sexta-feira, 9 de março de 2012
Meu Dia Intermunicipal da Mulher
Em um dia onde 24 horas renderam 48, estou quase desistindo da próxima palavra a escrever devido ao cansaço. Mas quando vejo, lá está a frase já formada e finalizada por mais um ponto final. Antes de embarcar no voo das treze horas, cada minuto foi essencial e friamente calculado no fuso do interior. Mamãe disse que eu poderia então relaxar no avião. Nã-na-ni-na-não! Aquela tinha sido apenas a primeira etapa do dia. São Paulo me esperava com mais. Táxi, trânsito, e-mails, telefonemas, confirmação, banho, maquilagem, outro táxi e um único teste contemplado no dia. Um texto decorado, outro texto improvisado, uma barriga de grávida e um cachê-teste depois, a cidade se encontrava na hora do rush e lá fui eu voltar para casa como uma pobre mortal. Anda, atravessa passarela, avenida, espera ônibus, espera mais um pouco. Aí olhei para cima. E o céu estava claro e a lua estava linda! Fiz um pedido óbvio à primeira estrela que brilhava e cheguei até a me arrepiar com uma brisa amena há muito tempo não vista por essas bandas. Eu nunca desejei tanto o inverno como nos últimos dias... Dois ônibus depois, chegava eu morta em casa, sonhando com um banho de banheira, uma massagem e um salmão grelhado ao molho de maracujá e salada de folhas verdes e tomate cereja na mesa... Mas aí acordei e fiz eu mesma um caldo de legumes com queijo, tomei meu banho de chuveiro e me esparramei no sofá. E batendo papo com uma querida amiga que me puxou a orelha pela displicência do último mês, descobri o porquê desta ebulição mental: estou vivendo o meu inferno astral, já que em um mês, ultrapassarei a linha dos 25 e me aproximarei dos famigerados 30. Mas um período de revisão e reflexão não faz mal a ninguém... Portanto, qualquer piti, qualquer desabafo, quaquer lágrima escorrida ou qualquer fio de cabelo arrancado pelos próximos 31 dias, terão explicação! Grata pela compreensão. Boa noite.
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