terça-feira, 22 de setembro de 2009

Guarujá!

O despertador tocou cedo...
E às 8:15h eu estava no flat dos atores do SBT. A van saiu às 9h para o Guarujá. Fui na van dos atores, ouvindo atentamente aos comentários e às histórias de cada um, como da atriz que, contracenando com Paulo Autran no teatro, atrasou sua entrada porque escovava seus cabelos por pura vaidade. Eu também poderia palpitar no assunto, contanto sobre o guarda-chuva do Porca Miséria que não começou em cena na última quinta-feira ou quando meu brinco caiu durante meu monólogo irritadíssimo no E Agora, Mãe? e xinguei o maldito em cena, dizendo "Que droga de brinco!" e continuei minha fala. Mas, me coloquei no meu lugar. Eu era a única não do elenco ali dentro - fora as mães de dois atores mirns - e poderia ser massacrada ou simplesmente ignorada. Apenas ri e fiz perguntas a quem estava afim de respondê-las.
Pegamos aquela chuva caprichada na serra! E as dúvidas a respeito das gravações já pairavam no ar. "Mas eles sempre dão um jeito", disse uma das mocinhas da novela. Chegamos em Perequê. Friozinho... vento... conheci a "minha família": a noiva, dois irmãos, papai e mamãe... reencontrei todo o pessoal da produção que já conheço de outrora: o diretor, o contra-regra meu amiguinho, o assistente de direção..., que perguntaram o que eu estava fazendo ali, já que "Você não é da lanchonete?". Pois é, me mandaram para cá... E muita espera! Fizemos a prova de nossas roupas ciganas chiquérrimas... e a chuva não parava de cair. Mudança de planos: o casamento não seria mais na areia e sim dentro do restaurante. E nisso pediram que todos tirassem seus figurinos e fôssemos almoçar. Nossa família cigana foi a última - de uma população de figurantes locais, produção e elenco - a sentar-se à mesa. Mas tivemos um banquete na beira da praia, com camarão, lula, marisco e peixe empanados, arroz, pirão, fritas, salada... "teve bão". E nisso não éramos simples figurantes. Não! Se tratava de uma participação na novela. Sem fala, mas com um cachê diferenciado e papéis definidos. Depois do almoço... de mais um pouco de espera... colocamos nossos figurinos com tecidos e mais tecidos, muitas rendas, babados, coloridos e muito ouro, preenchemos a ficha de autorização do uso de imagem e alguns "fãs" locais pediram para tirar foto comigo, e lógico que tirei, com o maior sorriso no rosto. "Você é atriz?", perguntou uma local. "Ai, desculpa, mas é que não assisto a novela..." e eu respondi que se acalmasse, que aquilo se tratava apenas de uma participação. Me senti importante. Não era mais uma simples figurante. Eu era a irmã da noiva. Isso já é alguma coisa!
Quando já estava sentada na cadeira recebendo o corretivo nas olheiras, "Capricha no olho dela, bem preto" e ter recebido o elogio de que tenho um olho muito com para ser maquilado, lá pelas 15h, Menezes - o diretor -, passa avisando para parar tudo que o casamento havia sido cancelado. Todos incrédulos. É, eles não deram jeito... E era hora de desmontar acampamento. A chuva não parava e seria impossível gravar alguma coisa. E lá fomos nós... tirar novamente o figurino... e as atrizes tiraram suas maquilagens, desmancharam seus cabelos, e mais espera e muito vento para aguardar o ônibus que nos traria de volta para São Paulo. Cheguei em casa 21:30h com meu cachezinho sem ter feito nada! Eita lelê. Agora é aguardar o bom tempo e o chamado da agência novamente...
Mas foi interessante. Já foi bem mais interessante!
Amanhã não tenho hora para acordar... e a primeira coisa do dia a ser feita: celular novo. Imagino que já tenha perdido algumas ligações...
Boa semana! Beijo, me liga! Mas liga mesmo, viu!