segunda-feira, 28 de março de 2011

sexta-feira, 25 de março de 2011

Eu disse...

Iniciei este texto na sexta-feira mas a programação noturna me fez salvar como rascunho e continuar a narrar a saga só hoje, domingo. Eu falei que a semana seria braba! Hoje já é praticamente segunda-feira e detalhes se perderão no relato das tantas viagens, trabalhos e expectativas. Mas vou tentar, eu prometo. Segunda-feira ainda fiquei à paisana pela cidade, esperando possíveis respostas... Tive que levar o contrato do job de domingo na agência, fiz meu almoço, corri no Ibirapuera e nisso já foi o dia inteiro. Enfrentamos - minha mala e eu - o trânsito e a lotação do ônibus das 19:30h para embarcar para Ribeirão no das 20:30h. Após certo stress, cheguei 1 da manhã em terras caipiras, já com afazeres para a manhã de terça-feira. Ao meio-dia do dia seguinte, já estava na estrada a caminho de Franca para as fotos de um instituto de ortodontia - Instituto Ronaldo Leite. Franca já faz parte de um passado distante e nem me lembro a última vez em que estive na cidade. Mas ao lá chegar, cordialmente me apresentaram todo o espaço do instituto e fiz algumas fotos para uma revista local. Logo em seguida, seguimos para o estúdio e fotos e mais fotos foram tiradas, nos aproveitando ao máximo do meu sorriso que estará em folders, em site e revistas da cidade. Quando já davam quase seis horas da tarde, saímos de estúdio e, seguindo a minha vontade, continuei a fazer mais algumas fotos para a revista, desta vez no campus novo da UNESP. Quanta mudança! O antigo colégio de freiras com dezenas de pontos de risco que ocupava um quarteirão do centro da cidade fora substituído por um campus de verdade! Não tive tempo de vasculhar cada canto da faculdade, nem de visitar a biblioteca e nem de comer um mísero pão de queijo na cantina - que não tenho informações se ainda é do famoso Seu Eli -, mas enquanto universitários carregavam seus livros e a bateria ensaiava seu repertório, eu era a "modelo" ex-unespiana que ganhará algum espaço nas páginas da mídia local. De 2008 para cá, posso dizer que houve algumas reviravoltas, para mim, em Franca, para a UNESP, na vida. Não morro de saudades dos longos cinco anos universitários... Pé na estrada novamente, de volta a Ribeirão. Quarta-feira pela manhã regravei algumas locuções da Gás Natural Fenosa, devido a mudanças no texto em uma produtora de Ribeirão Preto parceira da sorocabana. Durante a tarde, aguardei o roteiro da abertura da 20a Jornadade Ginecologia e Obstetrícia da Maternidade Sinhá Junqueira, que não me chegou em mãos com antecedência. Confesso um pouco preocupada, cheguei no Centro de Convenções vinte minutos antes da cerimônia começar e passei e repassei o texto numa velocidade acima do normal. O relógio e as poltronas já ocupadas não permitiam um ensaio apropriado. Podemos começar? Deu tudo certo, especialmente se considerarmos o improviso da coisa. Depois, foi festa! Reencontrei os médicos que anualmente encontro, fui apresentada a novos, contei sobre minha carreira em andamento aos interessados, ouvi elogios fervorosos sobre meu pai, sobre o mestre de cerimônias, as propagandas, sobre como cresci, como mudei, como sou corajosa... e lógico que não faltou a pergunta: "Você já escovou seus dentes hoje?". Uma noite deliciosa, de um evento especial, de um trabalho especial, com pessoas especiais. Quinta-feira às 9h eu já estava em mais um ônibus retornando à capital. Viagens assim me deixam cansada e irritada. Só fui entrar em casa depois das 15:30h. A estrada já deixou de ser uma boa opção e passo a considerar avião nas próximas vezes... Quando entardecia, depois de uma tarde de chuva, faltou energia no meu bairro. Fui vendo o anoitecer e não achava vela em casa, a bateria do laptop se esgotava e fui obrigada a fugir para o Kinoplex. Amor Sem Compromisso foi a sessão escolhida. Depois de dar algumas risadinhas bobas com Ashton Kutcher e constatar quão pequenininha é Natalie Portman, recebi a ligação de uma produtora sondando sobre a disponibilidade para uma gravação na sexta-feira em Brasília. Apesar de um teste para vitamina C, minha agenda estava livre, claro! Assim, fui orientada a dormir na iminência de viajar às 11h do dia seguinte, cabendo ao cliente escolher entre uma atriz de lá e eu de cá. Na sexta-feira me levantei às 8:15h, torcendo para estar no ar em algumas horas, mas não fui contemplada pelo cliente do Planalto Central. Um pouco decepcionada, já que era o terceiro trabalho dos últimos dez dias que perdia na final, segui para meu teste na Vila Madalena. Ser vice-campeã neste caso não vale muita coisa... Nada de cerveja, nada de sabonete, nada de aeroporto. Alguém pode dizer pra esse pessoal que ficar editada e esperando resultado eternamente não é legal?!... São tantas incertezas... Me disseram que se plantarmos mudas de "se" conseguimos um arranjo de "quase", ou algo parecido. Mas completei que se regarmos o arranjo chegamos a uma plantação de possibilidades. E se as possibilidades derem frutos, temos hectares de certezas. Tudo depende de uma boa jardinagem... E seguiu-se o final de semana... Faz muito calor na capital. Não sei nada sobre esta semana que se iniciou há 55 minutos. Mas sei que esperanças ficaram para trás nesses últimos dias. É triste quando a vida nos responde com um "não", direta ou indiretamente, enquanto esperávamos o "sim" e tantas outras coisas mais... C'est la vie! O apartamento agora está completo. Dentro de casa não há mais nada para se ajustar. Mas tem tanta coisa desajustada por aí... Boa semana! PS: Vou entrar debaixo do chuveiro pela terceira vez... passar hidratante no calor morando em um apartamento sem ar condicionado nem sempre é uma boa ideia...

