe digo, meu amigo, que salto! Mesmo com todo o frio... com a correria para não se perder a luz do sol no fim do segundo e último dia, com o cansaço, com a dor nos pés e na panturrilha e com os imprevistos, foram dias ótimos, ótimos para se conhecer pessoas - pessoas estas que serão o futuro do cinema brasileiro, espera-se... - e ganhar um pouco mais de experiência na telona. Agora aguardaremos o resultado final!
Sábado à tarde ensaiamos Claro! e finalizamos com duas chaves de ouro o curso pré-profissionalizante do INDAC. A plateia, mesmo com poucos lugares, estava cheia em ambas as sessões. Muitos assistiram duas vezes! Ótimo sinal! E não existe magia igual à magia do palco! Toda a insegurança se tornou entretenimento para nós mesmos, atores, e a coisa foi que foi. Saímos depois para comemorar na Augusta e percebi mais ainda o quão especial foi essa nossa turma do teatro! Essa fica para a minha história. Excelentes 5 meses, onde observei o crescimento de cada um, inclusive o meu, onde medos foram postos à prova de fogo e ninguém saiu queimado. Meses em que um técnico em informática acreditou e se mostrou um bom ator de humor; meses em que um mestrando em Filosofia pisou em um palco pela primeira vez; meses em que uma japonesa tímida superou seus temores e encarnou a femme fatale; meses em que uma aspirante a atriz teve a mais absoluta certeza de que nasceu para isso. Foram lindos meses em que pessoas aprenderam, enriqueceram e guardarão memórias doces de tempos que não mais voltarão. "Para mim, vocês são uma turma de profissionalizante", disse um de nossos professores. Valeu turma do pré-pró! Agora a gente se vê no avançado!
Hoje acordei com gritos atordoados na vizinhança. Em seguida, viaturas da polícia e uma ambulância chacoalharam o silêncio de uma manhã de domingo. Em minutos já comecei a pensar em desastres, que alguém havia sido atropelado ou havia se jogado de algum prédio. Mas o caso era mais simples... um filho transtornado - provavelmente drogado - havia batido o carro na saída da garagem de seu prédio e gritava desesperadamente. Precisou ser sedado e tudo se calou novamente. Admito não ter sido uma boa maneira de começar o dia...
Recebi o convite de ser assistente de palco no programa do Ratinho no programa de segunda-feira. É, acho que não. Também nem poderia devido ao horário... E tenho a proposta de ser apresentadora de um programa de esportes radicais que envolve sobrevivência na selva. Entendendo-se isso por: comer carne de cobra, se virar com apenas uma marretinha, carregar 22kg de equipamentos nas costas... No limite. É, acho que também não. Obrigada.
Eu estou exausta e preciso muito dormir e acordar na hora que acordar... O olho arde de fatiga e a curta semana não será mais fácil. Amanhã começo meu curso de tv e preciso estudar loucamente o Porca Miséria!
E a tendência é piorar. "Isso é só o começo, Stellinha!"!
Boa semana... e juízo!

sábado, 4 de julho de 2009

O Ator (Plínio Marcos, do livro “Canções e Reflexões de um Palhaço”)

