Jesus Maria José! Alôrrrrrr (bem caipira memo!)! Está tão quente que não aguento ficar com meu laptop no colo!
Enfim, a consciência negra! Super consciência. Fico até emocionada!
Minha tarde ontem foi trash. Estava fazendo minha unha quando uma agência me ligou, perguntando se eu já tinha trabalho para a noite de ontem, me oferecendo uma recepção na Daslu, das 19h às 4h da manhã, 120 reais de cachê. Ai. Não tive muito tempo para pensar e responder, e apenas respondi, dizendo que sim, eu iria. Mas... trabalhar de madrugada? 120 reais? Pensei... pensei... já estava irritada, zero animação para o trabalho... iria estragar minha provável balada... Aí, ao chegar em casa 40 minutos depois, conversei com minha irmã e ela me deu um esporro, dizendo que eu precisa me dar o devido valor. Tomei coragem e liguei na agência. Confesso que inventei uma gigante e quase comovente história sobre casa alugada na praia, praia, amigas e carona e que infelizmente, não poderia trabalhar. Sabia que a mulher não receberia a notícia com grande entusiasmo e por isso já fui logo pedindo desculpas pelo incômodo. A princípio, ela disse que verificaria ser possível minha substituição. Logo em seguida, me ligaram dizendo ser impossível, pois meu nome e meu RG já haviam sido passados para a produtora do evento. Em um beco sem saída, pedi ajuda à agência, para resolvermos aquele impasse, já que eu não poderia ir. Ela bateu o pé de lá, eu bati o pé de cá, até então, na maior cordialidade. Até que ela disse, em um novo tom ameaçador: "Stella, isso quer dizer que você não vai, né?" e praticamente desligou na minha cara. Bom, aí veio aquele turbilhão de pensamentos na minha cabeça. Eu devia ter falado "não" logo de cara, sim, já que não me sujeitaria a passar 9h da minha madrugada trabalhando em um local que na verdade eu deveria ser convidada e não uma simples recepcionista que ganharia a ninharia de 120 reais. Eu também teria de pegar um ônibus para chegar à Daslu. Isso dói no meu espírito orgulhoso. Dói, dói sim. Mas, esperei uma concessão do lado da agência, já que eu já me sujeitei a tantas outras coisas que estavam fora do script na Fórmula 1, por exemplo. Todos temos que ceder, certo? Ela jogou verde e eu não colhi. Como assim não pode cancelar meu nome? E se eu tivesse quebrado o pé? Ou morrido? Teria de ir mesmo assim? Ela bateu o pé e não cedeu. Eu bati o pé e não cedi. Assim, provavelmente meus recentes laços com a agência foram rompidos e me colocarão na geladeira. Ou melhor, no freezer. Fiquei com medo de ter agido errado, de ter jogado com má fé, com medo pelo fato de nunca mais ser chamada para nenhum evento por essa agência e morrer na pobreza e temerosa de que Deus vá me punir por ter sido orgulhosa. Enfim... chorei... desabafei... pedi opiniões para uma possível redenção. E todos concordaram com minha irmã: eu tenho que me dar o devido valor. Pronto. Me dei. Buscando uma reconciliação, enviei um e-mail fofo para as meninas da agência - mas pelo jeito, sem sucesso. E acabei ligando aquele botão famoso do f*-se, sabe? Eu estudei minha vida toda e me preparei com todas as armas possíveis para usar um vestido prateado na entrada da Daslu de madrugada para ganhar aquilo? Não, obrigada. Existe uma linha muito tênue entre dignidade e orgulho. Talvez eu a tenha atravessado, sim. Não julgo as meninas que vivem disso, não me entenda mal. Muito pelo contrário! Entendo as necessidades de cada uma e os planos de vida. Mas cada uma tem seu preço, certo? O meu está em leve alta. Se não pelo mercado, por mim mesmo, que é a bolsa de valores que mais conta.
Aí... fui andar no parque para aliviar as tensões... vi Felipe Massa correndo... Gustavo Borges... e foi noite de balada. A noite de ontem merece um parênteses. E vocês entenderão que ganhei muito mais que 120 reais... Me buscaram aqui e fomos ao Yabani - restaurante japonês das "estrelas". Setei em uma mesa enorme, cheia de modeletis... e por lá estavam Marcos Mion e toda a trupe da MTV, chegando mais tarde em nossa mesa algumas estrelas do nosso esporte. Um temaki aqui, um combinado ali, um shimejinho para completar... e seguimos para Mokai. E os atletas de ouro conosco estavam. Um - que está nas revistas de fofocas namorando uma famosa -, beijou minha amiga que tanto adoro. O outro, mais louco do que o Batman, dando pulinhos rodopiantes no meio da pista. Uma outra não fedeu nem cheirou. Engraçado.
Incansáveis... após a balada esvaziar, seguimos para a Pink Elephant, que inacreditavelmente estava bombando às 5h da manhã. Mas meu gás que já não estava lá essas coisas acabou. Joguei a toalha e entrei num táxi, já sofrendo com meu despertador em algumas horas para minha terceira sessão de fono.
E hoje foi um dia bem mais ou menos. Na fono estou conseguindo resultados e recebi elogio sobre a minha voz. Edi disse que tenho a voz muito bonita e que poderia ganhar dinheiro com isso, não só em dublagens mas em locuções para propagandas de rádio e tv. Não é a primeira que me falam isso. Mas como é que se faz? Verei semana que vem se ela pode me dar maiores dicas. Peguei a televisão, finalmente, antes que eu tivesse que acionar o PROCON... trouxe a tv no lombo, na rua, por 4 quarteirões, torcendo para que ninguém... de repente... se engraçasse com minha Samsung que demorou quase um mês para consertar. Fui ao shopping comprar um presente de aniversário... tomei um sundae do Mc de morango... vi o "Papito" Supla e seu irmão tocando na Paulista... arrumei minhas malas... assisti The Vampire Diaries e estou aqui, prontinha para tirar meu sono de beleza e cair na estrada às 5 e meia da manhã.
Torçam para que não tenha trânsito. Doce ilusão...
E se você ainda não se deu conta da grandiosidade do feriado, se conscientize. Será que um dia o Dia do Índio será aclamado feriado também?
Bom feriado!