segunda-feira, 21 de março de 2011

Gravação!

Me resguardei numa noite de sábado que estava sendo incrível em vários pontos do planeta. Às 5:45h deste domingo, despertou meu relógio. Saí de casa tranquila, com certa antecedência, pensando que "nunca se sabe!". Chamei um táxi - lerdo e caro - e fui para a Rodoviária Tietê, com rumo certo: Viação Cometa. Enquanto me aproximava da bilheteria, fui lendo todos os destinos dos ônibus e nada de Sorocaba. Quando cheguei no guichê, fui informada de que o embarque era somente na Rodoviária Barra Funda. Eram 7:20h. E eu teria de estar às 9h na cidade.
Atordoada e mais do que bufando, voei pelo metrô, fiz baldeação e cheguei na Barra Funda a tempo de pegar o das 8:15h. Liguei para o produtor, pedi as mais sinceras desculpas, fui mais do que desculpada, e segui minha viagem num micro-ônibus lotado que demorou vinte minutos a mais do que previa o site da companhia.
Me buscaram na rodoviária. Maquilagem. Cabelo. Espera. Almoço. Maquilagem de novo. Estúdio. Se tratava de um vídeo institucional para a Gás Natural Fenosa e pela primeira vez, trabalhei com teleprompter (TP). Piece of cake! Todos planejávamos sair de lá depois das 18:30h, mas às 16h os trabalhos já estavam finalizados e fui carinhosamente levada para experimentar a famosa coxinha da Real. A fama não veio à toa.
Dever cumprido, mais um bom trabalho para o currículo, o aprendizado com TP, mais um post no blog. Um temaki, meia barra de chocolate, uma tentativa frustrada do dvd pirata de O Vencedor e uma tentativa inacabada de A Rede Social depois, mais um domingo! Que cansaço!
Essa semana promete!