"Por mais que as cruentas inglórias batalhas do cotidiano tornem um homem duro ou cínico o suficiente para ele permanecer indiferente às desgraças ou alegrias coletivas, sempre haverá no seu coração, por minúsculo que seja, um recanto suave onde ele guarda ecos dos sons de algum momento de amor que viveu na sua vida. Bendito seja quem souber dirigir-se a esse homem que se deixou endurecer, de forma a atingi-lo no pequeno núcleo macio de sua sensibilidade e por aí despertá-lo, tirá-lo da apatia, essa grotesca forma de autodestruição a que por desencanto ou medo se sujeita, e inquieta-lo e comovê-lo para as lutas comuns da libertação. Os atores têm esse Dom. Eles têm o talento de atingir as pessoas nos pontos onde não existem defesas. Os atores, eles, e não os diretores e autores, têm esse Dom. Por isso o artista do teatro é o ator. O público vai ao teatro por causa dos atores. O autor de teatro é bom na medida que escreve peças que dão margem a grandes interpretações dos atores. Mas o ator tem que se conscientizar de que é um cristo da humanidade e que seu talento é muito mais uma condenação do que uma dádiva. O ator tem que saber que, para ser um ator de verdade, vai ter que fazer mil e uma renúncias, mil e um sacrifícios. É preciso que o ator tenha muita coragem e muita humildade e sobretudo um transbordamento de amor fraterno para abdicar da própria personalidade em favor da personalidade de suas personagens, com a única finalidade de fazer a sociedade entender que o ser humano não tem instintos e sensibilidade padronizados, como os hipócritas com seus códigos de ética pretendem. Eu amo os atores nas suas alucinantes variações de humor, nas suas crises de euforia ou depressão. Amo o ator no desespero de sua insegurança, quando ele, como viajor solitário, sem a bússola da fé ou da ideologia, é obrigado a vagar pelos labirintos de sua mente, procurando no seu mais secreto íntimo afinidades com as distorções de caráter que seu personagem tem. E amo muito mais o ator quando, depois de tantos martírios, surge no palco com segurança, emprestando seu corpo, sua voz, sua alma, sua sensibilidade para expor sem nenhuma reserva toda a fragilidade do ser humano reprimido, violentado. Eu amo o ator que se empresta inteiro para expor para a plateia os aleijões da alma humana, com a única finalidade de que seu público se compreenda, se fortaleça e caminhe no rumo de um mundo melhor que tem que ser construído pela harmonia e pelo amor. Eu amo os atores que sabem que a única recompensa que podem ter – não é o dinheiro, não são os aplausos – é a esperança de poder rir todos os risos e chorar todos os prantos. Eu amo os atores que sabem que no palco cada palavra e cada gesto são efêmeros e que nada registra nem documenta sua grandeza. Amo os atores e por eles amo o teatro e sei que é por eles que o teatro é eterno e que jamais será superado por qualquer arte que tenha que se valer da técnica mecânica."

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Sympathy (Goo Goo Dolls)

http://www.youtube.com/watch?v=6F_A1Sr5584
Stranger than your sympathy
This is my apology
I'm killing myself from the inside out
And all my fears have pushed you out
I wish for things that I don't need
All I wanted
A nd what I chase won't set me free
All I wanted
And I get scared but I'm not crawling on my knees
Oh yeah everything's all wrong yeah
Everything's all wrong yeah
Where the hell did I think I was?
Stranger than your sympathy
I take these things so I don't feel
I'm killing myself from the inside out
Now my head's been filled with doubt
It's hard to lead the life you choose
All I wanted
When all your luck's run out on you
All I wanted
You can't see when all your dreams are coming true
Oh yeah it's easy to forget yeah
You choke on the regrets yeah
Who the hell did I think I was?
Stranger than your sympathy
All these thoughts you stole from me
I'm not sure where I belong
Nowhere's home and I'm all wrong
And I wasn't all the things I tried to make believe I was
And I wouldn't be the one to kneel
Before the dreams I wanted
And all the talk and all the lies
Were all the empty things disguised as me
Yeah stranger than your sympathy... stranger than your sympathy...

