Mesmo com todo mundo tendo retornado às suas cidades natais para ficarem com seus respectivos papais, achei melhor me quedar na capital. Para economizar com a carona, para comer menos, para escrever e pensar mais, para parar um pouco. Mas já começo a sentir os pesares... já que minha noite de sexta-feira foi frustrante e ainda não tenho planos empolgantes para meu sábado. Mas jajá eu chego neste ponto. Vamos por partes! Primeiro falarei da minha balada de quarta. Que balada! Jesus-Maria-José! Minha carona me pegou em casa, pulamos a parte da fila da entrada, tive meu cartão zerado e nos dirigimos ao nosso simples camarote. Bom, para começar que era o camarote de Rico Mansur. Bem normal. Minha amiga, ainda receosa por nos conhecermos apenas há algumas horas, perguntou logo que entramos: "Ai Stella, você é animada, né? Fiquei com um medo de você bodiar...". Amiga, don´t worry, be happy. Assim que entrei, um senhor (eu ia dizer velho, no sentido pejorativo da palavra, mas vá lá) certamente da alta sociedade, olhou para mim, me pegou pela mão e disse "Venha para o meu camarote!" Tentei ser simpática, inventando desculpas para não ir. E ele insistia. Quando saí de perto e subi no nosso, bem ao lado do dele, ainda tive que aguentar alguns olhares e depois vê-lo sendo agarrado por uma mocinha (interesse?!). Eu, hein! Alguns passos e damos de cara com Giannechini, que conhece essa minha nova amiga. Ao longo da noite, BBB´s aqui, cantoras ali, modelos lá, e eu, e minha amiga - uma graça por sinal e mega animada -, e as bebidas, e as músicas, e tudo. Encontrei conhecidos lá dentro, o que passou a ser rotina na minha vida em São Paulo, porque sim, eu também estou conhecendo as pessoas. Enfim, não gastei um real. Nem um real! Dançamos até o fim, quando apenas 10 pessoas restavam na pista e o camarote já se encontrava vazio. É, acho que era hora de partir... noite divertíssima. E como é fácil se perder nesse mundo de baladas... quem não tiver pé no chão, dança. E mais uma vez constatei que as melhores baladas são as que menos esperamos. Eu confesso que quase desanimei de ir quando recebi o convite, por n fatores: cansaço, pelo fato de ter acabado de tê-la conhecido, preguiça, por zuar meu meio da semana e tal. Mas como valeu a pena! Aliás, eu fico impressionada em como estou aberta para as coisas nesses últimos tempos. Houve aqueles em que eu era uma concha, mas agora, abro braços e mente para o que der e vier. Sempre com cautela, obviamente, mas sem medo de dizer "não" para o improvável. O improvável está se mostrando cada vez mais espetacular!
Quinta-feira. Ai. Acordei... fiz um almoço delícia, pois estava precisando de sal e de gosto, fui para a academia... e a agenda mais uma vez, para minha felicidade, agitada. Consegui conciliar de encontrar a turma da faculdade em um bar perto de casa, para comemorarmos a recente entrada de um amigo no mestrado da USP e na UNICAMP, matar um pouco da saudade, e ver como todos nós estamos muito diferentes do que éramos um ano e meio atrás. Saí correndo do bar e fui para a pré-estreia do curta (de finalização de curso) de um amigo no HSBC Belas Artes. Incrivelmente, a turma do teatro estava quase completa para prestigiarmos o futuro cineasta. Admito ter ficado espantada com tanta gente, tanto burburinho, famosos e não famosos, e tanta gente que eu também conhecia, já que esse mundinho é bem pequeno mesmo! Foram necessárias duas sessões e a explicação é simples: a presença da O2 no filme e no background do garoto. Sem delongas. O curta "Apenas uma Noite", bem curto de apenas 15 minutos, muito me agradou. Assistiria fácil a uma hora e meia da boa produção desses jovens recéns-formados pela USP. Merecem todo o sucesso! Depois de comes e bebes, subimos para uma festinha no andar de cima e por lá ficamos até às quase 3 da manhã.
