sábado, 25 de fevereiro de 2012

A vontade de explodir o mundo por causa de um Blackberry

Até onde vai nossa racionalidade? E a partir de quando afloram nossos instintos? Por que tantas vezes nos deixamos levar pela emoção? O copo d'água transborda devido a quê? Não tenho uma teoria para todas essas questões, mas posso responder que hoje, o meu limite foi o infarte do meu Blackberry. Desde novembro de 2010 não nos separávamos. E esta noite ele está lá longe, respirando por aparelhos, e eu temo pelo diagnóstico de seu médico amanhã. Entendam por favor que meu Blackberry não é apenas um gadget. Além de toda aquela história de roubo do aparelho #1 dentro da Kiss n' Fly, a compra do aparelho #2 depois de cinco dias e o pagamento ao longo de dez meses de duas faturas de dois Blackberries capazes de pagar dois meses do meu aluguel, meu celular é meu instrumento de trabalho. E ele resolveu ter um colapso quando eu simultaneamente negociava duas ligações profissionais pela manhã. JVM Error Reset. Tentei reiniciar... Nada. Tirei a bateria mais uma vez... Nada. Tirei pela décima vez. Niente. Irritação. Fui até a Nextel. Esperei uma hora e tive a notícia de que não podiam fazer nada devido ao fim da garantia. Colapso nervoso. Incrédula, escutei que eu mesma seria capaz de configurar seguindo os passos no site. Lembrei que não tinha comigo o meu cabo USB. Esperei meia hora para comprar um cabo USB. 35 reais. Voltei para casa. Não conseguia conectar o dito cujo ao laptop. Desespero. Pesquisei assistências técnicas pela cidade. Achei uma no centro que resolveria em quarenta minutos o meu drama. E por 60 reais! Esperei mais uma vez. E a má notícia: talvez tenha que trocar a placa. Nisso, o humor já havia dispencado igual ao La Tour Eiffel do Hopi Hari sem a trava de segurança. Meus gastos já se acumulam e o stress não tem preço. E de repente tudo desaba e tudo parece terrível e tudo parece nebuloso... A vontade de explodir o mundo por causa de um Blackberry! Demorei um dia inteiro e três taças de vinho para respirar fundo e descobrir que de todos os problemas, esse é o menor. Assim, mesmo temendo minha distância do mundo, me lembrei do ser racional que sou e comecei a repensar o meu futuro tecnológico. Mas, como disse minha mãe, "Máquina quebra, uai.". É, nada é para sempre... Assim, tentando aceitar as coisas como elas são, digo boa noite! Cansaço.