O assunto me perseguiu por três dias consecutivos e não tive como escapar! A folga do blog já estava automaticamente decretada pela falta de inspiração e grandes novidades, mas o GNT me fez sentar na frente do meu amado laptop...
Assitindo agora ao Saia Justa - considerado um falatório de blas blas blas sem muito conteúdo pelos mais desavisados - me deparei mais uma vez com a discussão: o que é mais fácil? um(a) parceiro (a) bonito(a) ou um parceiro(a) inteligente?
Ontem, sentadas numa mesa de um restaurante japonês, três amigas na faixa de seus 25 anos discutiam o título de um livro previamente indicado por uma delas: Porque os Homens Amam as Mulheres Poderosas. Ela também não havia lido, deu apenas uma olhadela na leitura da irmã mais nova e não conseguiu explicar o título refutado efusivamente (o pleonasmo aqui é proposital!) pelas outras duas companheiras. Os homens não gostam das mulheres poderosas. Os homens temem as mulheres poderosas! Claro que quando digo "os homens" acabo por me utilizar de uma generalização, afinal de contas, exceções existem - acredite!
Três dias atrás, escutei de um amigo - na verdade li, porque se tratava de um bate-papo por Facebook - que eu assusto os homens. E isso não me era novidade. Escuto isso da boca de amigos - amigos do sexo masculino, veja bem! - desde adolescente. Que fique bem claro aqui que não me entitulo poderosa, sabe-se lá qual a definição de "poder", mas talvez a queridinha dos professores, titular do time de vôlei do colégio e ganhadora duas vezes do concurso de análise crítica assustasse sim aqueles meninos bobos de treze ou catorze anos ainda na fase do estirão. Mas, procurando um diferente parecer, pedi um esclarecimento a ele. A resposta: "escrevendo difícil desse jeito...". É aí quando a qualidade vira defeito.
E agora assisti a Monica Waldvogel, Christine Fernandes, Teté Ribeiro e Leo Jaime discutindo sobre o tema da beleza e inteligência. A conclusão: a inteligência é afrodisíaca a mulher, que vê a beleza do parceiro mais como um perigo de infidelidade do que garantia de estabilidade, enquanto o homem se assusta com o poder feminino ao visualizar-se destronado num futuro breve, preferindo as bonitas e não tão poderosas assim... Um psicólogo afirmou que só o fato de o homem estar apaixonado já é um problema, e se a mulher for linda e poderosa ainda, "aí mata o cara".
"O homem abomina tagarelas. Garota caladinha ele adora", já cantou a bruxa Úrsula para a indefesa Ariel em A Pequena Sereia. Ter opinião - bem fundamentada, por favor! - hoje, num mundo dominado pela massificação e pela inércia onde quem reina é o senso comum, pode ser um veneno! Mas... um veneno para quem?
Me desculpe mas eu continuo escrevendo e falando difícil mesmo, porque acredito que meu veneno selecionará naturalmente os merecedores para um bom papo, uma boa amizade e sejá lá o que mais vier. Se você se assustou em algum momento, eu sinto muito e chamo o próximo.
Claro que cada um faz o que bem entende, a liberdade de ação é inerente ao ser humano, mas não vou fingir ser a princesa meiga e devota, ou uma garota tranquila e paciente, ou aquela que acha que tudo está bom e abaixa a cabeça para agradar um ou outro.
"Dizer pra mim que eu gosto mais de mim. Que eu sou assim. E não tem jeito!", também cantarolou Martinália. Não tenho culpa se sei soletrar e-x-c-e-ç-ã-o, se conheço o sinônimo de pleonasmo, se gosto de Edizione ou li Madame Bovary...
Colocando a discussão em pratos limpos, ninguém aqui vai ter que me engolir, porque os naturalmente selecionados degustarão minhas características - sendo elas qualidades ou defeitos, são simplesmente características e me acalmo por sabe que todos nós as temos...
E assim se explica o sucesso das piriguetes! É melhor rebolar e dar risada. É mais simples. É mais prático. Eles preferem... Talvez eu devesse ler o livro e descobrir quais homens gostam das mulheres poderosas, porque olha, tá difícil de encontrar...
Ainda acreditando nos preceitos de Darwin, fica aqui o desabafo.
Boa noite!