Existe um bichinho danado chamado orgulho. E eu poderia muito bem me fazer de contaminada neste momento e esconder o que hoje me aconteceu. Mas como esse é meu diário aberto, prefiro registrar para nunca mais repetir o feito. Fiz minha primeira consulta com Edi Montech, minha fonoaudióloga. Ótima, adorei. Já estou super paulistãããna. Mentira. No caminho, estando eu dentro do ônibus saindo de um túnel... recebo uma ligação de um número estranho... Sempre esperançosa, atendi e era da agência que havia me chamado para o teste do governo. Não ouvi muito bem o que a mulher disse, mas entendi que havia sido selecionada para a propaganda, que seria gravada amanhã ou quinta, e que a produção faria uma reunião para resolver e a agência entraria em contato em breve comigo. Feliz e contente, contei para a Edi, mandei mensagem para as meninas daqui de casa, para minha irmã, dei a notícia para uma querida amiga que me ligou antes de a consultar começar... enfim. Recebi os parabéns, já estava contando que neste mês de outubro conseguiria pagar todas as minhas contas com este inesperado cachê e já pensando em acrescentar um ítem em meu ainda pobre currículo. Agradeci a Deus pensando que eu realmente merecia aquilo e que a esperança é sempre a última a morrer, já arranjando um título para minha contente postagem no blog.
Como prometido, à tarde fui às compras com Sofia mas eu não estava animada... Estava com o pé atrás, incerta do que havia escutado. E nada de me ligarem de volta...
No caminho para minha aula - hoje de interpretação para cinema -, com a ansiedade me comendo as víceras, liguei na agência. E recebi a triste notícia de que não fui selecionada e que a gravação seria amanhã. Ou seja... hoje eu entendi o que é ser editada para um teste. Muitos falam: "Ai, fui editado para o comercial...", ou para a novela, o que seja. E na verdade, é uma pré-seleção. Eu fui pré-selecionada. Mas não fui selecionada, entende?! Aí... com o orgulho ferido e o ego espancado, mandei mensagem para todas as pré-informadas de que havia sido um equívoco. Ninguém entendeu nada. Mas... o que me alegra é que amanhã cedinho estou partindo para Pasárgada. E de lá ninguém me tira até terça-feira. Aí liguei o f*-se e comi um Twix e voltei da aula com um salgado integral de alho poró e um brownie fantástico que detonei em 3 minutos.
Cruel. Muito cruel.
O que é meu está guardado... é só ter calma, pequena Stella. É só ter calma.
Tchau, São Paulo!
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