quarta-feira, 26 de junho de 2013
terça-feira, 25 de junho de 2013
Que só os beijos te tapem a boca...
Semana passada o corpo dava sinais de que não estava bem. E eu sabia o que viria a seguir. A garganta/ouvido coçando já dizia tudo... Mesmo assim, tentei abraçar o mundo e acabei sem voz. Clímax da história: travei uma luta incessante para tê-la de volta. Flogoral, maçã, gargarejo de água morna com sal, pastilhas, mel, cristais de gengibre, chá, repouso vocal, cachecol, água, muita água... Não poder conversar com minha família no café de domingo foi tarefa árdua... Então, temendo o relógio que me pedia para às 15h de segunda-feira estar na primeira gravação da semana, rezei e fiz meu aquecimento vocal de acordo com os ensinamentos de Edi Montecchi em meados de 2009 com o maior afinco. Fim da história: ela funcionou e ainda recebeu elogios. E amanhã o desafio é maior! Dá-lhe TP...! E dá-lhe voz! E dá-lhe maçã! E dá-lhe água! E dá-lhe Brasil! Dá-lhe que dá! Boa semana!
quarta-feira, 19 de junho de 2013
24 horas
Ainda não sei se este post terá as quase 60 curtidas que o post de ontem alcançou. Provavelmente não. Também não sei qual é a linha tênue que divide o realismo do pessimismo. Talvez eu a atravesse agora. Só não sei se pra lá ou pra cá. Vamos lá! Ontem dormi em êxtase. Aquela sensação foi revigorante, as redes sociais pela manhã eram entusiastas, a mídia - antes inimiga da "revolução" - virou a casaca e os jornais só falavam disso, diferente do último Fantástico, que disse que faria uma edição especial sobre a Copa das Confederações enquanto as manifestações que já abalavam o país, mereceram cinco minutinhos numa reportagem bem compacta e nada imparcial. À tarde, amigos já seguiam para a Praça da Sé e eu ainda não estava certa sobre ir ou não ir pras ruas hoje. Assisti ao Cidade Alerta e aquele fuzuê todo na Prefeitura de São Paulo. Bombas, balas, feridos, vidros estilhaçados, um bombadinho de camisa branca querendo roubar a cena, alguns poucos baderneiros enquanto o resto das 50 mil pessoas continuavam a cantar por um país melhor. Estava decidido que para o Centro eu não iria. Duas amigas que ontem não quiseram me acompanhar por medo, seguiam para a Paulista. Mais uma vez me segurei com receio de não encontrá-las e ficar novamente sozinha na manifestação. Foi quando um amigo, que escuta meus anseios mais do que ninguém, e os escutou especialmente desde quinta-feira passada, me chamou para ir para a avenida. E fomos. Subimos do Itaim até o coração econômico de São Paulo, a pé, e eu relatava com entusiasmo o que havia já contado para ele ontem por telefone. Quando chegamos na Avenida Paulista, a multidão já estava dispersa mas continuamos procurando algo que se assemelhasse à fantástica jornada do 17 de junho de 2013. Não tinha nada a ver. A revolta pacífica tinha virado festa. Manifestar virou moda. E quando a coisa se banaliza... Che Guevara vira camiseta de grife e estampa de biquini. O cheiro de maconha nos acompanhou ao longo da nossa quase uma hora naquilo que mais parecia uma baladinha. Galera com cachorro... (nada contra cachorros, os amo de coração!)... Mulheres com jaqueta de couro, lenço de seda de oncinha e botas de salto tirando foto enroladas na bandeira brasileia fazendo um "V" tipo Gisele para postar no Facebook... Ok, quem sou eu para falar de foto e salto e jaquetas de couro... Mas minha indignação atingiu o cume quando vi grupinhos - e vários! - tomando cerveja e dando risada. Skol, Brahma, Budweiser. A paquera rolava solta! Ambulantes vendiam até chopp de vinho! Fora os hippies comercializando seus artesanatos e bijuterias. Era um grande Happy Hour na Paulista! Ê, que beleza! Tudo parecia um grande teatro. A ironia virou clichê. E a paz virou conflito lá no Centro. Talvez eu tenha presenciado apenas o que seria o fim da festa, sabe, quando bêbados te agarram pelo braço porque não podem "zerar" na balada? Talvez tenha sido isso... A verdade é que eu nem deveria ter saído de casa... A sensação de ontem era muito mais animadora... Quem sou eu para dizer, sou apenas uma atriz formada em Relações Inernacionais buscando seu lugar ao sol, mas diria que a manifestação sente falta de um foco, não tem um mártir, não tem um objetivo concreto. Estávamos ontem Rio, São Paulo, BH, Brasília reinvindicando contra toda a sujeira. Mas a sujeira é tão grande, tão asquerosa e o buraco tão mais profundo que corremos o risco de perder a força. Porque o exército hoje perdeu um soldado. Talvez me julguem "pelega", mas tudo bem, já era pelega na faculdade mesmo... Continuo sim a acreditar na beleza da democracia e na força de vontade dos milhões de jovens Brasil afora. Mas agora me bateu aquele pessimismo (ou seria realismo? ou seria conformismo?) de que, se as coisas mudarem, hoje ou em um dia distante, não será porque nós quisemos. E sim porque eles quiseram. Talvez cabeças devessem rolar. Mas nos faltam um Robespierre e um lema à la Liberdade, Igualdade, Frateridade de Rousseau. Eu espero que esteja errada. Boa noite!
