quinta-feira, 26 de dezembro de 2013
sábado, 21 de dezembro de 2013
O preço da liberdade
Não, eu não vou ter que abandonar minha manicure. Nem o sapateiro logo ali. O Kinoplex continuará pertinho. O Hortifruti. O self-service de todo dia. As lojinhas da João Cachoeira. A temakeria. A gráfica onde tiro as xerox do meu DRT. A Joaquim Floriano. Tudo! Quer dizer, quase tudo. Os porteiros queridos perderei e as minhas massagistas que me amassam e drenam semanalmente, por enquanto, também - essas por questões econômicas e não geográficas. Resumo do primeiro ato da ópera: meu paraíso continuará sendo o Itaim! Só que agora, muito mais colorido! Depois de uma semana de estradas Brotas - São Paulo - Valinhos - Sâo Paulo - Valinhos - Ribeirão Preto - São Paulo, o cansaço físico e mental eram demais. Eu já estava me convencendo de que outro apartamento em outro bairro seria minha única melhor escolha. Já pensava na reforma daqueles tacos desgastados e na vista grossa que teria de fazer com alguns detalhes bizarros como o banheiro onde não cabia box e a cozinha onde mal cabia fogão e geladeira. Mas a sala e quarto compensavam. Além do preço e da localização. E do desespero. E da pressa. Disse que faria daquele apartamento o meu lar. Só que não. Mamãe preocupada com minha situação, fez as malas e se juntou a mim na capital em busca de um teto decente. Mostrei a ela este apartamento. Não era tão ruim assim... Mas não era bom. Aí vimos outros ótimos. E caros também. Cotamos flat, falamos sobre a futura compra de um primeiro imóvel até que encontramos o meu apartamento 24. Graças à indicação de um amigo muitíssimo querido, fomos tocar o interfone do edifício em questão e recebemos a resposta imediata de que não, não havia apartamento para alugar. Até que Seu Waldo, o zelador, escutando a conversa, deu meia volta e disse que sim, um apartamento estava para vagar. A luz no fim do túnel virou um lindo dia de sol! Olhei para minha mãe. Minha mãe olhou pra mim. Deixei com ele meu telefone e aguardaríamos notícias. Almoçamos. Descansamos. E eu já queria aquele apartamento, tão pertinho da minha atual residência... O preço era ótimo. A localização perfeita. Sem precisar fazer nenhum reparo! Uma vaga na garagem para o carro que não tenho. Era o que precisava! Não segurando a ansiedade, poucas horas depois fomos novamente atazanar o Seu Waldo, quando coincidentemente apareceu a Mimi que coincidentemente me mostrou o apartamento 24, que inesperadamente tem uma bela piscina no terraço e dois dias depois, já seria milagrosamente meu com a madrinha mais linda como minha fiadora! Mamãe e eu pulamos de alegria e derramamos algumas lágrimas. Agradeci o cara lá de cima. Aí então começou a busca pelos móveis: o sofá-cama, o rack, os puffs, a mesa de parede dobrável, o fogão, a geladeira... E sobe pra lá, desce pra cá, e cota e pechincha ali e gasta daqui. Empacotamos praticamente tudo que é meu no apartamento 50 - ou seja, quase nada -, achei o melhor preço de carreto, depositamos cupons no shopping e enfrentamos a saída sempre caótica de São Paulorumo ao interior na quinta-feira, desta vez com os pés cansados mas o coração acalentado. E agora eu tenho certeza que 2014 será um ano novo, com casa nova. Resumo da ópera inteira: vida nova! E a agenda para janeiro já começa a se preencher. Por favor, me dêem trabalho! E tô aceitando presentes também! O preço da minha liberdade não é baixo não... Mas acho que vai valer a pena. Sabe aquela história do Fernando? Da alma que não é pequena? Essa mesma! Boa noite!