sábado, 19 de março de 2011

Sexta-feira

Acordei, voei para tomar meu banho antes que o encanador chegasse para consertar o vazamento no banheiro, o recebi, me arrumei, tomei meu café e o abandonei aqui, dando o start para a minha sexta-feira. Primeiro passo: teste de foto para banco. Uns bons quarenta e cinco minutos no ônibus e cheguei na produtora mais animal que já entrei. Foto assim, foto assado, segura o cartão, segura um celular, sorrisão, gargalhada, ok, obrigado. Saí de lá e de repente um bafo invadiu São Paulo. Não sei se a cidade inteira ou se só a Vila Leopoldina chegando até o Largo de Pinheiros... mas tava quente pra dedéu (gostaram da expressão?). Aí já constatei que havia escolhido mal a blusa de manga três quartos, apesar de branca... Mais um ônibus. Dois. Fui para o segundo teste. Na realidade, o segundo teste do dia e o segundo teste para o tal sabonete, já que mudanças rolaram no roteiro e me colocaram definitivamente no papel de mãe. Antes parei numa lanchonete e tomei um suco de abacaxi e limão, já morrendo de fome. Esperei pouco, entrei no estúdio com "meu marido", "meu filho" e uma professora. Me alegrei ao ver tantas crianças de cabelo castanho escuro... Fiz o que tinha que fazer e saí de lá com o coração na mão. Eu queria tanto... eu preciso tanto... eu merecia tanto... Agora é aguardar, fazer o quê! Não me resta nada além de esperar...
Quando o relógio já marcava quatro e pouco, estava no quarto ônibus do dia, cansada pela noite pouco dormida, pelo calor escaldante, pela peregrinação divina dos testes e mais testes e pela incerteza sobre meus próximos dias.
O telefone toca. Ganhei de presente uma gravação domingo em Sorocaba para um vídeo institucional! Assim, remanejei a agenda. Pedi desculpas para a formanda - amiga tão querida -, senti um pesar por ter que deixar a vida pessoal de lado pela profissional, agradeci aos céus pelo primeiro trabalho do ano e olhei os horários de ônibus, já que às 9h de domingo terei de aportar na rodoviária da cidade. Faminta... me entreguei a um temaki de salmão com shimeji, o enchi de molho tarê e gergelim e um Guaraná. E começou a chuva... Sempre munida de sombrinha, caminhava para casa quando passei na frente de um buteco e senti o cheiro dos espetinhos de "filé minhau". Não resisti e paguei R$2,50 por uma linguiça - deliciosa, diga-se de passagem. Voltei para casa. Tomei meu banho. Respirei.
Deitei no sofá para assistir nada e enquanto trocava de canal descobri a programação nova da MTV e um programa chamado Top Mundi. Pelo Facebook parabenizei o VJ, pois há tempos a emissora carecia de um programa assim. Conferi músicas que estão no topo do mundo, fiz download e ouvi, incessantemente, a duas delas em especial: Sale el Sol, da Shakira e Young Blood, de The Naked and Famous.
Assim, dediquei minha noite de sexta-feira ao nada e ao tudo, perambulando entre sofá e minha cama, contemplando a vida e cantando para ela. Ela merece as mais lindas serenatas...
Bom final de semana!

quinta-feira, 17 de março de 2011

Oba!

