"Na era das redes sociais, em que todos editam sua imagem idealizada que querem divulgar, a autenticidade apresentada por Amy [Winehouse], não levando tão a sério sua auto-imagem é digna de admiração. Tenho amigos que simplesmente não reconheço nas redes sociais, são pessoas distintas digital e pessoalmente. Verdadeiros ogros na vida real se transformam em pessoas interessantes. Posts sofrem verdadeiros trabalhos de edição, sempre comentários espirituosos e inteligentes, viva o Google, ninguém é totalmente ignorante com o Google por perto. Fotos são escolhidas a dedo e, por vezes, tratadas em sofisticados programas de edição, como Photoshop e companhia. Amigos são escolhidos por conveniência, nunca conversaram pessoalmente, mas são amigos virtuais. Comentários são rapidamente apagados se danificam em algum momento essa imagem positiva a ser divulgada.
São verdadeiros avatares, só não são azuis, como no belíssimo filme de James Cameron, porque preferem o amarelo dourado das sessões de bronzeamento artificial. Tudo é transformado e editado para agradar o público. Público e privado se misturam de forma avassaladora. Corpos e mentes são modulados para atender a uma demanda, que eu ainda não entendi bem de onde veio. Peitos e bundas são cirurgicamente instalados, como se fossem acessórios de beleza. Tudo é possível esteticamente, basta ter o dinheiro e a disposição de fazê-lo.
Na minha vida eu quero mais Amy Winehouses e menos Madonnas. Quero mais autenticidade e menos avatares. Quero mais bebedeiras e menos baboseiras. Quero mais conversas e menos mensagens. Quero mais presença e menos lembrança. Quero mais encontros e menos chats. Quero rir dos tombos da vida e não dos vídeos mais vistos no YouTube. Quero mais amigos e menos conhecidos. Amy! Amy! Amy! Quero uma vida menos editada." (por Cacá Fernandes na Revista Sax, fev. 2011)
São verdadeiros avatares, só não são azuis, como no belíssimo filme de James Cameron, porque preferem o amarelo dourado das sessões de bronzeamento artificial. Tudo é transformado e editado para agradar o público. Público e privado se misturam de forma avassaladora. Corpos e mentes são modulados para atender a uma demanda, que eu ainda não entendi bem de onde veio. Peitos e bundas são cirurgicamente instalados, como se fossem acessórios de beleza. Tudo é possível esteticamente, basta ter o dinheiro e a disposição de fazê-lo.
Na minha vida eu quero mais Amy Winehouses e menos Madonnas. Quero mais autenticidade e menos avatares. Quero mais bebedeiras e menos baboseiras. Quero mais conversas e menos mensagens. Quero mais presença e menos lembrança. Quero mais encontros e menos chats. Quero rir dos tombos da vida e não dos vídeos mais vistos no YouTube. Quero mais amigos e menos conhecidos. Amy! Amy! Amy! Quero uma vida menos editada." (por Cacá Fernandes na Revista Sax, fev. 2011)