quarta-feira, 11 de junho de 2014

New York, New York!

E sabiamente o taxista colocou, no momento em que o carro tocava a ponte, a música de Frank Sinatra. Começavam ali os dias de uma viagem cinematográfica, em uma cidade que a indústria cultural me fez adorar desde pequenininha. Naquela hora me escorreu uma lágrima mas acho que nenhum dos outros três ocupantes do veículo perceberam. Aquele momento era só meu. Nova York é uma coisa louca, onde a quantidade e a gradidiosidade de tudo, de coisas, de prédios, de pessoas, de sonhos, de luzes, possibilidades e oportunidades se misturam numa bagunça extremamente organizada. Visitamos quase tudo e ainda falta tanto para se conhecer... Cada passo é um flash. Um caldeirão de estilos, línguas, tribos, interesses, raças, consumismo, culturas, uma gororoba de vidas tão mas tão deliciosa que não dá vontade de largar. Lá você pode ser o que você quiser. Como quiser. Pelo motivo que quiser. E eu, particularmente, tenho uma afinidade com o inglês americano. Acho tão expressivo... Nada fica brega, tudo pode ser dito que transparece a verdade. Ok, ok, estudei a História dos Estados Unidos e todo o seu maquiavélico imperialismo, fiz até meu TCC em cima deste tema... Fique tranquilo que a Times Square não me engana. Mas que os caras são fodas, você vai me perdoar, ah, eles são! Tive o imenso prazer de assistir O Fantasma da Ópera, Mamma Mia! e Once. Os três impecáveis. Lindos. Atordoantes. Surreais. Cada um em seu estilo. Cada um inesquecível. Nova York me fez sentir novamente a vontade que eu tive quando mudei para São Paulo e que andava um pouco adormecida: conquistar o mundo! Viajar é uma das poucas coisas com a qual gastamos dinheiro mas que não nos deixa mais pobres. Essa riqueza ninguém tira da gente. E eu serei muito, mas muito rica! Nova York, eu te amo e sempre te amei...! Você é o caos numa caixinha de música com a trilha sonora mais perfeita feita sob encomenda para mim. Mas, como me disseram quando subia o Empire State, "In America, nothing is for free!". Então vamos trabalhar, porque sonho não paga passagem de avião... Mas aí sou obrigada a chegar no pandemonium do Aeroporto de Guarulhos para no dia seguinte, receber a notícia de que a bebê da minha querida costureira nasceu morta porque o Hospital das Clínicas esperou que a paciente, com histórico de pressão alta e internada já há uma semana, fizesse um parto normal com mais de 42 semanas de gestação. Síndrome de Vira-Lata? Não se compara cachorros a leões. E agora vem a Copa do Mundo! É o Brasil sil sil rumo ao Hexa... Já saudades da América...!