Disseram para eu não espalhar, que nem todos são "de bem" e que nem toda torcida é a favor. Mas aqui é o meu espaço e eu pedi para o Google instalar uma chave de proteção contra mau olhado (tá ali embaixo, dê uma olhada!).
Meu samba no pé deu resultado! Estou editada e a resposta saberá Jesus quando sai. Feliz e já prevendo a ansiedade, deitei na tarde ociosa para finalmente assistir Diários de Motocicleta. O telefone toca. Quer outra boa notícia? Também estou editada para o sabonete da semana passada, aquele que já havia esquecido e guardado na gaveta dos "nãos". As good vibes não mentem! A gente sente quando é pra ser... E vai ser, será?
Celular movimentado e infelizmente duplamente, tive que recusar o envio de material para uma marca de cosmético para o Dia dos Pais. "Você pode enviar uma foto recente sua com seu pai?". Quisera eu... Se papis estivesse aqui, uma foto só dele já garantiria o meu cachê...
Trim-trim! "Alô!". Teste amanhã, dos bons!
Às 19:15h, depois de organizar finalmente meu quarto, não sabia se continuava a caminhar pelo Deserto do Atacama junto com Gael García Bernal ou se correria nas alamedas do Ibirapuera. Assim, a viagem de Ernesto Guevara ficou pela metade e a ansiedade nas alturas.
Desta maneira, minha agenda está em suspenso para os próximos dias. Talvez a viagem para o interior seja cancelada por bons motivos... Mamãe, minha amiga formanda, a foto para a Clínica Odontológica de Franca e o trabalho de Mestre de Cerimônias no Congresso de Ginecologia em Ribeirão vão entender, se preciso.
Para um dia sem programação, até que tive altas doses de emoção. "O dia em que você perder o frio na barriga, aí f****!", me disse meu primeiro professor e diretor de teatro. Eu ainda tenho muito. Eu vivo tentando caçar essas benditas borboletas no estômago... Esse é o prazer de tudo. Sem o frio na barriga não tem a mínima graça...

quarta-feira, 16 de março de 2011

Teste aqui, teste acolá

Não sei se foi o chá verde da noite ou a ansiedade de não sei o quê... Não dormi bem. Não acordei bem.
Fui meio irritada para o teste da manhã, esperei o ônibus, esperei cinquenta minutos dentro dele, duas horas na produtora, decorei e falei o que tinha que falar sem gaguejar mas não senti que vai dar. Não fiz amiguinhos na espera, não me encaixava no perfil dos que lá estavam (o que pode ser excelente como uma catástrofe) e nem senti a faísca que deve se sentir no estúdio após o "Corta. Valeu, Stella!".
Saí de lá, um ônibus, dois, casa. Fiz meu almoço às quase quatro da tarde, escutei algumas músicas revigorantes, troquei a roupa (pois propaganda política em nada tem a ver com cerveja), dei um up na maquilagem e fui para o Butantã.
Achei que fosse concorrer com gostosas corpulentas à la Paniquetes, mas não. Tinha de tudo! Encontrei amiguinhas, esperei quase nada, e vestida proposital e obrigatoriamente de saia, sambei de salto para a câmera segurando uma latinha de cerveja! Cada coisa... Eu já me vesti de espanhola em formatura de curso da língua, eu já andei com bob na cabeça no metrô de São Paulo, eu já subi em lixo na Avenida Paulista, mas eu nunca havia mostrado meu gingado moreno - e olha que eu tenho! - com uma latinha na mão seduzindo a câmera.
Voltei para casa quando já passavam das sete e mesmo assim, enfrentei o escuro, o friozinho e a fina garoa para correr. O parque já apresenta sinais de um outono que vem pela frente e fica ainda mais lindo, quase um "Outono em Nova York", sabe? Quase...
Amanhã tenho nada. Engraçado, né? Hoje a agenda transbordou com três testes - um não feito - mas o dia seguinte não promete grandes emoções, nem samba, nem orgulho de ser brasileiro.
Boa noite! Hoje sem chá verde e sem despertador para tocar...

terça-feira, 15 de março de 2011

Tempos de mudança?