Dia de chuva

Ei laiá! Mas é só elogiar o tempo que São Pedro já abre a mangueira lá de cima e abaixa nossos termômetros! Nem vou relatar o quão difícil foi levantar hoje, já que já sentia o quarto mais escuro de um dia chuvoso...
Fui para a academia, e dessa vez não encontrei o Sandy & Júnior. Saindo de lá, fui enfrentar um supermercado para abarrotar a geladeira de frutas, legumes e verduras para meu projeto verão. Aí, compra daqui, compra dali, e não sobrou mão para carregar o guarda-chuva. Conclusão: voltei para casa carregada de sacolas tomando chuva. Êêê maravilha! Foi aquele momento de pensar "ser pobre é f*!", já que não tenho carro e nem quis pagar um carregador até meu prédio. Mas fiz um almoço gostoso, temperei filés de frango para o resto do mês, lavei a louça, tomei meu banho. E nisso já eram 5 e meia da tarde...
Fui ensaiar, últimos ensaios antes do grande dia, e comecei a me animar. Acho que a mini-peça pode dar certo!
Cheguei em casa... e engatei uma conversa com as meninas e se elas não correm e fecham as portas dos quartos para dormir, a gente estaria conversando até agora...
Minha mãe me ligou e perguntou das novidades. Não tenho muitas... Não me ligaram da loja da Claudia Blanco e isso quer dizer que nem para modelo de gordinha eu sirvo, e nem me chamaram para novos trabalhos. "Ninguém te mandou nem um e-mailzinho?". Nem um scrapizinho, mãe.
Amanhã pago condomínio. Deste mês e do próximo. Facada? Imagine! Dinheiro não é problema, é solução...
Amanhã à noite combinei de assistir uma peça da EAD com a galerinha do teatro... e vou dormir mais cedo, já que meu sábado vai ser cheio, com o curta de manhã e o Claro! o resto do dia...
E, segunda-feira já estarei com minha pastinha completa para dar entrada no DRT! Também segunda-feira começarei o curso pancada de tv, quarta-feira tenho apresentação do Porca Miséria, e depois, feriadão! Bons dias virão!
Na psicose da gripe suína, que pegou até o coitado do ex-ator da Malhação e apresentador André Marques, fico observando aqueles que espirram ou tossem no metrô. "Mão na boca, pessoal!". Nesse momento uma gripezinha de porco era tudo o que eu não precisava...

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Um dia melhor veio...

Acordei com uma mensagem no celular hoje, de um dos amigos interessados em mudar-se para São Paulo... daí então, foi aquela luta contra o relógio, e eu abraçava forte meu travesseiro, com medo de largá-lo e enfrentar o mundo. Mas não tive escolha.
Tomei meu café... e fui malhar... sem hora marcada para voltar... já sentindo uma vibração mais positiva do que no dia anterior... Ao chegar lá, com quem dou de cara? Mais uma celebridade que frequenta a academia... Júnior, do Sandy & Júnior! Hahaha... Engraçado como as pessoas costumam falar Sandy & Júnior como se fosse uma pessoa só, já reparou? Mas agora Juninho é Junior Lima do Nove Mil Anjos.
Voltei para casa, sem meu moleton pela primeira vez em semanas... recebi a ligação do meu instrutor da unidade Higienópilis da academia, perguntando o que tinha acontecido já que fazia duas semanas que eu não aparecia por lá... ele era o único que não sabia da mudança, coitado... Almocei, e resolvi caminhar até o curso do Fernando Leal, láááá no final da Consolação com a Maria Antônia. No caminho, na av. Paulista, avistei uma câmera. Um cameraman. Uma repórter. E o símbolo da TV Cultura. E a câmera me avistou! Eu falo, gente! Tá vendo... Ao me aproximar, tirei meus fones de ouvido, e respondi a algumas perguntas sobre "ciúme". Falei também meu nome e ao ouvir a pergunta: "Profissão?", não hesitei e disse, pela primeira vez na mídia televisiva: "Atriz". Agora é oficial, não tem jeito! Se eu falei, tá falado. Não perguntei qual era o programa... e depois que terminamos, as respostas que dei ficaram vagando na minha cabeça e respostas substitutas apareceram juntamente com aquele arrependimento de "eu devia ter dito tal coisa...".
Fiz minha inscrição (entende-se pagamento!) do curso de tv, conversei com o Fernando, que parece ser um cara incrível e com brincadeiras inapropriadas como eu costumo fazer, quando acabamos sendo até mal interpretados... assisti às últimas gravações de cenas dos alunos, tive o prazer de rever Caco Ricci e escutei uma boa definição desse mundo louco do qual eu estou tentando fielmente fazer parte: "Stella, isso aqui é para quem corre maratona. Não corrida de 100m." É... eu sei... maratona com obstáculos ainda por cima...
Mais animada ainda, voltei para casa também à pé, com medo de perder a hora devido ao trânsito e no intuito de começar a perder alguns kilinhos. E comecei a pensar em como eu ando na contramão da cidade. Estranho isso. Enquanto todo o rebanho humano ia na direção do metrô Consolação, eu ia em direção ao metrô Brigadeiro. Ao me dirigir para meu ensaio do teatro, enquanto todos iam na direção Alto do Ipiranga, com o vagão abarrotando de pessoas, eu era das únicas a pegar o sentido Vila Madalena, com vários assentos livres no vagão. Enquanto todos dormem, é quando eu estou chegando em casa, comendo, escrevendo no meu blog... Observo com certa inveja aqueles grupos de homens e mulheres de terno fazendo seu happy hour e comemorando a meta alcançada. Quando eles começam a beber é quando eu estou indo para a aula. Quando eu chego, é quando eles já foram embora... Não quero dizer que estou na contramão do sistema, mas estou na contramão. Se isso é bom ou ruim, ainda não sei. Não sei.
Estou lutando para não me entregar à Nutella que as meninas compraram, cansada, e com a sobrancelha em crescimento. Sim, pessoas, eu estou deixando minha sobrancelha crescer. Talvez seja isso que esteja afetando meu humor e minha auto-estima, já que ela é minha marca. Ou era, né, já que pelo visto eu estraguei a coitada...
Coloquei na máquina todas as roupas sujas que estavam fazendo aniversário já que ainda não temos varal em casa. E lavei a blusa do meu figurino para a peça de sábado e ela manchou. Simplesmente manchou! Mas bom, vai assim mesmo.
Estou com meu pijama mais fininho de frio... São Paulo deu um tempo das temperaturas baixas. Que saudade de usar vestidos...
Chega, né, de escrever. Tá na hora de dormir!