quarta-feira, 11 de dezembro de 2013
A maior qualidade do mundo é girar
Sexta-feira passada pela manhã recebi uma ligação de uma amiga de Ribeirão, que raras vezes me telefona, preocupada comigo, querendo saber se estava tudo bem. O motivo? Sonhou que eu havia morrido. Mas antes de me ligar, consultou uma amiga entendida de sonhos que lhe acalmou, dizendo que a morte de uma pessoa em sonho significa o término de um ciclo e o início de outro, um recomeço. Curiosamente, a amiga da minha amiga tinha razão. Mudanças vem aí... Recebi na última noite de quinta-feira a notícia de que perderia minha roommate e uma difícil decisão deveria ser tomada rapidamente sobre onde e como eu moraria em 2014. Então decidi, finalmente, depois de 27 anos, morar sozinha. Rosa Madalena - a terapeuta holística, lembra? - estava certa, o apartamento 50 tem boas vibrações mas é um local de passagem. A notícia me trouxe certo pânico. Muita preguiça. Momentos de desespero. Vontade de chorar. De ser criança de novo. Mas, como ninguém disse que seria fácil crescer, iniciei uma busca louca, com ajuda de conhecidos queridos e desconhecidos por um novo lar. E acho que achei. Ainda não vou divulgar nada porque o olho gordo está ficando obeso, sabe como é... E me lembrei de abril de 2010. Naquela época, quando eu fui praticamente convidada a me retirar do apartamento no Paraíso, eu não era ninguém na publicidade. A Colgate estava a meses de acontecer. Eu ainda apostava que as coisas dariam certo. E não tinha dinheiro. Eu ainda fazia os famigerados eventos. Não me denominava apresentadora. Cheguei a jogar na MegaSena porque era tudo tão caro na cidade! Até que encontrei um novo paraíso no Itaim. E agora me seguro para não reclamar de barriga cheia. Tudo continua caro, aliás, mais caro ainda, no entanto, hoje eu posso, com os devidos cuidados, me dar ao luxo de morar sozinha em uma outra área nobre de São Paulo. Hoje eu não aposto que as coisas darão certo. Elas já estão dando. Fico triste por ter que abandonar minhas amadas esteticistas que me amassam e me drenam semanalmente. Minha manicure. Ah, minha manicure! O sapateiro logo ali. O Kinoplex. O Hortifruti. O self-service de todo dia. As lojinhas da João Cachoeira. A temakeria. A gráfica onde tiro xerox do meu DRT. A Joaquim Floriano. Meus porteiros queridos. Tudo. Ainda não é hora de dizer adeus. Mas um aperto no peito me tira a fome e me dá mais fome de mudança. Porque como eu disse em post anterior, quem fica parado é poste. E agora vou dormir, porque meu relógio despertará antes das 5 da manhã para uma gravação em Valinhos. Amanhã, se estiver em condições, contarei dos meus últimos dias em Brotas, onde tive os imensos prazeres de viajar com uma trupe divertidíssima, gravar com um artista extremamente querido e de me aventurar no Rio do Jacaré Ralado dentro de um bote de rafting. Eu só tenho a agradecer... Mesmo temendo as minhas decisões. E seja o que Deus quiser!
terça-feira, 3 de dezembro de 2013
Dezembro, já?
E o senso comum deve ser exclamado: meu Deus, novembro voou! Depois de uma tempestade de granizo na estrada e alguns minutos de pavor, retorno a São Paulo com ganas de trabalhar. Por favor, gente, vamos trabalhar? Não ando muito cotada para testes, fato que fez até um ator, que não me vê em castings há algum tempo, perguntar se ainda atuo. Óbvio que sim... Eu não sei fazer outra coisa! Quer dizer, sei sim, várias... Sei jogar vôlei, sei falar inglês, sei escrever, sei cozinhar... Mas algo que me faça feliz e pague minhas contas? Só isso e nada mais, grata pela compreensão. Aí, mais uma vez, é aquele momento de a gente duvidar de nós mesmas, de achar que tem alguma coisa muito, muito errada, bla bla bla... Várias propagandas passando na tv com atrizes que conheço, do meu perfil, e eu nem fiquei sabendo de teste nenhum. Mas tento me convencer, dia após dia, de que isso é normal. Até porque eu não aguento me ver mais na propaganda da Locaweb toda santa noite na BAND... No entanto, me convencer disso tudo é diferente de me conformar com isso tudo. Assim, visando o estrelato, resolvi investir em um novo site e em uma nova assinatura. Pagamento à vista e 30 dias de prazo. Já já vocês verão o resultado desta façanha, porque quem fica parado é poste e 2014 promete ser brilhante! É aquele velho mote "Cada ano tem que ser melhor do que o outro que passou!". Amém! Um feliz mês de dezembro para todos nós!
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