Tudo parecia errado, meio fora de lugar. Aí me deu vontade de mudar. Dar uma radicalizada na vida, uma revirada nos princípios, uma reviravolta na minha biografia. Mas o horóscopo disse para eu esperar. Que não é hora para isso. "Está tudo certo", acho que foi o que li em alguma das revistas enquanto fazia minha unha.
Me ative nos últimos dias às mudanças no apartamento, porque se não se está em paz em casa, não se está em paz em nenhum lugar. Assim, meu novo quarto ganha cores, ganha cheiros, a sala em organização, os espaços são melhor preenchidos, dei aquela faxina nos armários, apertei o parafuso da saboneteira que teimava em despencar, passei para frente a planta que não sabia cuidar, doei o que tinha que doar. Uma sensação de limpeza e novidade e casa nova, vida nova!
Amanhã tenho três testes. Não sei se meus poderes de ninja me permitirão estar em Perdizes, Butantã e Vila Mariana, mas dá gosto ver a agenda cheia, mesmo o bolso continuando vazio.
O porteiro da noite me perguntou, quase em tom de cobrança: "E comercial, parou de fazer?". Não, tô na batalha diária, respondi. "E qual o próximo?". Quisera eu saber...
A água começa a bater na bunda e não sei se nado, se busco a bóia, se mergulho ou se posso afundar. Mas está tudo certo. Certo?

segunda-feira, 14 de março de 2011

Como uma onda

Tsunami era tema de questão em prova de Geografia. Como naquela época não havia Youtube, apenas na minha cabeça eu idealizava as ondas que atingiam dois, três, dez metros de altura e invadiam cidades e devastavam vidas. Até que veio o filme Impacto Profundo e eu pude visualizar a catástrofe de uma onda gigante - ok, considerando que a onda de 30m de altura foi ocasionada por um meteoro que colide com a Terra invadindo primeiro Nova York, claro!, quando depois o mundo é reconstruído sobre o alicerce do sempre heróico presidente norte-americano, no filme já um negro, Morgan Freeman. Mas ver imagens de um desastre real é outra história. Não tem estrela de cinema falando em púlpito sobre reconstrução nem uma música de um maestro vencedor de Oscar ao fundo. Tem destruição. E com ela, tantas outras palavras tristes e cenas tristes e notícias tristes. Nada do que eu falar aqui será novo. Nesse momento, jornalistas e economistas e blogueiros e estudantes e quem mais quiser pode falar ou escrever os horrores pelos quais passam e passarão os japoneses. E como há algum tempo não fazia, assisti ao Fantástico para fechar o domingão e desliguei a televisão com a alarmante notícia do correspondente de Nova York - desta vez inteira e recuperada do meteoro - de que em dez minutos uma nova tsunami que atingiria até três metros avassalaria a costa japonesa. Imagine-se você, tendo um aviso de que tens que abandonar sua vida como conhece e que em dez minutos, o familiar será estranho. O alarme não foi para mim, foi para milhares de pessoas que se localizam lá do outro lado do mundo. Enquanto eu escrevo, casas, prédios, carros, animais, pessoas, vidas, sonhos são levados pela força que veio das entranhas da terra e do útero do mar. Mas uma sirene tocou por aqui e me fez agradecer por morar no alto, no meio de uma placa tectônica e não ter conhecidos na Terra do Sol Nascente. Nessas horas eu amo mais o país do Carnaval...

sexta-feira, 11 de março de 2011

Acabou-se o que era dolce!

