Eu havia feito uma escala na minha cabeça prevendo que minhas férias acabariam na sexta-feira, considerando fim o meu retorno a São Paulo. Com isso, voltaria a escrever no meu blog - teoricamente puramente profissional - apenas após tal data. Mas... a fraca programação da televisão em plena quarta-feira me fez optar por usar a palavra escrita novamente e acreditem, eu estava com saudade de escrever! Na realidade, do que mais tenho saudade é de ter o que escrever, especialmente novidades artísticas quentíssimas... que andam mais gélidas do que as baixas temperaturas no hemisfério norte. Efeito Borboleta? Já assisti e não é filme para se ver duas vezes, já que a surpresa é o final. Batman - o Retorno vi há pouquíssimo tempo e dublado ainda?! Não dá, fora que entender o inglês na tecla SAP em baixo volume para não atrapalhar minha mãe que dorme no quarto bem ao lado, impossível. As tragédias do Haiti? Já vi... revi... li... pensei e agradeci por não estar na pele deste povo historicamente já sofrido. Não tenho o pay-per-view do BBB10 graças a Deus - senão estaria que nem uma besta extasiada com o nada frente à tela da televisão.
Aliás... por que é que a gente gosta de ver essas coisas, hein? Tragédia. Todo mundo adora ver cenas sangrentas e o jornalismo adora mostrar mães chorando por terem perdido precocemente seus filhos, esposas a ponto de explodir aguardando resposta do marido desaparecido, entrevistas inevitavelmente chorosas, onde todas as vítimas eram santos inteligentes e batalhadores. Por que fazer esse tipo de entrevista? E por que assistimos?! Que raiva. Assisti ao quase especial no Fantástico sobre a talentosa menina japonesa blogueira-cantora soterrada em Angra dos Reis. Você viu?! Tudo bem, os relatos e os lamúrios podem ter uma primeira tarefa de despertar os olhos da população e das autoridades para os perigos das construções nas encostas dos morros, mas peraí, né. Querem fazer o telespectador chorar e ficar grudado esperando novas notícias e novas desgraças? Um pérfido entretenimento: é a sociedade do espetáculo.
E o BBB? Eu nem passei perto da nona edição, até hoje não sei o nome dos participantes que volta e meia encontro em São Paulo. Mas... desocupada... sem fartas opções, acabei assistindo à estreia, já me apaixonei pelo Eliéser (eu e toda a mulherada do Brasil) e agora sabe Deus se a edição mais colorida da Globo prenderá minha atenção. Que não é válida dela, disso eu já sei. Mas cabeça vazia... é a velha história. Põe na frente, a gente come.
Mas nem vou falar de comer, não. Estou numa luta psicológica para perder esses três quilos que não me pertenciam um mês atrás! Eu e o Brasil inteiro, eu sei. Mas nem todos querem viver da imagem, não é. Eu tenho a obrigação de perdê-los e perder alguns outros mais... meta para 2010! Minha e do Brasil inteiro.
Hoje fui ao banco e ao conversar com minha gerente de conta resolvendo assuntos pendentes de 2008, tive que responder à fatídica pergunta "O que você está fazendo?". E hoje dizer que sou atriz me pareceu tão distante... Ano novo, velhas dúvidas.
Fiquei sabendo de um assassinato em legítima defesa na frente do meu prédio - "zona de condomínios de luxo da capital" - e pelo que me consta, dois assaltantes a menos para assegurar minha insegurança nas ruas dos Jardins. Meu Reveillon? A virada frustante mas a viagem... delícia! Meu Natal? Teve bacalhau sim, mas também teve chester, leitoa, lasanha, arroz com champagne e assalto três vezes seguidas na empresa dos meus tios com a dolorosa morte de um dos cachorros que nem chegamos a conhecer, mas que quase acabou com nossa magia do dia 25 de dezembro...
Segunda-feira começa o batente! Segunda-feira reacendo as energias amornadas pelo ócio de um quase mês de descanso não sei ainda se muito merecido. I gotta a feeling que 2010 será um ano bom. Eu e o país do futuro! I Gotta a Feeling foi a primeira música que ouvi neste novo ano, exatamente a meia-noite, quando eu chupava dedo na areia frente a uma das melhores baladas do Brasil porque cambistas não aceitam cartão de crédito. Os detalhes... eu deixo para uma outra hora.
Boa noite! E um fantástico 2010! Porque a gente merece... quer dizer, eu mereço, já o Brasil inteiro... não sei não...