sábado, 14 de maio de 2011

Feliz!

"Você andava de Banana Boat na praia e o moço da lancha perguntava se queria o passeio com pouca ou muita emoção? Eu sempre pedi "Muita!" e ansiava a curva quando todos iam pra água, um em cima do outro. Pois então. Ninguém me perguntou com qual intensidade eu queria a vida. Acho que não é sempre que a gente pode fazer essa escolha, né? Hoje eu tô com vontade de gritar: "Calma, moço! Vai mais devagar!". Mas só hoje." Escrevi no final da tarde de ontem no Facebook. Eram muitas expectativas para lidar, eram muitos pontos para brincar de ligar, era um frio na barriga danado que chegava a subir e o peito apertar. Uma vontade de fazer poesia, ganas de gritar! Medo de não dar tempo, medo de perder, medo de ganhar. O moço da minha lancha anda acelerando e fazendo curvas, ora bruscas, ora largas, mas o passeio tem sido bom. Muito bom. Minha semana foi magnífica! A gravação do SENAI acabou sendo adiada para quarta-feira, acho que o Cara lá de cima me escutou... Assim, tive tempo de espantar a insônia indo liberar um pouco das energias que se acumulam e que andam dificultando o meu "dormir" e consequentemente o meu "acordar". E hoje, fiz o teste tão esperado. Foram horas e horas de espera. Texto dezenas de vezes ensaiado e reensaiado. E frio, muito frio na capital. Se fui bem? Receber um "Gostei!" do diretor não é suficiente... O suficiente seria escutar meu telefone tocar dizendo "Parabéns!". Seria como ganhar na loteria. Ou passar no vestibular. Entenda a minha alegria: cada trabalho que pego é como um vestibular vencido, onde muitas vezes o número candidato/vaga assusta e chega até a desanimar... E cada teste que fico editada é como a lista de espera da universidade... Compreende a analogia? E considerando que o dia quando vi meu nome na primeira lista da UNESP foi um dos mais felizes da minha vida, entenda quanta emoção permeia meu dia-a-dia e quanto sangue frio e pé no chão a gente tem que ter. A gente TEM que ter. Quem não tem ou desiste ou enlouquece. E a loucura também faz parte desse cotidiano. Se não fosse ela, eu trabalharia provavelmente na Faria Lima, faria happy hour, cumpriria horários, vestiria social, ganharia bônus e bateria metas. O bom é que, na minha vida, as metas sou eu quem estabeleço. O que não quer dizer que seja mais fácil ou mais difícil. Eu só sou dona do meu próprio negócio. Mas ser sujeito e objeto da mesma ação muitas vezes pode ser complicado, viu! Que negocinho mais enrolado esse... que eu tanto amo! Estou no aguardo de algumas respostas e já sofro pelo doce que da boca podem me tirar. E não sei o que me reserva o dia de amanhã. Neste momento estou sentada na frente daquele Banana Boat, segurando a corda com apenas uma mão e a outra levanto no ar como se fosse caubói, sentindo a velocidade, a água que espirra e as ondas, tentando agarrar todas as oportunidades que o vento me traz. E ele tem trazido boas. Mas o passeio continua. Tem muita prova ainda pela frente! E desta universidade chamada vida, eu quero sair com meu PhD. Hoje, sexta-feira 13, não teve Jason nem gato preto. Teve sim muita história pra contar... Dedos cruzados, vamos esperar! Bom final de semana!