E chega ao fim o Carnaval! Pelo menos para a maioria dos pobres mortais e com exceção de amigos que ainda tiram forças das profundezas do oceano em carnavios afora...
A semana que antecedeu a festança me surpreendeu. Teste até na sexta-feira! Dever cumprido, mesmo o placar estando zerado até o momento. O inferno astral me queimava e assim, me dei toda a licença poética de ir para minha Cidade Maravilhosa aproveitar a Festa da Carne.
Foram cinco dias de amigos, reencontros, blocos e mais blocos, marchinhas, fantasias, adereços, muito energético, andanças, risadas - quantas risadas! -, cansaço, inchaço, estardalhaço. Teve até bloco de celebridades!
A cidade estava uma zona. Os banheiros químicos o caos na Terra. O trânsito parado. As ruas exalavam o cheiro dos foliões. Multidões até altas horas da matina. E não é isso o Carnaval? O dia em que o Carnaval de rua for organizado, ele perderá sua autenticidade. Se queres organização, procure um resort. Ou alugue filmes. Leia livros. Ou fuja do continente. Carnaval é para se chutar o pau da barraca e levar a jaca para casa para pisoteá-la no dia seguinte. É para brincar de ser ridículo e não se importar ao ver as fotos ridículas, as roupas ridículas e os vídeos ridículos embarcados na mala. É fingir que pode tudo nesta vida que a gente não pode nada. A gente não pode comer em excesso, beber em excesso, falar muito alto, cantarolar na avenida, gritar o que quiser, dançar como quiser. Mas no Carnaval a gente pode. A gente deve.
Quando me mudei para São Paulo a cidade me fazia sentir pequena. Quando vou ao Rio, me sinto grande demais. Lá não precisa ter tudo... fazer tudo... basta ser alguma coisa, às vezes basta ser o que você quiser. É bom. Bom pra alma, bom pro coração.
Mas como essa fantasia não é eterna, agora começa o ano. Mas e já não havia começado? Voltei cheia de energia para a Selva de Pedra como uma fênix depois da quarta-feira de cinzas. Já tive um teste hoje. Outro amanhã. Nossas paredes já estão pintadas e a vida quase organizada.
Agora não tem pause. Feliz ano novo! De novo.

quarta-feira, 2 de março de 2011

1,2,3 testando!

É...
Os dias estão seguindo um percurso inusitado para uma semana pré-carnavalesca...
Ontem fui avisada de um teste para uma marca de café carioca - foto -, o que já me alegrou para uma semana que prometia nada. Acordei no meio do caos de um apartamento com dois pintores e aproveitei para escapar dos jornais e sacos plásticos que protegem nossa vida da tinta branca e fui. À pé, como gosto, por ser pertinho. Ainda não chovia na capital. Rapidinho, voltei para casa, troquei o salto por uma sapatilha e fui resolver coisinhas idiotas, como comprar os puxadores que faltavam do meu armário, pagar a conta exorbitante do meu celular, buscar um short manchado na lavanderia e no supermercado para o leite, a banana, torrada e requeijão. Mas, no meio do caminho, lá veio ela! E com ela, ele: o guarda-chuva. Estou pegando uma birra imensa de guarda-chuvas, de como eles quebram... de como eles somem... do trânsito que causam nas calçadas... de como atrapalham a visão... de como molham o chão de casa quando chego ou a bolsa quando guardo.
Voltei, fiz meu almoço cheirando à tinta, e racionalizando que o apartamento seria demais para nós três, fugi para o Kinoplex e peguei a sessão das 14:40h de Bruna Surfistinha, afinal, o que eu tinha que fazer, já estava feito. O telefone tocou duas vezes ao longo do filme, mas Deborah Secco estava mandando muito bem e não atendi. Gostei do filme. 10.ooo acessos diários no blog ela tinha! Eu diria que estou um pouco longe da fama da ex-garota de programa... Ao sair e constatar um frio há muito tempo não visto na cidade, retornei as ligações. "Você consegue chegar num teste até às 18h?". Eram 16:45h. Voei para casa, troquei de roupa e conferi o endereço: Butantã. E nessa vida, pra tudo dá-se um jeito! Cheguei a tempo de ainda esperar para ser testada para a marca de cosméticos... "Hoje não tem cachê-teste e não perguntem o porquê!", dizia um aviso sobre o casting producer. Cheguei em casa molhada e já eram quase 21h. Fiz meu jantar.
Tem um teste que eu passo diariamente: o da paciência. Às vezes fico só editada, mas na maioria das vezes, eu passo. Se não passasse, lá já estaria eu, de roupa social fazendo happy hour no final do expediente dirigindo algum carro 1.4 e com os pés e sapatos secos...
Amanhã tenho mais um. Outra marca de cosmético. "Leve a cópia do seu DRT que tem cachê-teste!", me avisou esta agência que há pouco começou a me ligar.
Por esses dias já assisti o aclamado Sindicato de Ladrões e a sedução de Marilyn em Os Homens Preferem as Loiras. Assim, a semana já valeu a pena. A passagem para o Rio de Janeiro já está comprada mas o que eu quero mesmo, é que o Carnaval acabe e o meu ano comece pra valer!
Tenho ainda uma audaciosa to do list para 2011...
Boa noite! Boa quinta-feira!
Tá chegando, solteiros! Allah la ô ô uô ô uô! Mas que calor ô uô ô uô...