terça-feira, 18 de junho de 2013
17 de junho de 2013
Em 11 de setembro de 2001, tive minha atenção completamente roubada logo pela manhã e quem disse que ao longo do dia eu conseguia desligar a televisão e ir estudar para as provas, que no meu primeiro colegial (não tinha essa coisa de Ensino Médio ainda...) aconteciam todas as quartas-feiras? Eu sabia que estava assistindo a um epísódio que mudaria a História. Essa data minha geração jamais esquecerá. Anos depois, em 13 de junho de 2013, data que não sabia de cor e precisei olhar no calendário, confesso, fui contaminada por um comichão que me tirou a tranquilidade ao saber que amigos estavam fazendo parte das manifestações na cidade de São Paulo levando bala de borracha enquanto eu tomava vinho num chiquetoso restaurante do Itaim. Tentei desabafar minha frustração e meu sentimento de impotência, até porque durante cinco anos de faculdade, nunca levantei bandeira nenhuma e apesar de ser, talvez, a pessoa mais infeliz com aquele ensino público, eu nunca peguei em armas, nem materiais nem ideológicas. Eu gostava de criticar. E criticava muito. E fazia nada. E hoje, 17 de junho de 2013, data que ainda não sei se ficará tão estigmatizada quanto o famigerado 11 de setembro, eu tenho certeza que presenciei um outro episódio histórico. Só que desta vez, nós éramos os protagonistas. As redes sociais fizeram possível uma mobilização incalculável e desta vez, não tinha como não participar. Mesmo estando exausta depois de dois jobs nesta Segunda-feira Branca, ao chegar em casa liguei a televisão e acompanhei as atualiações e notícias via Facebook e Instagram. O comichão ressuscitou, contactei amigos que já estavam no Largo da Batata, pensei em ir até lá para encontrá-los - missão impossível -, aí tentei angariar companheiros - tentativas falhas, diga-se de passagem como: "Vamos na manifestação?" e tive como resposta: "Se tiver camarote eu vou!". Aí quase desisti. Minha madrinha disse: "Vá na próxima!", amigas diziam: "Louca!"... Aí coloquei o meu top de ginástica, numa tentativa de animação para subir até o Ibirapuera. Mas pera aí! Milhares de pessoas se manifestando contra os abusos nojentos desse governo bastardo e eu ia correr? Negativo. De olho no Cidade Alerta e nas atualizações do Facebook, descobri que manifestantes percorriam a Faria Lima. Depois que estavam no cruzamento com a Rebouças. Ah! Estavam muito perto! Calcei minhas galochas e desci para as ruas, recebendo a notícia de que naquele exato momento o movimento estava na esquina com a minha rua! Comecei a correr os quatro quarteirões rumo à avenida e fui alertada: "Mocinha, não vá por aí! A Faria Lima está perigosíssima por causa da manifestação!" e eu respondi: "Mas é pra lá que vou!". E fui. E então presenciei uma das coisas mais lindas: uma multidão infinita, completamente pacífica, com um senso de humor delicioso e uma ironia inofensiva. Eu estava sozinha mas compartilhava daquela indignação. 20 centavos foram o estopim. Esse país é muito errado! E com um olhar de criança curiosa e maravilhado, como se visse o Natal pela primeira vez, o povo saiu às ruas e nem era Carnaval. Andamos quilômetros e quilômetros rumo a não sei o quê mas querendo muita coisa. Era muita gente. Muita gente! E caminhei sozinha, tentando captar o máximo que aquele momento me mostrava. Eu tinha vontade de conversar com pessoas e até me intrometi em papos paralelos, especialmente porque há pouco eu estava ligada na tv e portava informações que aquelas pessoas sem sinal 3G não tinham a mínima ideia. Ao quase chegar à Ponte Estaiada, resolvi dar meia volta. A boca já começava a secar e os pés a doer, apesar de eu querer ir até o fim, mesmo sabendo que este é apenas o começo. Hoje eu não mudei o mundo. Aliás, minha presença ali foi insignificante. Eu era como agulha no palheiro. Ínfima. Mas eu presenciei a História. Eu presenciei a minha História e a História desse Brasil varonil, tão jovem mas tão disposto a lavar a sujeirada que a corja governante nos joga. Já posso ver as próximas gerações estudando esse Outono Brasileiro... E espero ver que as folhas secas que cairão ao longo das estações deem lugar às mais ricas flores. A gente não quer só comida, diversão e água. A nossa gente merece muito, muito, muito mais! O recado tá dado. Hoje foi mais emocionante que a final da Copa de 94, pode acreditar!
sexta-feira, 14 de junho de 2013
quinta-feira, 13 de junho de 2013
quarta-feira, 12 de junho de 2013
Feliz Dia Dos Namorados...

domingo, 9 de junho de 2013
quinta-feira, 6 de junho de 2013
A uma nova vida!

domingo, 2 de junho de 2013
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