Acordei com meu Blackberry apitando loucamente... mensagens, e-mails, bbm´s... Essa coisa de Smartphones é uma loucura, né! Você fica conectado 24h por dia, mesmo quando não está ou não quer estar. Outro dia caminhava pelo shopping com minha roomie enquanto os dois MSN estavam ligados e, coincidentemente, falávamos com um mesmo amigo do outro lado do Atlântico. Falando no MSN caminhando no shopping. Em dois diálogos separados. Com o mesmo interlocutor. Isso já é demais! Foi quando lhe dei um chacoalhão, desliguei o meu e pedi que por favor curtíssemos os corredores cheios até às 23h...
E comecei o post hoje falando sobre meu querido porque ele desempenhou um papel importante no dia de hoje... Já explico!
Acordei sem a menor animação, com a agenda ridiculamente vazia. Enrolei, enrolei, tomei café da manhã ao meio-dia e fui ao shopping com a poderosa missão de encontrar meu vestido de Reveillon. E a chuva despencava impiedosamente sobre a capital... Comprei um guarda-chuva novo e fui enfrentar as lágrimas de São Pedro. Ficar em casa seria o fim!
Quando já estava entretida nos cinco vestidos que ficaram incríveis e com preços também incríveis lá pelas 15:30h, meu querido Blackberry tocou. E nele aparecia o nome da booker que eu tanto esperava! Agora posso dar nome aos bois: o job do Walmart é meu!
Mas, como nada é simples, fui informada (na verdade, reinformada) sobre a necessidade de emitir nota fiscal, já que não é mais da agência o dever de fazer isso. Para isso, alternativas: me cooperativar ou ter alguém com uma empresa artística que pudesse emitir nota para mim. E isso deveria ser feito hoje. "Amanhã nem pensar, flor!". Bom... primeiro a se fazer: sair do trocador. Mandei que reservassem os cinco vestidos já que eu ainda voltaria para escolher the one, sentei e blackberryosamente entrei no MSN para falar com um amigo que não estava na minha agenda telefônica sobre sua companhia de teatro. Não, ele não poderia emitir nota. Liguei para minha segunda opção, indicação da própria agência: a Cooperativa de Trabalho dos Profissionais da Área Artística (Coopercast). Perguntei o procedimento, anotei a documentação necessária (...enquanto isso o relógio marcava 15:45h...) e nem tive tempo de contactar minha terceira opção, a Cooperativa Paulista de Teatro, quando recebi a notícia de que deveria estar lá, na Alfonso Bovero, até às 17h. Como?
Voando, conferi quanto de dinheiro tinha na bolsa e peguei o primeiro táxi praticamente esmolando que chegasse a minha casa por doze reais. Estava trânsito. E chovendo. E o meio do Itaim a esta hora, benza Deus, é o caos... Desci do carro a algumas quadras de casa, corri, subi, peguei os documentos, conferi meu número do NIT (que até agora não sei se é a mesma coisa que PIS, enfim...), passei no banco... estava fechando... corri para o outro... saquei dinheiro... chamei o primeiro táxi que passou às 16:17h e cheguei onde deveria chegar às 16:48h. Ufa! Depois de explicações sobre impostos, IR, taxas, porcentagens, assinatura aqui, assinatura ali, pagamento de anuidade, pagamento de matrícula, e vendo os números diminuindo, tudo certo! Agora sou cooperativada e oficialmente, o job é meu.
Hipoglicêmica, sem ter almoçado, corrido do jeito que corri... sentei na primeira lanchonete e comi uma fatia de pizza (minha endócrino que me perdoe!) e um suco de laranja. A chuva não parava e os termômetros marcavam impressionantes 16 graus... Voltei para o Itaim. Dessa vez de transporte público. E resolvi seguir diretamente para o shopping. Tive que comprar uma bolsa por encomenda de minha irmã que, no MSN, recebia as opções por fotos ali na hora tiradas e enviadas blackberrymente enquanto a "Missão Punta" ainda não havia terminado e a qualquer minuto meus lindos vestidos poderiam ser levados embora por alguma consumidora ávida por tanto estilo! Voltei para casa já eram mais de dez da noite, munida da famigerada bolsa preta, de meu vestido branco e calcinhas novas para a noite da virada. Amarela ou vermelha, hein?! Jantei, finalmente...
Assim, sábado já está agendada a minha gravação do - talvez - último trabalho de 2010, o último trabalho que eu precisava para sossegar a ansiedade e inflar a auto-estima. Digo talvez porque tenho um teste amanhã, outro quinta e outras respostas ainda por vir...
Enfim... Como valeu a pena! Isso tudo vale muito a pena...
E sobe a montanha-russa...! Adoooooro!
E a chuva não dá trégua... impressionante...