quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014
Carnaval
Eu não sei se algum dia já gostei de Carnaval... Talvez na época áurea do carnaval na Recreativa em Ribeirão Preto. Foi "a" evolução sair da matinê e poder pular a noite inteira no salão... Mas faz tempo. Década de 90. Aliás, a expressão "pular Carnaval" já me dá raiva. Sim, poderíamos pular esta data no calendário, do tipo, já irmos direto para a quarta-feira de cinzas e deixar o ano finalmente começar. Até hoje não consigo tomar caipirinha de limão por conta de um Carnaval faiado que tive aos 17 anos. Vodka e limão me dá arrepio! No entanto, para evitar a hipocrisia, tá, eu sei que já escrevi alegrias de Carnavais no Rio de Janeiro, por exemplo. Mas faz tempo também. Porque agora, eu odeio. Esta tal festa brasileira já atrapalhou, inclusive, alguns jobs que estavam previamente na agenda. "Gravaremos só depois do Carnaval!". E o pior é que o Carnaval oficialmente começa na sexta-feira mas a galera já está nos blocos e com preguiça de trabalhar desde semana passada. Gente, cadê a produtividade? Vamos botar esse país para frente! Eu tenho contas altíssimas a pagar! Tô nem aí pra Globeleza, tô nem aí pras marchinhas, fantasias, confete e serpentina. Estou numa fase de querer paz e organização e Carnaval é o antônimo de tudo isso. Podem me chamar de ranzinza, de "reaça", de whatever. Eu não tô no clima e tô nem aí pra você e pronto. Uma festa que comemora a carne, a bunda de fora, a bebedeira (já tive uma no final de semana passado, obrigada!), os mamilos, os decotes, a bela forma da Sabrina Sato, a Susaninha Vieira pagando de mocinha com uma fantasia que nos dá a ilusão de uma cintura fina, a passada de rôdo, sexo (usem camisinha!) e onde o cheiro característico é o de xixi nas ruas... Não tô afim. Este Carnaval passarei com minha família e meu namorado no teatro, num bom restaurante, no parque, no Mercado Municipal e comerei o tradicional crostoli dos Menegucci no findar dessa bagunça toda. Ando me sentindo quase nada brasileira. Com muito pouco orgulho. E com pouquíssimo amor.
segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014
Vida Cigana
Fecho então a semana com dois jobs, com duas parcerias queridas e repetidas - o que é sempre um prazer! Fecho a semana com duas cidades e dois hotéis na agenda, alguns ônibus, táxis, malas e afins. Fecho a semana exausta mas por fazer o que mais amo: trabalhar! O meu domingo começou às 4 e meia da manhã lá em Campinas, agradecendo imensamente à uma hora a mais de sono devido ao fim do horário de verão. De la seguimos para Sumaré, onde gravei quatro filmes para uma rede de varejo já em clima de Copa do Mundo. Stella e mais 40 figurantes! "Já ganhou um fã!", me disse um garoto. "Você é atriz de chorar, essas coisas...?", perguntou outro. "Você é repórter?". "Você é muito boa!", me disse a cliente. E depois dessa, eu não precisava de mais nada. Curiosidades matadas e parabenizações recebidas, voltei ao meu recanto, ao meu lar doce lar, que está cada vez mais doce, depois de um bom trânsito na entrada da capital. A saga da instalação do ar condicionado finalmente terminou aqui em casa e os termômetros lá fora, para minha alegria e alegria geral da nação, apresentam números mais amenos. A semana começará com mais um teste amanhã e uma certa energia renovada. Até vela para santo eu acendi, agradecendo e pedindo paz e serenidade dentro de casa, da cabeça, do peito. Para qual santo eu não sei, porque quem me disse para fazer isto foi minha mãe, mas a vela foi pra quem estivesse me escutando. Paz e boas energias! Esses são os meus mais sinceros desejos... E agora com licença que ostentarei ligando meu lindo ar Samsung e dormirei debaixo das cobertas. Grata pela compreensão. Eu mereço. Boa noite!
quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014
Vida, vida, vida!
E a vida continua. Não adianta, a locomotiva não para. Mas eu paro e penso todos os dias: por quê? Continuo minhas batalhas, minhas tarefas medíocres, meus pequenos prazeres, mas me falta um pedaço no peito, reina um vazio que nem o tempo será capaz de preencher. Apenas amenizar. É como se uma peça chave tivesse sido removida da engrenagem e continuássemos engatados sem saber como e nem para onde. A saudade dói e restam as lembranças, as fotos, os vídeos. Me senti até um pouco egoísta ao retornar para a capital para seguir meu caminho, caminho este que ficou mais tortuoso, com uma areia movediça que tende a me engolir, mas continuo a andar. Entre lágrimas, sonhos atordoantes e sorrisos amarelos, a vida continua. A Wurth TV voltou, repeti a parceria com a Gandini Seguros - motivo pelo qual o sono me consome neste momento -, tem cachê atrasado, meu apartamento está a cada dia mais aconchegante, meu novo site está a caminho, o calor castiga todos nós e ansiosamente aguardo a instalação de um famigerado ar condicionado, desapeguei e vendi na OLX um ventilador record de procura, fiz um bom negócio e descobri um bom negócio, as contas não param e o desespero floresce. O ano começou mal e eu só peço por dias melhores. Vida louca... Vida breve.
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