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Terça braba!

Sei que dizer isso é um disparate, vide minha vitalidade e saúde, mas hoje acordei querendo dormir. Apenas dormir. E já pensei: "Hoje vai ser um dia daqueles...".
Fui para a academia, almocei e segui para o casting da loja da José Paulino. Como eu sou muito sincera, vou contar para vocês de verdade para o que era. A loja se chama Claudia Blanco, da estilista do mesmo nome, a penúltima loja da rua, e procuram modelos manequim 42/44 e grávidas para catálago. Bom... eu, no auge do meu manequim 40/42, fui lá, né. E não é que me botaram uma barriga falsa? Meu Deus! Que soco na auto-estima... moda para gordinhas e lá estava eu! Pelo menos a concorrência não era desvantajosa, já que hoje não havia modelos magérrimas, estilosérrimas, com seus super mega books. Na realidade, eu era a única com fotos lá. Se tenho chance ou não, não sei, já que meu manequim lá é P e não estou grávida de verdade. Mas um cachezinho sempre é bem-vindo. Saí de lá não muito animada - não pelas possibilidades -, desejando pesar 6kg a menos. Mas, pela primeira vez, conheci a famosa José Paulino, tentei comprar um vestido por 62 reais gracinha, mas como eles não deixam experimentar... me perderam como cliente... comprei duas pulseiras lindas, 8 reais cada - aí pexinxei e paguei 15 pelas duas -, sendo que no shopping custaria uns 40 reais cada. Incrível. Fiquei abismada com o preço dos casacos... mas agora estou em contenção de gastos e já me viro com o que tenho frente ao frio de São Paulo. Andei pela Estação da Luz, andei pela Praça da Luz... e já conheço um ponto turístico da capital, que vergonhosamente eu ainda não conhecia.
Fui para o meu antepenúltimo ensaio da peça do INDAC e confesso não estar radiante com o espetáculo. "Vocês estão ansiosos?", perguntou uma amiga de turma. Sinceramente... estou mais ansiosa com o Porca Miséria da semana que vem... mas enfim, espero que tudo dê certo.
Aí, no dia que não acaba nunca, cheguei meia-noite em casa e fui encontrar o diretor (formado em Jornalismo, mas agora estudante apaixonado de cinema) e o produtor do curta Ponto de Ônibus, num prédio na Paulista, bem perto de casa. Acabei de chegar. Exausta!
Conversei com dois amigos que pretendem se mudar para a capital em agosto com o mesmo intuito que eu. "É, gente, não é fácil, não!". A luta é árdua... constante... irregular... e encantadora.
Amanhã pretendia jogar vôlei... fazer aula de circo... mas marcamos ensaio. E eu não posso reclamar, já que estamos aqui para isso!
Amanhã faço minha inscrição no curso de tv do Fernando Leal, esperando que dias melhores virão...