terça-feira, 1 de março de 2011

"Tem alguém me enchendo o saco. Acho que sou eu."

Não cobrem a minha presença, por favor. Se sumi, é porque não tinha o que contar. Se aparecesse, iria derramar toda a minha insatisfação, o meu desespero, o meu mau humor. E quanto mau humor! Tentei me alegrar, assisti a bons filmes, ouvi boas músicas, li alguma coisa, mas eu não tive um teste sequer em cinco dias úteis dessa última semana inútil. Minha esperança só se elevou na quinta-feira, com uma pré-aprovação por vídeo que me fez ficar editada entre três para um cartão de crédito. Não fui a sortuda. Se é que é sorte... Porque se a gente acredita que quando é para ser, será, a sorte não entra na jogada. Ou entra? O destino envolve sorte? Porque se envolver, não é destinado a ser... Ah, já sei! Pode ser que você seja destinado a ter sorte. Aí sim. É que não tenho tido muita nos últimos tempos... Cheguei a pensar no mundo corporativo. Cheguei a me enxergar vestida de roupa social fazendo happy hour após o expediente. Foram dias difíceis. O problema era comigo, será? Aí fiz uma cotação de casting com modelos e atrizes. Perguntei para booker de agência. Estava parado para todos. Menos mal. Aí, já prevendo a semana seguinte, anterior à maior festa brasileira, me mandei para as bandas do interior, sem dia certo para voltar. Mas, como sempre, planos foram desfeitos ao receber uma ligação no domingo à noite para um bom teste hoje, segunda-feira. Voltei à capital no ônibus das 8 da matina após parcas horas de sono por conta da entrega do Oscar. E mais gordinha, devido à comilança desnecessária do domingo. E foi uma segunda-feira de testar a paciência. Minha viagem se alongou por mais de cinco horas, a bateria do meu MP3 durou apenas duas e um assobio chato praticamente a estrada inteira. Fui recepcionada com uma chuva interminável e cheguei à solução matemática de que chuva + cabelo = terror para andarilhas como eu. Almocei algo perto de casa, tomei meu banho, peguei as coordenadas e às quatro e pouco chegava na produtora. O teste foi rápido, mas não fui bem. Não favoreci a câmera, eu acho que estava meio desconcentrada, irritada ou cansada ou tudo isso tudo junto. Mas valeu. Sempre tem que valer. Cachê-teste, guarda-chuva, trânsito. Entrei em casa e já estava escuro. Ainda chovendo. E a mala para ser desfeita e o jantar para ainda ser feito. Confesso não estar animada para o meu Carnaval, apesar de numerosas e incríveis companhias já agendadas para o Rio de Janeiro. Eu sei do que estou precisando. Mas infelizmente não depende só de mim... Mas vai passar. É tudo uma questão de tempo. Amanhã começamos a pintura do apartamento. E após o samba, chegam minha cama nova e minha sapateira. E aí não tem desculpa, porque dizem as más línguas que o ano começa mesmo é depois do carnaval. Boa noite chuvosa para você! Eu estou com tanta raiva dela que nem sei se vai ser possível aproveitá-la...