Sexta-feira. Hoje. Ontem havia recusado o segundo convite para uma outra balada VIP pois precisaria estar inteira para minha reunião com Paulo Pompéia, o diretor do SATED-SP. E gente! Deu tudo certo! Semana que vem terei meu DRT provisório em mãos. Paulo me disse que tenho ainda pouco tempo na carreira mas que me concederia meu registro e que, em um ano, comprovando os trabalhos que se Deus quiser certamente eu farei, pego o definitivo. E agora, meu amigo, a coisa vai virar profissional! A reunião que na verdade foi um diálogo de sete minutos, terminou quando eu disse que levava um abraço de Noir Evangelista e Lucia Capuani, meu diretor e uma professora do TPC de Ribeirão Preto. Simpático, ele agradeceu e mandou que eu levasse o recado de que a escola precisa se regulamentar, já que o interior, sendo já um pólo e Ribeirão Preto um centro de excelência em ascenção, ainda não dispõe de escolas que concedam o DRT para os alunos. Transmitirei o anúncio.
Feliz e contente... voltei para casa. Aí então, conversando com um amigo sobre a segunda temporada da série da MTV, Descolados, enviei meu material para o casting da produtora Mixer. Imediatamente, me ligaram oferecendo uma figuração na propaganda do Pão de Açúcar hoje à noite. Pensei, "bom, não tenho nada para fazer... pode ser uma boa...". Dei uma passada de 45 minutos na academia, voltei, me arrumei, procurei o endereço no meu salvador Google Maps, e saí (correndo, lógico!) de casa com uma hora e meia de antecedência pois odeio me atrasar, mesmo nessa cidade maluca. Ok. Com medo de não chegar na hora, desci onde o Google me havia mandado descer. E tranquilo, de lá era só perguntar para pessoas na rua que em 7 minutos eu estaria onde deveria estar. Acontece que... ninguém sabia onde era a tal avenida Major Silvio Magalhães Padilha. Ninguém. Nem taxista... nem 156, nem segurança, nem o guia do ponto de táxi. Desesperada, pois já eram 20h, meia hora passada do horário combinado, coincidentemente encontrei uma amiga na rua mas ela também não sabia me ajudar. Aí, me mandaram pegar um outro ônibus, descer na Berrini, atravessar uma ponte da Marginal e andar até essa rua. Respirei e bati no peito que talvez esse trabalho não deveria acontecer. Sem nenhum contato da produtora para avisar, voltei para casa. Frustrada, me sentindo culpada por não ter olhado melhor o mapa, por ter perdido uma oportunidade de trabalho, e talvez futuras outras, já que acho difícil a Mixer dar uma segunda chance para a figurante que deu o bolo no primeiro trabalho com eles, e por ter jogado R$4,60 de ônibus no lixo assim como 5 horas da minha noite de sexta. Cheguei em casa torcendo para estar sozinha e chorar de ódio mas fui recepcionada por Sofia na sala:"How are you?". E eu respondi: "Super brava"... Resolvi mandar um e-mail para a Mixer, explicando o problema, o mal-entendido, minha mirinzice já que nunca antes na minha vida eu havia perdido trabalho ou dado bolo em alguém, e pedindo desculpas. Nisso me ligaram, uma hora e meia depois do horário combinado, querendo saber se eu ia ou não. Expliquei mais uma vez e senti a voz decepcionada e irritada do moço que me dizia: "Tudo bem... vou tentar procurar alguém que te substitua". Sei que não estava tudo bem, mas, bom, fiz minha parte. E torço para que eles entendam e me chamem sim para um segundo, terceiro, quarto... trabalho. Essa amiga que havia encontrado me mandou mensagem e me ligou mais tarde, querendo saber se tudo tinha dado certo, e ao ouvir minha voz desanimada, escreveu em um breve e-mail: "Mas isso é só 1 trabalho. Voce rala tanto, que com certeza vão surgir coisas muito boas!". Assim espero, Ju.
Enfim. Foi isso. Assisti a um pouco de tv, vou voltar para assistir mais, espero ter inspiração nesse final de semana para escrever as cenas do dvd book.
Quinta-feira que vem tenho teste na Estação Felycidade (não estou tão dentro quanto pensava!), onde preciso apresentar qualquer cena de 3min.
Já tenho duas feiras de 4 dias cada marcadas para começo de setembro e começo de outubro, além da outra no fim de setembro. E é isso ae.
Não vou contar dos planos teóricos para amanhã e domingo, mas conto os que vierem a acontecer. Mas pelo menos um japa no almoço de amanhã com um amigão está de pé!
Bom final de semana... enquanto eu sozinha aqui, minhas amigas de Ribeirão todas se reunirão para comemorarem o aniversário de duas delas... Vida de escolhas. É hora de pôr na balança. E portanto resolvi ficar!